7° Capítulo.

1698 Words
Eu sei que passam muitos dias sem eu dizer o quanto amo você. Nossa rotina nos faz esquecer de coisas simples que na verdade são muito importantes. Mas isso não significa que não sou grato por ter você do meu lado, ou que não aprecio tudo o que faz por mim. Pelo contrário, não é difícil reconhecer que seu esforço é uma forte base que dá estabilidade à nossa família. A cada dia eu tenho mais certeza que tomei a melhor decisão ao escolher você como minha esposa. Você é leal, meiga e sempre me apoia em tudo o que faço. Quando estou em baixo, suas palavras me confortam e é você que também me incentiva a nunca desistir dos meus sonhos. Por mais tempo que passe e a vida mude, sempre vou ter orgulho em ter uma mulher assim na minha vida. Mesmo que nem sempre pareça, eu aprecio muito todas as qualidades que você tem. Vou lutar eternamente para que nossa história de amor jamais tenha fim. (...) Rodrigo Spencer: Liguei para o meu pai assim que a Joyce dormiu, para avisar que não iria trabalhar hoje, tive que inventar uma desculpa, e meu velho não gostou, mas acho que ele entendeu. Passei a manhã toda cuidando da minha mulher, antes da hora do almoço, eu a levei para almoçar fora, já que meus tios sempre almoçam em casa, e não queria que eles desconfiasse que algo de errado esteja acontecendo. Após o almoço eu consegui um encaixe numa clínica para que Joyce fosse atendida por uma médica obstetra. Ela pediu que a Joyce fizesse um exame de sangue, apenas para confirmar a gravidez, quando o resultado veio positivo outra vez, eu já estava mais acostumado com a ideia de ser pai. A dra. Romana nos deixou em um quarto de enfermaria, para que Joyce pudesse se acalmar até sermos chamados para fazer uma ultrassonografia. -Você tem que ficar calma, Joyce, você ouviu a doutora Romana. -Eu estou tentando, Rodrigo, mas só de pensar em dar a notícia para meus pais dizendo que eles serão avós, eu quase tenho um treco. Eu também estou, mas não dá pra esconder essa história. -Tente não pensar nisso agora, porque seu nervosismo pode fazer m*l para o bebê. Aliso sua barriga chapada. -Tá difícil. Ela diz ainda entristecida colocando sua mão em cima da minha, mas ela não precisa ficar assim, porque enfrentaremos tudo juntos. Enquanto conversava com a Joyce, uma enfermeira entrou no quarto, após bater na porta, para buscá-la para fazer o ultrassom, já que estamos com o resultado do exame de sangue na mão, e como minha mulher teve uma queda brusca de pressão, ela foi medicada e teve que ficar no soro. -Joyce, a doutora Romana está esperando vocês na sala de ultrassonografia, só vou tirar esse acesso do seu braço para te levar até lá, podemos ir? A enfermeira pergunta e eu me afasto da maca, para dar espaço para ele fazer seu trabalho. -Claro que sim. Joyce responde, e eu vou até onde ela está para ajudar ela a se levantar. -Acha que pode andar, senhorita Garcia, ou você vai precisar ir até lá em uma cadeira de rodas? A enfermeira pergunta, quando nota que Joyce ainda está meio zonza, eu mantenho minhas mãos em sua cintura. -Não precisa, eu vou ficar bem. Joyce diz enquanto ajeita a camisola hospitalar que ela está usando. -Eu vou ficar por perto, caso ela sinta algo r**m, eu a ampararei. Digo segurando ela com mais firmeza. -Tudo bem então, me sigam por aqui, a sala é do outro lado do corredor, Joyce não vai precisar andar muito até lá. Com cuidado seguimos a enfermeira, até uma sala ampla, onde a doutora Romana já estava lá sentada nos aguardando. -É bom ver vocês de novo, senhorita Garcia, deite-se na maca, por favor. Ajudo a Joyce a subir na maca, e a ajeito. - Assim está bom. A Dra diz. A Dra. Romana ficou no final da mesa, puxando a máquina de ultra-som um pouco mais perto. É um amontoado de computador de alta tecnologia. Sentando-se, ela posiciona a tela de modo que nós três possamos ver as imagens, ela toca o teclado. E a tela silva ganhando vida. -Senhorita Garcia, se você puder levantar e dobrar os joelhos, em seguida, abra-os,- ela diz com naturalidade. Franzo a testa com cautela. -O que a doutora vai fazer com essa coisa aí? Perguntei sem esconder meu medo. -Este é um exame ultrassom transvaginal, senhor Spencer já que foi confirmado pelo exame de sangue que a sua namorada está realmente grávida, devemos ser capazes de encontrar o bebê com isso, já que a gravidez é bem recente. Ela segura uma sonda longa e branca, que mais parece um pênis. Oh, tem que ser uma brincadeira, estou horrorizado! - Está bem, -Murmuro, mortificado, enquanto ajudo Joyce a fazer o que ela pediu. A dra. Romana colocou um preservativo sobre o tubo e lubrificou com gel transparente. -Senhorita Garcia, eu preciso que você relaxe, ou poderá ficar ainda incômodo pra você. A médica diz, e fico ao lado da minha