De natal um vizinho

SÉRIO? De TOALHA?

Demos alguns passos pela rua e já estava na porta da sua casa.

-tchau, boa noite!

-o que foi? Parece que não gosta de mim? Perguntou.

-é, parece que não. Ele ficou impressionado deu um pequeno sorriso lindo demais, tanto que eu fiquei hipnotizada.

-que eu saiba eu não te fiz nada ou te incomoda ter um vizinho?

-é que eu não gosto de homens pretenciosos como você.

-ah, então seu problemas é com homens.

-exatamente!

-hmm, devia ao menos me conhecer Mia.

-Não tenho interesse, são todos iguais.

-se me conhecer vai saber que está errada.

-estou bem assim. Não va mais jantar na minha casa.

-não fui convidado por você.

-arrogante.

-falou a que está com armaduras soltando fechas pra todos os lados desde que abri essa porta.

 -então não devia ter aberto! 

Ele tinha razão, eu não tinha motivos óbvios pra não gostar dele.

Somente o fato dele ser um perigo iminente pra mim já me dava medo, estava guardando a mim mesma, abracei mais forte meu corpo encarando seus olhos e fiquei tão apavorada que eu ia descendo os degraus e quase cai, se ele não tivesse me segurando no mesmo instante.

-Olhe onde pisa. Falou e eu estava sentindo o calor da sua mão no meu braço. Fiquei sem saber o que falar e fui embora apavorada, isso era um horror era horrível, meu alerta esta picando descompensada e senti meu coração dar batidas frenéticas, isso não poderia está acontecendo... Eu namorei o Josh por dois anos e isso nunca havia acontecido, gostava dele, mas isso não me ocorria. Subia ao meu quarto em passos lentos com minha cabeça a mil, quem é esse homem? Por que esta aqui? Em nevada? Julgando por seu rosto ele poderia está em qualquer lugar do mundo fazendo capas de revista, mas por que no interior da suíça?

A luz amarela da sua janela ainda estava acesa e eu fechei minha cortina o mais rápido, não queria ter que encara-lo novamente.

Fuçando as gavetas antigas eu achei meus diários e como prometi que ia ficar o máximo possível longe do celular liguei meu abajur e fui ler um livro meu, muito antigo. Devia tirar os mil papeis que estavam na minha parede com fotos, desenhos e frases, fazia qualquer um achar que eu tinha 13 anos.

Quando na verdade eu sabia bem o que seria só parecia que não estava em um caminho totalmente certo.

***

-Mia, como vai mostrar a cidade pro nosso vizinho, leve esses pães também, deve ser difícil pra ele cozinhar sozinho.

-dificil por quê? E eu ainda preciso terminar de tomar meu café.

-ande logo Mia, você sempre tratou bem as pessoas que chegam aqui, por que essa implicância com o rapaz?

-não estou implicando.

-então leve.

Peguei a cesta com os pães e fui levar, sorte dele que era perto, minha avó até colocou uma geleia deliciosa ele não tem cara de quem merece.

Toquei sua campainha novamente e ele falou pra eu entrar.

-aff, folgado.. murmurei e abri à porta. Não o vi no meu campo de vista e achei estranho, até que ele desceu as escadas e lindamente só de TOALHA! Meu cérebro gritou e eu arregalei os olhos.

-sabia que você é desrespeitoso?

-sabia. Respondeu simplesmente, a casa estava muito quentinha e a lareira era enorme, por isso desfilava pela casa de toalha.

Ele foi dando passos e meu corpo ia pra trás.

-você também é desrespeitosa.

-o que? Ele olhou para meus p****s que estavam super enrijecidos.

-Não olhe, coloquei as mãos na frente.

-estavam bem na minha frente.

-é só fechar os olhos!

-você não fez isso quando me viu de toalha.

-eu não estava era acreditando na sua capacidade de ser tão descarado.

-hmm... sei... Por que tanto medo Mia?

-eu não tenho medo.

-então pra que toda essa armadura?

-tenho o direito de gostar de alguém ou não e no seu caso eu não gostei. Ele deu um passo pra mim fazendo um jeito sedutor sutil.

-qual o motivo?

-estou farta de homens como você, do seu tipo.

-ahh, entendi...

-entendeu o que?

-está na defensiva comigo, porque não quer se apaixonar por mim, quer dizer homens como eu.

-não seja convencido! Bem ai esta, tchau.

-jantei na sua casa, o mínimo que pode fazer e tomar café comigo.