V - Flor

626 Words
Acordo cansada, fui dormir tarde e Liz acordou a noite inteira para mamar estou com os p****s doloridos. Levanto e faço minha higiene matinal. Saio do quarto e do de cara com um armário grande e musculoso, nossa que delícia, digo, nossa, que homem grande. — Bom dia! — Bom dia, Flor, eu estava indo bater na porta do seu quarto, se ajeita para gente ir tomar um café antes de ir para a empresa. — Tudo bem, só vou beber água e já me ajeito — Ele me olha com as duas sobrancelhas arqueadas — Que foi? Você não toma água de manhã não? — Não é isso, acho melhor você colocar uma roupa — Ele fala rindo e eu olho para meu corpo. Estou apenas com o short de dormir e o sutiã de amamentação. — Ai meu Deus, me desculpe Santiago, acabei esquecendo, é que Liz acordou a noite toda para mamar, fui dormir tarde também — Ele começa a rir — Você entende né? Você sabe que não fiz de propósito, eu esqueci mesmo, aí me enrolei toda viu? — Ele continua gargalhando — Vou tomar um banho e trocar de roupa, já volto — Sai rapidinho cheia de vergonha. Tomo um banho e minha pequena acorda, mama um pouquinho e eu ajeito ela. — Estamos prontas — Aviso. — Ótimo, vamos deixar ela na sua vizinha? — Sim, mas eu vou lá sozinha tá bom? É porque o povo dessa vila fala demais, eles já vão comentar sobre seu carro parado aí na rua, você pode me esperar na entrada da vila? Acho melhor. — Se você prefere assim, tudo bem, vou te esperar lá. Saímos de casa e eu caminho até a casa da Dona Rosa. — Bom dia Dona Rosa — Saúdo ela assim que ela chega no portão — Eu vou para uma entrevista e talvez eu fique por lá mesmo, eu te ligo para avisar tá bom? Se tudo der certo, eu pagarei a senhora. — Bom dia menina! Que isso, vai me pagar nada, faço porque amo vocês. — Obrigada, agora deixa eu ir senão vou me atrasar — Beijo minha bebê e entrego para ela. — Flor, deixa eu te perguntar minha filha. Toda vila tá comentando sobre o tal homem que dormiu na sua casa noite passada. — Bando de gente fofoqueira em Dona Rosa, ele é apenas um amigo — Se é que posso chamar ele de amigo. — Tudo bem menina, cuidado viu? Vai com Deus. — Amém, fica com Deus também. Caminho até a entrada da vila, povo daqui é fofoqueiro em, só Deus mesmo. Quando morrer vai ser um caixão para o corpo e outro para a língua, tá doido! — Então, podemos ir? — Ele pergunta assim que entro no carro. — Sim, você acredita que o povo já está comentando sobre você ter ficado a noite lá em casa? — Comento com ele. — O povo daqui tem tempo sobrando, né? — Ele ri da situação. — Nem fala, se cada um que falasse da minha vida me desse um real, eu teria dinheiro para comer o mês todo. — Você passa muitas dificuldades? — Ele pergunta sem me olhar porque está prestando atenção no trânsito. — Um pouco — Minto — Mas não liga para as coisas que falo não, eu falo muita coisa sem pensar — Justifico. — Vamos tomar café da manhã em um lugar bem legal e depois na hora do seu almoço te levo para almoçar. — Que isso, não quero abusar de você não! — Faço questão Flor. — Ah, então tá bom né? A gente não pode negar comida. Ele ri de mim mais uma vez. Eu divirto ele pelo menos.
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