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Acorrentados pelo destino

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Blurb

Ela veio do passado, obrigada a seguir os costumes de seu povo e dona de um poder sobrenatural herdado de seus antepassados, tem sua história interrompida por sua própria magia. Ele vive no futuro, é um jovem explorador cheio de problemas, descobre uma cidade inteira congelada e passa a estuda-los até que algo impossível acontece, a cidade começa a despertar de sua inércia, ele encontra entre os habitantes uma moça que lhe chama atenção, parecia uma princesa saída de contos de fada, seus olhos tinham uma cor estranha, indefinida por enquanto.

Aos poucos ela vai despertando de seu sono e trazendo com sigo sentimentos que o jovem Leon, nunca antes sentiu.

Será que o passado e o futuro se unirão?

Nossos jovens quebrarão o espaço tempo?

Fugirá nossa donzela de seu fardo?

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Violenc ( a cidade da magia) (1670) Depois de Florence.
Através do mar e além do horizonte vasto, há muito esquecida pelos homens havia uma antiga civilização, VIOLENC era o seu nome, era assim chamada pela junção do nome de seu rei e rainha. Após a grande guerra que houve entre os homens comuns e os que possuíam magia , um jovem guerreiro grego partiu de sua terra fugindo. Florence era um belo rapaz, honesto e digno, mas seus olhos escondiam a sombra de uma antiga magia que há muito já não existia e que apenas alguns possuíam, chamaram de a marca da morte e quem tivesse a marca da morte nos olhos não podia viver entre os homens comuns, eram perseguidos pelos impiedosos paladinos negros, homens fiéis a igreja e que usavam o nome de Deus para cometer atrocidades sem tamanho. Por muito tempo a mãe de Florence conseguiu esconder seus olhos com um chá que lhe dava desde que nasceu, mas acabaram todas as ervas e os olhos dele ganharam a cor original, eram violetas, quase roxos, uma leve insinuação de rosa brilhava no meio deles. Florence fazia coisas que ninguém mais podia, ele ouvia os pensamentos de todos a sua volta, ele sabia quem mentia, podia voar com o vento, como se fosse um pássaro, ele podia mover coisas com apenas um pensamento. Ele não via problema algum em ser diferente porque não tinha ideia do quão poderoso ele era, e ele era bondoso demais para pensar em usar seus poderes para o m*l. Durante a desocupação após os paladinos terem queimado todas as vilas e levado os cativos, acharam a casa de Florence e de sua mãe, Àmalia mãe dele ainda era jovem e bela, a magia que havia em seu sangue a conservava assim, seus olhos não eram violetas, mas sim rosas como as flores de inverno que haviam no bosque profundo, quando os paladinos viram ela a chamaram de bruxa e a queimaram junto com a casa obrigando Florence a assistir, ele quis ajudar, quis salvar a mãe, mas não pôde, seus poderes não respondiam, e ele sentiu raiva, tanta raiva que seus belos olhos começaram a brilhar intensamente, o violeta tornou-se escuro como a noite, e ele subiu aos céus levando consigo dois dos homens que o seguravam. Alguns soldados gritavam “herege", “feiticeiro," “servo do demônio “ , mas Florence não ouvia mais nada, só sentia a dor e o sofrimento da mãe e de todos a sua volta, ouvia os negros pensamentos dos soldados e se deixou levar por eles. Ele ergueu as mãos, e a terra veio erguendo junto com elas, as rochas se desprendiam, e um buraco abriu no fundo da terra, os mais antigos diziam que o próprio demônio abriu os portais do inferno para que Florence lançasse lá seus inimigos. Um vento feroz puxou cada paladino que estava ali, todos aqueles que tinham pensamentos negros eram levados para o fundo da terra, logo não havia mais soldado algum na Vila e Florence desceu, ao tocar o vazio do buraco com seus pés, o buraco se fechou e desapareceu levando consigo todos os paladinos que ali estavam. Os poucos sobreviventes da tribo caíram de joelhos e exaltaram o nome de Florence o nomeando o grande rei guerreiro, atordoado com tanta dor que sentiu e ainda sente, ele corre até o que restou de sua casa, as cinzas apenas estavam lá, e de sua amada mãe apenas um anel, ele o pegou