Caminhar para casa nunca foi tão difícil, aproveito o tempo para percorrer as ruas, ando devagar e até cumprimento alguns amigos pelo caminho. Por volta das sete da tarde já estou em casa, não consegui adiar mais do que algumas horas e sei que terei um interrogatório quando chegar.
— Droga.
— Tão tarde? Evan pergunta assim que me vê passar pela porta.
— Eu tive aulas extras...
Não era mentira, eu tive que ficar com a senhorita Miller por pelo menos meia hora extra depois da escola, já que tinha uma tarefa pendente para entregar. Além disso, Davi pediu para falar comigo, mas eu não o ouvi.
— Tem certeza?
— Totalmente. Respondo como se nada tivesse acontecido. — Vou descansar, boa noite.
Estou prestes a sair, mas ele agarra o meu braço, fazendo com que o meu batimento cardíaco acelere mais do que deveria, então olho para ele, os meus lábios abrem-se e as minhas pernas ficam tensas. Os seus olhos examinam-me, de um momento para o outro ele me solta abruptamente.
— Vá dormir, desculpe.
— O que há de errado, Evan?
— Nada, estou cansado.
— Você quer dormir comigo? Pergunto num sussurro.
Quando havia tempestades Evan sempre me levava para cama fingindo que tinha pavor de trovão, já dormimos na mesma cama então não deveria ser difícil agora.
— O quê? Por que eu iria querer...?
— Bem, achei que você estava com medo. Eu deixei escapar, irritada com o comportamento dele.
Magoada com a reação dele, subo as escadas num ritmo acelerado e, uma vez no meu quarto, tranco a porta e libero a respiração que não sabia que estava prendendo, uma lágrima desliza pelo meu rosto e um segundo depois me vejo chorando incontrolavelmente na minha cama.
Ele bate na porta algumas vezes, mas, o meu silêncio faz Evan desistir rapidamente e, de repente, o sono me vence. Infelizmente, nem em sonhos consigo esquecer o que sinto, uma coisa que não sei explicar.
A minha voz sai de uma forma que nunca ouvi antes.
— O que você está fazendo?
O meu olhar está voltado para baixo, estou deitada com as pernas abertas, entre elas está alguém que não consegui distinguir devido à escuridão. As minhas pernas começam a tremer e o meu estômago fica estranho, uma pressão cresce dentro dele, mas longe de ficar com medo eu anseio por uma liberação, porém antes de conseguir o homem na minha frente para e sobe pouco a pouco até que os seus olhos encontram os meus.
Aqueles olhos em que me apoiei quando a tempestade ficou mais forte, quando o meu coração doeu pela ausência da minha mãe, aqueles olhos que muitas vezes vi brilhar enquanto me via crescer, aqueles olhos que tanto amo.
— Evan. Eu sussurro.
— Natália! Eu ouço Evan.
Levanto-me rapidamente assustada com o meu sonho, a minha calcinha encharcada, os meus ma*milos em pé e a minha blusa encharcada os revelando. O meu rosto fica vermelho de vergonha, mas não me cubro, em vez disso olho para o meu celular.
— Me*rda! Vou chegar atrasada na escola. Evan me olha brevemente e depois se levanta um pouco tenso, o que há de errado?
— Você tem que se vestir agora! Ele ordena abruptamente e sai do meu quarto.
Sento-me na beira da cama, mas noto a umidade na minha região ínti*ma então me deito novamente e coloco a mão entre a calcinha, acaricio suavemente o caroço por dentro, um gemido sai de mim fazendo o meu corpo esquentar, e apenas o pensamento de que Evan pode estar perto me faz mover os dedos mais rápido.
Depois de alguns momentos me vem a imagem da mulher do outro dia, desejei ser ela então me permito a fantasia de ser ela só neste momento. Coloquei um dos meus dedos dentro de mim, imaginando que era aquela parte daquele homem que eu tanto queria naquele dia, o meu coração acelera e com ele os meus dedos.
Levo a outra mão em direção aos meus ma*milos eriçados, aqueles pequenos pontos nos meus sei*os guardam milhares de sensações, quando os toco o êxtase se torna violento a ponto de encharcar os meus lençóis com os meus fluidos. Terei que tirar a roupa de cama pessoalmente esta semana. Com as bochechas rosadas e a respiração superficial, levanto-me sorrindo e vou para o chuveiro no corredor. Tomo um banho rápido e saio com uma toalha enrolada em mim.
— O que você estava fazendo há pouco? Evan pergunta quando estou prestes a entrar no meu quarto.
Fantasiando sobre você me fo*dendo.
Pelo amor de Deus, foi isso que eu fiz. O meu sorriso desaparece e a vergonha aparece.
— Nada, tenho que ir.
Entro no meu quarto e troco-me rapidamente para sair, isso não precisa ser repetido. Está errado.
Quando saio da escola vou para casa devagar, ultimamente não tenho a mesma vontade de chegar lá devido às lembranças daquele dia. Talvez seja só a idade, o corpo te prepara para muitas coisas e como disseram numa palestra da escola, é também na adolescência que aparece o desejo ou o apetite se*xual e inevitavelmente desaparecerá, certo?
