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Paris

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intro-logo
Blurb

Martin González é o melhor jogador de futebol do mundo. O argentino trocou de uma forma repentina o time que o fez virar a grande estrela do futebol mundial, pelo Paris Club Sportif, um clube em ascensão da capital francesa, deixando a todos curiosos. Martin é o típico Bad Boy arrogante, personalidade difícil, que adora ter todos aos seus pés, principalmente as mulheres, mas o que ninguém sabe é que ele quer reconstruir sua vida, marcada por um passado muito doloroso. Em Paris ele conhece Hannah, uma brasileira que não não está disposta a ser gentil com o Bad Boy argentino.

Hannah é apaixonada por três coisas, Literatura, jogos online e Futebol. Ela quer buscar seu lugar ao sol sem usar a fama de sua irmã, uma famosa vocalista de uma banda de Rock, e vê em Paris o lugar perfeito para realizar os seus sonhos e concluir seu Mestrado em Literatura. Seus caminhos se cruzam com o de Martin, o jogador arrogante que ela sempre detestou, e ele também não está disposto a ser gentil com a garota brasileira que foi capaz de colocar o seu ego abaixo.

A rivalidade disputará uma partida com o amor, e nesse jogo quem vencerá?

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À bientôt Brésil
Hannah         Ah, que saudade! Mas, o que realmente é saudade? É uma palavra pequena, que expressa algo tão intenso, um sentimento de vazio por dentro, de alguma coisa, alguém que se foi... Vai apertando o peito, e chega a transbordar. Às vezes me sinto assim, desde que minha mãe se foi, e agora diante das minhas malas sendo levadas pela esteira do aeroporto, esse sentimento toma conta de mim mais uma vez. Uma saudade de tudo que vivi aqui em São Paulo, e olha que ainda não embarquei, não cheguei à Cidade Luz... Mas, o amor que eu sinto por esta terra, pela cultura, pelos meus amigos, e principalmente por minha família é tão grande que me faz sentir saudade antes mesmo de partir. Meu pai se aproxima de mim, sua expressão é própria de sua personalidade paternal, preocupação, um pouco de desespero, e um amor imenso que transborda levemente em tímidas lágrimas de seus belos olhos castanhos.  — Pai, não chora! Eu já estou morrendo de saudades, e você me faz essa cara... Eu não aguento! — Você diz isso porque não é mãe ainda, mas no dia que for... E ver suas filhas crescerem, irem embora, você vai fazer a mesma coisa, ou até pior! — Ele diz e me abraça. — E Giu, onde está? Ele falou que viria, e não apareceu! — Eu o solto um pouco, e o encaro. — Ele está a caminho, pelo menos foi isso que me falou! — Assim que meu pai se pronuncia sobre meu irmão, uma voz, em som ambiente avisa que o voo 747 com destino à Paris sairá dentro de quinze minutos. — Acho que ele não vem, o voo sairá em quinze minutos, e eu preciso ir!  Eu o abraço forte. Uma lágrima insiste em escorrer, eu me afasto e o encaro. E algumas lembranças vêm à minha mente... O dia em que nós quatro, meu pai com Giu nos braços, Allanis e eu com a maior cara de sono, chegando de Madrid e pisando em solo brasileiro pela primeira vez. Meu pai estava voltando para sua terra, e para nós três era tudo tão estranho e novo, mas descobrimos com o passar dos anos que nossa vida foi de descobertas, ou seja, descobrimos o nosso Brasil. E agora, era a minha vez de deixar a Terra adorada, e descobrir a Cidade Luz.  No portão de embarque me despeço mais uma vez de meu pai, que faz inúmeras recomendações para a minha estadia em Paris. E antes que eu siga o meu caminho, escuto alguém gritar por mim. — Hannah, Hannah... — Paro, e observo meu irmão correndo em minha direção. Eu abro meus braços, e ele me abraça fortemente. Ele se afasta, me encara com aqueles grandes olhos verdes, e um sorriso nos lábios. — Pensei que você não vinha! — Acha mesmo que eu perderia a chance de conferir se eu realmente estou me livrando de você? — diz esboçando um sorriso debochado nos lábios, e eu dou uma leve t**a em seus ombros. Eu sorrio. — Calma, isso dói!   — Até parece, você enfrenta coisa pior em campo e nos treinos, tem dia que chega todo quebrado em casa!  