nas mãos e apertou com força, jurou a si mesmo e a alma de sua mãe, que nunca mais veria seu povo ser massacrado por ninguém. Florence guiou seu povo para um vale, que ficava entre duas montanhas de gelo, as montanhas eram gelo puro e solido, ninguém habitara ali e ficara vivo, o povo começou a questiona-lo, mas desde que a mãe morreu ele nunca mais disse uma única palavra sobre o ocorrido, jurou também que sua língua só pronunciaria o nome de sua mãe quando sua dor amenizada se torna-se apenas uma brisa.. • Florence subiu ao topo das duas montanhas e caminhou no ar entre elas, logo sementes brilhantes caíram no solo e no lugar de gelo houve grama, plantações e árvores e uma leve penumbra arco-íris se ergueu cobrindo todo o vale, como um escudo. Apenas as montanhas permaneceram geladas, para proteger seu povo de qualquer intruso ele manteve elas assim, seu povo o aclamou novamente e ergueram suas casas ali naquele vale junto às montanhas de gelo, aos poucos se multiplicaram e se tornaram numerosos, mas nenhum outro nasceu como Florence, ele e sua mãe eram os últimos de sua tribo, o vale prosperava e nenhum m*l os alcançava, Florence estava cansado de ver casais se formando, ele precisava de uma companhia, não podia deixar que morresse com ele a chama violeta de seus olhos, lembrou das vezes que sua mãe o incentivou a casar e dar-lhe um neto, sorriu com a lembrança e então decidiu que escolheria entre as moças solteiras sua esposa. Mas como escolher uma dentre tantas sem ofender suas famílias? Ele pensou durante um tempo e decidiu que seria feito um evento, como um torneio, só que ressaltando os predicados de cada uma, as moças teriam que mostrar seus talentos, todas elas deveriam dar o melhor de si, para convencer a tribo e a Florence que era merecedora de seu amor. Florence se reuniu com os dois anciãos que restaram de seu povo e deixou-os encarregados de escolher os outros três, o Conselho ancião era formado por cinco velhos sábios, e eles próprios escolhiam seus substitutos, os ensinando tudo sobre seu povo desde sua quinta primavera. Vinte princesas, das melhores casas se apresentaram diante do velho conselho, elas queriam disputar a honra de ser esposa do grande guerreiro de olhos violeta, deu-se início aos preparativos e todas eram muito bonitas e talentosas. Florence as tratava com igual valor Mas não se sentiu atraído por nenhuma delas, uma semana depois de iniciado o torneio ele teria que dar sua resposta a jovem escolhida, mas ele não tinha resposta, saiu para caminhar como era de seu costume no bosque sagrado, onde ele encontrava paz e respostas sempre que precisava. Pediu aos seus antepassados que iluminassem seus passos e lhe mostrasse o caminho a seguir, de repente ele ouviu um barulho vindo de um dos arbustos, virou -se para olhar quem ousava espiar o rei guerreiro em seu momento de paz. Ele ergueu uma mão e o arbusto sumiu dali revelando uma moça, ela estava m*l vestida e suja, parecia mais um macaco selvagem do que uma mulher, mas Florence soube quem ela era pelos seus pensamentos, ela era boa e inocente, e nos seus pensamentos pode ver de onde vinha e o que queria, ela o olhava assustada, não sabia quem ele era. __Não tema, oh querida donzela, m*l algum lhe farei eu. __Me perdoe gentil cavaleiro, mas não posso confiar a vós minha segurança. __O que dizes? Doce menina? Acaso não sabes quem eu sou? Florence sabia que ela não fazia ideia de quem ele era, mas quis perguntar mesmo assim. __Nunca o vi, gentil cavaleiro, deixe-me em paz, e siga seu destino, já há muito tempo tenho estado aqui, sem nenhum m*l ousar tocar-me. Florence ficou confuso, há muito não via ninguém ali, o bosque estava abandonado e congelado em boa parte, apenas ele andava por ali, seu povo não ousaria se afastar da proteção de seu escudo, tentou ver nos pensamentos dela algo que lhe esclarecesse o que ela queria dizer, mas nada ouviu ou viu, todos os sons que vinham dela sumiram. __Como fizeste tal proeza, oh doce menina? __Não sei do que falas meu gentil cavaleiro, como fiz o quê? __Antes vi sua mente e agora já não vejo. __Oh, és um mago deveras? Deverei eu fugir de ti também? Ela fez menção de correr, mas ele não