02 CASAMENTO?

1575 Palavras
CONTINUAÇÃO... JADE NARRANDO LEMBRANÇAS ON OSVALDO- JADE. _ ele chegou gritando dentro de casa como se eu fosse surtar. JADE- o que foi? _ perguntei saindo da cozinha e vi ele tirando a camisa. OSVALDO- vem aqui. _ falou e eu continuei parada onde eu estava pois vi ele tirando o tênis e calça. JADE- o que pensa que está fazendo? _ eu perguntei sentindo o meu corpo tensionar. OSVALDO- preciso transa, você não fica reclamando das mulheres que eu trago, então vou usar você. _ falou e eu dei risada, mas sem animo algum, é puro nervoso. JADE- você está louco seu velho nojento? _ pergunto colocando um chinelo e indo para perto da porta. OSVALDO- estou te fazendo um favor, qual o homem que vai querer você um dia, gorda e feia como é._ quando ele falou isso ele veio para cima de mim tirando a cueca, eu peguei um vaso da meinha ao lado do sofá, taquei nele e sai de casa só com a roupa do corpo e um chinelo. LEMBRANÇAS OFF Corri como se a minha vida dependesse da minha corrida, não sei sabia a quanto tempo eu estava correndo, só sabia que não podia parar, era como se ele estivesse atras de mim e eu não queria parar, quando consegui parar estava na rodoviária de Camaçari, tentei entrar em um ônibus, qualquer coisa que me fizesse fugir para bem longe e eu consegui. Uma motorista mulher disse que se sobrasse assento no ônibus dela, ela me deixaria ir, mas só deixou depois que contei tudo e ela me pagou um café, o destino dela era Lauro de Freitas, de ônibus ficava a três horas de cinquenta e para mim já está perfeito, na minha mente chegando lá eu via o que fazer. Na rodoviária Lauro de Freitas a motorista me deu duzentos reais e me desejou sorte pra consegui recomeçar, me vi perdida em uma cidade que nunca fui, sem documento, sem conhecer nada e nem ninguém eu sai andando sem rumo e quando eu cheguei em frente a uma comunidade, não muito alta, mas dava pra vê alguns homens armados eu parei e eles me olharam dos pés à cabeça, o sorriso sarcástico de que iam começar as brincadeiras sem graça já surgiu no rosto deles e como eu pensei assim fizeram. LEMBRANÇAS ON XXX- veio rolando bolinha? _ um perguntou, eu já estava mais do que suada e suja. XXX- errou a pista amor, aqui é a pista do tráfico e não de boliche. _ revirei os olhos, p***a que zoar alguém pelo menos faça certo né. XXX- olha para consegui dinheiro aqui só se for no tráfico viu, como p**a não rola. _ aí eu me emputeci, i****a. JADE- já acabou ou tem mais? _ perguntei seria e com raiva. XXX- eles já acabaram. _ um home mais velho apareceu atras deles, seu olhar era assustador, mas no fundo eu via como ele me olhava com ternura, eu não senti medo dele. XXX- oi chefe não te vimos aí. _ o primeiro falou quase se borrando. XXX- claro que não viram, se eu souber de mais alguma coisa do tipo, vão para o desenrolo. _ ele falou- aqui todo mundo é igual independente, da cor, raça, gênero ou corpo e sabem disso. _ ele falou sério com os três e me olhou- qual seu nome? _ perguntou. JADE- meu nome é jade, preciso de uma lugar para ficar, o que isso der para pagar. _ eu falei e mostrei o dinheiro para ele. CIGANO- guarda seu dinheiro e entra, vamos conversar. _ ele falou e eu entrei o seguindo até uma casinha que ficava dentro de uma beco que mesmo de dia era bem escuro e não tinha um cheiro muito bom. LEMBRANÇAS OFF Só quando conversei com cigano naquela casa que eu percebi que estava no meio do tráfico de drogas, com o líder de várias comunidades e favelas de salvador e o líder da principal facção do rio de janeiro e a segundo maior do país. Fiquei com medo? Não, ele me passou uma segurança que eu só tinha com a minha mãe. Cigano foi o meu salvador, o homem que me estendeu as mãos, me acolheu como filha, me deu casa, comida e me treinou para que eu nunca tivesse que passar pelo que passei um dia na mão de ninguém. Um anos sendo treinada pelo cigano eu me tornou o seu braço direito, os caras que um dia fizeram bullying comigo se tornaram os meus amigos e me respeitam da mesma forma que respeitam o cigano, aqui na comunidade eu tenho uma família agora e olhando pela janela do meu quarto e sinto que muitas coisas que eu passei foi validas se foi para me trazer até aqui. Sinto uma falta imensa da minha mãe, por noites ou choro e converso com ela, mas nove anos depois de chegar aqui e treze anos depois de perder ela, eu sou a mesma jade, que se ama, se respeita, só que agora capaz de fazer muito mais coisas e temida por muitos também. Então agora falando do presente, como disse sou o braço direito do cigano aqui em salvador, no rio de janeiro a frente da rocinha e do Cv está o filho dele arcanjo, um homem que nunca tive interesse de conhecer nem por foto, mas que dá o nome no sue trabalho, mas é convencido demais para o meu gosto. Falo com arcanjo uma vez por semana, assim como nunca vi ele, ele nunca me viu e nunca tivemos interesse em se ver, mas meu pai disse que esse ano nos veremos na reunião da facção que acontece daqui um mês e meio, mas que antes disso algo teria que acontecer, não disse o que era, mas disse que era o melhor para nós dois, não o questionei, só disse tudo bem. Essa semana aqui na comunidade vamos ter alguns eventos para os moradores, sem contar que o carnaval ta chegando e aqui tem uns mini bloquinho que eu amo, dança e beber são a minha diversão diária, ainda mais com a doida da minha amiga helena. Helena foi a primeira a ficar do meu lado quando eu cheguei, era é filha do sub do meu pai, o pai dela se aposenta em breve, mas ela disse que não quer se envolver com o tráfico, ela vai fazer faculdade, mas duvido muito, ela gosta de lidar com pessoas e tem o sonho de abrir uma bar ou algo para poder lidar com isso, então duvido muito a faculdade acontecer kkk. HELENA- JADE AMIGA, CIGANO ESTÁ TE PROCURANDO PARA RESOLVER ALGUMAS COISA COM ARCANJO. _ ela entra na minha casa falando, eu moro sozinha em uma casa ao lado do meu pai. JADE- o maluca porque está gritando sendo que sabe que eu to no quarto? _ pergunto e ela já está se jogando no sofá. HELENA- eu to cansada amiga, fiquei com a dona Lindalva fazendo uns salgadinhos até tarde, estava vindo te chamar para almoçar quando o tio pediu para ir à boca. _ ela fala e eu a olho. JADE- o que será que ele quer justo hoje. _ falo pensando e ela dá de ombros. HELENA- parece que é sério pela cara dele._ ela fala e eu concordo. JADE- eu vou ir lá então, vai me esperar aqui, ou que ir junto e depois vamos almoçar? _ pergunto amarrando uma lenço de cetim estampado na cabeça, não gosto muito de boné, então uso eles para proteger um pouco do sol, mesmo helena dizendo que não adianta de nada. HELENA- eu vou com você e espero no restaurante. _ ele fala e eu concordo. Saímos de casa as duas juntas e fomos andando em direção a boca, tenho moto, tenho carro, mas eu gosto de andar a pé. Chegamos na boca e os meninos já nos cumprimenta, conversamos uns cinco minutos com eles e aí eu entro na sala do meu pai que está em chama de vídeo no notebook, escuto a voz do arcanjo e meu pai me chama, eu n**o e me sento na cadeira em frente a mesa dele pra que ele não invente de eu ver o arcanjo e nem ele me ver. Por que disso jade? Porque eu não aceito muitas coisas, arcanjo vive em meio a mulheres magras e montadas no silicone e se ele tiver alguma piadinha por minha aparência, vamos pegar uma briga grande e sei que meu pai não vai gostar disso, então vou evitar que ele me veja até quando eu puder. CIGANO- então preciso que os dois me ouçam com atenção e que me entendam. _ ele fala e escuto o arcanjo. ARCANJO- dois quem cora, ta viajando? _ ele pergunta e dá para perceber na sua voz o tom de riso. CIGANO- jade está aqui. _ ele fala sorrindo para mim. JADE- boa tarde arcanjo. _ falo de longe. ARCANJO- bom dia jade. _ ele fala com tom de sorriso. - diz ai coroa, tenho uma carga para chegar. _ ele fala. CIGANO- vocês dois vão se casar em duas semanas. _ ele fala simples e eu arregalo os olhos. JADE- como é que é? _ pergunto e o arcanjo responde em seguida. ARCANJO- só manda os papeis que eu assino. _ como assim eu assino? O que ele sabe que eu não sei? COMENTEM E VOTEM MUITO.
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