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Pesadelos do meu Passado #Romance #Tragedy #Action

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Blurb

Amar e perder alguém é algo que Ayumi presenciou e sentiu na pele muitas vezes. Mãe solteira essa delegada tenta seguir em frente pelo seu filho, até que um dia encontra o homem que vai traze-la de volta ao amor, o detetive Jackson vai despertar uma grande paixão e momentos intensos. Será que Ayumi conseguirá viver uma vida tranquila sem ser consumida novamente pelas lembranças sombrias do seu passado?

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Começos.
Eu lembro do meu primeiro suspiro, lembro da minha mãe dizendo "oi pequenina", eu olhava espantada e cheia de sangue. Eu lembro dela beijando minha testa e também lembro de ter olhado para o lado e ter visto o meu pai, ele chorava e sorria ao mesmo tempo, lembro de cair dos braços da minha mãe e principalmente de um aparelho do hospital fazer uma zoeira irritante. Me recordo da enfermeira me pegar correndo no colo, o sorriso do meu pai se desfazendo e ele dizendo "suma daqui com esse monstro!" depois já acordei dentro de uma estufa que eles chamam de "incubadora". Cuidada por minha tia, quando completei 3 anos ela faleceu, aí sim tive que ir morar com o meu pai e finalmente conheci minhas outras irmãs, Clara era a irmã do meio tinha 6 anos e Tereza era a mais velha com 9 anos, lembro delas me abraçarem e beijarem minha testa sorrindo. ( Na minha família, beijar a testa era sinal de amor, então sempre que fazíamos algo bom e bonito ganhávamos um beijo na testa uma da outra.) Eu lembro de papai sempre chegar em casa bêbado, dele chorar olhando uma foto da minha mãe e de vender as nossas coisas pra pagar dívidas, principalmente os móveis... eu lembro que tinha um porquinho com dinheiro que minha tia sempre colocava moedas e quando morreu me deu de recordação. Quando as coisas apertaram meu pai pegou o porquinho da minha mão e quebrou o mesmo em mil pedaços, papai sorriu quando viu o dinheiro, então sorrir junto com ele, por ter ajudado ele à ficar feliz. - Obrigada Ayumi! Com esse dinheiro vou poder tomar o melhor uísque da região...Agora suma da minha frente! - Sim papai. - sorrio cabisbaixa. Na época de papai ver nossos boletins era maravilhosa, quando ele viu o meu pela primeira vez, ele olhou no fundo dos meus olhos e disse "tenho nojo de você, quando estiver passando perto de mim evite me mostrar esse seu rostinho querida filha". Eu era ingênua, então no natal pedi para o papai Noel da escola uma máscara, ele me deu uma do homem aranha, meu super-herói favorito. Lembro de ter chegado feliz em casa com o meu rosto coberto pela máscara e com o meu boletim nas mãos. - Muito bem Tereza! Tento orgulho de você! - ele beija a testa dela. - Clara melhore mais ano que vem, está bem querida? - ele sorriu e beijou a testa da Clara também, estava tremendo, pois desta vez finalmente iria ganhar um beijo de papai, nem se fosse por cima da máscara, mas iria. - Ayumi... - ele me olha ao ver eu usando a máscara. - Esse ano dei o meu melhor papai! Sou a aluna com a maior nota da sala! - digo ansiosa. - Parabéns menina! - ele se curva, mas não me beija, simplesmente passa sua mão em minha cabeça e sai andando. Eu nunca havia chorado! Nunca mesmo! Por mais que meu pai me tratasse daquele jeito, porém naquela época eu esperei tanto por aquele beijo que meus olhos se encharcaram a noite toda. Completei meus 16 anos, já era uma mulher basicamente, comecei cedo trabalhando em uma loja de designer ao lado da escola, pegava 12:00 largava às 21:00 era 5 dólares à hora e um ótimo emprego, minhas irmãs também trabalhavam bastante, era tranquila a nossa vida, considerando a parte do meu pai continuar bebendo. Eu sempre era a primeira a chegar em casa, então na noite do dia 19 de fevereiro cheguei em casa e meu pai não estava bêbado, entrei e vi ele sentado na mesa de frente pra porta com uma faca na mão. - Oi pai! Boa noite. - Aquela, máscara ficava tão bem em você. - ele disse olhando para a mesa. - Não se preocupe, não vou incomodar o senhor, licença! - Não! Hoje você vai se sentar aqui, de frente pra mim! - ele apontou para a cadeira de madeira com a faca em sua mão esquerda e logo me sento. - Diga... - falo depois de um tempo em silêncio. - Desde que você nasceu, eu evitei demonstrar amor por você Ayumi, porque achava que você era a culpada da morte da sua mãe, achava não, ainda acho, minha decisão não mudou, porém finalmente chegou a hora certa! Tereza já é maior de idade, Clara também...