Antes que continuemos, a voz informa mais uma vez que faltam cinco minutos para o embarque, então não posso mais me despedir, tenho que partir! À BIENTÔT BRÉSIL!    Depois de onze horas e vinte minutos, dentro de um avião sem escala, de Guarulhos à Paris, a primeira coisa que avisto, quando o piloto avisa que estamos em solo francês é ela: la Tour Eiffel. É realmente incrível. Eu sinto em meu coração, que Paris não será apenas o lugar onde concluirei meu curso de mestrado, mas o lugar de uma nova fase na minha vida,  de descobertas, de conhecimento, e quem sabe um grande amor... Afinal de contas vou morar na Cidade do Amor, não é mesmo? Entretanto, eu não deixei minha vida em São Paulo para namorar, mas se acontecer... Tudo bem! Faz um bom tempo que não namoro ninguém, desde que... Ah, deixa para lá! O aeroporto está repleto de pessoas, mas a presença delas é bem obvia, não é por causa de viagem, muitas, muitas mesmo, estão vestindo a camisa do Paris Club Sportif. E provavelmente devem estar à espera de Martin González, o mais novo jogador do Paris. Eu não achei que eles tenham feito uma boa contratação, pois o sujeito além de ser argentino, é arrogante, prepotente, e outras cositas más! Como eu sei disso? Simples, sou fã de futebol, torcedora fanática do Real Deportivo de Madrid, e Martin jogava no Clube Atlético da Catalunha. Não preciso falar sobre a rivalidade entre os clubes, o que aumentou ainda mais com o comportamento dele, que sempre fez questão de irritar, provocar e debochar do meu time, dos jogadores e tudo mais. Isso sem contar, a rixa entre ele e o nosso capitão, Raúl Ibañez. Então, definitivamente... Ele pode ser o melhor jogador do mundo, mas o Paris Club Sportif  não fez uma boa contratação!  O trânsito estava terrível, sai do Aeroporto Charles de Gaulle, e só consegui chegar ao apartamento em que irei morar, depois de quase uma hora. Parece que a cidade resolveu venerar sua nova estrela, ou como o próprio Martin falou: seu novo Rei. É, veremos o rei em ação quando o Paris Club Sportif enfrentar o Real Desportivo de Madrid, é muita presunção de uma pessoa, só acho! Chegar em minha nova casa era algo muito esperado por cada parte do meu corpo, pois estou bem cansada. Eu olho para o hall de entrada. A tecnologia é algo incrível, eu passei uma semana tentando encontrar um lugar legal próximo do centro de Paris, e que também ficasse perto da Universidade. E ainda bem que encontrei, e é igual ao que visualizei no meu notebook! O Hall de entrada com seu piso marrom, as paredes brancas, e o acesso ao elevador é realmente todo espelhado. A entrada até o apartamento é da mesma cor que o hall, e o apartamento também é do mesmo jeitinho das fotos. Porta branca, a sala da mesma cor, uma parede envidraçada de frente para a entrada, uma pequena cozinha junto à sala, e ali mesmo na entrada eu coloco as minhas malas num canto, pois preciso conferir o quarto.  Tudo do mesmo modo, um quarto amplo com uma grande cama de casal no centro, de um lado o banheiro e do outro uma parede igual à da sala, mas com uma porta para a varanda, afasto a cortina e abro a porta, e dou de cara com um parque, muitas árvores. Eu observo a paisagem, e uma ponta de saudade volta a tomar conta de mim, e o poema de Gonçalves Dias me vem à mente: “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá”. A saudade de sua terra era grande, o poeta escrevia cartas para seus amigos e familiares, dando notícias e tentando de alguma forma sanar esse sentimento de vazio, mas eu não sou Gonçalves Dias, e estou em outra época... Em meu celular, procuro pelo nome “Pai”. — Oi! Acabei de chegar ao apartamento... é do jeito que nós vimos pela net, do mesmo modo!  — Que bom, filha! Fico mais tranquilo... Olha, acho que você deveria ligar para Allanis, ela disse que tentou te ligar e não conseguiu, eu também liguei e você não atendia. Algum atraso com o voo? — Não, apenas peguei um engarrafamento monstro. — Você viajou a Paris, ou voltou para São Paulo? — Ah, muito engraçado, senhor Cesar! Eu vou desligar, amanhã te ligo. Beijo!  — Tudo bem. Beijos! Assim que eu desligo, procuro pelo nome da minha irmã, espero alguns segundos até que ela atende. — Que demora em atender um telefone, Hannah! Já está perdida por aí? — Não sua i****a, é que isso aqui está uma loucura, e eu demorei quase uma hora do aeroporto até o apartamento.... O táxi ficou travado pelos lados do Stade de France! — Ah, não me lembra do nome desse estádio, eu tenho pesadelos até hoje! — Exagerada! Acho que os 7 x 1 foi pior, eu passei uma semana ouvindo “GOL DA ALEMANHA”, isso sim... Foi muito pior! — É verdade, acho que os dois momentos foram traumáticos. Mas, vamos esquecer isso, o Brasil não deixou de ser o único Pentacampeão do mundo, mesmo com todos aqueles “ GOL DA ALEMANHA GOL DA ALEMANHA”. E Mudando de assunto, o que houve em Paris, mon amour? — Ela pergunta debochadamente. — Ah, o Rei da França acabou de chegar, e todos os seus súditos resolveram sair ás ruas, e esperar por vossa majestade, “o ridículo”! — Nossa, que raivinha é essa? Vai acabar encontrando com ele por aí, e se apaixonando, mana! — Ela fala debochadamente novamente, e escuto sua risada. —Você está louca? Se por acaso uma sandice dessas acontecesse, desde já você está autorizada a mandar me internar, porque provavelmente eu estaria louca, só pode! — Eu falo, e solto uma gargalhada. Algo assim seria uma grande piada!  — Olha lá, hein! O argentino é bonitão, aquele cabelo longo, olhos azuis, uma boca carnuda, um corpão sarado, e aquele jeito de bad boy? Eu acho que não dá para resistir, não! — Deixa de ser i****a, Allanis!  Essa conversinha mole de Allanis estava começando a me irritar. Eu nunca achei aquele argentino bonito, e não seria agora que estamos vivendo na mesma cidade, e eu sinceramente espero nunca encontrá-lo, quer dizer... Apenas quando o time merengue vier à Paris para derrotá-lo, isso eu faço questão de ver, e principalmente a cara de decepção daquele debochado. E antes que a minha conversa com Allanis se estenda, e eu discuta com ela, porque se tem uma coisa que ela adora fazer, e sempre consegue, é me irritar. Um som estridente soa na direção da sala, acho estranho, não me lembro de esperar por ninguém, me despeço de Allanis, caminho até a sala e atendo o interfone.   Martin    Trocar o Clube Atlético da Catalunha por Paris não foi fácil, nenhuma mudança é, principalmente quando envolve muito dinheiro e uma multa milionária antes do contrato vencer, e o mais importante... Quando o clube não quer te deixar partir. Mas, tornou-se necessária, e eu precisava de novos ares depois de tudo que aconteceu, afinal de contas eu não queria ficar em um lugar que me trouxe aborrecimento, na verdade a palavra certa para o que eu passei no Clube Atlético da Catalunha é decepção. Não foi com a cidade, o clube, ou a torcida, mas com algumas pessoas, e a proposta do Paris Club Sportif apareceu na hora certa. É claro que eu tive propostas de outros clubes, principalmente do Real Deportivo de Madrid, entretanto eu jamais trocaria um pelo outro, todas as temporadas que joguei no Clube Atlético da Catalunha me fizeram entender a essência daquela rivalidade que vai além do futebol, e me fez respeitar demais e acreditar nos ideais da Catalunha, além de ter conhecimento que não seria muito bem recepcionado pela torcida, e muito menos por alguns jogadores, e isso se deve ao que os fiz passar, é fato, e posso afirmar que fui o carrasco de Madrid por cinco temporadas, eu não os deixei vencer no campo do meu antigo clube, e muito menos no em seu próprio estádio...  Pensando assim, dá um pouco de pena deles!  É impressionante como a torcida parisiense, e a cidade me recepciona desde que coloquei meus pés aqui! Tudo está parado para me receber, e isso me faz lembrar a minha chegada ao Clube Atlético da Catalunha, não há comparação... Era outra época, eu começava a ascender no mundo do futebol, e chegava ao time catalão com status de promessa, e passei um tempo no banco até conquistar a titularidade, e depois que isso aconteceu não fiquei mais no banco. Agora, seis anos depois, chego em Paris com status de Rei, o salvador, aquele que poderá levar o Paris Club Sportif às finais da Champions of Europe, e quem sabe ao mundial de clubes, é uma evolução na minha carreira e principalmente na minha vida. Um garoto pobre que vivia na periferia de Buenos Aires, que muitas vezes não tinha o que comer, o filho mais novo de três irmãos, que hoje venceu na vida, através de muito trabalho, dom e dedicação.  