Capítulo 14 - Plano de Vingança

1487 Words
Frederico não conseguia esquecer a humilhação que Maria Guadalupe o fez passar ao ser expulso da empresa. Ele não estava disposto a deixar as coisas assim e jurou vingança. Faria ela se arrepender de o ter tratado daquele jeito. Tinha em mente um plano perverso, mas precisaria de uma aliada. Pegou no celular e fez uma ligação. Meia - hora depois, recebeu o retorno da ligação e não estranhou ao ouvir uma voz feminina que conhecia muito bem do outro lado da linha. - Olá! Luísa. Eu soube que você está de volta a cidade. - Frederico!? Sim. Eu estou de volta. Mas como você soube? - Não importa. Eu tenho uma excelente proposta para te fazer. - Proposta? - Sim. E também tenho muita coisa para contar e não vais gostar de nenhuma delas. - A sério!? - Sim. Posso te esperar na minha casa? - Claro que sim. Agora estou curiosa para saber do que se trata. - Eu imaginei. Te espero em uma hora. Na hora combinada, Luísa chegou a casa de Frederico que esbanjava luxo. Ele abriu a porta pessoalmente e sorriu quando a viu na sua frente. - Nossa! Você continua linda. - Olá Fred. Também não estás nada m*l. Vais me dizer porque me chamaste com tanta urgência? - Sim. Mas antes me responde a uma pergunta. Você ainda quer se vingar do José Luckas de Brito? - Como? - Me ouviste muito bem. Sim ou não? - Sim. Eu ainda quero que ele pague por ter me usado e jogado fora como um trapo velho. - Óptimo. Então senta! Pois eu estou disposto a te ajudar. Eu também quero me vingar, mas não é dele. - Não!?E de quem você vai se vingar? - Da nova sócia da empresa... Maria Guadalupe Sánchez. - O Quê? - Ela mesma. Está de volta e tornou-se uma mulher linda e ainda mais rica do que antes. - Você a conheceu? - Sim. E a c****a me humilhou. Ela me expulsou da empresa e me deixou sem nada. - A sério!? Que garota atrevida? Achas que ela tem alguma coisa com o Luckas? - Não sei. Na última vez que os vi eles m*l se falavam. - Sabes o motivo? - Não. Mas vou descobrir. Então!? Vais me ajudar? - Claro querido. Conta comigo. E se essa garota estiver com o Luckas, eu mesma vou separar os dois. - Excelente. Que tal um brinde a isso sócia? - Eu tenho uma forma melhor de comemorar a nossa parceria. Sócio. Maria Luísa pousou a taça e beijou Fred. O seu interesse por José Luckas nunca foi ligado à nenhum sentimento. E agora tendo o apoio de Frederico, ela estava mais do que disposta a chegar ao patamar de esposa de José Luckas. E se para conseguir fosse necessário magoar Guadalupe, ela o faria sem hesitar. O final de semana foi inesquecível para Lupe. Ela sabia que Clara estava morta de curiosidade, mas ainda não tinham estado juntas. Ela chegou cedo na segunda-feira e Antónia já a esperava. - Bom dia senhorita Lupe. Hoje o seu dia será bem cheio. - Bom dia Antónia. O José Luckas já chegou? - Não Senhorita. Mas a senhorita Clara a espera na sua sala. - A Clara? A esta hora? - Sim Senhora. - Obrigada Antónia.Por favor leve um café para ela e para mim um suco de ananás e uma sandes de queijo. - Claro. Levo em alguns minutos. - Obrigada Antónia. Lupe pegou o elevador e respirou fundo, sabendo que teria um interrogatório por parte da amiga. Entrou na sala e a viu de pé olhando pela janela. - Bom dia Clara. Caiu da cama? - Lupe... Nossa eu não estou mais aguentando. Aonde você se meteu? - Ora! Estava na minha casa. - Não. Você estava fugindo de mim. Agora vais me contar o que houve depois que deixamos vocês. - Certo. Eu sabia que você não ia aguentar. Então vou resumir. - Tudo bem. Mas me conta. Por favor. - Eu e o Luckas estamos juntos amiga. Ele hoje vai assumir o nosso namoro. - O quê!? A sério? - Sim. Foi maravilhoso amiga. Ele disse que me ama e foi até falar com a minha mãe. - E o que ela disse? - Ela já sabia Clara. Ficou muito feliz e o fez prometer que não vai me magoar. - Oh amiga... Estou tão feliz por você. Antónia bateu na porta e entrou com o café e o suco que Lupe pediu a ela. Discreta como