Capítulo 15

1241 Words
Na manhã seguinte... Parei em frente a casa e fiquei observando o quanto ela estava linda. Às paredes brancas bem alvas e uma árvore com alguns pássaros cantando. Abri o portão e entrei, me assustei ao ver que as paredes no interior, dentro casa eram diferentes da do muro, ela tinha rachaduras, várias rachaduras. -Por que uma casa tão bonita por fora, esta tão feia por dentro? Franzi a testa estranhando...-Por que ela esta cheia de rupturas? Naiara - Thais, acorda ou vamos chegar atrasadas. Acordei com a minha amiga aos berros no meu ouvindo...- São seis e meia, levanta Thais. - Que droga, Naiara. Não foi você que estava odiando a ideia de ir acampar? Não sei que quero ir mais. Naiara- Há querida, mas você vai. Levanta ou vou te arrastar dessa cama. Só quero ver a cara que aquela cabo de vassoura vai fazer quando eu entrar naquele ônibus bem plena. Agora que eu me animei ,você quer desistir, nunca. Levanta querida. Me levantei na força do ódio indo direto para o banheiro. Odeio o professor George, odeio ele. Quanto escovo os dentes, comecei a lembrar do sonho, novamente sonhei com àquela casa. Que sonho estranho, franzi a testa. Pensei comigo mesma! Depois de fazer toda a minha higiene, sair do banheiro encontrando a Naiara sentada na cama impaciente. - Acho que pelo menos da tempo tomar café. Porque eu não saiu dessa casa sem comer alguma. Naiara- Não se preocupe, eu fiz nosso café. Como nossos coisas já estavam arrumadas, só terminei de me arrumar e desci para tomar café. Quando terminamos, verifiquei se a casa estava bem fechada, pegamos nossas bolsas e seguimos para faculdade. Estávamos quase atrasadas, mas chegamos a tempo. Tinham sete ônibus em fileira estacionados em frente ao campus. A primeira pessoa que vi foi a Jessie, ela olhou para Naiara e depois pra mim e cruzou os braços. Jessie - Sabe que ela não pode ir no ônibus, porque a trouxe? O professor George já esta sabendo? Naiara - Sim, querida ele sabe. Ou também vai dizer que o seu pai é o dono dos ônibus e vai nos proibir de entrar? Jessie - Quero ver a vergonha que vai passar quando o professor mandar você se retirar. Naiara rir e revira os olhos. Naiara - Vamos entrar Thais, deixa essa cabelo de palha ai. Soltei uma risada disfarçada e entramos. Olhei pela janela e lá estava Jessie fazendo queixa ao professor George, que tinha uma cara de tédio. Depois que todos já estavam acomodados em seus lugares, o ônibus deu partido. São quatros horas de viagem, e tudo que eu queria era está na minha cama, pelo visto o frio não vai amenizar. Não sei se pela lembrança dos meus pais, mas comecei a me sentir agoniada. Naiara percebe e fecha às cortinas dos nossos assentos e coloca minha cabeça apoiada em seu ombro. Aos poucos fui adormecendo com o sacolejo do carro e o cansaço tomar conta do meu corpo. [...] Decidir ir pessoalmente conversar com o senhor Contreras. Preciso saber o que esse homem sabe sobre Leôncio. Chegamos na casa do homem, é bem simples mas acolhedora. Tocamos a campainha e logo saiu um mulher de mais ou menos 48 anos. - Olá, bom dia! Preciso conversar com o senhor Contreras. Mulher - E o que você deseja falar com o meu marido? Aléf -É uma conversa entre homens senhora, tenho certeza que muita coisa vai mudar depois que o seu marido conversar com o meu chefe. - Eu sou Alisson Nogueira, conversei com a sua filha ontem, ela me contou tudo que aconteceu. Precisamos falar com seu marido e resolver a situação dele. Temos apenas alguns minutos antes dos médicos. chegarem. Ela deu passagem permitindo que a gente entrasse e nos levou até o homem. Chegando na porta de um quarto ela parou e mandou que esperasse um pouco. Mulher - James, tem dois rapazes ai fora querendo conversar com você. James - Quem é? Ouvi a voz fraco do homem. Mulher -Alisson Nogueira e o outro não sei o nome. James - E você pediu a entrada desse povo aqui? Perguntou o homem, e pelo tom da sua voz, ele estava assustado. Entrei no quarto de porta adentro sem esperar sua permissão. - Eu sou um cara direto senhor Contreras, preciso saber qual é o seu medo do meu Leôncio.Ele arregalou os olhos...- Não sou o meu avô, senhor. Estou aqui para ajudar. A mulher levou a mão a boca e olhou pra mim de cima abaixo. Mulher - Você é neto de Leôncio Nogueira? - Sim, infelizmente! James -Deixe nos a sós Solange. Ela balançou a cabeça em afirmativa e saiu. Você é mesmo neto de Leôncio? - Sim, cheguei a Cantville faz poucos dias. Morava na Rússia, por isso não muito do que acontecia aqui. James - Bem, um dia eu estava na usina de cana de açúcar, fazendo vistoria nas máquinas. Geralmente eu só saía depois de todos. Nesse dia, estava chovia muito e acabei ficando preso na usina. Como eu estava muito cansado, me recostei em um dos caminhos e comecei a cochilar até ouvir gritos. Acordei atordoado e assustados, achei que era de manhã, mas havia se passado apenas uma hora. E novamente houve os gritos e fui ver o que estava acontecendo, quem tinha invadido uma área restrita. Naquele dia eu me arrependi de não ter ido embora mas cedo e acabei presenciei a cena mais horrível. Um homem encima de uma garotinha que aparentava ter 12 anos. Eu fiquei estático, paralisado sem saber o que fazer ou como reagir. Quando eu dei um passo para salvar a menina, ela gritou o nome de Leôncio, pedindo para que ele a soltasse. Ele deu um tapa nela e repreendeu por ter dito o seu nome. Eu fiquei alarmado com o nome que ouvi, não podia acreditar que aquele era o senhor Leôncio Nogueira. Quando eu me aproximei para salvar a menina daquele velho imundo, ele matou ela. Gritei de ódio com aquela atrocidade. Ele olhou pra trás alarmado por alguém esta aquela hora ali. Sem pensar duas vezes, ele me encurralou até o elevador de carga e apertou o fazendo o cair sobre mim. Eu posso dizer que nasci de novo, ele mandou o representante aqui me ameaçar, disse que se eu abrisse o bico faria o mesmo com Naiara. Queria mata-lo por aquela monstruosidade e pela ameaça que fez a minha filha. Mas inválido, como eu posso? Ele me mandou embora com às mãos abanando. O dinheiro da pensão m*l da para minhas despesas. Ouvi tudo aquilo de maxilar travado e punho cerrado. Leôncio era mesmo um monstro, mas ele já esta tentando o que merece. - Não se preocupe, senhor Contreras. Terá sua vingança contra Leôncio, eu sei que se o senhor fosse às autoridades eles não lidaria ouvidos, são tão podres quanto meu querido avô. O Aléf ficará encarregado de resolver todos os seus assuntos, tenho certeza que a indenização lhe ajudará bastante, daqui a pouco os médicos estão chegando ai. Tenha um bom dia. James- Obrigado, senhor. Muito obrigado. Dei uma aceno de cabeça e seguir para fora da casa precisava respirar. Alef - Onde vai agora? - Para o hotel fazenda, preciso saber como aquele povo esta tratando a minha Thaís. Vou sozinho com o motorista, ela não pode ver você. Ele rir e seguimos em silêncio...
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