Lindo, inteligente e bem - sucedido. Abel é um homem humilde apesar de ter crescido no meio de uma família abastada.
Ainda assim, sempre valorizou bastante a sua independência, e aos 18 anos saiu de casa para estudar, trabalhar e morar sozinho. Formado em ciências jurídicas, fez amizade com Luciano Menezes o seu melhor aluno e também melhor amigo, mas acabou por apaixonar - se por Antónia a mãe de Luciano, e agora mantêm uma relação secreta, por medo de perderem a confiança dele. Sentado num dos restaurantes do Shopping, ele a esperava para tomarem uma decisão sobre este assunto.
- Abel?... - Antónia disse ao chegar.
- Oi amor. Está tudo bem?
- Sim amor. Mas acho que está na hora de contarmos tudo para o meu filho.
- Eu também quero fazer isso meu amor. Mas..! E se ele não nos perdoar?
- Vamos ter que arriscar. A Verónica sabe e me deu apoio.
Não quero mais ter que me esconder para te ver.
- Eu também não amor. Quando pensas falar com ele?
- Que tal no sábado? Você vai jantar lá em casa e podemos conversar. Tudo bem?
- Tudo bem. Lá estarei.
Faremos a coisa certa amor.
Nós nos amamos e ele vai ter que entender isso.
- Ah Abel! Eu te amo demais.
E os teus pais? Será que vão me aceitar?
- Amor! A minha mãe vai te adorar. Ela é uma mulher moderna e vai aceitar muito bem.
Antónia sorriu e beijou Abel.
Estavam tão entretidos que nem perceberam a chegada de Luciano, que também tinha ido almoçar no shopping com alguns amigos.
- Mamãe ?O que se passa aqui?..
Antónia quase morreu de susto.
Luciano estava de pé a olhar para eles e estava furioso.
- Filho! Eu posso explicar.
- Explicar o quê? Que você mentiu para mim e namora o meu melhor amigo?
- Luciano! Por favor senta.
Vamos conversar como adultos.
- Cala a boca traidor. Eu nunca vou perdoar vocês.
Nunca.
Luciano foi embora e Antónia ficou desesperada e não conteve as lágrimas.
- Calma amor. A raiva dele vai passar e depois vamos resolver isso.
- Acreditas mesmo nisso?
- Claro que sim. Eu adoro o Luciano. Não vou desistir até que ele aceite o nosso amor.
- Obrigada amor. Eu vou ao banheiro, e depois me levas para casa por favor? Não estou em condições de dirigir.
- Claro que te levo. Depois eu venho pegar o meu carro.
Saíram do restaurante e depois de deixar Antónia em casa Abel foi embora.
Luciano não estava em casa e ela se preocupou. Para se distrair decidiu fazer o jantar, quando ouviu o barulho da porta, e era ele.
- Filho! Estava tão preocupada.
Por favor! Conversa comigo.
- Está bem mamãe. Vamos conversar. Mas desta vez sem mentiras por favor.
- Está bem querido.
Eu prometo contar tudo sem omissões. Mas tens que me ouvir e manter a calma.
- Está bem mamãe. Eu prometo ouvir. E já estou calmo e pronto para ouvir.
Será que Luciano aceitaria agora a relação de Antónia e Abel?
Ela só saberia ao abrir o seu coração para o filho.