Àquela casa, e os sonhos!

Capítulo 27

...

Enquanto isso em um carro bem distante...

Alguém 1 - Iremos segui-los, senhor? Ou continuaremos vigiando a casa da garota?

Homem 2 - Vamos segui-los, preciso saber onde estão indo. Mande reforçar a segurança da menina, e principalmente a dele. Parece que ele a ama muito essa garota.

Homem 1- Sim, senhor farei agora mesmo. E quanto a ama-la, sim, ele ama a garota. Só uma pergunta chefe. Será mesmo necessário essa segurança toda envolta dela? Podem começar a desconfiar, ele já a encheu de seguranças.

Homem 2 - Sabe muito bem de quem ela era filha. Sabemos a verdadeira identidade do pai deles. Por isso enquanto não descobrirmos se mais alguém tem conhecimento sobre isso, manteremos não só ela, mas todos a sua volta seguros. Vamos investigar se o irmão sabe a verdadeira indentidade do pai deles. Preciso que descubra com o nosso informante se o meu... quero dizer o Alisson sabe, se descobriu alguma coisa. Se não, farei com que saiba. Não posso deixá-lo no escuro sobre esse assunto.

Homem 1 - O garoto é esperto, senhor. Tenho certeza de que em breve descobrirá por conta própria. Ele é astuto, sagaz, e isso é bom, muito bom.

Homem 2- Temo que não, ele nunca conseguiu enxergar que aquela vagabunda da mãe dele o odeia por achar que ele não é filho de Pedro, mas sim, de Leôncio. Como ela pôde fazer isso? Desgraçada!

Homem 1 - Calma, senhor! Agora que descobriu toda a verdade, vai ficar tudo bem. Terá sua vingança, esta mais perto do que nunca.

Homem 2 - Tem razão, Zeck, preciso me manter no controle. Leôncio vai ter o que merece, irei me vingar por tudo que aquele miserável me fez.

Lembranças de alguns semanas atrás...

Homem - Explodam essa merda toda, quero que tirem ele daí sem nenhum arranhão. Leôncio bastardo de uma figa, irei te esmagar com as minhas próprias mãos.

Assim que os meus homens entraram na merda da mina, entrei junto. Ao ver Pedro caído no chão meu sangue gelou, ele não podia estar morto.

Alguém - Ele esta vivo senhor, só esta fraco. Deve ter sido atingindo por alguma coisa e desmaiou.

Um de meus homens se aproximou para pega-lo, mas eu mesmo irei carrega-lo.

Parei no caminho com ele dizendo coisas desconexas, delirando.

Pedro - Joseph meu filho, papai te ama. Não toque no meu filho seu maldito. Eu vou te matar, Leôncio. Amanda sua ordinária, proteja o nosso filho. Eu te odeio, Amanda, te odeio. Não chore filho, papai esta chegando. Me perdoe, mamãe, não queria ter deixado a senhora sozinha com o monstro do Leôncio.

Comecei a chorar abraçado a ele, não me importei que os meus homens me vissem fraco, vulnerável.

Zeck - Vamos, senhor. Balancei a cabeça em afirmativa e entrei no carro.

Assim que o jatinho pousou em minha mansão, a Selene veio correndo ao meu encontro.

Selene -Como ele esta? Ai meu Deus, meu Pedro, meu menino. Aquele desgraçado, miserável.

Homem - Ele esta bem, Selene. Chame o médico por favor. Prepare também um sopa, logo ele estará bem. O quarto esta preparado?

Ela balançou a cabeça dizendo que sim!

Fui interrompido dos meus pensamentos com o Zeck dizendo...

Zeck - Eles pararam em uma casa senhor, olha.

Olhei para casa e tenho pequenas lembranças de minha mãe na janela a espera do meu pai. Até isso aquele maldito me tirou, essa casa eram dos meus pais.

E Leôncio sujou a memória deles usando uma casa de família para seus negócios sujos. Infeliz!

Fiquei observando o Alisson entrar, mau sabe ele a quem pertenceu essa casa de fato.

************

Enquanto o motorista coloca o carro em movimento, o irmão da Thais e eu nos encaramos por alguns minutos.

Iago - Só queria entender esse seu sentimento doentio pela minha irmã. Quantos anos você tem, 30? Ou 40? Quando começou esse seu interesse pela minha irmã? Thaís começou a estudar naquela com sete anos, cara, pelo amor de Deus.

Olhei pra ele por um instante e disse:

- Eu tenho 28 anos, cunhado. Ele bufa de raiva, Aléf rir...-Eu amo a Thaís, não tenho sentimentos doentio. Ela tem o direito de escolher, não a obriguei a ficar comigo se é isso que esta tentado dizer. A minha Thais seria a única pessoa no mundo que eu nunca, mas nunca magoaria. Se isso por ventura vier acontecer, não será por minha escolha ou vontade própria. Ainda assim, prefiro que me tirem a vida, do que vê-la derramar uma lágrima causado por mim. E por ironia da vida, só me aproximei da Thaís, justamente por esse motivo. Odeio que às pessoas tentem machuca-la, magoa-la de alguma forma. Por ela, sou capaz de colocar toda Cantville abaixo. -Eu assistir a Thaís crescer da janela do meu quarto, não sei explicar, ela mexia comigo. Sentia coisas que jamais havia sentido, não era uma coisa carnal, era aqui. Ele apontou em direção ao peito e continuou...- Meu interesse começou quando ela fez 13 anos, ela não se portava como às meninas da idade dela, minha Thais era diferente. A inocência dela me encantou, o jeitinho de menina em um corpo de mulher, tão doce. Isso foi o que fez meu coração batesse forte pela primeira vez.