- ele passa a mão nos olhos secando suas lágrimas. - Pai...está chorando? - pergunto surpresa. - Olha pra você! É a cara da sua mãe, quando olho pra você meu coração se parte, mas tenho sido forte por todo esse tempo querendo ou não, você faz parte de mim...é minha filha! - fico surpresa por ele ter me chamado de filha pela primeira vez. - Eu sou um covarde, eu sei! Mas por todo esse tempo eu sempre estive tentando demonstrar algo para você, fracassei e te peço perdão, me desculpe minha filha, me desculpe por ter entrado nessa depressão e não ter conseguido sair, espero que me perdoe. - Claro papai...eu te amo, poxa você é meu pai! Jamais iria odiar você, por mais que eu quisesse... - sorrio e pego na mão dele. - Até o seu sorriso é igual o dela...- ele diz chorando. - Ela esteve me esperando por todo esse tempo, está na hora de eu ir encontrar ela, mas primeiro precisava do seu perdão, não tenho mais motivos para ficar, se cuide minha pequenina. - ele sorri calmamente. Entretanto, ali na minha frente, pegando na mão do meu pai, com a outra mão que ele segurava a faca, ele corta o pescoço, foi a pior cena que podia ter visto, meu próprio pai se matou na minha frente enquanto sorria para mim, foi ali, naquele exato momento que descobri o significado da palavra tristeza, estava tão acostumada a sorrir pra tudo que tinha esquecido como era ser consumida pela escuridão. Anos se passaram, completei 26 anos, havia me formado em 3 cursos, chamava eles de AJA (advogada, juíza e delegada). Me formei em direito com as economias que minha mãe deixou nas 3 contas bancárias de suas filhas e que nunca foram tocadas pelo papai, também havia juntado uma grana do meu serviço na loja de designer, soube aproveitar a quantia. Eu, Ayumi Parker, conheci o general Carlos Wayne, foi amor a primeira vista, depois que ele me conheceu, todos os dias ia ao distrito que trabalhava pra conversar comigo, nos apaixonamos e se casamos no ano seguinte, ele tinha olhos azuis, era loiro, com um sorriso radiante de tão branco que era os seus dentes, tinha o corpo másculo, incrível...Carlos era de fazer qualquer mulher se apaixonar, porém num certo dia ele foi direcionado para um ataque em Moscow e depois de semanas sem saber notícias dele, finalmente recebi um telefonema, ele havia sido atingido por uma bomba no qual o matou na hora. Sete dias após o acidente, descobri que estava grávida do meu pequeno filho Henry e ter aquele bebê fez eu renovar um pouco da minha felicidade, prometi a mim mesma, que jamais me apaixonaria, jamais deixaria outras pessoas entrar na minha família! Me fechei ao máximo que pude, tornei-me uma mulher fria, calculista e principalmente orgulhosa, não demonstrei nenhum afeto para mais ninguém que não fosse minha família ou seja, meu filho e minhas irmãs. Bom, pelo ou menos foi o que eu pensei naquela época. Hoje tenho 33 anos e meu filho Henry tem 5 anos, ele é a cara do pai só a boca que é igual a minha, infelizmente. É triste você gerar uma criança dentro de você por 9 meses e ela vim a cópia do pai. ÉPOCA ATUAL - Bom dia senhora Parker! - minha assistente diz na porta de vidro da minha sala. - Bom dia Amanda! Alguma novidade para hoje? - questiono com um leve sorriso enquanto bebia meu cappuccino da padaria ao lado da delegacia. - Bom, tirando a parte que demitiu seu detetive e acompanhante nas missões essa semana, não! - Ele era imprestável ok? Não sabia fazer nada direito! - digo me sentando na poltrona de couro sofisticada. - Senhora, se me permite, já demitiu 4 detetives esse mês, se continuar nesse ritmo o seu caso vai pro tribunal da corte federal, vão querer saber razão de uma delegada de Nova Jersey demitir tantos detetives assim. - ela diz com o seu tablete nas mãos. - É, você tem razão, tenho que me controlar! - sorrio de leve tomando um gole do café. - Amanhã mande um novo pedido de detetive para a corte federal, eles com certeza, irão escolher um bom e peça desculpas em meu nome! Será a última vez que farei isso ou assim espero. - ligo o meu computador redirecionando os