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1672 Palavras
Alicia Narrando Morro da Rocinha Dia de Baile e o morro tá frenético, a boca num corre maluco de sempre ainda mais hoje que vai ser aberto ao público, tem atrações e o principal os coroas estão voltando das férias eternas deles, porque desde que assumi a Rocinha e me estabilizei de fato, eles meteram o pé pra correr esse mundo de meu Deus e me deixaram na frente de tudo por aqui e agora depôs de anos, é isso mesmo, anos resolvem voltar, mas segundo o meu pai não vai demorar muito por aqui não. Mas tá certo mesmo, no lugar deles quando eu envelhecer quero fazer isso mesmo, meu pai já cuidou desse morro por muitos anos e minha mãe já se aposentou, de vez em quando ela vai no hospital pra fazer alguma coisa, mas é raro mesmo. Bom, pra quem não me conhece eu me chamo Alicia, sou filha da Ananda e do Lobão, do Lobão sim e não tem quem me diga o contrário. Sei de toda a história da minha mãe e do meu genitor, meus pais não me esconderam nada e foi ótimo assim, pelo menos eu não fiquei sabendo das coisas pela boca de terceiros. Ao contrário do que todos imaginavam eu não quis seguir os passos da minha mãe ou da minha Dinda, medicina não era pra mim e olhe que eu até tentei até o quarto período, mas não, ela não era pra mim mesmo, esse legado foi do Marcelinho, ele sim ama a Medicina, por isso assim como a mamãe ele é um excelente cirurgião geral. No começo pra eles aceitarem o que eu queria foi f**a, mas se pensam que quem ficou pesando na minha mente foi a minha mãe, engana- se! Foi o senhor Marcelo, vulgo Lobão que comeu o meu juízo, não queria aceitar de jeito nenhum e nem me treinar nem nada, recorri ao meu dindo Lipe né, aquele dali é f**a também, me deu um sermão de quientas horas, mas me treinou e quando eu dei por mim, o meu pai já estava junto comigo lutando e me ensinando a atirar também, ele viu que não tinha mais jeito, que esse era o meu destino e f**a-se eu já me sentia muito mais que pronta. Terminei tudo o que tinha que fazer e fui dar meu giro no morro, a Maria que já se aposentou mas não deixa de ir lá em casa deixar minha comida pronta, já me avisou que deixou pronta a minha comida e que era pra eu ir comer porque se não eu morreria de fome de tanto trabalhar, dramática toda vida. Peguei minhas coisas, desliguei tudo e quando eu estava pra sair da minha sala escuto batidas na porta e peço pra entrar e assim que a pessoa abre a porta eu já viro meus olhos pra buscar a paciência que eu nem tenho. Alicia - Qual foi Íris, tô de saída tá precisando de alguma coisa?! - pergunto pra ela que me olha com cara de p**a safada e barata que ela tem. Iris - Sério que só foi uma noite e nada mais? p***a eu gostei pra c*****o e bem que poderíamos repetir. - ela fala fechando a porta atrás dela e eu sorrio de lado negando com a cabeça e ela vem em minha direção. Alicia - Mais um passo e eu te deixo careca, nós duas ficamos uma única vez e já faz quase um ano, não pense que eu sou igual a esses machos dono de morro não, que não pode ver uma b****a e já se arreganha. Da mesm forma que você é mulher eu também sou e não Iris, eu não vou ficar mais com você, só foi uma vez, uma noite e pronto. - falo pra ela que fecha a cara e já está pronta pra revidar, quando ouço outra batida na porta e eu mando entrar vendo que graças a Deus é o meu chefe de segurança o Gg. • Vaza Iris e espero que dessa vez você tenha entendido o recado. - falo pra ela que sai batendo perna e o Gg da uma risada sarcástica. Gg - Problemas patroa? - ele fala rindo e eu olho pra ele com tédio. Alicia - O morro já está todo pronto? Não quero que nada dê errado, vai ter muita gente subindo, a propina tá paga dobrada inclusive, meus pais já já chegam, então quero atenção redobrada. - falo pra ele que concorda. Gg - Pode deixar Pantera, eu e a Fera já cuidando de tudo, inclusive ela mandou te avisar que está no salão te esperando e outra coisa, nosso x9 do asfalto disse que está tendo uma movimentação pela Civil, então já tratei de mudar algumas posições e aumentar a segurança. - ele fala e eu bufo bolada batendo na mesa. Alicia - Meu querido irmãozinho não se cansa não é?! Deixa só ele vir mais uma vez que ele vai levar o dele de novo, mas aquele p*u no cu não