permitiu que ela fosse, estava presa ali naquele lugar com uma força invisível lhe agarrando as pernas, ele percebeu que ela estava assustada. __Não tenha medo, eu juro por este bosque que nada farei a ti, não sei de quem foges e de que tens medo, mas nada deve recear de mim. __Não sei se devo, mas você é como eu. __Como você? __Sim, vejo os seus olhos, tens a marca dele, porquanto deves descender também dele, agora ele caça a todos aqueles como nós e suga nossa vida da carne nos transformando em pó. _ Do que falas jovem dama? __Selim o mago, todos com olhos violetas ou rosas como os meus, são caçados e levados para que ele se torne mais forte. Na minha vila todos foram dizimados, apenas eu fugi, e desde então me escondi aqui nesta floresta, tento entrar no Vale, mas algo me impede, magia eu acho, mas eu preciso chegar lá, avisarei ao rei guerreiro, só ele pode me ajudar, temos que deter Selim. Florence absorvia a informação com cuidado, um mago, que deu origem a todos os com dons igual a ele e que queria agora tomar para si mesmo tais poderes de volta. Se essa moça diz a verdade, então seu vale corria perigo, um mago com tais poderes poderia quebrar sua proteção. __Ficou calado gentil cavaleiro não crê em mim? Assim como os outros não acreditaram e agora estão mortos. __Eu creio em ti, e é por esta razão que estou assim, penso em tudo que acabas de dizer -me. __Sinto muito trazer-lhe tão más novas, porém não sei mais o que farei. __Você vem comigo. __Para onde iremos senhor? Não há lugar seguro que não seja naquele vale. __iremos para lá. Me acompanhe. Florence começa a caminhar, mas a jovem não se mexe, ela olha descrente para ele como se ele fosse louco ou algo assim. __Eu já falei, não tem como entrar lá. __Confiai em mim doce menina, e me siga. Ela o segue, mesmo descrente do que ele faz. Florence permiti a entrada dela no Vale e ambos entram nele, ela está surpresa. __Como? O que? Eu tentei de tudo para entrar aqui e não consegui. Florence chama uma velha mulher que passava ali. • __Por favor leve esta dama até um lugar onde possa se lavar e vestir roupas limpas, eu lhe peço minha boa senhora. • __É claro meu senhor, farei com prazer. __Muito grato. Florence deixa a menina aos cuidados da velha e vai até sua tenda, precisa organizar os pensamentos, tem que achar um modo de evitar que esse mago Selim encontre seu povo. Atordoado pela nova ameaça e pelos sentimentos que surgiram por aquela moça ele deita em sua esteira e dorme, em seus sonhos recebe uma visita. • __Florence, Florence, escute a minha voz, meu filho! __ Mãe? Es tu um sonho? Ou será que já fui morto e estou no paraíso junto a ti? __ Oh, meu querido filho, teu corpo não jaz em uma tumba escura, não ainda, esqueceste tu de onde vens? Achas que a morte é algo que possa separar-me de ti? __ Ah, mamãe, não sabes a falta que me faz aqui, tenho estado tão sozinho embora rodeado de tanta gente. __Não digas isso, amado filho, nunca estive longe de você, estou sempre ao seu lado, mas não posso interferir em sua vida, e não o quero fazer, mas agora foi preciso. __ Porque viestes mãe, de teu repouso até mim? Acaso algo grave realmente me ronda? __ Sim meu filho, preciso que ouça com atenção o que vou falar, talvez eu seja castigada pelos nossos ancestrais depois de vir até aqui. __Não me atormentes mais com mistérios, amada mãe, já não consigo mais suportar o peso deste amargo fardo que me deste. __Sinto muito meu filho, mas agora você precisa cuidar do que restou de nosso povo, é seu dever faça isso por mim e por todos aqueles que vieram antes da gente. __Ouça, querido Florence, já não há tempo, confie na jovem que chegou, é ela que deve escolher para sua esposa, refaça todo o evento, você pode exigir isso perante os anciãos, ela ganhará qualquer disputa, escolha-a e una seu corpo ao dela, juntos os dois descendentes das tribos originais poderão derrotar Selim, e os ancestrais poderão enfim dar a ele o castigo que merece por seus atos. __ Mãe, as outras moças, não vão aceitar, se sentirão ofendidas, ela é uma estrangeira. __ Ela não é, confie em mim, filho, vão ama-la tanto quanto você. A mãe de Florence chegara em uma fina camada de luz, estava vestida