Episódio 3

1523 Words
Evan Termino de abotoar a camisa e dou uma olhada para a mulher na minha cama, pedindo-lhe silenciosamente que saia. — Quando você vai contar a ela? Ela pergunta sorrindo. Eu viro-me para olhar para ela confusa com a sua pergunta e então ela me olha com reprovação. — Você planeja contar para Nat que estamos juntos, certo? Ela questiona me olhando m*al. — O nome dela é Natália e não, não pretendo contar isso a ela porque não é verdade. Digo, pegando as suas roupas do chão e jogando-as na cama, ao lado dela. — Você e eu temos um acordo físico e acabou. — Você está terminando comigo? Ela pergunta, levantando-se até ficar na minha frente. — Não porque nunca tivemos um relacionamento, estou encerrando o acordo verbal que tínhamos. — Eu me sinto uma pu*ta quando é da sua filha que estamos falando. Ela diz irritada, se vestindo. A palavra filha faz o meu coração disparar, nunca fiquei chocado com alguém chamando Natália de minha filha, mas há dias tenho tido pensamentos estranhos sobre ela. Assustado, procurei ajuda de uma psicóloga, a minha irmã Aurora, porém ela foi tão inútil quanto Íris. — Iris. Eu a chamo, ela avança na minha direção com esperança pairando nos seus olhos. — Não esqueça sua bolsa. Ela agarra a sacola furiosamente e sai, batendo a porta com força, louca. Abotoo a calça e saio descalço, vou descer para preparar algo para o jantar. Antes que eu possa continuar o meu caminho, vejo Natália subindo as escadas com um olhar perdido e dedos trêmulos. — O que aconteceu? Pergunto me aproximando dela, preocupado. — A mulher... Ela gagueja. — Mer*da! Pequena... — Não. Ela ne*ga. — Agora não. — Diga-me o que está acontecendo. — Nada, esqueça e descanse. Ela entra no seu quarto e fecha a porta lentamente, sem drama nem nada. — Me*rda. Não era minha intenção que ela a visse, mas aconteceu e agora quebrei a regra de "Proibido estranhos em casa", sempre foi algo importante para nós dois e nunca tinha quebrado até hoje porque não queria ser visto num hotel. A empresa está prestes a assinar um contrato multimilionário e não posso deixar que isso vá para o inf*erno por uma mulher. Volto para o meu quarto novamente me arrependendo da minha decisão enquanto sinto o cheiro do perfume de Iris por toda parte, é muito intenso e assediante. Tiro os lençóis e mando direto para um saco de lixo, não vou mais dormir neles. É nojento! Quando finalmente adormeço Natália aparece nos meus sonhos mostrando o quanto está m*al, é tudo culpa minha. Ela não deveria ter visto aquela mulher. Eu não deveria tê-la desejado. Quando acordo a manhã está fria então decido dar uma corrida antes de preparar o café da manhã, mas quando chego na escada encontro Natália sentada no primeiro degrau, sorrio, mas antes que possa falar com ela, ela se levanta. Só então o seu aparelho auditivo caiu fazendo com que ela se curvasse me dando uma visão da sua bu*nda coberta por uma minissaia esportiva, posso ver a pequena renda preta da sua calcinha por baixo da saia turquesa que ela está usando. O meu coração dispara e eu automaticamente afasto-me, ela se levanta colocando o aparelho auditivo de volta e começa a correr até a porta enquanto eu fico lá até o barulho ecoar pela nossa casa me garantindo que ela se foi e que voltarei para o meu quarto para tomar um banho frio. Muito frio. · · · — Você já tomou café da manhã? Natália pergunta chegando depois de correr. — Não, eu estava dormindo... — Que estranho, você sempre se levanta antes de mim. Ela ri. — A garota de ontem deve ter te deixado muito exausto. A sua zombaria faz a minha testa franzir e a raiva aparecer. — Eu tenho que ir trabalhar e você tem que ir para a escola, deixe a provocação para amanhã. — Evan... — Diga-me. — Nada, esqueça. Levanto-me irritado e pego as chaves do carro. — Estou saindo. Saio de casa respirando o ar puro da rua com verdadeiro prazer, nunca precisei respirar e caminhar tanto como agora, os pensamentos na minha mente estão confusos e não tenho ideia de como reagir a nada além do que tenho certeza. Que preciso falar com Aurora imediatamente. Ligo o meu carro, xingando mentalmente enquanto