A cidade estava parada, todos queriam me recepcionar, e foi muito difícil chegar até o hotel, felizmente conseguimos depois de driblar um batalhão de pessoas e repórteres. Eu tive uma noção maior do que estava acontecendo naquele lugar, quando sai até a sacada para avistar a Torre, e dei de cara com uma multidão que estava à minha espera. Realmente, Paris é uma cidade incrível, e algo me diz que serei muito feliz aqui. Sou tirado de meu momento de encanto por Paris, quando escuto a porta bater.    Hannah   Eu não acredito que Amélie me arrastou até esta boate! Eu estou cansada, mas ela insistiu tanto, dizendo que nós precisávamos comemorar minha vinda á Paris, e acabou me convencendo. É... Este é o jeito dela, desde que a conheci quando jogávamos Battle of the Knights, nosso jogo favorito, ela sempre tem um jeito maluco de me convencer, foi assim quando estava analisando, e tentando escolher que Universidade seria ideal para mim, e ela me ajudou a escolher Sorbonne, embora eu tivesse uma fascinação por este lugar, acabei por escolhê-la, “afinal de contas não é todo dia que aparece a oportunidade de estudar na mesma universidade que grandes pensadores da humanidade, e pessoas ilustres já estudaram, não é?” Esse foi o discurso de Amélie para me convencer.... Diante de uma fila para entrar na boate, eu sinto que deveria estar em casa, eu não queria realmente estar aqui e ainda tenho que enfrentar uma fila. Eu odeio filas! — Que d***a Amélie, por que você insistiu tanto para que viéssemos para este lugar? Ainda temos que enfrentar essa fila!  — Calma Hannah, nós entraremos em breve. Relaxa, hoje é sexta-feira! E outra coisa, a senhora poderia muito bem se passar por Allanis, mas... — De jeito nenhum, eu estou feliz por não me reconhecerem em Paris, e espero que continue assim! — Pois, se eu estivesse no teu lugar, eu aproveitaria a fama da minha irmã gêmea famosa, usaria e abusaria disso, sim! — Você diz isso, porque nunca foi perseguida por fãs ensandecidos! — Amélie está louca. Eu jamais me aproveitaria da fama de Allanis. Isso seria criminoso.   Meu olhar não é nada amigável para ela, pois não entraremos em breve! Quando chega  finalmente a nossa vez, eu dou graças aos céus, pois não aguentava mais esperar. Adentrando o lugar, meus olhos ficam abrindo e fechando, não suporto estas luzes coloridas girando para todos os lados. Amélie me arrasta para a pista de dança, e lá parece que as luzes querem realmente me deixar cega, mas me forço a esquecê-las quando aquela batida estridente cessa, e uma música familiar soa em meus ouvidos. Aquele solo de guitarra suave e insano, e uma voz que sempre me deixa maravilhada. ♪I've exposed your lies, baby The underneath is no big surprise Now it's time for changing And cleansing everything To forget your Love♪   Realmente é tempo de mudar, purificar o presente, esquecer o passado, e olhar para o futuro. Ah... O Muse e suas músicas maravilhosas! Uma energia tão boa percorre meu corpo, eu esqueço onde estou, o cansaço, tudo some quando escuto a melodia viciante de Plug in baby, danço como se não houvesse amanhã, afinal de contas.... Je suis à Paris! Depois de dançar muito, eu me afasto para beber alguma coisa. O bar está lotado, muita gente, uma confusão tremenda, felizmente eu consigo chegar até o balcão e pedir uma bebida. Enquanto eu espero, meu olhar percorre o todo aquele espaço, e percebo um aglomerado de pessoas perto da pista de dança, parecem que estão cercando algo, ou alguém. O barman me entrega a bebida, bebo um pouco, viro-me, pronta para voltar para pista, mas alguém atrapalha a minha passagem, e era uma vez o meu mojito. A minha frustração vai embora, e a raiva toma conta de mim quando meu olhar encontra aqueles olhos azuis, sua expressão de arrogância toma conta de sua face, e a voz grave me deixa bem irritada. — ¿Estás ciega?  

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