-foi porque quis, por que eu tomaria café com você?
-Mia, acredite ou não, mas eu não sou esse tipo de homem que está pensando.
-ah jura?
-juro e acho que começamos de um jeito errado, prazer Liam Lombard.
Lombard? Esse nome não é estranho.
Ele estendeu a mão pra mim e eu fiquei pensando, será? Ele realmente não tinha me feito nada pra que eu o odiasse, mas eu não queria correr o risco, contudo...
-Mia... disse apenas.
-Pois então Mia, passarei alguns dias aqui e não vejo problema em sermos amigos.
-hmm... saiba que não confio em você. Ele deu um sorrisinho e foi colocar café.
-e tenho condições se quer eu seja sua amiga.
-sou todo ouvidos.
-não quero que ande sem roupa.
-não estou sem roupa, como pode ver estou de toalha.
-não é suficiente.
-e não me toque.
-nunca disse eu que pretendo te tocar.
-ótimo isso é ótimo. Ele me indicou a cadeira de madeira chique da sua cozinha e eu sentei.
-não se preocupe Mia, se é o que está pensando você não faz meu tipo, só quero uma amizade em Nevada.
-hm, o que está fazendo aqui? Não me parece o tipo de homem que vem pra esse tipo de lugar.
-que tipo de homem eu pareço Mia Loren? Tocou seu café e eu o observei enquanto nossos olhos se encaravam.
-não vai por uma camisa?
-estou te desconcentrando tanto?.
-não, não esta.
-então continue.
-parece aqueles homens nascido em berço de ouro, esnobe que tem tudo que quer e deseja, que não dar valor as coisas mínimas da vida, pois prefere apreciar o que tem de mais caro.
-pareço isso?
-sim.
-hm. Acho que eu estava esperando ele me falar que era ao menos uma suposição um tanto quanto enganosa, mas nada veio ele só balançava a cabeça lentamente, não sei se estava concordando ou só aceitando o que eu falava...
-ninguém te ensinou a não julgar as pessoas antes de conhecer?
-no dia desse ensinamento eu não estava presente, mas não se importe com tanta ética, diga o que está pensando de mim, não me importo.
Calou-se e ficou alternando seu olhar entre meus olhos.
-Que é uma boa pessoa com medo de viver.
- medo de viver uma ova!
Coloquei as mãos na boca e ele riu de mim.
De todas as coisas do mundo eu não esperava isso, mas se está falando coisas gentis é porque quer alguma coisa.
*
Sinceramente Liam era um homem com afazeres e tinha conhecido mulheres de vários jeitos, mas ficou um pouco incomodado com tanto recuo.
*
-sempre morou aqui? Perguntou.
-até meu dezenove anos, depois fui estudar um tempo e arrumar um trabalho em Nova York já que ganhei uma bolsa.
-hmm, então você mora em Nova York.
-sim, estou habitando aquela cidade barulhenta.
-não gosta?
-ainda não sei se gosto da cidade, mas odeio meu trabalho e como passo todas as horas nele não tem muito como olhar as outras coisas.
-por que não procura outro?
-m*l chegou e já quer dar pitaco não minha vida? acha que é fácil assim, ae eu esqueci que você nunca deve ter tido que buscar um emprego na vida, engomadinho!
-vai com calma grossinha, onde trabalha?
-Na LaPlage, conhece?
Ele deu um sorrisinho e bebeu novamente.
-só de nome, não sabia que era uma empresa tão r**m.
-mas é, não fazem conta dos funcionário, trabalhamos como uns escravos e é uma luta pra ganhar folga, por isso faz três anos que não venho visitar minha família trabalhando todo fim de ano, enquanto o dono i****a e toda sua família devem viajar todo o mundo.
-hmm, odeia mesmo.
-sim!
-ok então. Foi levantando não dando ideia nenhuma que ia trocar de roupa.
-você vai sair assim?
-pra onde eu vou? Perguntou ele e eu cerrei meus olhos.
-minha vó me pediu pra te levar e conhecer o vilarejo.
-creio que eu já vi tudo em uma volta chegando aqui.
-que i****a.
-é só um lugar pequeno com neve.
-não é só um lugar pequeno com neve e desdém como falou, é um lugar especial só precisa olhar da maneira correta.
-meus olhos são bem apurados.
-parece que não, enfim, se não quer o problema é seu. Levantei da cadeira irritada com a forma que falava como se fosse superior a nos.