sempre, saiu sem interromper a conversa. - Então amiga. Estás pronta para o que vem aí? - Como assim? - Ora! Você sabe que o meu primo tem muitas galinhas de olho nele. E quando se tornar público.... Elas vão querer arranhar a tua cara. - Pois que tentem.... O Luckas é meu e eu vou deixar isso bem claro para todas as piranhas, galinhas e seja lá quem aparecer. - Assim é que se fala. Mas, eu confesso que apenas uma me preocupa. A pior de todas. - Falas da Maria Luísa?... - Lupe sentou para comer. - Ela mesma. Àquela mulher é obcecada pelo José Luckas. Esteve fora por anos e agora retornou e com certeza não o vai deixar em paz. - Sim eu pensei nisso. Mas, eu também não vou ceder. Se ela quiser me enfrentar então que o faça. Eu não vou recuar nem desistir da minha felicidade. - E podes contar con o meu apoio amiga. Não vou permitir que enfrentes sozinha aquela cobra. - Obrigada. Contar com a tua ajuda me dá ainda mais forca e determinação. As duas amigas tiveram uma conversa bem animada. Enquanto uma tempestade estava à caminho. Após concordar em ajudar Frederico, Luísa decidiu que queria ver de perto a nova sócia de José Luckas. Estava uma linda manhã de segunda-feira e ela estava a caminho da empresa. Não queria encontrar José Luckas, por isso chegou mais cedo. Quando viu o carro de Lupe, ela esperou uns minutos e depois desceu também. Frederico estava certo... Lupe exalava luxo e riqueza. Tinha motorista, segurança e a sua roupa era de grife. Lupe pegou o elevador privado e foi até ao andar da presidência, quando entrou na sua sala, foi pega de surpresa pois havia um enorme buquê de rosas vermelhas na mesa. - Uau! São lindas. - Bom dia senhorita Lupe. Foi o Senhor José Luckas quem mandou....- Antónia disse na sua discrição habitual. - Ele já chegou? - Não Senhora. Foi a florista quem trouxe. Mas disse que ele chega em meia - hora. - Obrigada Antónia. Me traz um suco por favor? E também uma sandes de queijo. - Sim senhora. Trarei em seguida. - Obrigada. Antónia saiu e cruzou com Luísa no corredor. Esta foi directo para a sala de Guadalupe e trancou a porta por dentro. - Mas o... Quem é você?.... - Lupe perguntou olhando para a mulher parada na sua frente. Ela era linda e os seus olhos eram azuis, mas brilhavam de ódio. E então a recoheceu. - Olá! Você é a Maria De Guadalupe Sanchez. - Eu mesma. E quem é você? - Uma velha amiga dos Brito. Especialmente do José Luckas. Mas, já nos vimos antes. Não te lembras de mim? - A sério!? Não. Eu não lembro. - A sério!? Não importa. Você é o quê dele? - Não é da tua conta. Agora por favor sai daqui. Eu tenho que trabalhar. - Calma querida. Estás com medo de mim? Lupe deu uma gargalhada.... - Medo!? De você? Desculpa querida. Não és assim tão importante. - Você é muito atrevida garota. - E você é o quê? Ah! Você é louca. Se pensaste mesmo que conseguirias me intimidar... Já percebeste que te enganaste. - Sim. Eu percebi. Mas eu vou dizer só mais uma coisa. No amor e na guerra vale tudo. - Sim. É verdade. Então podes pegar na tua vassoura e voar daqui para fora. Porque esta batalha eu ganhei. Luísa saiu da sala de Lupe e voltou a cruzar com Antónia que já tinha chamado a segurança. - Lupe! Estás bem? - Sim Antónia.. Eu estou bem. Por favor me avise assim que o Luckas chegar. - Pode deixar. Licença. Antónia deixou tudo na mesa e saiu. Lupe não podia acreditar no atrevimento daquela mulher. Sabia que Luckas esteve com outras antes dela, mas essa estava muito segura e deixou claro que teve algo sério com José Luckas. Decidida a não se deixar abater, Lupe comeu e decidiu esperar por ele. Confiava nele e não deixaria que nada nem ninguém interferisse nesse amor. Clara tinha razão. Maria Luísa estava obviamente obcecada. E ainda acreditava que era a dona da vida de José Luckas. Alguma coisa tinha que ser feita. Ela foi até lá de propósito para enfraquecer Lupita. Mas, esta iria mostrar a sua força.
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