mulher, fazendo carinho em sua mão, tentando deixar ela o mais tranquila possível, enquanto aquela coisa começa a ser introduzida dentro dela. Puta merda! Tudo o que posso ver na tela é o equivalente ao visual ruído branco, embora seja mais da cor sépia. Lentamente, a Dra. Romana move a sonda, e é muito desconcertante ver isso. -Aqui está. -Ela murmura, enquanto aperta um botão, congelando a imagem na tela, ela apontou para um pontinho minúsculo na tempestade sépia. Fico encantado olhando para a tela, é um pequeno pedacinho. Há um pedacinho minúsculo dentro da barriga da Joyce. Minúsculo. Uau. Esqueço tudo à minha volta, enquanto olho em estado de choque a imagem do nosso bebê naquela tela. - É muito cedo para ouvirmos os batimentos cardíacos do bebê, mas, sim, vocês estão definitivamente grávidos. Quatro ou cinco semanas, eu diria. Ela diz, mas ainda estou com os olhos pregados na tela. -Doutora, como isso aconteceu, já que eu sempre usei pílulas? Joyce perguntou, olhando para a doutora em busca de resposta, mas eu nem estou pensando muito nisso no momento, nosso filho é tudo que me interessa. A doutora franze a testa, antes de responder: -Parece que o método falhou, mas acontece às vezes, senhorita Garcia, talvez vocês deviam ter usado camisinha também, mas nenhum método é 100% garantido. Estou muito emocionado para dizer qualquer coisa. Afinal vamos ter um um bebê. Um real e legítimo bebê. Um bebê da Joyce e meu. p**a merda. Nosso bebê! -Vocês querem que eu imprima algumas fotos pra vocês? Concordamos com a cabeça, ainda incapaz de falar, e a Dra. Romana pressiona um botão. Então, remove suavemente seu tubo e me entrega uma toalha de papel para limpar a Joyce. -Parabéns, aos mais novos papais. Ela diz enquanto eu ajudo Joyce a se sentar. -Gostaria que vocês marcassem outra consulta para daqui um mês. E no quarto mês. Então, podemos determinar a idade exata do bebê de vocês e estabelecer uma data provável para o parto. Você pode se vestir agora, senhorita. - Obrigada doutora Romana. Ajudo Joyce a sair de cima da maca, e a levo para o banheiro, assim ela se veste. Quando saímos de dentro do banheiro, a Dra. Romana está de volta em sua mesa. -Eu gostaria que você começasse a tomar ácido fólico e vitaminas pré-natais. Aqui está um folheto de prós e contras. Peguei tudo, enquanto ajeitava sua bolsa em meu ombro, depois de nos despedir da médica, fomos embora do hospital, e a levei para minha casa. Estaciono o carro na garagem, entramos na minha casa, e eu levo Joyce para deitar no meu quarto. -Tente descansar meu amor, eu vou fazer um lanche para você comer, agora você precisa comer por dois, volto logo. Dou um beijo na sua boca. -Obrigado por cuidar de mim, meu amor, mas acho que eu devia ter ido para minha casa. -Você precisa descansar Joyce, e não se preocupe, mas nós vamos resolver isso com nossos pais, tente dormir um pouco, tudo vai ficar bem no final, eu te amo, agora relaxe. -Vou tentar. Deixo Joyce na minha cama, enquanto desço para a cozinha. Abro a geladeira em busca de alguns ingredientes para fazer um sanduíche bem gostoso pra ela comer. Estava tão distraído preparando tudo, que nem percebi a chegada do meu pai na cozinha. -Posso saber o que aconteceu para que você faltasse no serviço hoje, Rodrigo? -Nossa pai, que susto. Digo quase derrubando tudo que eu já tinha pegado dentro da geladeira. -Responde logo Rodrigo, porque doente você não está, já que está aqui em casa fazendo sei lá o quê. Hoje o humor do meu pai não está dos melhores. -Desculpa pai, mas a Joyce passou m*l, e eu não pude ir, porque fiquei para cuidar dela, não disse isso na hora que eu te liguei, porque não queria preocupar o senhor. -Rodrigo você não pode ficar faltando no trabalho por qualquer coisa, ali é o seu local de trabalho, e mesmo sendo filho do dono, você não pode deixar de ir por qualquer motivo. E começa o sermão. -Pai eu acabei de dizer que precisei cuidar da Joyce, mas eu prometo que isso não vai mais acontecer, mas eu preciso contar uma coisa séria pra você e para a mãe também. -Tudo bem, nós vamos te ouvir, já que sua mãe voltou pra casa comigo, ela também estava preocupada com sua falta no trabalho, mas o que Joyce tem? -Ela se sentiu m*l de manhã quando fui buscá-la para o colégio, por isso a levei ao médico. -Mas agora ela está bem? Ele pergunta outra vez. -Está sim, ela está lá no meu quarto tentando descansar, mas seu m*l-estar ainda vai durar mais alguns meses. Digo dando uma dica para ver se meu pai entende o que eu quero dizer. -Como assim durar alguns meses, a doença dela é tão séria assim? É melhor dizer de uma vez. -Pai, a Joyce está grávida. Tenho vontade de correr pra longe, depois de jogar a bomba. Continua............
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