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O cálice de Elena

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Blurb

Elena cresceu em uma comunidade onde humanos e vampiros vivem sob um pacto tenso. No entanto, sua vida toma um rumo sombrio quando ela é marcada como a próxima noiva sacrificada para os vampiros. Mas um segredo devastador ameaça sua entrega: seu próprio nascimento é envolto em tragédia e segredos profundos. À medida que seu vigésimo aniversário se aproxima, Elena é confrontada com o peso de seu destino e a verdade obscura de sua existência. Em meio a traições e revelações chocantes, ela embarca em uma jornada para reescrever sua história e encontrar uma luz na escuridão que a cerca.

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O Sacrifício de Maria Luiza
Eu nunca imaginei que minha vida daria uma guinada por algo que aconteceu há tanto tempo, antes mesmo de meu nascimento. Nem mesmo os sonhos mais fantasiosos poderiam criar a sensação e o frio na barriga que a du sinto neste exato momento. Morrer por algo ou alguém é libertador, especialmente quando se dá tudo de si para libertar alguém de seus demônios internos. Bem, esta história começa há muitos anos, antes mesmo do nascimento de nossa protagonista. E antes de falar do meu presente e da situação de vida ou morte em que eu me encontro, é preciso apresentar a história de sua aldeia. Tudo começou muitos anos atrás, para ser mais preciso em 1622, quando alguns marinheiros atracaram em uma pequena ilha chamada "Ilha da Convivência". Era um lugar pacífico onde os marinheiros viviam em casas simples de madeira com suas famílias, um pequeno paraíso. Porém, exatamente em 1990, um grupo de cinco homens chegou a essas terras quebrando sua paz. Eles eram vorazes e destrutivos, matavam moradores a sangue frio atacando toda noite, o que levou aos marinheiros a chamá-los de "Demônios da Meia-Noite". Eles possuíam incríveis velocidade e força, além de habilidades incompreensíveis para os humanos. Para evitar tais massacres, o líder da aldeia fez um acordo com o líder dessas criaturas: "A cada vinte anos, enviariam uma humana pura para servir como sacrifício de sangue." Assim, anos se passaram em paz, com uma mulher sendo enviada a cada vinte anos para ser amarrada em uma árvore chamada de Árvore do Sacrifício e deixada para morrer. Mas esse sacrifício mantinha nossa vila em paz, até vinte anos atrás. O sacrifício da vez se chamava Maria Luiza de Souza Guimarães e, na época do acontecimento, estava a dois dias de completar vinte anos de idade. Ela deveria ser o sacrifício de sangue final, a noiva perfeita. Sim, ela estava prometida em casamento, sem sequer saber disso. Todos achavam melhor manter segredo, pois ela sempre foi uma bela e jovem mulher, com olhos castanhos claros, cabelos lisos, cintura invejável e uma beleza que atraía olhares. Sempre usava um diadema em seus cabelos, era cheia de vida, carismática e amada por todos. Assim que Maria Luiza acordou, se arrumou para sair em direção à biblioteca da ilha. Antes mesmo de tomar café ela caminhou pelas ruas até chegar a uma casa grande que aparentemente tinha dois cômodos, sendo estes uma ampla sala com estantes e um banheiro. Assim que ela passou pelas portas, acenou para a bibliotecária e escolheu um dos livros que lá tinha. O livro tinha por título "Sentimentos do mundo" um livro de poesia de Carlos Drummond de Andrade. — Bom dia Maria Luiza, vejo que acordou com fome de livros regionais! - Disse a bibliotecária. A bibliotecária era uma mulher de meia idade, um olhar cansado, ela sempre amarrava seus cabelos loiros em um coque, alguns fios brancos eram visíveis mas ela não os pintava, adorava mostrar sua experiência. usava um vestido florido e óculos no topo de sua cabeça. — Sim senhora, Carmen. para ser sincera, gosto muito das rimas e versos. — Percebi minha jovem, apenas esta semana é seu segundo livro. Maria Luiza riu de leve, enquanto caminhava até a bibliotecária com um cartão em mãos. — Aqui senhora, o livro e o cartão. Após alguns minutos, a bibliotecária anotou o número de inscrição posto no cartão da biblioteca e anotou o título do livro. Isso foi o suficiente para Maria Luiza sair com o livro do local e ir para a própria casa onde se sentou à mesa para tomar o café da manhã. Maria Luíza sempre fora uma jovem mulher muito sozinha, morava com seus pais que eram rígido com ela. O pai se chamava Antônio, a mãe se chamava Rita. Cláudio era um ex marinheiro, seus olhos eram azuis e seu cabelo em corte militar. Vivia usando calça larga e camisa social, mas se você olhasse para seus pés perceberia o que quebrava aquela postura de homem