CAPÍTULO 5

1343 Words
AMANDA LOPEZ Volto para a festa completamente desconfiada, com medo de alguém ter escutado meus gritos histéricos enquanto estava gozando que nem uma desesperada no p*u do Colin. — p**a que pariu, Amanda! Você está com cara de quem acabou de t*****r — Oliver sussurra no meu ouvido assim que paro na frente dele. — O quê? Desde quando isso existe? Ele sorri e pega minha mão. — Eu já te conheço o suficiente para saber quando teve um orgasmo e eu vi seu querido Colin saindo do banheiro. Agora, aparece aqui com essa cara de satisfeita e espero muito que o sexo tenha valido a pena porque não vai gostar do que verá agora — diz apontado para o lado. Olho na direção que ele aponta e vejo o cretino que estava me comendo minutos atrás, beijando a tal da Scarlett. Como sou ridícula em ter caído de novo nos joguinhos dele! — Sou mesmo uma i****a, não sou? Oliver me segura pela cintura e sussurra no meu ouvido: — Você não é i****a, é apenas uma mulher apaixonada. Não se culpe por ter esse sentimento em seu coração, só precisa aprender a não deixar que ele te domine e te leve a fazer besteiras como a que fez minutos atrás. — Beija minha bochecha e se afasta me olhando. — O que eu fiz da minha vida, Ollie? Tinha tudo sob controle até ele entrar na minha vida — digo olhando para Colin que me olha desconfiado. Ele deve ter percebido que o vi beijando a coisinha que está do seu lado. — O amor é um sentimento que vem para ferrar com a vida da gente, Amanda. Infelizmente ele chega sem pedir licença, entra e faz uma bagunça. Acredite, querida, sei e entendo perfeitamente o que está passando, é por isso que não me permito mais chegar a esse ponto. Ele consegue chamar minha atenção. — Como pode dizer isso, Oliver? Você é uma pessoa boa, me ajudou, quer dizer, ajudou a Emily e eu. Ele sorri e acaricia minha bochecha. — Amanda, o que fiz por vocês, foi apenas negócios. Investi em algo que sabia que iria me render algum lucro. Gostei de vocês pela determinação que tiveram, nunca desistiram e com isso nos tornamos grandes amigos. Mas não sou uma pessoa boa, sou dono de uma das maiores fortunas do mundo e não cheguei aonde estou fazendo as coisas de forma certinha. Tenho um lado obscuro que não vou permitir que você conheça. Gosto da Emily, mas ela já tem quem a proteja. Agora, você, Amanda, está sob minha proteção até que encontre um homem descente para ocupar meu lugar. Eu me emociono com suas palavras e o abraço na frente de todos os presentes, sem me importar com nada. Ele retribui o abraço, beijando meu cabelo. — Obrigada, Ollie. Obrigada por tudo o que fez por nós, nunca vou esquecer isso. Ele acaricia minhas costas e diz: — Tudo bem, só não vá chorar e manchar meu terno caro. Acabo sorrindo olhando para ele. — Desde quando virou um homem mesquinho? O senhor não é o deus do petróleo? Tem dinheiro suficiente para comprar uma fábrica de ternos. Ele gargalha. — Tem razão, mas não uso nada que venha de uma fábrica. Reviro os olhos. — Isso é bem a cara de gente rica mesmo, usando suas roupas exclusivas. — Olha quem fala, a mulher que me fez entrar em contato com a alta costura francesa, só por causa de um vestido exclusivo. — O evento pedia por um vestido exclusivo, meu bem, e você pode pagar. Por isso, aceitei o vestido como presente e se quiser me dar outros, aceito com o maior prazer. — Pretendia te dar muito prazer hoje quando chegássemos na minha casa, mas a senhorita já teve prazer mais do que o suficiente por um dia. Minha vontade e de tapar a boca dele para parar de falar essas coisas. — E quem disse que vou dormir na sua casa hoje? — E não