dirijo para o consultório da minha médica. Não acredito que estou pensando assim sobre Natália. Toda a minha vida eu a respeitei e amei. Não entendo por que isso está acontecendo agora. Isso poderia ser um teste de Deus? Ah, sim, claro. ...... — A Dr. Smith verá você em alguns minutos. Anuncia a garota atrás da mesa. — Ok. Ela solta a pasta das mãos e olha-me sorrindo, como sempre que venho. — Você gostaria de tomar um café enquanto espera? Ela pergunta sedutoramente. — Estou bem. Vou até uma das três poltronas da sala de espera e recosto-me nela, rezando para que Aurora se apresse, mas minhas orações são interrompidas pela voz estridente da moça da recepção. — Sr. Evan, eu queria saber se... Ela brinca com os dedos nervosamente e um pequeno sorriso aparece no seu rosto. — ... Eu queria saber se você gostaria de sair comigo algum dia? — Não. A minha resposta firme e grosseira faz com que a jovem antes sorridente vacile a ponto dos seus olhos começarem a brilhar com lágrimas não derramadas. Porém, antes que ela possa fugir, a porta do escritório se abre e a voz de Aurora chega. — Evan, que bom que você veio! Ela sorri como sempre. — Já te ofereceram café? — Sim. Mas não quero. Agora, podemos entrar? Ela balança a cabeça, a preocupação estampada nos seus passos lentos até os seus lábios pressionados numa linha firme. — O que está acontecendo? Ela pergunta diretamente assim que fecha a porta. — É Natália... — Já havíamos conversado sobre isso, ela irá para a universidade e eu irei morar com você... — Ela está crescendo! Eu grito, completamente fora de mim. — Logicamente. Ela diz, surpresa. — O que realmente acontece? — Há algumas semanas eu a vi por acidente, eu ia entrar no banheiro e era bem cedo então só fui até o do corredor ao contrário de outras vezes em que uso o do térreo. Eu sei, é uma regra para a privacidade da Natália, mas... Mas ela estava nua. — E o que você fez? Ela sussurra. — Eu imediatamente me virei para ir para o meu quarto, mas ouvi algo estranho vindo do banheiro, então olhei novamente e... — O que aconteceu? — Ela começou a se tocar... — E o que você fez? — Eu ia sair, juro, mas... — O que você fez? — Eu não posso... — Evan. — Eu me toquei. Eu sussurro envergonhado. — Você contou alguma coisa a ela sobre isso? — O quê? Não, claro que não. — Ok, o que aconteceu desde então? — Nada, eu vi a Iris e fiz alguma coisa para poder esquecer isso, mas não importa quantas vezes eu tra*nsei com ela eu ainda penso sobre... — Evan... — Eu sou um homem nojento! Eu grito enquanto uma lágrima sai de mim. — Você não é... — Não? Ela é como a minha filha! — Sim, mas biologicamente... — Eu não dou a mínima se não sou o pai biológico dela! Cuido dela desde que ela era bebê e agora acho que os pei*tos dela são grandes o suficiente para mim! — Evan! — Preciso que ela fique com você até ir para a universidade, por favor... — Eu não posso... — Aurora, por favor. Eu imploro, sentando ao lado dela. — Eu pagarei a você e ela terá tudo o que quiser, como sempre, mas ela não poderá ficar na mesma casa que eu até que eu consiga me controlar. — Acho que você não tem um relacionamento há muito tempo e se você acha que levando ela comigo você pode parar de sentir essas coisas, eu farei isso, mas você terá que contar a ela. — O que eu digo a ela? Que sou um pervertido desde que a vi se ma*sturbar? — Evan, não é tão simples... — Eu não sei, mas não posso contar algo assim para ela, ela é muito nova... — Evan, ela provavelmente já estava se masturbando... — Não! Não vou nem pensar nisso! — Ok, fale com ela e irei buscá-la amanhã à tarde. Concordo com a cabeça e levanto-me da cadeira, saio do lugar o mais rápido possível e escrevo uma mensagem para minha secretária avisando que não irei trabalhar. Quando pressiono a tecla enviar, o aparelho começa a vibrar na minha mão, alertando-me sobre uma chamada recebida. O nome "Garotinha" aparece na tela e eu instintivamente viro-me neuroticamente pensando que alguém pode ver, embora não haja nada de anormal na garota sob os meus cuidados me ligando. ‎​​‌‌​​‌‌​‌​‌​​​‌​‌‌‍
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