bota as caras aí fica fácil pra ele. Quero você na minha segurança hoje, sinto que ele vai aprontar, aumenta a segurança em torno dos meus pais e deixa que eu falo com a Liz. - falo pra ele que concorda e saímos da sala e vou em direção a minha moto, subo nela indo dar um giro no morro. Passo pela praça e vejo a Iris no celular e quando me ver fecha a cara, não dou nem atenção, bem feito pra mim que fui me envolver com p**a de morro, mas é aquilo, eu queria saber como era, depois que eu perdi a minha virgindade com o Lucas e tive um lance breve com ele nunca mais me interessei por outro homem, só que a Iris rendeu, não coloquei a boca nela porque eu ainda não estou louca, mas ela me fez gozar como nunca gozei antes só foi uma vez e sempre na primeira oportunidade que ela tem vem comer meu juízo, mas hoje eu deixei o meu recado e espero que ela tenha entendido. Passei o restinho da tarde no salão com a Liz, fiz unha, cabelo, depilação e até acendi a minha marquinha na cabine, por sorte ela tinha levado um biquíni pra mim pra poder a marquinha ficar bem natural. A Liz é uma das trigêmeas dos Dindos, ela é a minha sub, quem surtou lá foi a Dinda, porque o Dindo treinou ela sob os protestos da Dinda. A Liz é a minha parceira da vida, nem se fôssemos de sangue seríamos tão unidas assim, ao contrário da Olivia irmã dela que com a glória do pai está do outro lado do mundo. Depois de fofocar e alinhar várias coisas com ela, subo pra casa pra comer e descansar um pouco antes do Baile. Entro em casa deixando a minha moto estacionada do lado de fora mesmo e vou entrando cumprimentando os vapores que ali estão. Passo direto pra cozinha deixando minhas coisas em cima do balcão e corri para as panelas, eu já estava azul de fome. Bati um pratão e já deixei tudo organizado na cozinha e subi molinha, passei no closet e separei a minha roupa e me deitei na cama já colocando o celular pra carregar e despertar umas nove e meia da noite que dá tempo de despertar com calma e me arrumar também. (…) Me olho no espelho e gosto do que vejo, estou toda de preto, um vestido de couro sintético preto tomara que caia, um r**o de cavalo bem alto, olhos marcantes e com a boca um pouco neutra e um salto preto também. Pego meu celular e vejo uma mensagem da minha mãe avisando que vai direto pra o baile quando chegar, o voo atrasou e por isso eles não estão aqui no morro ainda. Tiro uma foto minha e envio pra ela e na mesma hora chega uma mensagem da Liz me dando já um grito dizendo que eu tô atrasada, essa escandalosa. Saio de casa e cumprimento os vapores, decido ir até a entrada do morro deixar algumas ordens e avisar que meus pais irão chegar daqui um instante. Encontro com o Gg na descida do morro e vamos em direção à entrada, mas assim que chegamos fomos surpreendidos por três carros pretos e logo sacamos as nossas armas, mas para minha zero surpresa meu querido irmãozinho por parte do meu genitor biológico estava bem na minha frente. Delegado Júnior - Ora Ora se não é minha querida irmãzinha, como está linda para ser presa por mim. - ele fala com um sorriso sarcástico pra mim e eu abro outro pra ele. Alicia - Tá ficando esperto irmãozinho, mas o que te faz pensar que você vai me levar presa agora? Delegado Júnior - Pelo simples fato de eu poder te dar opções de escolhas, você se entrega agora por livre espontânea “vontade” evitando uma guerra com o seu morro lotado ou você se entrega agora evitando que seus pais sejam presos, afinal de contas o avião deles acabou de pousar e tem um pessoal meu lá só esperando um sinal meu pra dar as boas vindas pra eles. - ele fala calmamente e eu fecho na hora o semblante. - A escolha é exclusivamente sua maninha! Gg - Não cai nessa, rápido e fácil eu atiro nesse filho da p**a. - ele fala baixo atrás de mim e eu n**o na hora. Alicia - Abaixem as armas, pegue a minha e avise a Liz ela vai saber o que fazer e como fazer o mais rápido possível. - falo pra ele que ainda tenta contestar mas só uma olhada minha ele bufa mas faz o que mandei, entrego a minha arma a ele e faço um sinal pra ele que entende na hora e me aproximo do meu querido irmão que me olha com um sorriso vitorioso nos lábios, mas que não vai durar por muito tempo.
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