Com as perguntas flutuando, lembro-me da irmã do Evan, não lembro o nome dela, mas lembro que quando mamãe morreu ela muitas vezes voltava para casa para fazer panquecas para mim, porém há cinco anos ela teve que ir para a Europa estudar e pelo que eu entendo que ela agora é psicóloga. Tenho que ir conversar com ela.
O meu objetivo fica claro quando chego em casa então sem preâmbulo subo até o quarto do Evan que já deve estar lá, entro sem bater e converso.
— Quero ir ver a sua irmã. Digo a ele, sorrindo.
O meu sorriso desaparece quando vejo o seu abdômen exposto.
As suas mãos seguram uma toalha sobre o seu cabelo secando-o, mas quando ele olha para mim ele sorri destruindo o meu autocontrole. Os nervos aparecem então começo a brincar com as unhas sem parar por ver o seu abdômen perfeitamente marcado. Os seus braços fortes, as veias marcadas neles e nas suas mãos.
Deus, me perdoe, mas este homem é muito bonito.
As suas calças de pijama ameaçam cair por serem grandes, mas quando vejo a sua expressão mudar para uma tensa e desconfortável, viro-me completamente, rezando mentalmente. Deus, não me castigue por esses pensamentos impuros, é adolescência com certeza.
— Por que você não bateu, pequenina? Ele pergunta por trás.
— Porque eu queria falar com você imediatamente, desculpe, não pensei...
— Não se preocupe, você ainda é uma criança...
— Eu não sou uma criança. Contra-ataco, virando-me.
— Eu quis dizer...
— Não importa, eu cresci.
— Eu sei. Ele suspira, correndo sobre o meu corpo descaradamente.
Os seus olhos sobre mim fazem o meu coração disparar, é verdade que cresci e mudei. Ele arrasta o olhar lentamente do meu rosto para os meus sei*os, parando ali por um momento com as pupilas cada vez mais dilatadas. Nem percebo quando começo a caminhar em direção a ele, mas quando me encontro ao lado dele faço o mesmo que ele, detalhando cada centímetro de pele exposta.
O seu corpo é uma obra de arte, mas o que me chama a atenção é o bojo na sua calça, os meus olhos vão para lá lembrando que já o vi exposto antes só que ele não sabe disso. Lambo os meus lábios sentindo a minha boca seca, arrasto curiosamente os meus dedos, preguiçosamente sobre o seu abdômen mas antes de alcançar a mão de Evan me agarra com força.
— O que você está fazendo? Ele pergunta com a voz rouca.
— Por que fica assim? Eu realmente pareço um idio*ta, mas não tenho ideia de nada.
— Você não sabe? Ele me olha com dúvida, mas eu falo a verdade.
— Não, eu realmente não tenho ideia...
— Estou muito tenso...
— Então é porque você está cansado? Pergunto, intrigada.
— Algo assim.
— Se você relaxar, será como antes?
Ele ri e meio que balança a cabeça. Aproximo-me dele e começo a massagear seus ombros, tão grandes que m*al consigo ver as minhas mãos neles.
— O que você está fazendo? Ele repete a sua pergunta inicial, mas agora está na defensiva, inquieto.
— Estou massageando você. Eu sussurro nervosamente.
— Não vai ajudar. Ele bufa.
— Por quê? Grito chateada. Ele costumava adorar as minhas massagens.
— Vai piorar. Diz ele, olhando para meus lábios.
Chego um pouco mais perto até sentir a sua respiração em mim, tem cheiro de sabonete, mas sua essência natural continua nele, roubando de mim um suspiro de êxtase. Ele engole em seco, olhando nos meus olhos como se não quisesse ver, além disso. Ele não quer me ver?
— Pior? Pergunto, passando as minhas mãos sobre o seu abdômen novamente.
Ele balança a cabeça, liberando a minha mão, então, num impulso, corro os meus dedos um pouco mais para baixo. Quero sentir isso e nem sei por quê. Antes que eu possa chegar mais perto ele me agarra pela cintura, pressionando o meu corpo contra o dele. Eu suspiro de surpresa sentindo o calor subindo pelas minhas bochechas, mas não consigo pensar nisso quando sinto a sua protuberância latejando na minha cintura.
— Vai ficar muito pior?
— Muito. Ele sussurra.
Não tenho ideia do que há de errado comigo, não sei por que o meu coração está acelerado ou por que me molhei lá embaixo, mas quando a mão dele sai da minha cintura eu concentro-me nela, no seu toque.
— Que Deus me perdoe por isso, mas posso tocar em você? Ele pergunta com um olhar perdido.
— Sim. Eu sussurro nervosamente.
As suas mãos deslizam pela minha cintura, me acariciando com cuidado até chegar na minha bu*nda, é quando ele me pressiona contra ele, grunhindo, eu respondo com um gemido bem alto. Fico imediatamente envergonhada, mas não tenho tempo para mais, pois ele enfia um pouco a mão na minha saia e com o dedinho toca a minha intimi*dade, só um toque, mas fico encharcada no mesmo segundo.
— Por favor...