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1091 Palavras
Hugo Gabrielli acordou assustada percebendo que não estávamos mais no restaurante, olhou para o lado me encontrando, seu olhar de pavor é evidente, o médico não está mais aqui, o dispensei quando terminou de falar sobre o estado de saúde dela. Gabrielli realmente teve uma queda de pressão, estou arrependido de não ter confiado nela, deixe minha mágoa pela mentira dela me afetar. – Senhor, onde estou? Onde está Marcele? – Está lá fora com seu pai e Gregório, estamos no hospital, sua pressão ficou baixa e acabou desmaiando, não estava mentindo como pensei, quero pedir desculpas pelo que fiz e a forma que agi. – Podemos ir para casa? Quero ficar com meus irmãos, o senhor me leva embora? Ela parecia vulnerável e apavorada por estar perto de mim, mas agora que estou no controle da situação não vou permitir que se afaste de novo. – O médico foi buscar sua alta, não comeu nada portanto assim que chegarmos em casa você e sua irmã farão uma refeição reforçada, também estou com fome, podemos comer juntos. Talvez sair para passear não seja o melhor ainda, entendo que tudo é muito recente. – O que pretende com tudo isso? Não estou entendendo o porquê disso, sei que cumpriu com sua obrigação com a honra e reputação da minha família, mas não compreendo por que quer viver esse casamento, não somos adequadas para sua família e quero muito que entenda isso. Gabrielli não sabe que sou apaixonado por ela a muito tempo, é totalmente coerente ela pensar que eu queria apenas limpar a reputação e honra dela como também cumprir com uma obrigação. – Pretendo viver com você como seu marido, não há motivos para vivermos de fachada, Gabrielli. Nosso casamento teve o intuito de limpar a reputação e honra da sua família, mas para mim é muito mais que isso. Quando mentiu para mim as minhas dúvidas sobre o que esperava do nosso casamento foram sanadas, você quer viver de fachada e aparências, com certeza acredita que não quero ter você na minha cama como esposa já que cumprimos com o que era esperado de nós. – Sei que tem ódio de mim, o jeito que tudo aconteceu, estou muito confusa e quero ir para casa, por favor. Ela fechou os olhos como se não quisesse me ver e depois tampou os ouvidos, ela não vai poder fugir para sempre, em algum momento terá que conversar comigo. Saio do quarto para deixá-la descansar até receber alta, vou em direção da recepção, mas de repente sou puxado por Jorge para um quarto vazio, Gregório também estava lá junto com Vagner que segurava meu irmão que já estava com um lado do rosto roxo. – Desgraçado, o que estava pensando quando ameaçou minha filha? Jorge chutou meu p*u com tanta força que cai no chão com o impacto do golpe e da dor que estava sentindo. – Sua filha é minha esposa, está se negando a cumprir seu papel comigo, e Marcele faz o mesmo seguindo o exemplo da irmã mais velha. – É. MAS NÃO QUER DIZER QUE TEM O DIREITO DE AMEAÇÁ-LA, SEU i*****l. O QUE PENSOU? QUE NÃO VIGIARIA DOIS e**********s MALDITOS? NÃO CONFIO EM VOCÊS, MOLEQUES INCONSEQUENTES. SE TIVESSE ACONTECIDO ALGUMA FATALIDADE COM MINHAS MENINAS OU COM MEUS NETOS FARIA VOCÊS PAGAREM. A PRÓXIMA GRACINHA NÃO FICARÁ IMPUNE, ENTENDERAM? Vagner soltou Gregório no chão chutando meu irmão, depois fez o mesmo comigo. É uma grande merda ter Jorge cercando todos os nossos passos como se fosse um cão de guarda. Admito que a forma que agi não foi o ideal, estava tomado pela mágoa dela ter mentido para mim, mas não imaginei que ela não estaria mentindo quando falou que estava passando m*l, agora teremos que procurar outras maneiras para nos aproximar das nossas esposas. Gabrielli A volta para casa foi silenciosa, Marcele voltou comigo no carro junto com Hugo, na porta da mansão quando chegamos senhora Margarida estava lá com Jorginho no colo, meu irmão parece ter gostado do colo dela pois estava sorrindo enquanto recebia beijos e carinhos. Não olhei para o meu marido o caminho todo, ainda não consegui absolver tudo que falou, estou com muito sono para pensar na nossa conversa de mais cedo. – Está tudo bem? Nos avisaram que passou m*l Gabrielli, venha comigo, pedi para Naná fazer um lanche reforçado para vocês, será servido no quarto. Marcele me ajudou a descer do carro enquanto a senhora Assis nos guiou até a ala reservada para as mulheres e crianças, Naná já estava nos esperando com vários pratos espalhados em uma pequena mesa, por mais que não estivesse com fome me obriguei a comer, não podia pensar só em mim, mas também no meu filho. – Se quiserem posso ficar com Jorginho para descansarem melhor? – Não seria muito abuso senhora Assis? Jorginho é um bom menino, mas sei que também pode dar trabalho. Marcele tomava a dianteira de tudo, estou com muito sono, mas o médico disse que seria assim por causa do calmante que me deu, também receitou o mesmo calmante para tomar durante o dia, explicou que devo evitar qualquer estresse. – Não Marcele, vou levá-lo para brincar com meu sobrinho neto, o pequeno Lucas vai gostar de ter um amiguinho. Sentia o sono me dominar, por isso não consegui opor ou dizer que não precisava, Marcele agradeceu e foi se deitar ao meu lado enquanto Naná tirava os pratos sujos. – Ela vai machucar o Jorginho fadinha, não deveria ter deixado a senhora Assis o levar. – Não vai não irmã, precisa descansar e vou ficar com você. Papai disse que Hugo e Gregório não vão mais nos ameaçar, ele deu um soco em Gregório e Hugo também não ficou sem castigo. Ela colocou sua cabeça no meu ombro como gosta de fazer desde quando éramos crianças. – Não deveria ter contado nada para o nosso pai, foi ele que nos colocou nessa situação. Hugo pode querer retaliação, papai não vai poder nos proteger para sempre. – Até pode ser, mas ele é nosso pai, cometeu erros, ainda assim não podemos afastá-lo completamente. Ele perguntou sobre nós, dos bebês e quer tentar conviver com Jorginho, disse que iria pensar se seria bom. Minha irmãzinha já não é tão indefesa como pensei durante muito tempo, está cuidando de nós como jamais pensei que faria, estou muito orgulhosa dela. – Obrigada Marcele, sem você seria muito difícil. – Não precisa carregar tudo sozinha, estou aqui para apoiar você, Gabi. Te amo irmã.
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