Oii meus amores venho com mais uma história para vocês, e desde já espero que gostem e já sabem né não vou ficar mais cobrando voto e comentários, mas eu peço para vocês fazerem isso para me ajudar.
Essa história contém
● Cenas hot
● Palavras de baixo calão
● Agressão verbal e física
● Uso de drogas, porte de arma
[...]
Heitor Lins
Anos atrás
Já fazia algumas semanas que eu não sabia o que era comer uma comida de verdade, apenas comia restos ou qualquer coisa do tipo e desde que eu me entendo por gente eu sempre vivi nas ruas passando fome, frio e indo de carro em carro para pedir esmola para poder comprar comida e depois de um tempo você se acostuma.
E desde que minha avó que me criava faleceu eles queriam por que queriam me levar para um reformatório e eu já havia ouvido falar sobre esses lugares então eu simplesmente fugi, e até que minha avó era uma pessoa legal, claro que ela não era um amor de pessoa e essas coisas mas pelo menos ela sempre me deu comida e um teto para eu morar.
Mas depois tudo virou simplesmente de cabeça para baixo assim que eu vim morar nas ruas, e é nelas que você acaba aprendendo que a sua vida era aquilo ali e não tinha como mudar nada.
— O senhor pode me dar um trocado ? Eu estou com muita fome — peço para um senhor que estava parado no trânsito com o seu velho fusca
— Eu não tenho dinheiro meu filho, mas eu tenho esse pacote de bolacha aqui, sei que não é muita coisa — ele fala me dando a bolacha e eu dou um sorriso pegando
E já fazia um tempo que eu não comia bolacha recheada então eu fiquei bastante feliz.
— Obrigada tio, que Deus te abençoe — saio correndo quando vejo o sinal abrir vendo o mesmo gritar um amém, volto para a calçada e me sento em baixo de uma árvore afinal ali estava sombra
E antes mesmo de abrir o pacote eu olho ela por inteiro para ver se não tinha nada aberto, pois poderia ter alguma coisa lá dentro e desde cedo eu aprendi a não confiar em ninguém, após ver toda a bolacha eu abro e começo a comer, e até parecia que eu estava com lombriga por que quanto mais eu comia mais eu queria comer.
Vejo uma viatura passar assim que o sinal fecha e o policial que estava do lado do carona me olha com nojo e eu reviro os olhos e volto a olhar para frente, isso era outra coisa que eu já estava me acostumando, o olhar de nojo das pessoas por eu simplesmente estar sujo, com meus cabelos duros e estar comendo que nem um doido.
Mas quem era a pessoa que iria me olhar de outra forma ? Um garoto de 10 anos, sozinho na rua, todo sujo e comendo um pacote de bolacha como um doido, então era de se esperar que as pessoas iriam me olhar assim.
[...]
Um ano depois
Cai uma chuva forte pra p***a e eu já estava todo ensopado e aquilo fazia com que eu me abraça-se na maior intenção de me esquentar, mas não adianta muito, minha boca tremia fazendo os meus dentes baterem uns nos outros.
Passo em frente a um bar onde vejo algumas pessoas assistindo o jogo, algumas até me olhavam com dó, continuo andando na intenção de achar algum lugar que eu pudesse me proteger daquela chuva até ela passar.
E olha que eu nem sabia em qual parte do Rio de Janeiro eu estava, apenas sabia que era uma comunidade, tinha várias casas amontoadas uma nas outras e tinha algumas pessoas m*l encaradas.
Continuo andando por um tempo e a chuva já tinha diminuído um pouco, estava apenas garoando agora, passo por uma rua que tinha uma entrada e eu olho e vi um portão grande fechado e meio que estava protegendo aquela parte, tinha duas casas uma de cada lado da rua e dentro delas tinha um monte de caras com armas bem grandes, que também estavam assistindo o jogo que estava passando.
Sinto os pingos caindo no meu rosto enquanto eu olhava para tudo ali, e aquilo ali era um complexo e isso eu sabia só pelos caras armados e m*l encarados.
— Ai menor — escuto alguém me chamar assim que eu começo a sair daquela rua, olho para trás e vejo um cara bem alto me olhando, ele faz um sinal com as mãos me chamando e eu penso seriamente se eu continuo andando ou se eu volto até ele
Vejo que ele ainda estava me olhando e eu solto um suspiro e vou até ele me assustando com o tamanho da arma que estava atravessada nas costas dele.
— Qual que é o seu nome menor ? — ele pergunta me olhando com a cara feia e me olha de cima a baixo
Eu não sabia se corria pra longe ou não.
— Meu.u nome é Heitor senhor — gaguejo quando começo a falar e ele me olha por completo e faz careta
— Você quer ter uma casa menor ? — ele pergunta e eu até estranho, afinal como ele iria me dar uma casa ? Seria uma casa de verdade, com comida, quarto e com uma cama ?
— Como assim senhor ? — pergunto sem entender e ele revira os olhos sem paciência nenhuma
— Uma casa normal ? Com cama, comida, chuveiro — ele fala apontando para mim todo e eu me olho, e a maioria era sujeira que tinha saído com a chuva, mas não toda também
Fico calado e olho para ele desconfiado, até por que será que existia gente assim ? Que iria te oferecer alguma coisa sem ter nada em troca?
— Mas se liga, lá tem mais crianças que moram lá, é uma casa abrigo, então tu vai ter casa, comida e roupa lavada
E eu pensava seriamente e se ele quisesse fazer alguma coisa contra mim ? Afinal ele era um bandido né ?
Eu já tinha fugido da casa da minha avó quando ela morreu e tentaram me levar para um reformatório, então por agora seria diferente ?
Mas eu também já estava cansado de ficar nas ruas vendo as pessoas me olharem com nojo e me xingar por eu esbarrar sem querer nelas, ou até mesmo quando eu pedia dinheiro para comprar comida.
Olho novamente para o homem na minha frente e depois olho para trás.
— Fica tranquilo garoto eu não vou fazer nada com você não — o homem fala e depois de alguns segundos eu concordo
— Tudo bem — Falo, afinal o que tinha a perder ?