Helena
Hoje, faz exatamente 6 meses que vim trabalhar para o senhor Williams, e pela primeira vez vou ter folga, assim que ele chegar vou para casa, vou ficar com a minha mãe o fim de semana todo, sinto tanta falta da minha mãe, ela veio aqui algumas vezes me visitar, durante esses meses, mas ela vinha muito rápido não conseguimos matar a saudade, mas hoje vou comprar uma carne uma cervejinha e vamos matar a saudade e divertirmos, só nós duas como sempre foi. Sempre que dava fazemos isso, só nós duas, comemos, bebemos e até dançamos é sempre muito bom e divertido
Vânia- Tem alguém muito feliz hoje em?!
Helena- Estou mesmo dona Vânia, sinto tantas saudades da minha mãe, sempre fomos só nós duas contra o mundo como ela mesma costuma dizer, e mesmo que ela tenha vindo aqui algumas vezes eu sinto falta do aconchego de mãe, não vejo a hora de ficar grudada com ela- falo agarrando dona Vânia que ri sempre das minhas palhaçadas.
Williams- posso saber o motivo de tanta felicidade em plena sexta-feira?- o senhor Williams sempre chega estragando o nosso clima. Em todos esses meses acho que nunca vi esse homem sorrir, até entendo que ele tenha muitas responsabilidades, mas gente com um casarão desse e a grana que ele tem eu iria sorrir até pro vento, mas ele não, sempre com essa cara em burrada.
Vânia- É que hoje a menina vai tirar o seu primeiro dia de folga depois de tantos meses.
Willians- não me lembrava que era hoje sua folga- ele fala me encarando e pela sua cara já vejo que está de mau humor pra variar.
Helena- Na verdade é a partir de amanhã o final de semana de folga que o senhor me deu, senhor Williams, mas estava esperando o senhor chegar para pedir se posso ir hoje a noite, gostaria de passar algumas horas a mais com minha mãe - ele me encara com a cara fechada como se eu tivesse pedido algo muito estranho.
Vânia- Claro que pode menina, Williams não vai precisar de nada e muito menos o pequeno Ivan.
Williams- Sem nenhum problema Helena, desde de que você esteja aqui na segunda de manhã não vejo problema nenhum- olho pra ele toda animada e saiu correndo para o quarto buscar as minhas coisas. Chego no quarto e vou trocar de roupa como já tinha tomado banho, então visto um vestido florido e bem soltinho que vai até em cima dos meus joelhos, gosto de roupa confortável, coloco uma rasteirinha e solto meus cabelos, passo apenas um batom clarinho, não sou muito adepta de maquiagem a grande verdade é que não sei usar quase nada, desço as escadas e chego até a sala, vejo o senhor Williams com seu velho e bom amigo whisky, vou ao encontro de Ivan que está no carrinho.
Helena- fique com Deus meu pequeno e se comporte, que na segunda estou de volta e vou te encher de beijos- falo isso já beijando esse gostoso, como ele está grande, gordo e saudável nem parece aquele bebê minúsculo de quando eu cheguei aqui. Estou ansiosa para ficar com minha mãe, mas ao mesmo tempo estou com um grande aperto no peito em ter que ficar longe do Ivan, serão apenas dois dias, mas me apeguei muito a ele, desde de que comecei a trabalhar não me separei dele pra nada.
Vânia- menina não esquece do meu beijo para sua mãe, e leva a cerveja que ela gosta- dona Vânia fala me abraçando.
Helena- Então, estou de saída, senhor Williams se precisar de mim é só me ligar não importa a hora eu venho correndo.
Williams- Eu vou te levar até a casa da sua mãe Helena- oxe o que deu nesse homem hoje, mau fala comigo e hoje quer me levar até a minha casa.
Helena- Não precisar senhor, eu vou de ônibus e ainda tenho que passar no mercado não precisa mesmo muito obrigado.
