I - San

992 Words
Hoje foi um daqueles dias mega estressante, resolvi muitos problemas das empresas Cartiers, atualmente atuo como advogado das duas, Cartier Automóveis e Cartier Joias e Acessórios. O Zayn eu já conhecia, mas nos tornamos próximos devido ao trabalho, é um cara bom. O Ítalo já conhecia desde a época da faculdade, é meu amigo, idiot*, mas meu amigo. – San, está chovendo muito e não estou conseguindo um carro de aplicativo – A morena que estive esse início de noite avisa. – Eu te levo, só me passa seu endereço – Ela me lança um sorriso de orelha a orelha e concorda. Geralmente eu costumo ficar com garotas de programas, não tenho paciência para ficar flertando, nem paciência e nem tempo para essas coisas, como não quero nada sério com ninguém prefiro pagar. Elas já vêm sabendo o que vão fazer e com um total de zero cobranças, isso é maravilhoso. Não me julguem, já fui um cara romântico e já amei na vida, nem sempre eu fui esse libertino, mas não tive sucesso. Amei muito, amei por dois, e quando se ama sozinho é r**m. Fui noivo e completamente apaixonado por aquela mulher, dias antes do casamento ela desistiu e foi embora, apareceu dois meses depois noiva de um outro cara. Enfim, coisas da vida né? Sofri muito, mas passou. Estaciono o carro na pequena vila e a garota se despede. – Aqui está meu cartãozinho sempre que quiser pode me ligar – Me entrega um cartão e tenta me beijar, mas eu desvio – Então tchau né – Ela fala chateada. – Tchau, qualquer coisa te ligo – Me inclino e abro a porta para que ela saia logo. Ela desce parecendo nervosa com o fato de eu não ter a beijado hora nenhuma. Jamais faria isso, beijo é coisa mais sentimental e no meu caso eu só quero algo carnal mesmo. Ligo o carro e no meio desse temporal todo dirijo para minha casa, olho o cartãozinho na minha mão. – Reese – Leio em voz alta – Uma morena linda e fogosa na cama, talvez eu ligue de volta – Penso comigo mesmo. Quando estou fazendo o retorno para sair daquela rua vejo que passo em um buraco e jogo água em uma menina que está de baixo da marquise, p**a merda, no meio dessa tempestade toda, essa menina nessa rua escura sozinha e eu ainda jogo água nela. Estaciono o carro e desço. – Moça? – Chamo – Tudo bem? Me desculpa, não tinha visto o buraco. – Oi, sem problemas, já estou toda molhada mesmo – Ela levanta o rosto para falar comigo e eu paraliso diante daqueles olhos lindos – Acho melhor o senhor ir, por aqui tudo alaga, daqui a pouco ninguém consegue passar mais – Ela me avisa. – Você mora aonde? – Não sei nem porque perguntei isso. – Moro logo ali na frente, naquela vila – Ela aponta para onde eu acabei de sair – Só parei aqui porque acabei molhando meus papéis todos e tem documentos aqui – Me mostra uma pasta. – Vamos, eu te levo – Ofereço. – Não, de forma alguma eu vou entrar em um carro de um desconhecido. – Você está em uma rua desertar, falando com um desconhecido, se eu quisesse te fazer m*l já teria feito não acha? – Sorrio para ela. – Teoricamente sim, mas mesmo assim não quero, muito obrigada. – Que menina linda, ela deve ter o que, uns quinze anos? Sou um pervertido de estar olhando dessa forma para essa criança, mas ela está toda molhada e eu só consigo imaginar outras coisas, p***a! – Vamos menina – Pego meu cartão e mostro para ela. – Ah, eu já ouvi falar sobre você, advogado das empresas Cartiers – Ela comenta ao olhar meu cartão de visitas. – Sim, não vou te fazer m*l, deixa eu te levar em casa, a água está subindo cada vez mais e se ficarmos aqui discutindo sobre isso nenhum de nós dois vai chegar em casa. – Tá, tudo bem então, mas você não vai acabar ficando preso aqui por conta do alagamento? – Depois eu me viro. Ela concorda e entramos no carro, faço o retorno e volto para a vila. – Para aí nessa casa por favor – Ela aponta para a casa em que eu deixei aquela menina, p**a merda. – Vai fazer o que aí? Você mora aí? – Pergunto – Não, vou pegar minha filha. – Filha? – Quase grito. – Sim – Responde sorrindo e desce do carro. Depois de uns dois minutinhos ela volta com um pacotinho pequeno nos braços. – Você pode me deixar logo ali na frente? Eu moro ali na frente, mas ir andando nessa chuva com ela vai ser difícil – Pede. – Claro. Levo ela até sua casa e na hora de descer ajudo com as bolsas e ela desce com a bebê. Entramos e eu percebo que a casa é simples, bem simples mesmo. – Obrigada senhor – Me ofendeu agora, senhor? – Santiago e o seu nome? – Pergunto interessado. – Florence, mas pode me chamar de flor – Ela se apresenta – Você quer beber alguma coisa antes de ir? – Não, obrigado, eu já vou indo porque a chuva parece ter piorado. Nos despedimos e eu me retiro, quando estou entrado no carro um outro carro para ao meu lado. – Se você for sair não tem como, na entrada da vila está tudo fechado, muita água e acabou caindo uma árvore – Ele avisa. Ferrou, o que vou fazer agora? – Santiago, eu acho melhor você ficar aqui – Flor grita lá da porta da casa dela. – Não quero incomodar vocês – Aviso. – Entra, é o mínimo que posso fazer já que você me ajudou, agora sai dessa chuva vai, entra. Acabo cedendo e entro na casa dela, é minha melhor opção no momento.
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