de azul claro e nos pés descalços, raízes enroscavam-se, Florence, olhou mais uma vez para o belo rosto da mãe, fitou seus olhos rosados como os da moça e entendeu o que ela quis dizer, a mãe sumiu do mesmo modo que apareceu, ele a chamou, não queria perde-la de Novo. Acordou suado e chamando por ela, por um segundo ainda sentiu sua presença ali junto a ele e sorriu, seu coração sentia o toque dela sobre si. “Ah, minha pobre mãe, sinto muito não ter podido ajuda-la, não vou desonrar sua memória desta vez eu prometo.” O sol já havia sumido no horizonte quando Florence desanuviou a mente, ele convocou os anciãos . __ Convoquei aqui a vós, pois em sonho vi minha mãe. __ Oh, fostes abençoado meu rei pela dádiva de ver vossa genitora outra vez. __ De certo que fui, ela estava linda como sempre e não havia em si nenhum sinal de tormenta. Ela avisou-me de um perigo que nos ronda e que precisa ser detido. __ Um perigo? Do que falas Meu rei? __ Selim... Um murmúrio percorreu toda a tenda sagrada antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, Florence aguardou que os anciãos se acalmassem a fim de ouvi -lo. Ao que pareceu a ele, todos ali sabiam exatamente quem era aquele homem, e porque ele não soube nada sobre ele até então? __ parece-me, que meus senhores sabem exatamente de quem se trata. O que sabem sobre este homem? __ Selim foi banido já há muito tempo meu rei, antes mesmo de meu pai ter seu nome dado. __Isso é impossível, estas a dizer -me que ele tem mais de cem dias de sua primavera? __Selim é um mago poderoso meu rei, ele descobriu formas malignas de manter sua vida, a troco da vida de outros como ele, ele povoou o mundo com sua semente, e a cada primavera sua passou a absorver para si a vida de um desses descendentes dele, e vem fazendo isso há mais de 200 anos. __ Por qual motivo, homem algum deteve-o? __ Muitos tentaram, só um conseguiu, há muito tempo um rei antigo Jorah o iluminado o prendeu em uma armadilha, mas tudo que conseguiram foi despertar a irá dele, por anos ele ficou cativo, mas apenas Jorah sabia de sua localização, quando Jorah morreu o poder que prendia Selim se extinguiu e ele escapou, por cinquenta anos ele se manteve longe até que seu avô, Jandah, filho de Jorah se deparou com ele, ele os caçava e a suas famílias e massacrava a todos deixando apenas seus descendentes vivos para suga-los. Nossos ancestrais, que também eram sangue de Selim, se uniram para esconder seus poderes dele e conseguiram ou não estaríamos aqui agora, a última de nosso clã, descendente direta de Jorah era sua mãe, e agora o senhor meu rei. __ Se esse mago está vindo atrás de nós, estamos perdidos, mas como ele nos encontrou? __ Ele ainda não nos encontrou mas irá, por isso minha mãe me avisou e por isso fez-me reuni-los, ela sabia que saberiam o que fazer, mas ela também me avisou que os ancestrais e ela própria estarão conosco nesta luta e que venceremos Selim e ele pagará por seus atos, rente aos ancestrais. __ Que seja feita conforme a vontade dos deuses, e que eles estejam conosco nesta batalha. __ Estarão meus senhores, lhes dou minha palavra de honra. Tenho mais uma coisa a lhes dizer, uma jovem moça que encontrei no bosque, está sendo guardada por uma senhora mais a frente, esta jovem sabe sobre Selim, e tem olhos iguais aos da minha mãe, minha mãe avisou-me sobre ela, ela será minha esposa. __ Mas meu rei, e quanto às moças da tribo? Elas aguardam vossa resposta, cumpriram os desafios. __Eu sei, por isso peço a vós que retirem o desafio, e que aceitem que façam de Novo, a moça o fará junto a elas. __ Mas se sabes meu rei, que casará com ela, porque não anunciar logo as bodas? __ Para não desmerecer as outras moças, sei que eu inventei o torneio, mas não quero que ninguém se sinta m*l ou inferior. __ É claro meu rei, é compreensível, seu pensar. Cuidaremos de tudo e quanto a essa moça espero que esteja certo sobre ela. __ Caso meu senhor tenha esquecido, eu ainda posso ouvir vossos pensamentos, e os dela também, ela sequer sabia quem eu era, embora estivesse a minha procura. Com o coração ainda cheio de dúvidas, Florence foi em busca da jovem donzela que seria sua prometida em breve, precisava