William- Não foi um pedido Helena- mas como esse homem pode ser tão grosso, quando eu ia abrir a boca pra responder, dona Vânia segurou em meu ombro e disse
Vânia- É melhor minha filha, já está tarde e você é muito bonita pra andar na rua uma hora dessas- apenas concordei com ela e dei um beijo em sua cabeça.
Williams- Vamos então- pego minha bolsa e sigo esse troglodita. Ele pega a mala da minha mão coloca do banco de trás do carro e quando eu ia entrar ele abre a porta pra mim, me ajuda a subir e coloca o sinto de segurança, nossa como esse homem é cheiroso, ele parece ler meus pensamentos e me da um sorriso de canto de boca, o que deixa ele ainda mais sedutor. Ele entra no carro e seguimos até a minha casa.
Williams- Qual mercado você quer ir?
Helena- Pode ser no que seja mais próximo a minha casa, vou passar o endereço pro senhor.
Williams- Não precisa eu sei bem onde é a casa da sua mãe- como esse homem sabe onde eu moro, deve ser pelo meu histórico que o senhor Osvaldo mandou.
Fazemos o restante da viagem em silêncio, até que ele para no mercado. Quando estou pegando o carrinho sinto uma mão grande em cima da minha, chego a levar um susto.
Williams- Sou eu Helena, também preciso de umas coisas- apenas concordo com ele, não sei porque todas as vezes que nós nos tocamos eu sinto meu corpo estremecer é como se uma corrente de eletricidade passasse por todo meu corpo.
Pego então tudo que preciso e já que estou de carro pego até mais do que precisava, mas estou tão feliz, nunca tive a oportunidade de ir no mercado e comprar as coisas que queria, graças a Deus não chegamos a passar necessidade mas as coisas sempre foi muito regrada, sempre que íamos fazer compras levamos a calculadora pra somar pra ver se o dinheiro daria, e hoje poder ir no mercado e comprar as besteiras que tanto gosto e conseguir ajudar a minha mãe financeiramente me deixa extremamente satisfeita,
Chegando no caixa, quando vou pagar o senhor Williams não permite.
Williams- Eu p**o.
Helena- não senhor, não precisa- fico tão sem jeito, mas é claro que eu não iria aceitar.
Williams- Eu p**o Helena, aceite como uma forma de agradecer por você trabalhar todos esses meses sem folga- quando eu ia recusar a atendente nos interrompe.
Atendente- Aceita menina, de um homem bonito desses eu aceitaria tudo- meu Deus que vergonha, finjo que não escutei e nem olho na cara deles mais.
O senhor Williams coloca tudo dentro do carro e logo chegamos em casa.
Helena- Muito obrigado senhor Williams pela carona e pelas coisas que o senhor pagou- ele pega em meu queixo fazendo eu olhar pra ele me encarando.
Williams- Te espero segunda, aqui não é mais sua casa- fico sem palavras apenas puxo meu rosto, então desço do carro e ele me ajuda com as sacolas.
Williams- na segunda um motorista vem te buscar, aqui na casa da sua mãe- mas que homem doido, deve ter bebido mais que o normal hoje, assim que ele sai eu entro em casa, minha mãe me recebe com festa, estava com tanta saudades aqui nada mudou, tudo está do mesmo jeitinho.
Helena- Mamãe passei no mercado e comprei umas coisas que a senhora gosta- falo abrindo a sacola e mostrando a ela as compras.
Sônia- minha filha não precisava gastar seu dinheiro assim, já basta o dinheiro que você manda todo mês.
Helena- Claro que precisa mamãe a senhora merece- eu não ia contar pra minha mãe que foi o senhor Jones que pagou tudo, imagina só o que ela iria pensar.
O restante da nossa noite foi muito agradável, conversamos, rimos, choramos, cantamos e até dançamos fomos dormir já estava de madrugada. Porque no sábado queria dar uma boa faxina na casa da minha pra ela poder descansar.