AMANDA LOPEZ
Volto para a festa completamente desconfiada, com medo de alguém ter escutado meus gritos histéricos enquanto estava gozando que nem uma desesperada no p*u do Colin.
— p**a que pariu, Amanda! Você está com cara de quem acabou de t*****r — Oliver sussurra no meu ouvido assim que paro na frente dele.
— O quê? Desde quando isso existe?
Ele sorri e pega minha mão.
— Eu já te conheço o suficiente para saber quando teve um orgasmo e eu vi seu querido Colin saindo do banheiro. Agora, aparece aqui com essa cara de satisfeita e espero muito que o sexo tenha valido a pena porque não vai gostar do que verá agora — diz apontado para o lado.
Olho na direção que ele aponta e vejo o cretino que estava me comendo minutos atrás, beijando a tal da Scarlett.
Como sou ridícula em ter caído de novo nos joguinhos dele!
— Sou mesmo uma i****a, não sou?
Oliver me segura pela cintura e sussurra no meu ouvido:
— Você não é i****a, é apenas uma mulher apaixonada. Não se culpe por ter esse sentimento em seu coração, só precisa aprender a não deixar que ele te domine e te leve a fazer besteiras como a que fez minutos atrás. — Beija minha bochecha e se afasta me olhando.
— O que eu fiz da minha vida, Ollie? Tinha tudo sob controle até ele entrar na minha vida — digo olhando para Colin que me olha desconfiado.
Ele deve ter percebido que o vi beijando a coisinha que está do seu lado.
— O amor é um sentimento que vem para ferrar com a vida da gente, Amanda. Infelizmente ele chega sem pedir licença, entra e faz uma bagunça. Acredite, querida, sei e entendo perfeitamente o que está passando, é por isso que não me permito mais chegar a esse ponto.
Ele consegue chamar minha atenção.
— Como pode dizer isso, Oliver? Você é uma pessoa boa, me ajudou, quer dizer, ajudou a Emily e eu.
Ele sorri e acaricia minha bochecha.
— Amanda, o que fiz por vocês, foi apenas negócios. Investi em algo que sabia que iria me render algum lucro. Gostei de vocês pela determinação que tiveram, nunca desistiram e com isso nos tornamos grandes amigos. Mas não sou uma pessoa boa, sou dono de uma das maiores fortunas do mundo e não cheguei aonde estou fazendo as coisas de forma certinha. Tenho um lado obscuro que não vou permitir que você conheça. Gosto da Emily, mas ela já tem quem a proteja. Agora, você, Amanda, está sob minha proteção até que encontre um homem descente para ocupar meu lugar.
Eu me emociono com suas palavras e o abraço na frente de todos os presentes, sem me importar com nada. Ele retribui o abraço, beijando meu cabelo.
— Obrigada, Ollie. Obrigada por tudo o que fez por nós, nunca vou esquecer isso.
Ele acaricia minhas costas e diz:
— Tudo bem, só não vá chorar e manchar meu terno caro.
Acabo sorrindo olhando para ele.
— Desde quando virou um homem mesquinho? O senhor não é o deus do petróleo? Tem dinheiro suficiente para comprar uma fábrica de ternos.
Ele gargalha.
— Tem razão, mas não uso nada que venha de uma fábrica.
Reviro os olhos.
— Isso é bem a cara de gente rica mesmo, usando suas roupas exclusivas.
— Olha quem fala, a mulher que me fez entrar em contato com a alta costura francesa, só por causa de um vestido exclusivo.
— O evento pedia por um vestido exclusivo, meu bem, e você pode pagar. Por isso, aceitei o vestido como presente e se quiser me dar outros, aceito com o maior prazer.
— Pretendia te dar muito prazer hoje quando chegássemos na minha casa, mas a senhorita já teve prazer mais do que o suficiente por um dia.
Minha vontade e de tapar a boca dele para parar de falar essas coisas.
— E quem disse que vou dormir na sua casa hoje?
— E não vai?
