Capítulo 8

1170 Words
[...] A campainha tocou anunciando que a Catrina chegou, respirei profundamente tentando obter o máximo de controle e vou abrir a porta. Uma das coisas que ela sempre odiou foi nunca ter acesso livre a minha, nunca iria permitir. Abri a porta e fiquei olhando para mulher parada aqui a minha frente que contém um sorriso vitorioso no rosto, ela nem sabe o que a espera. - Vai me deixar entrar ou vou ter que passar a noite em pé na porta da sua casa? Saí da frente e dei passagem para que ela entre... -Fiquei surpresa quando me pediu para vir até aqui. Resolveu colocar a cabeça no lugar e esquecer aquela pobretona, Alisson? Travei o maxilar e prendi a respiração por alguns segundos, não gostei da forma em que ela falou da minha Thaís. "Ela não é sua, Alisson, para com esses pensamentos possessivos." Diz uma voz na minha -Patético, não consegue nem mesmo disfarçar o quanto odeia que falem dela, você é mesmo inacreditável. Estava quase acreditando nesse seu arrependimento, se eu não o conhecesse bem. Ela se virou para sair, segurei no braço dela e disse: - Por favor, fique Catrina. Eu quero que ficar essa noite com você, pára de falar dela. Não a coloque entre nós. Ela dá um sorriso largo e diz: -Vai mesmo voltar para mim e esquecer aquela ninfeta? Prometa que a v***a não voltará a assombrar nosso relacionamento. Fechei os olhos tentando controlar a vontade de manda-la embora, porque sei que ela esta falando dessa forma da Thaís para me testar. - Prometo, Catrina. Agora esqueça ela e vamos jantar. Espero que goste, eu fiz tudo espacialmente para. Pisquei um olho fazendo ela rir e morder os lábios. Seguimos para sala de jantar em silêncio nos sentamos a mesa e começamos a jantar. Enquanto jantamos, observo Catrina cautelosamente. Depois de alguns minutos ela quebra o silêncio... - Quando vai marcar a data do nosso casamento? Perguntou ela de cabeça baixa bebericando o vinho... - Seu avô disse que te deu um prazo, ele já se encerrou há alguns dias Alisson. Não posso passar a vida toda esperando por você, tenha um pouco de juízo. Leôncio nunca permitirá que se case com aquela menina, ela não faz parte do nosso ciclo social, é apenas uma pobre coitada e ainda por cima órfã que não tem onde cair morta. Fechei às mãos em punho por baixo da mesa para tentar controlar o meu ódio, não posso estragar meus planos. - Em breve anunciaremos a data do nosso casamento, querida. Ela rapidamente levantou a cabeça e me encarou com um sorriso largo nos lábios... -Peço que pare de falar dessa menina, por favor Catrina, estou tentando me redimir com você. - Está falando sério? Vamos mesmo nos casar? balancei a cabeça em afirmativa esperando que o remédio que coloquei no vinho comece a fazer efeito...- Estou me sentindo um pouco zonza, acho que bebi demais, não sei, me sinto...Ela arregalou olhos se dando conta do que esta acontecendo... - Me drogou, seu desgraçado miserável. Dei um meio sorriso de lado, e perguntei: - Diga para mim Catrina, me amou algum dia? Ela rir descontroladamente feito doida, e sei que já esta pronta para dar às respostas que quero. - Nunca, eu até gostava de você, sentia pena na verdade. O plano era casar e arrancar todo seu dinheiro. Seu pai foi bem esperto, sabia com quem estava lidando não deixou brechas para Leôncio te roubar. Ela rir novamente...- Ele não pode revogar nada do que foi deixado pra você, acredita que o seu querido avô pensou até em mandar te matar. Mas a ideia foi afastada quando soube que toda herança ficaria para os meninos carentes, seria tudo doado para instituições de caridade, ninguém ficaria com nada, nem mesmo a sua mãe. Olha, meu sogro está de parabéns. Ela bate palmas...- Conseguiu preservar a vida do filho e toda sua fortuna. Coitada da minha sogra, ficaria apenas com casa e alguns trocados. Já seu avô, esse não ficaria com nada. Não me surpreendi, meu pai foi esperto o bastante, pensou em tudo. - Você sabe o que aconteceu com o meu pai? Ela me olhou por alguns segundos e riu. - Meu sogro? Ela rir...- Esta vivo! Ela gargalha jogando a cabeça para trás. Meu coração deu um solavanco, me fazendo faltar o ar. Não pode ser, isso não é verdade. Leôncio não chegaria a tanto. Ou chegaria?... -Seu avô queria que você crescesse feito um homem para isso acontecer ele tinha que tirar seu pai de cena. Me levantei tentando controlar minha respiração, e às lágrimas nunca derramadas começaram a rolar pelos meus olhos. Olhei para Catrina que rir descontroladamente, não sei se a odeio ou sinto pena...- Você é um fraco, Alisson. -Engano seu, Catrina. Sempre me controlei para não acabar condenando pessoas inocentes que não tem nada haver com essa merda toda. Agora diga, onde esta meu pai? Para onde aquele velho maldito o levou? - Não sei, isso ele não revelou ao meu avô. Só disse que iria castigar, torturar seu pai por ter ficado com tudo e ele sem nada. E iria mostrá-lo como se criava um filho...- Agora quero que você me f**a, meu amor. Ela se aproxima de mim baixando as alças do vestido...- Você disse que me queria essa noite, Alisson. Quero que me possua, estou sentindo um calor. Na hora que ela levantou a mão para tocar em mim, segurei em seus pulsos. - Não me toque, p***a. Sabe que detesto que me toquem. - Se fosse aquela ninfeta permitiria que ela tocasse em você? Ela olhou dentro dos meus olhos e pude ver a magoa...- Responde, Alisson! Permitiria que ela tocasse? Permitiria que outro homem tocasse nela como permitiu que tocassem em mim naquele que clube, enquanto você apenas assistia eu ser fodida por outros homens? -NUNCA, ninguém vai toca-la. Eles tocaram em você com a sua permissão, Catrina, não minha. Eu não te convidei pra ir lá comigo, você foi porque quis. - Você é doente, Alisson. Nunca entendi o motivo de ir ao clube se não transa com ninguém e nem permite que te toquem também, cheguei a pensar que era gay. Mas lembrei que em anos de relacionamento, nós transamos duas vezes. - O que eu faço ou não da minha vida. Não é da sua conta. Peguei o celular e mandei uma mensagem para um dos meus seguranças vir pegar a Catrina e leva-la para casa. Olhei para o lado e vi a Catrina sentada na cadeira, ela esta sonolenta por isso parou de falar. Com alguns minutos o segurança chega e a leva embora. Fui direto para o meu quarto, entrei no banheiro, molhei meu rosto e me joguei na cama. Preciso pensar com calma, no que fazer com essa informação. Onde será que está meu pai? Me perguntei mentalmente sentindo uma emoção. A sua conta só aumenta, Leôncio, esta na hora de começar a ser cobrada.
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