saber mais sobre ela, cautelosamente ele se aproximou da tenda da velha senhora encarregada dela e passou apenas a ouvir, os sons estavam baixos e ele soube então que ela dormia, tentou chegar mais perto de seu sonho, mas não pode, algo o impedia de ir mais fundo, talvez ela não fosse como os outros e sim como ele, que poderes ela teria, guiado por um impulso repentino ele adentra pela tenda e para em frente à jovem adormecida, ela já não está suja e maltrapilha, seus cabelos são compridos e da cor da Madeira de Salgueiro dourados e esbranquiçados em alguns pontos com toques de vermelho aqui e ali, sua pele pálida parecia tão macia quanto um pêssego recém colhido, a respiração dela estava calma e ele não pode deixar de notar seus s***s subindo e descendo, ele desviou os olhos ao sentir algo diferente do comum, os lábios dela se entreabriram um pouco, Florence inspirou profundamente, teve vontade de sentir a boca dele na dela e de provar seu sabor. “O que está acontecendo comigo?” Perguntou-se o jovem rei, que sensação estranha aquela moça provocava em seu corpo. Ele saiu da tenda afobado e correu de volta a sua tenda, estava decidido a se manter afastado dela até onde pudesse, não podia transparecer seus sentimentos. No dia seguinte Florence foi acordado por uma criada. __ Mil perdões meu rei, O senhor jamais dorme tanto assim, achei que já estivesse de pé. __ Tudo bem, Ayla, não preocupe vosso coração com bobagens, não tive um bom descanso ontem a noite. __ Pois por qual razão, não me pedisses um chá? Teria acalmado seus pensamentos. _ Lembrarei disso Ayla, agradecido. O dia seguiu monótono, Florence tentou se distrair e não pensar na jovem donzela, mas nem seu nome sabia, e algo o atraia para ela, e sempre que dava por si, estava a espiando, era como se ela fosse um imã e ele um metal que não tinha escolha a não ser se deixar puxar. __ Posso ajuda-lo? Ele sobressaltou-se, não espera ser surpreendido, achava que estava em segurança em seu esconderijo, mas seus pés o levaram para perto demais dela, e lá estava ele. __ Perdoe -me doce menina, não quis, atrapalhar vosso trabalho. __ Não estou trabalhando, e nem lhe agradeci por ter me trazido com si, nem me conheces. __ És como eu, então não preciso de mais motivos para ajuda-la. __ Muitos como nós, me viraram as costas, outros até tentaram me dar para Selim em troca de suas vidas. __ Lamento imensamente por eles, você ficará bem agora, não sei se lhe disseram, mas todas as moças tem que participar do torneio pela mão do rei. __ Mas e se eu não quiser o rei? E se outro rapaz qualquer já tiver meu coração para si? __ Você não pode se recusar a participar. __ E se o rapaz já tiver me pedido e eu for sua noiva? __ Neste caso, está dispensada. Florence estava confuso, que rapaz seria aquele, que tomou dele o amor dela? E sua mãe então se enganara? __ Então me peça, gentil cavaleiro, me peça para si antes que o rei saiba que não tenho compromisso, me torne vossa noiva, se for de seu agrado, não quero ser esposa de rei algum só sua. Florence olhava espantado e aliviado ao mesmo tempo para ela, então a velha não lhe contou nada sobre ele, e nem ela perguntou. __ Eu o faria, aqui agora mesmo, lhe juro minha doce donzela, mas tens que participar do torneio como todas as outras. Neste instante alguns homens da tribo passavam e pararam para cumprimentar Florence. __ Bom dia, meu bom rei, que os deuses lhe guardem. Foi a vez da jovem donzela encarar ele incrédula. __ Perdoe -me doce menina, não pude me apresentar antes, sou Florence o rei guerreiro, primeiro e último mago de meu povo. Ela ajoelhou-se diante dele. __ Vossa majestade, não quis ofendê-lo com meus impropérios, peço suas desculpas, Perdoe -me. __ Levante gentil donzela, diga-me vossa graça e pare de floreios. __ Me chamo, Violeta, gentil senhor, sua serva humilde. __ Violeta, como a flor roxa que nasce nos campos, como a cor de meus olhos, é um belo nome para uma bela donzela. __ Peço que me perdoe amado rei. __ Não me peça mais desculpas, Violeta, serás minha esposa assim como querias, já está escrito eu sei, mas tens que participar do torneio junto às outras e dar o vosso melhor. __ Assim será meu bom rei. Os