— Claro que não, vou ficar com meu pai. Ele está a ponto de me perguntar se não tenho mais casa.
— Não pode chamar aquele lugar de casa, Amanda, ainda mais agora com o sucesso da galeria. Sua conta bancária já está bem recheada, pode começar a procurar um lugar descente para morar com seu pai.
— Vamos sair de viagem em três dias, acha mesmo que vou conseguir um lugar descente, como você mesmo diz, em três dias?
— Sabe que isso não é problema para mim, não sabe?
— Nem começa, Oliver, você…
— Para, Amanda, que isso não combina com você. Posso muito bem te vender um dos meus imóveis, não me faria falta.
— Ah, tá bom! E eu p**o como, parcelado pelo resto da minha vida? Seus imóveis custam uma verdadeira fortuna, querido, nem nos meus melhores sonhos, poderia pagar por um deles.
Ele rindo do que digo.
— Amanda, será que tem noção do quanto vai passar a ganhar? Pelo menos já se deu ao trabalho de olhar o saldo da sua conta bancária? Não invisto meu dinheiro em quem não vai me dar um retorno certo, por mais que goste da pessoa. Olhe sua conta bancária e prepare tudo para sua mudança amanhã mesmo. Seu pai merece um pouco mais de conforto.
Olhando para ele, pego o celular na bolsinha de mão e quando estou prestes a abrir o aplicativo do banco, ele me puxa pelo braço, me tirando de perto das pessoas.
— O que você está fazendo? Não me mandou olhar a conta bancária?
— Estou te levando para o escritório, lá dentro tem isolamento acústico.
— O quê? Ollie, já bebeu quantas doses de uísque?
— Fica quieta e entra logo no escritório — diz abrindo a porta e entrando junto comigo.
— Agora, sim, pode olhar sua conta.
Olho desconfiada para ele e faço o que diz.
Agora, sim, entendo o motivo de ter me trazido para uma sala com isolamento acústico.
— p**a QUE PARIU, OLIVER, DE ONDE FOI QUE SAIU TANTO DINHEIRO?
Ele gargalha da minha cara.
— Isso não tem graça, Oliver. Você colocou esse dinheiro na minha conta?
— Claro que não, isso é o fruto do seu trabalho, Amandinha.
— O meu trabalho não renderia um fruto com tantos zeros. Isso tá errado, Oliver, olha isso aqui. — Mostro o celular.
Ele pega o aparelho da minha mão, começa a mexer nele muito sério e fico nervosa, deve ter alguma coisa muito errada.
— Você tem razão, Amanda, isso está errado.
— Eu sabia, nossa, Ollie...
— Está faltando dinheiro, a equipe financeira deve...
— Faltando dinheiro? Ficou louco? — digo tomando o celular das mãos dele.
— Não, Amanda, não fiquei louco. Esse dinheiro na sua conta é seu.
Não acredito no que escuto, me sento no sofá tremendo enquanto olho para a tela do celular.
— Como isso é possível, Oliver? Por quanto foi que sua equipe de malucos vendeu nossos quadros? Emily e eu passamos todas as planilhas de preço para sua equipe e o valor que estou vendo aqui está fora da realidade.
Ele se encosta na mesa à minha frente e diz:
— Aquela planilha era com valores aproximados de venda. Anthony e eu investimos pesado na galeria e a equipe de marketing fez um excelente trabalho divulgando um certo quadro que tenho na minha sala. Um certo quadro que vocês doaram e arrematei por trinta e cinco milhões de dólares na festa beneficente. O melhor é que ainda pude fazer pouco da cara do Jones.
— Por quanto nossos quadros foram vendidos? Sei que todas as telas em exposição já têm dono.
— Está mesmo preparada para ter essa informação?
Encaro séria o homem a minha frente.
— Oliver, não estou brincando. Por quanto as telas foram vendidas?
Ele sorri, vai até ao bar que tem no canto da sala, serve duas doses de um belíssimo uísque e sei que vem coisa por aí.