Quando ele passou na frente da boca eu vi que meu pai estava lá e abaixei o vidro pra dar um tchau pra ele. Me olhou feio mas balançou a cabeça pra mim e fez sinal pro Lucas passar rápido.
Quando saímos da favela eu já dei meu jeito e pulei pro banco da frente.
Lucas: você não tem modos não? Tá sem roupa e pulando de banco, se apoiando só de calcinha aí.
Giulia: ué, eu tô de blusa e biquíni por baixo. Só me apoiei pra não acabar voando pro banco da frente.
Lucas: mesmo assim, parada feia. Parece que não tem educação, você fica assim perto de qualquer homem?
Giulia: Não fala assim comigo - pedi chateada com o tom de voz dele. - e não, eu não fico assim com todos os homens. Mas eu sinto que você não me faria nada de r**m.
é muito vista por aí, todo mundo quer saber da sua vida e as vezes até participar dela, mas tudo com maldade, as vezes com maldade pra você, mas na maioria com o seu pai.
Giulia: eu sei, sempre soube disso. Por isso fico sempre com os meus amigos, isso desde sempre. - pausa - falo com todo mundo, brinco com todo mundo mas são poucas pessoas que realmente participam da minha vida e entram na minha casa.
Lucas: tá certa pô. Tu tá mais nessa do que eu, e olha que eu tô na prática né?
Giulia: Como assim?
Lucas: seu pai é envolvido, seu avô, seus tios, seu padrinho, seu outro pai.
Giulia: é, eu não costumo pensar muito nisso não. Acho que na real já me acostumei né? É isso desde sempre, cresci no meio disso e acabou se tornando uma coisa comum, parece que minha família é dona de uma empresa multinacional e tá tudo certo. - sorri.