Capítulo 02

755 Palavras
Capítulo 02 Ela me encara com olhos assustados, acho que ela não consegue lidar com o fato de eu estar aqui, na sua frente. Quase posso sentir seu corpo pequeno e frágil tremendo. Ela pisca seus olhos para mim e sorri nervosa. Acho que ela não entendeu ainda que eu não quero lhe fazer m*l algum. — Qual é o seu nome? — Pergunto. Eu podia sentir a p***a do cheiro de carne fresca. — Eu sou Melissa, mas os mais próximos costumam me chamar de Mel.— Ela me encara, piscando seus grandes cílios em minha direção. — Então, Melissa… — Eu não era seu amigo, não era próximo. Eu era a p***a de um predador faminto. Ela tinha cheiro de carne fresca, chegava a me dar água na boca. Seus olhos, quando piscavam em minha direção, denunciavam que ela tinha acabado de entrar nesse mundo tão obscuro e sombrio. Eu conseguia ver em seus olhos como ela tinha medo de mim, medo de estar por perto. Eu gostava desse efeito que eu causava nela. Seu sorriso morreu um pouco ao perceber que não a chamei pelo seu apelido. Não queria criar um vínculo com a prostituta. — A quanto tempo está aqui? — Giro o líquido acobreado entre os meus dedos, sem tirar os olhos dela. — Dois meses. — Ela suspira pesadamente, sua voz saí um pouco tremida. — Dois meses, hm? — Ela pisca em minha direção. — E como tem se sentido colocando o prazer e o dinheiro lado a lado? — Eu não.. — ela limpa os lábios e desvia o olhar, envergonhada. — Eu não estou trabalhando como prostituta. — Pontua. Surpreso, as minhas sobrancelhas se erguem. Ela parece perceber a minha surpresa, já que as suas bochechas ficam vermelhas. — Não me leve a m*l, senhor. — Ela suspira. — Estou impressionado que uma mulher tão bonita, dentro de um bordel, não seja uma prostituta. — Eu chego um pouco mais próximo do seu rosto. — O que faz aqui, criança? — Eu não sou uma criança. — Ela levanta o queixo. Dou uma risada, seu jeito é algo impressionante de se ver, suas reações e toda a merda da situação parecem tornar tudo mais caótico. — Ah, então ela é valente também... — Puxo uma mecha dos seus cabelos e observo como os fios correm por entre os meus dedos. — Quantos anos tem? Podemos começar por aqui... — Dezenove. — Ela me encara, limpando a garganta. — E o que faz trabalhando em um bordel como garçonete? — Ela dá um meio sorriso. — Eu estou ajudando o meu namo... ex! Ex namrorado! — Ela balança a cabeça e suspira. — Está ajudando um ex? — Tudo parece ficar a cada minuto mais interessante. — Sim, estou. — Ela parece incomodada. — A dívida agora é minha, senhor, e quando assumimos algo, temos que cumprir. A vida prega muitas peças. — Não quer me contar o que... — ela me interrompe. — Não, senhor. — Ela diz, sua voz sai um pouco mais pesada, grosseira. Mas, a doçura não a abandona. Não mesmo. Ela é delicada, ao mesmo tempo. Posso perceber o incômodo que a minha pergunta causou. Seus olhos desviaram para um ponto qualquer e ela afasta um pouco o seu corpo do meu; Ela está com medo, posso sentir o cheiro e eu gosto dela. — Melissa! — Eu testo o tom do seu nome. — Sabe que significa Melissa? — Sim. — Ela diz, simplesmente. — Abelha. — Respondo, ignorando a sua resposta. — Eu estou impressionado que alguém tão bontio carregue um nome ainda mais bonito. — Também estou impressionada. — Ela me encara. — Mas, preciso trabalhar agora... Senhor Reed pode chegar e me ver de conversa por aqui e eu estaria encrencada. — Não estará. — Eu olho para ela. — Sabe quem eu sou? — O senhor é um dos filhos do senhor Reed, Ivo me contou. — Ela murmura. Ivo era o Barman e agora me sinto incomodado por perceber que ela o trata como alguém próximo. Me mordo por dentro somente por imaginar que ele pode estar rondado ela. Uma sensação de posse parece crescer sobre mim quando se trata da garota a minha frente. Isso não faz sentido. Não mesmo. — Sim, mas não só isso... — eu me debruço sobre a mesa, meu rosto chegando bem próximo do seu. — Eu sou o futuro dono de tudo aqui. … Me sigam no insta @aut.May
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