dias passaram e Florence e violeta se apaixonaram cada vez mais, durante o torneio ela se sobressaía a todas as outras moças enchendo Florence de orgulho, e no último dia pessoa alguma tinha dúvida de que ela seria a rainha, depois de verem seus olhos até os anciãos entenderam o porquê de ter que ser ela a escolhida, eles foram feitos um para o outro, seus genes puros trariam a prosperidade para a tribo, um filho dos dois clãs, seria poderoso o bastante para protegê-los. Chegou o momento de Florence anunciar sua escolhida, e seu coração batia descompassado dentro do peito, ele colocou -se entre a tribo e ergueu seu corpo a um metro do chão, para ser visto por todos e começou o seu discurso. __ Perante a tribo, diante dos deuses antigos e de todos os nossos ancestrais, tendo como testemunha vossos olhos e vossos corações, tomo diante de todos para minha companheira pela eternidade, a jovem de olhos rosa e de longos cabelos de salgueiro, Violeta é seu nome, a tomo como esposa e ordeno que de hoje em diante seja ela chamada de Rainha, a rainha de Florence o rei guerreiro. A voz do povo ergueu em gritos e vivas, e todas as jovens saíram do círculo, deixando apenas a bela violeta. Durante quinze dias foi preparada a cerimônia que uniria enfim seus espíritos e corpos em um só. Estavam ambos ansiosos, para demonstrar seu amor um pelo outro. Os dias passaram rapidamente, a ansiedade e a agitação fez com que Florence e os anciãos se esquecessem da ameaça que os rondava, por enquanto Selim não seria problema. Em uma manhã ensolarada, Violeta e Florence fizeram enfim seus votos, na tenda sagrada, rodeados de todo seu povo, ouviram a mensagem do ancião mor, prestaram atenção a cada palavra, é por vezes davam risinhos e trocavam olhares apaixonados. Florence estava exuberante, seus cabelos castanhos brilhavam intensamente assim como seus olhos, mas dessa vez não havia dor, só alegria, sua túnica de lã de ovelha n***a recém cozida pelas senhoras, cobria apenas metade de seu peito e o resto de sua cintura, a espada da justiça usada apenas para cerimônias importantes, enfeitava a bainha de suas vestes, uma coroa de jatobá pendia em sua cabeça, estava muito bonito, as moças suspiravam ao vê-lo. Por sua vez a jovem Violeta, estava deslumbrante, vestia um fino vestido de seda lilás, rodeado de pequenas flores em sua bainha, no cabelo uma coroa de violetas esculpidas em madeira branca lhe conferiam um ar majestoso, seus olhos rosas, estavam ainda mais belos, mas mãos trazia um ramo de flores silvestres que exalava um perfume estonteante, ao se aproximar do altar, onde o noivo aguardava, ela agitou uma das mãos, e uma fina camada de neve colorida cobriu toda a tenda, todos aplaudiram encantados com os dons da moça. Não tinha como negar que Violeta e Florence, haviam sido feitos um para o outro, mas como eles enfrentarão o futuro tão duvidoso que os aguardava. Após o casamento, o ancião mor pediu um minuto de atenção. __ Povo do vale gelado, estivemos hoje presentes em um fato memorável, que marcara a história de nosso povo para sempre, com nossos olhos vimos e ouvimos, nosso rei guerreiro último herdeiro do sangue de Jorah o iluminado e está jovem encantadora, última herdeira também do sangue de Hilária a fada das montanhas, se unirem em matrimônio, que os deuses estiveram presentes aqui, não há dúvidas, agora um deles sussurrou ao meus ouvidos, nossa tribo não tem mais um nome, nossa vila não se chama nada, e como se ouve falar de nada? Se assim meus soberanos consentirem, nossa vila deve chamar -se Violenc, um nome assustador deveras, mas que nos lembrará sempre o que não nos move e o que tememos, além de levar para sempre o nome dos últimos herdeiros do sangue místico, serão os seus nomes louvados e cantados. O povo gritava delirante, parece que adoraram a ideia, Florence olhou para sua jovem esposa e assentiu. __ Que seja feita a vontade de meu povo. Os gritos retumbaram mais fortes enquanto Florence e Violeta seguiam para sua tenda. Assim surgiu o nome de Violenc, última civilização do povo de sangue mágico, e aqui se inicia a maior aventura de que você já ouviu falar.

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