Prólogo
Alicia narrando:
A dança, nas melhores das poesias, é a arte mais linda que há. Minha mãe que foi uma das melhores bailarinas da sua época, me deixou escrito que dançar é como um pincel passeando por uma tela em branco. Com os movimentos do corpo cria-se a arte, eu cresci com esse sentimento de amor pela dança e tento o máximo que consigo expressar o que eu sinto através da minha arte. Meu pai apoia a busca pelo meu maior desejo, mas ele não gosta muito de falar sobre isso... eu perdi a minha mãe, que era bailarina, a história que ouço é que ela morreu no meu parto logo que eu nasci devido à uma complicação durante toda a gestação. Meu pai diz que ela teve a oportunidade de interromper a gravidez, já que era de risco para a sua vida, mas ela escolheu me ter, eu a conheço apenas por fotos e meu pai odeia tocar no nome dela. Eu não sei se a falta que ela faz na vida dele é tão grande a ponto de ser algo r**m, mas eu não vejo as coisas assim. Sinto sua falta todos os dias e todos dias a saudade dela me corrói por dentro, mas eu não sinto raiva disso, sinto orgulho por ela ter me deixado a melhor lembrança que poderia me deixar: O amor pela dança, é na dança que eu consigo me sentir mais próxima dela, e é assim que eu vou viver, sempre com essa memória boa, pois o único momento que senti a minha mãe, foi o tempo dentro da sua barriga.