vai? — Claro que não, vou ficar com meu pai. Ele está a ponto de me perguntar se não tenho mais casa. — Não pode chamar aquele lugar de casa, Amanda, ainda mais agora com o sucesso da galeria. Sua conta bancária já está bem recheada, pode começar a procurar um lugar descente para morar com seu pai. — Vamos sair de viagem em três dias, acha mesmo que vou conseguir um lugar descente, como você mesmo diz, em três dias? — Sabe que isso não é problema para mim, não sabe? — Nem começa, Oliver, você… — Para, Amanda, que isso não combina com você. Posso muito bem te vender um dos meus imóveis, não me faria falta. — Ah, tá bom! E eu p**o como, parcelado pelo resto da minha vida? Seus imóveis custam uma verdadeira fortuna, querido, nem nos meus melhores sonhos, poderia pagar por um deles. Ele rindo do que digo. — Amanda, será que tem noção do quanto vai passar a ganhar? Pelo menos já se deu ao trabalho de olhar o saldo da sua conta bancária? Não invisto meu dinheiro em quem não vai me dar um retorno certo, por mais que goste da pessoa. Olhe sua conta bancária e prepare tudo para sua mudança amanhã mesmo. Seu pai merece um pouco mais de conforto. Olhando para ele, pego o celular na bolsinha de mão e quando estou prestes a abrir o aplicativo do banco, ele me puxa pelo braço, me tirando de perto das pessoas. — O que você está fazendo? Não me mandou olhar a conta bancária? — Estou te levando para o escritório, lá dentro tem isolamento acústico. — O quê? Ollie, já bebeu quantas doses de uísque? — Fica quieta e entra logo no escritório — diz abrindo a porta e entrando junto comigo. — Agora, sim, pode olhar sua conta. Olho desconfiada para ele e faço o que diz. Agora, sim, entendo o motivo de ter me trazido para uma sala com isolamento acústico. — p**a QUE PARIU, OLIVER, DE ONDE FOI QUE SAIU TANTO DINHEIRO? Ele gargalha da minha cara. — Isso não tem graça, Oliver. Você colocou esse dinheiro na minha conta? — Claro que não, isso é o fruto do seu trabalho, Amandinha. — O meu trabalho não renderia um fruto com tantos zeros. Isso tá errado, Oliver, olha isso aqui. — Mostro o celular. Ele pega o aparelho da minha mão, começa a mexer nele muito sério e fico nervosa, deve ter alguma coisa muito errada. — Você tem razão, Amanda, isso está errado. — Eu sabia, nossa, Ollie... — Está faltando dinheiro, a equipe financeira deve... — Faltando dinheiro? Ficou louco? — digo tomando o celular das mãos dele. — Não, Amanda, não fiquei louco. Esse dinheiro na sua conta é seu. Não acredito no que escuto, me sento no sofá tremendo enquanto olho para a tela do celular. — Como isso é possível, Oliver? Por quanto foi que sua equipe de malucos vendeu nossos quadros? Emily e eu passamos todas as planilhas de preço para sua equipe e o valor que estou vendo aqui está fora da realidade. Ele se encosta na mesa à minha frente e diz: — Aquela planilha era com valores aproximados de venda. Anthony e eu investimos pesado na galeria e a equipe de marketing fez um excelente trabalho divulgando um certo quadro que tenho na minha sala. Um certo quadro que vocês doaram e arrematei por trinta e cinco milhões de dólares na festa beneficente. O melhor é que ainda pude fazer pouco da cara do Jones. — Por quanto nossos quadros foram vendidos? Sei que todas as telas em exposição já têm dono. — Está mesmo preparada para ter essa informação? Encaro séria o homem a minha frente. — Oliver, não estou brincando. Por quanto as telas foram vendidas? Ele sorri, vai até ao bar que tem no canto da sala, serve duas doses de um belíssimo uísque e sei que vem coisa por aí.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD