Renzo narrando
Eu estou completamente perdido, eu não estou conseguindo acreditar que o meu avô está quase morrendo. Eu contratei os melhores médicos para cuidar dele, pedi para vir mais dois médicos conhecidos mundialmente para avaliá-lo e eu juro que não vou deixar ele morrer.
Ele não pode me deixar sozinho, ele é a minha única família, eu preciso dele para puxar a minha orelha e me acalmar quando eu quero matar o mundo inteiro, só ele consegue fazer isso.
- Cara, se acalma!! Vai dar tudo certo. - o Mário fala me olhando aflito.
- Eu preciso salvar ele. - eu falo firme e dando um soco na minha mesa.
- Você via, mas agora precisamos focar nos problemas aqui da boate. - ele fala meio receoso.
- O que ta acontecendo?! - eu o questiono sério.
Ele coça a cabeça, desvia o seu olhar do meu e eu começo a ficar nervoso.
- Fala logo, p***a!! - eu falo um pouco alterado.
- A Francine, ta espalhando para todo mundo que é exclusividade sua. - ele fala de uma vez.
- Chama aquela p**a aqui agora mesmo!! - eu falo nervoso e alto.
- Ainda não acabou... - o Mário faz uma pausa dramática e eu fico encarando ele nervoso.
- Você ta querendo que eu dê um tiro na tua cara, aqui mesmo?! Ou vai me contar tudo de uma vez?! - eu falo dando outro soco sobre a minha mesa.
- Eii se acalma!! Ela ta falando que ta gravida. - ele fala e eu olho para ele sem entender nada.
Essa garota é maluca?!
Eu confesso que ela é bem ousada, pois ela chegou aqui na semana retrasada, ela começou a dar em cima de mim, queria a todo o custo me fazer tirar a sua virgindade, até que na semana passada a desgraçada me drogou e eu acabei transando com ela, mas eu não me lembro de nada.
- Eu vou matar esse projeto de p**a!!! - eu falo fora de mim e saindo da minha sala, feito um louco.
Eu juro que vou matar essa pirralha, agora eu entendi como ela veio parar aqui, ela veio por vontade própria, falou que precisava de abrigo e que aceitaria tudo para ter um teto sobre a sua cabeça. A filha da p**a só queria se aproveitar dos benefícios que eu podia oferecer e ela conseguiu me enganar direitinho.
Caminho pelo corredor da boate feito um louco, eu vou pegar essa desgraçada pelos cabelos e vou fazer ela assumir toda essa mentira na frente de todo mundo aqui. Eu estou tão transtornado que acabo trombando em alguém e quando abaixo o meu olhar para ver quem é, tenho uma surpresa.
- Você de novo!! - nós dois falamos ao mesmo tempo.
- Quem é você e o que esta fazendo aqui na minha boate?! - eu falo sem paciência.
- E.u... eu... - a moça fica me encarando fixo e gaguejando, isso está me deixando ainda mais nervoso.
- FALA LOGO!! - eu grito e ela se assusta.
- Eu vim... fa.lar com o senhor Re.enzo. - ela fala assustada e eu a encaro sério, mas tambem confuso.
O que ela ta querendo comigo? Será que é mais uma querendo me dar um golpe? Ela deve ta querendo um emprego aqui na boate, pois eu não estou esperando ninguém. Na verdade... não!!
- Quem te mandou aqui?! - eu pergunto autoritário e um pouco exaltado.
- Ma.dame. M - ela fala em um fio de voz.
Eu a encaro profundamente, começo a analisar inteira, eu consigo ver o medo estampado nos seus olhos. Ela tem as suas curvas, fora dos padrões, mas a danada até que é bem bonita. O que eu estou pensando?!
Espanto esses pensamentos idiotas da minha cabeça, procuro me concentrar no que eu estava fazendo antes, mas não consigo mais focar naquela p**a da Francine. Eu peço para o Mário ir atrás da Francine e deixa-la no quarto dela, para eu me acertar com ela depois.
- Você, vem comigo!! - eu falo firme, olhando nos olhos da moça e começo a caminhar de volta para a minha sala.
É claro que ela é mais uma das interesseiras que me cercam, mas infelizmente eu preciso dela para poder fazer o meu avô feliz.
- Sente-se! – eu ordeno.
Ela fica parada na porta me olhando estranho, eu franzo a minha testa e fico encarando ela fixo, até que ela resolve se mexer e se sentar, como eu havia mandado.
- Ela te explicou sobre o contrato?! – eu a questiono.
- Não. Ela só me pediu para vir até aqui e tratar disso com o senhor Renzo. – ela fala tentando parecer firme.
Eu fico olhando para ela e a analisando, ela me parece insegura, não sei por que mais estou intrigado do porque ela aceitou a minha proposta, no que eu estou pensando, é claro que ela só quer dinheiro, Renzo.
- Aqui está o contrato. LEIA com muita atenção e assine na última folha, onde está o seu nome. – eu falo sério.
Ela fica me encarando novamente, parece que quer me perguntar alguma coisa, mas esta hesitante. Eu mantenho o nosso contato visual, mas ela abaixa o seu olhar, pega o contrato e começa a olhar.
Eu caminho até a porta, para deixa-la ler o contrato, enquanto vou me resolver com a louca da Francine.
- Eu posso... fazer uma pergunta?! – ela fala chamando a minha atenção, antes que eu saia da sala.
Eu paro antes de tocar na maçaneta da porta, me viro para olhar para ela e ela se levanta da cadeira, para ficar de frente comigo, mas ela acaba se atrapalhando com os pés e quase cai.
Eu corro até ela e consigo segura-la antes de cair, os nossos olhos se encontram e ela me olha fixo, com a boca entreaberta e não sei dizer o que está acontecendo comigo, mas eu sinto uma vontade enorme de beija-la.
Ela olha para a minha boca e engole seco, eu me aproximo um pouco dela, mas somos interrompidos por batidas na porta. Ela se levanta rapidamente, ajeita o seu vestido e eu me afasto dela.
- Entra! – eu falo desviando o olhar dela.
- Ohh me desculpe, eu não sabia que estava ocupado. Eu volto depois... – o Mário fala com um sorrisinho sacana nos lábios.
Eu olho para ele bravo, estreitando os olhos, ele faz um gesto com as mãos e sai da minha sala. Eu olho novamente para a mulher a minha frente e ela está de cabeça baixa.
- Pode perguntar. – eu falo e ela me olha.