- Um dia, ela estava sentada em frente a escola, tinha chegado cedo, os portões ainda estavam fechados. Me lembro como se fosse hoje, ela estava com a farda do escola, um tênis rosa no pé e duas tranças de cada lado do cabelo. Um borboleta pousou em seu nariz, ela se assustou e levantou, caindo depois de b***a no chão. Eu rir, ela se levantou, colocando uma mão na cintura, apontou para borboleta, fez um bico lindo e brigou com a criatura. Eu levantei às duas sobrancelha sem acreditar naquilo, a minha Thais estava mesmo brigando com uma borboleta...

Comecei a contar a ele tudo, toda a história. Menos a o trágico acidente de seus pais causado pelo meu avô.

Eu não podia acreditar nisso, o homem é louco pela minha irmã.

Iago - Você afastava os garotos dela?

Não sabia se ria ou agradecia a ele.

- Não podia deixar que um monte de babaca encostasse em minha Thaís. Eu deixei que ela tivesse todas as experiencias, mas, nunca permitir que ultrapassem os limites. Não permitiria que um babaca qualquer encostasse o dedo nela e a desrespeitasse. Um bando de moleques com os hormônios a flor da pele querendo saciar os desejos da carne. Que pagassem uma prostituta, em minha Thais eles não iam encostar. Teria cortado o p*u de cada um deles. Eu respeitei a inocência da minha Thaís, eles também iria respeitar.

Iago - Esse é o direto de escolha da minha irmã? Você deixou ela frustada com os garotos. Todos que ela beijava, nunca mais se aproximavam, senhor Nogueira. Ciúmes?

-Sim, eu morro de ciúmes da minha Thaís. E sim, ela tinha direito a escolha. Mas os idiotas queriam apenas se aproveitar dela. Inclusive da sua doce Naiara, eu nunca permitir que fizessem mau a nenhuma da duas.

Ele pára de rir e me encara.

Iago - Você é um homem quebrado, Alisson, machucado, ferido com cicatrizes abertas.

Como vai conseguir ter um relacionamento com a minha irmã sem que ela saia quebrada, suja dessa merda toda?

- Thais é a minha emenda, minha cura, minha luz. Ela, somente ela tem o poder de me fazer esquecer qualquer merda que a minha vida tenha sido antes. E, não, ela não fará parte de nada, ela é a parte limpa da minha vida, minha água cristalina onde quero mergulhar profundamente sem medo. Então não, nunca poderia quebra o que tem poder de me consertar.

Eu não sabia formular quaisquer coisa para rebater esse sentimento dele. Ele é tão intenso nas palavras que não há como contesta-las.

Iago - Você matou realmente alguém por causa dela?

- Não diretamente, e não me arrependo. Se as autoridades não fazem nada, faço eu com as minhas próprias mãos. Afinal, quem tem dinheiro é quem dita as regras. Ele ameaçou a minha Thais duas vezes, não esperei a terceira.

Na hora que ele ia falar outra coisa, meu celular tocou era uma mensagem do meu investigador.

Investigador - Abra seu notebook, mandei um email pra você, vai gostar do que descobrir. Garoto, a coisa é pior do que imaginávamos.

Li a mensagem guardei o celular no bolso e peguei meu notebook.

Assim que abrir o e-mail, meus olhos se arregalaram. Merda, e mais merda. E meu ódio por Leôncio só aumentou.

Que p***a é essa? Franzi a testa e olhei para o homem a minha frente me perguntando se ele sabe disso.

Aléf - Que p***a é essa, garoto? Pergunta ele sem acreditar, e olha diretamente para o homem a nossa frente...-Olhe às contas, cheque às contas deles.

Abrir as contas e, está lá, um deposito milionário. Franzi a testa, como ele não desconfiou desse dinheiro todo. A mãe era farmacêutica e o pai corretor. O seguro não pagaria essa fortuna toda.

Chegou a hora deu falar a verdade sobre o acidente dos seus pais, por outro lado, estou me sentindo um pouco aliviado com essa nova descoberta. Leôncio é o mesmo o advogado do capeta. Não pode ser, como eu não descobrir isso antes?

Iago - Para onde estamos indo? Pergunta ele desconfiado com a nossa mudança repentina.

- Estou te levando para conhecer o verdadeiro assassino de seus pais, e para que tenha os seus minutos de vingança.

Ele franziu a testa sem entender nada do que eu falei... comecei a contar a ele tudo sobre o acidente de seus pais e o motivo.

Seus olhos encheram de lágrimas e ele acabou avançando em mim. Mas Aléf o conteve, eu me sentia culpado, agora não mais. Não depois de ler esse relatório.

Iago - A minha irmã sabe disso? Você não vai se aproximar dela, esta me ouvindo?

- Claro que ela sabe, nunca iria mentir ou esconder isso da minha Thaís. E você não pode me separar dela. E nem tente cunhado, porque eu passarei por cima de qualquer um que tentar afasta-la de mim. E vai ser bom para ela que vivamos amigavelmente.

Ele olhou pra mim com ódio palpável, mas logo ele descobrirá o verdadeiro motivo dessa morte.