meus olhos para a tela do mesmo. - Tenho outra novidade! - ela sorri. - Qual? - questiono arqueando uma sobrancelha. - A senhora veio vestida de azul, não de preto e sim de azul, azul bem escuro por sinal, mas veio de azul! - ela começa a rir, dou apenas um sorriso de lado para a mesma. - Minhas roupas pretas estavam sendo lavadas hoje, então sem roupas pretas! - sorrio aplaudindo a atenção dela. Sempre usava roupas coloridas, mas depois da morte de meu marido, recordei da morte do meu pai, da minha mãe e de titia, então passei a usar só preto, tudo preto, para ficar de luto e demonstrar respeito à essas pessoas que amei com todo o amor do mundo. - Bom, enquanto não tenho um novo detetive, terei que me contentar com o sargento Doss, vamos ao trabalho! - digo pegando o meu distintivo e meu revólver calibre 38. - Informações sobre o caso. - Claro! - saio andando pelo corredor ao lado de Amanda. - Há um fazendeiro, brigando com outro fazendeiro por terras, ele está com a arma na cabeça do pobre trabalhador, e vizinhos do lote ao lado pediram ajuda! - Amanda diz com o comunicador nas mãos. - Ok! Chame o Doss, tenho uma vida para salvar! - saio andando. Depois de uns minutos, cheguei ao local, poderia dizer que foi um milagre o fazendeiro armado não ter atirado ainda, fiquei dentro do carro analisando a situação. - Ayumi, ele ainda não atirou... - Doss fala apontando o dedo. - Podemos armar um plano e você... - Não, sem planos! Vou fazer como sempre faço...ele vai se render, porque ele é um cu.zão sem coragem, caso contrário já teria puxado o gatilho. - saio do carro e vou andando em direção aos fazendeiros e enfio na frente da arma. - O quê? - o fazendeiro com a arma apontada se surpreende. - Oi camarada! Qual o seu nome? Por enquanto te conheço só como "fazendeiro louco". - digo olhando fixamente para ele. - Charles...- ele diz. - Charles, eu estou vendo você com uma baita espingarda na minha cara agora, então dá pra você abaixar ela? - pergunto. - Não...eu vou matar esse viga.rista! Eu vendi 1/3 da minha terra para ele, esse idi.ota simplesmente virou pra mim e disse que não vai pagar, tenho 4 filhas senhora, minha mulher está doente, preciso de dinheiro e depois esse cretino pegou 15 mil, emprestado com o banco pra arrumar as terras, mas não pegou dinheiro pra pagar a dívida comigo! - ele diz chorando de ódio. - Cara.lho! - viro pra trás encarando o homem que estava tremendo de medo da arma. - Até eu quero te matar agora, mas não posso! - digo fazendo cara de desapontada. - Minha família precisa de mim, não importo de matar esse homem para conseguir minhas terras de volta. - Charles diz com a mão trêmula, confesso que estava com medo dele puxar o gatilho. - Olha Charles, acha mesmo que matando esse pobre coitado vai conseguir viver em paz? A polícia estar aqui, eu sou delegada, entende? Se matar esse homem vai direto para cadeia e sinceramente sua mulher precisa de você, suas filhas precisam de você, então se largar essa arma e se render, a gente te leva preso, porém eu vou julgar o seu caso e diminuir sua pena pra você conseguir cuidar da sua família, ok? Me entregue sua arma, por favor! - estendo a minha mão para ele. - Promete que vai me ajudar, delegada? - ele pergunta tremendo. - Claro amigo! Posso te chamar de amigo, né? - pergunto com um sorriso largo. - Sim senhora...- ele diz me entregando a arma e sendo acompanhado para o carro com o Doss. - Agora você! - viro pra trás e encaro o homem. - Me dê as assinaturas vou anular essa compra e venda dessas terras. - Não pode fazer isso! - Acha que não posso? - se aproximo do rapaz e encaro ele frente a frente. - Tá se achando muito dona, não passa de uma simples va.dia que resolveu brincar de polícia e ladrão. - ele sorri encarando os meus olhos. - Não querido, eu sou apenas uma mulher, que ralou muito para chegar até aqui, coisa que você nunca vai conseguir e nem seus filhos se tiver sorte de encontrar alguma mulher pra viver ao lado de um ser tão desprezível e nojento como você! Passar bem vigarista. - saio andando, porém volto com o dedo indicador esquerdo pra cima. - Ah! Tem sorte de não te prender por desacato à autoridade. - sorrio dando um chute entre as pernas dele recolhendo as assinaturas de venda das terras do mesmo.

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