Soraya Sánchez nunca gostou de estar acompanhada por seguranças.
Desde a morte do seu marido, ela se tornou uma reconhecida organizadora de eventos e era muito requisitada.
Frederico tinha p**o alguém para a vigiar, pois ela seria a sua arma contra Guadalupe.
Soraya não conhecia Luísa e eles aproveitaram esta informação para montar uma armadilha.
Sozinha em casa, Soraya estava apenas a pensar no jantar de noivado que daria para a filha. Lurdes a sua governanta tinha saído e ela estava sozinha, pois também dispensou os seguranças durante o dia, decisão da qual se arrependeu bastante.
A campainha tocou, e ela foi abrir se deparando com uma linda mulher.
- Olá! Posso ajudar?
- Senhora Sánchez!? Olá! Eu sou Mariana Barreto. Me disseram que é a melhor organizadora de eventos da cidade.
- Ora.. Muito obrigada. Entre por favor. Aceita um café?
- Aceito sim obrigada.
Soraya foi buscar dois cafés e voltou em seguida, mas antes de sentar, foi servir o bolo que tinha na cozinha.
Luísa aproveitou e deitou no café dela uma droga para a fazer dormir.
- Aqui tem.... - Ela disse.
- Obrigada. É muito gentil.
- Em que posso ajudar?
- Bem é que os meus pais vão completar bodas de ouro daqui a um mês, e eu gostaria de dar para eles uma festa surpresa.
- Bodas de Ouro? Nossa que lindo.
Eu terei muito gosto de organizar a festa... - Soraya disse bebendo do seu café. Só preciso que me passe algumas informações.
- Claro. Tudo o que desejar saber.
Soraya pegou no tablet e foi anotando algumas coisas. Terminou o café e continuou a falar, até que começou a sentir alguma coisa diferente.
- Nossa! Eu...
- Senhora Sánchez está bem?
- Sim. Eu acho que sim. Foi só uma tontura.
Soraya levantou-se e tentou ir até a cozinha, mas ficou tonta novamente e foi amparada.
Luísa estava com um dos capangas de Frederico que tinha entrado pelos fundos. Eles levaram Soraya e em cima da banca Luísa deixou um bilhete para Lupe. Soraya estava encurralada por inimigos perigosos da sua filha....
Será que Guadalupe vai conseguir salvar a sua mãe?
O que Maria Luísa vai pedir em troca pela sua liberdade?
Agora tudo iria depender de Lupe.
Ela iria ser obrigada a fazer uma escolha entre duas das pessoas que mais amava.
E como estava Frederico envolvido em tudo isso?
Estará disposta a fazer o maior sacrifício da sua vida para a ter de volta?
Chegou a sexta-feira e apesar de ser um jantar, Lupe não foi trabalhar pois queria passar o dia com a mãe.
Não falavam desde segunda-feira, mas ela achou que a mãe estava muito ocupda com o jantar.
Quando pegou no celular, Lupe teve um susto ao ver mais de 10 ligações perdidas de Lurdes e várias mensagens.
Ela teve toda a semana preenchida e prestou pouca atenção no celular.
Retomou para Lurdes...
- Alô Lurdes?
- Menina Lupe... Nossa eu estava a tentar ligar desde ontem.
- Eu não pude atender. O que houve?
- A sua mãe menina. Ela sumiu.
Desapareceu de casa.
- O Quê!? Tens a certeza?
- Tenho sim senhora. Eu saí ontem de manhã para ir fazer compras e quando voltei não havia sinais dela.
- Tentaste ligar?
- Sim menina. Mas o celular dela só dá desligado.
- Fica calma Lurdes por favor. Eu vou resolver está bem?
- Está bem menina..Por favor me dê notícias.
- Claro que sim.
Lupe desligou e tentou ligar para a mãe, mas para a sua surpresa, o celular dela chamou e foi uma voz masculina quem a atendeu.
- Olá Lupita. Achei que não ligavas mais.
- Fredy!? É você?
- Eu mesmo.
- O que fazes com o celular da minha mãe?
- Calma meu amor. A minha futura sogra está bem. Não a vou magoar, aliás isto só vai depender de você.
- De mim?
- Sim. Está na hora de acertamos as nossas contas. Tens que pagar por me teres humilhado tanto.
- Por favor Fredy. Eu não te devo nada.
- Deves sim e muito. Aliás, eu exijo uma indeminização.
- Deixa de loucuras. Onde está a minha mãe?
- Já disse que ela está bem. E se a queres de volta querida. Vais fazer tudo o que eu disser.
- Chega disso Frederico.O que você quer?
- Muito bem... Eu quero você Guadalupe. Se quiseres a tua mãe de volta viva, vais ter que se tornar minha esposa.E digo em todos os sentidos.
- O Quê!? Eu jamais vou me casar ou dormir com você. Isso nunca.
- Eu sabia que dirias isso.
Mas não te esqueças que a vida da tua mãe está em jogo. Tens 48 horas para pensar. Neste tempo, vais terminar com o José Luckas e vir ter comigo com uma resposta positiva.
- Não. Eu nem suporto olhar para a tua cara.
- Pode ser. Mas isso vai ter que mudar, ou então ficarás órfã de mãe.
E nem adianta contar a ele... Eu vou saber e sumo com a tua mãezinha.
- E o que vou dizer para justificar o término?
- Seja criativa meu amor. Tens 48 horas ou a tua mãe morre.
Frederico desligou o celular e o jogou na água.
Soraya ainda estava desmaiada, pois tinha sido novamente drogada para não reagir.
Luísa a tinha debaixo de olho..
Lupe olhou para o celular em sua mão.... Ainda não acreditava no que estava a passar.
Fredy disse que saberia se ela contasse a verdade para José Luckas.... Mas ainda assim tinha que pensar numa forma de salvar a mãe.
Lupe estava desesperada, mas tinha que pensar rápido. Não sabia em quem confiar depois das palavras de Fredy.
Ele estava louco e podia magoar a sua mãe... Ainda perdida nos seus pensamentos e com lágrimas nos olhos, o celular tocou e viu o nome de Maurício.
- Alô Maurício.
- Oi Linda... Estás bem?
- Não. Estou péssima, mas não posso falar agora.
- Como não!? Lupe o que houve?
- Escuta... Podemos almoçar hoje?
- Sim. Eu estou na cidade por alguns dias.
- Óptimo. Preciso muito da tua ajuda amigo. Até mais.
- Até mais.
Lupe desligou... A ligação de Maurício foi como um sinal.
Fredy disse que ela não podia falar a verdade para Luckas, mas Maurício faria isso por ela. Pegando numa folha, escreveu uma longa carta para Luckas, pedindo que se comunicassem apenas por este meio.
Colocou a carta na bolsa sem envelope e saíu para o almoço com o seu amigo.
Frederico a tinha substimado, mas ela agora estava disposta a tudo para ter a sua mãe de volta, e seria ele quem pagaria muito caro.
Ele iria se arrepender amargamente por ter cometido o erro de sequestrar a mãe dela.
Frederico saberia que com os Sanchéz não se deve brincar nem magoar. Nunca.