LETÍCIA
Letícia: Que inferno! Justo comigo acontecem essas coisas, juro que acabo com essa v***a com minhas próprias mãos.
Estava no puro ódio; o carro não quis funcionar e essa v***a saiu não sei de onde para atormentar meus pais. Mas dela eu mesmo dou conta; mexeu com a bandida errada.
Meu carro possui vidros escurecidos, o que dificultava a visibilidade do interior. Para a minha surpresa, era o gato da polícia, que eu havia encontrado na cidade em uma ocasião anterior, ele se aproximou e começou a bater no vidro do carro, ordenando-me a sair com as mãos para cima, numa abordagem típica. Quando ele bateu novamente na porta do meu carro gesticulou para que eu saísse, notei que ele estava com a arma apontada para mim. Coloquei os pés para fora do veículo e, ao sair completamente, ele paralisou ao me ver. Fiz contato visual com ele, e, de forma brusca, ele me virou e me encostou contra o meu carro.
**CAIO**
Cheguei ao local da denúncia de racha e, ao chegar, constatei que a maioria já estava se retirando, exceto por um veículo que aparentava ter apresentado problemas. Bati no vidro do carro para que o condutor descesse, e, para minha surpresa, era a jovem atraente que havia visto anteriormente de moto. Com uma arma apontada para ela, forcei-a a sair do carro e com firmeza, encostei ela no veículo. Guardei minha arma e iniciei a revista. Ao tocar suas pernas, parei com a mão próximo a sua i********e ao sentir meu toque, ela emitiu um gemido. Quando a virei de frente, percebi que ela era realmente uma tentação, e em momento algum abaixou a cabeça.
CAIO: Você sabe que terá que vir comigo. Racha de rua é crime, e você pode pegar seis meses de detenção ou pagar multa.
Ela permaneceu em silêncio, apenas estendendo o braço para que eu a algemasse.
CAIO: Estou apenas cumprindo com meu dever.
Ela olhou fixamente nos meus olhos e respondeu:
LETÍCIA: Então faça seu trabalho e cale a boca.
Algemei-a e a conduzi até o carro. Não podia liberá-la, pois isso iria contra meus princípios. Ela era destemida e não demonstrou medo algum. Ao entrarmos no veículo, ela permaneceu em silêncio. Ao chegarmos à delegacia, antes de retirá-la do carro, decidi puxar assunto:
CAIO: Você tem o direito de fazer uma ligação. Aqui está meu celular; ligue para alguém trazer o dinheiro da sua multa. Pode ser seus pais ou alguém próximo.
Ela não me olhou nem respondeu, então saí do carro, rodei até seu lado e a tirei do carro, retirando suas algemas.
CAIO: Não precisa disso.
Levei-a até a cela, onde aguardamos o delegado chamá-la. Pude notar a raiva nos olhos dela, o que me deixou bastante incomodado.
LETÍCIA:Agora que você já fez seu trabalho, pode sair daqui.
CAIO:Você é muito inconsequente. Sabe que racha é crime, por que participa disso?
LETÍCIA:Para ganhar dinheiro! Nem todos têm uma vida de luxo, agora me deixe em paz.
A garota tinha uma língua afiada, o que, curiosamente, aumentou ainda mais minha atração por ela. Não tive outra opção a não ser deixá-la ali, aguardando a chamada do delegado para decidir seu destino.
**Letícia**
O policial me prendeu, o que eu esperava? Que ele me deixasse ir embora? Estou p**a pra Caraí. Se alguém cruzar meu caminho hoje, mato! Ele me deixou aqui nesta cela e minha cabeça estava a mil quando, para minha surpresa, o mesmo policial que me prendeu voltou até onde eu estava.
Caio: Letícia Mendes, você está liberada.
Como ele sabia meu sobrenome?
Nesse momento, fui surpreendida pelo Daniel, que se aproximou de mim e me abraçou. Enquanto o policial observava a cena, percebi que não gostou da atitude de Daniel, mas, como sou uma bandida de classe, correspondi ao abraço.
Letícia: Finalmente! Achei que ia ter que dormir nesta cela imunda.
Daniel:Vamos, você tem muito o que explicar.
Ele segurou minha mão e, ao passar pelo policial, parei e olhei para ele. Daniel me puxou, fazendo com que eu quebrasse o contato visual.
Quando estava prestes a sair da delegacia, soltei minha mão da dele.
Letícia: O que você está pensando, me seguindo, Daniel? Está louco? Fumou maconha estragada? Meu pai sabe que você me segue?
Daniel: Seu pai não sabe que estou te seguindo. Notei que você costuma sair com o carro dele especialmente nos dias de racha próximo ao morro. Também já participei dessas corridas e não sou ingênuo, Letícia; conheço bem sua paixão por adrenalina.
Letícia: E qual é a sua intenção? Vai contar para o meu pai? Se pensa que pode me chantagear, está muito enganado. Se quiser, vá em frente e fale com ele. Quanto à multa que você pagou, relaxe que eu vou te ressarcir completamente.
Daniel:Calma, gatinha não teve multa. O delegado da região é amigo do seu avô Felipe e apenas mencionei quem você era para que ele te liberasse.
Letícia: Bom saber disso! Agora preciso pegar o carro do meu pai. Me dá a chave da sua moto.
Daniel: Você está louca? Eu que vou pilotar.
Letícia: Está com medo, Daniel?
Aproximando-me dele, coloquei a mão no seu bolso e tirei a chave. Dirigi-me à moto dele e a liguei. Ele não teve escolha a não ser subir atrás de mim. Assim que ele subiu, acelerei ao máximo, o que fez com que ele me xingasse. No entanto, logo começou a palhaçada passando a mão pelo meu corpo. Daniel pode ser chato, mas é lindo, e, claro, foi meu primeiro. Por isso, ele fica sempre me seguindo como um cachorrinho.