elegante, usava havaianas com meia. Já a Rita, a mãe de Maria Luiza, usava vestidos rodados, sapatilhas e um sorriso simpático. — Me desculpem a demora, eu estava na biblioteca. — Enchendo sua cabeça com essas bobagens de novo? Eu sou contra as mulheres lerem essas baboseiras, pois enche a cabeça de vocês com coisas desnecessárias ao invés de arrumar a casa e fazer comida. Maria Luiza se calou, seu pai sempre fora muito rígido quanto ao que ele achava "ser para mulheres e não ser para mulheres". — Querido, eu não acho tão r**m assim se ela quiser ler, deixe que ela sonhe um pouco. — Sonhar é para crianças e para quem está dormindo. Maria Luiza respirou fundo enquanto abaixava a cabeça. — Sim, senhor. Ela tomou café em silêncio, após todos se levantarem ela lavou a louça e se retirou levando o livro consigo. Maria havia se chateado com seu pai e suas palavras. — Grosseiro... - disse ela chutando uma pequena pedra no chão. Maria Luiza caminhou em direção à praia, onde a jovem mulher elevou seus olhos para o horizonte, observando a vastidão azulada do céu e do mar diante dela. Ela fechou os olhos e sentiu a brisa fresca do mar tocar suavemente em seu rosto. Seus olhos marejaram, ela se questionava, enquanto o barulho das ondas se quebrando na enseada acalmava as dores internas psicológicas que seu pai havia causado dentro dela. A praia naquele momento estava com alguns barcos ancorados, provavelmente haviam acabado de chegar de uma viagem arriscada pelo oceano em busca de alimento, como sempre costumava acontecer. — por que mulheres não podem ter acesso à educação? porque meu pai ainda tem a semente retrógrada? - ela suspirou pesadamente — conheço tantas partes do mundo sem se quer sair daqui... O coração de Maria estava pesado, seu pai sempre fora então grosso com ela, como se ele nunca tivesse Amado a jovem. — As vezes a nossa cabeça é fechada e precisamos de alguém para expandir nossas mentes. Respondeu um rapaz cujo seus cabelos eram lisos e pretos, seus olhos eram castanhos escuros, quase pretos como a noite, este rapaz estava debruçado na lateral do barco de pesca com um leve sorriso ladino em seu rosto. — Meu pai não me deixa ler livros. — Mas esse é o único meio de você conhecer outros lugares, de explorar inversos, tão ultrajante ele não a deixar ler, logo quando a leitura é uma das coisas maravilhosas de se ter. — Sim! - respondeu indignada. — Tenho alguns livros aqui em meu quarto, quer dar uma olhada? — Eu poderia? — Claro bela jovem! Maria subiu a bordo e foi guiada pelo marinheiro até o quarto do mesmo, e lá a jovem encontrou alguns exemplares de livros de ficção, um novo mundo a explorar. Ele fechou a porta e depois disso ninguém mais soube o que aconteceu. Dois dias depois, exatamente no aniversário de Maria, a jovem acordou animada, porém sentindo um pouco de dor em seu abdômen, se mantendo deitada durante toda a parte do dia, tendo coragem apenas de levantar-se ao cair da noite, na tentativa de ir comer algo, porém assim que ela levantou a porta do quarto dela se abriu de maneira brusca, era o pai dela com o semblante sério. A jovem pensou que ele tinha descoberto sobre ela ter ido até a praia, e ter embarcado em um barco para ler mas, ao invés de bater nela ele a segurou pelo antebraço, arrastou a jovem até fora de casa, ela achou que estava sendo expulsa mas quando atravessou a porta de entrada pôde perceber a presença de alguns dos anciãos da vila. — Pai, o que está acontecendo? O pai da jovem não respondeu e a levou a força para fora da vila, em específico exatamente no meio da floresta. Os anciãos seguiam a jovem iluminando o caminho com tochas alguns carregavam cordas. — Por favor pai, não deixe que me machuquem! O lugar era assustador, a floresta naquele ponto se abria com uma única árvore em seu centro, o local era circular, havia sido feito pelos humanos para que fosse exatamente lá o local do sacrifício. A árvore em seu centro era um pinheiro, que aparentemente havia sido replantado a alguns anos. Desesperada, ela chorou e gritou por ajuda, mas ninguém a ouviu, os anciãos a amarraram em uma árvore enquanto ela se debatia, chorava e implorava por ajuda, porém a ajuda não chegou. Logo, os anciãos de um a um foram deixando a jovem para trás, até que o último que ficasse fora seu próprio pai. — Pai, por favor, não me deixe aqui, eu faço o que o senhor quiser, eu paro de ler, abandono os livros, arrumo melhor a casa, faço a comida, faço o que o senhor quiser. — Para ser sincero, eu não sou seu pai, sua mãe me traiu a vinte anos atrás, você é fruto dessa traição, fico feliz por me livrar de você.

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