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2386 Words
Edgar É estranho ter meu pai em minha casa depois de muitos anos sem vê-lo, ele nunca fez muita questão de estar comigo desde quando era um menino. Minha mãe se foi muito nova, fui criado por várias babás e empregadas, de alguma forma quando decidi assumir os negócios dele pensei que pudéssemos nos aproximar, mas isso não aconteceu. — Lamento por ter entrado no território de sua família, garanto que isso não vai acontecer mais. Hugo apenas está se retratando por conta do pai e não por estar arrependido, meu progenitor me ensinou poucas coisas, no entanto aprendi que muitas vezes devemos ser diplomáticos antes de assassinos insanos. A Organização é uma das principais parceiras do nosso negócio, portanto, o melhor é relevar. — Esse tipo de situação acontece, apenas queremos deixar claro que na próxima vez as ações serão diferentes. — Meus filhos estão cientes, Cunha. Não irei incomodar seu filho tumultuando sua casa. Assis e meu pai se conhecem há anos, são mais que parceiros comerciais, são amigos. Nunca fui próximo, na verdade, evitava contato com o que é ilícito pois meus negócios legais requerem que sempre esteja visível, não seria interessante ser visto almoçando com um narcotraficante mexicano ou um assassino. — O senhor não causa incômodo nenhum, fique o tempo que acreditar ser necessário. Seus filhos, os homens que vieram com eles e seu sobrinho são bem-vindos para ficar se quiserem também. Meu pai olhou em minha direção sorrindo antes de tomar seu café, a mesa está perfeitamente organizada, fico contente percebendo que meus funcionários seguiram minhas ordens perfeitamente. — Edgar, agradeço a hospitalidade, meus filhos e os outros têm onde se hospedar, mas aceito ficar. Ele é um bom homem e não tenho nada contra ele nem mesmo contra seus filhos, não os conheço tão profundamente para odiá-los ou ter antipatia, o fato de ser amigo de Gabrielli não pode interferir no meu julgamento. — Fico feliz, senhor Assis. Agora preciso me retirar, os negócios me chamam. Pai, pode ficar à vontade e fazer companhia ao senhor Assis. Despedi-me de todos indo em direção ao meu escritório, só que antes vejo minha cadelinha, distraída limpando o corredor, Aparecida nem mesmo percebe minha presença, mas assim que me vê fica séria tomando a postura de submissão que tanto me enlouquece. — Aparecida, a visita vai continuar conosco, portanto espero a perfeição do café da manhã no almoço e no jantar também. Dona Luzia deve ser informada da nossa visita para que também esteja preparada, estou encarregando você de fazer isso. Entendeu? — Sim, senhor. Hoje é minha folga, vou para minha casa. Quando ela me contraria, mesmo que não seja de propósito, tenho vontade de espancar sua b***a a noite inteira. — Aparecida, você não tem folga, não se esqueça do nosso acordo. Não quitei a dívida do seu irmão para que tenha folga, para mim você não tem descanso, sabe bem que não é uma funcionária normal. Inclusive, você foi na depiladora e na joalheria que mandei? Sua expressão se entristeceu. Aparecida não sabe aproveitar a oportunidade que tem comigo, sei o que passa em sua cabecinha limitada por uma criação religiosa antiquada. — Sim, senhor. — Ótimo. Gostou das joias? Escolhi pensando em você, ficará lindo na sua pele morena. Estou ansioso para ver como sua b****a ficou depois da depilação. Ela apenas sacudiu a cabeça deixando sua postura baixa como sabe que gosto, Aparecida é perfeita para ser minha submissa, seu tom de voz é baixo, é calma e delicada mesmo que sempre tenha trabalhado como empregada. — São lindas, senhor, muito obrigada. Não sei bem onde irei usar, nunca tive nada tão caro. — Vai usar para mim, Aparecida. Sua beleza é minha, portanto as roupas, joias, sapatos e todo resto é para meu bel-prazer, vê-la bonita e saber que é só para mim é maravilhoso. Ela não sorri. Sei que se sente suja por receber presentes e todo resto que envolve estar comigo, Aparecida no quarto se revela, mas depois chora no chuveiro como se soubesse que, por mais errado que seja, ela gosta muito do que fazemos. — Estou realmente ansioso para vê-la toda depilada para mim, infelizmente, tenho visitas que me impossibilitam que a faça desfilar pela casa totalmente nua para uma exibição especial. Não é um problema receber Assis na minha casa, a questão é que ele acabou, sem saber, atrapalhando o meu treinamento com Aparecida. Me decepcionei durante anos com submissas que não entendiam o modo de viver que almejava, exigiam quando na verdade eu que deveria cobrar delas, no final sempre acabava com elas decepcionadas e eu frustrado. Mas com Aparecida é diferente, soube desde o primeiro momento que a vi que seria uma submissa perfeita, um diamante bruto pronto para ser lapidado da minha forma. Seguro seu rosto para ver seus olhos lindos, não sou e nunca fui correto, o que fiz para ter Aparecida não é nenhum pouco bom, não me importo com as ações e sim os resultados. — Está usando o plug para dormir e durante o dia, Aparecida? — Sim, senhor. — Ótimo. Quando a minha visita partir teremos tempo para tentarmos de novo, quero tudo que for intocado em você, Aparecida, como já mentiu para mim uma vez, não confio em você totalmente. Levanta a saia, me deixe ver se está usando agora. Sua expressão de espanto me faz rir, ela sabe que não estou brincando, mesmo com medo e constrangida levanta a saia do seu uniforme se virando lentamente de costas para mostrar, não permito que use calcinha pois se tenho vontade posso tê-la sem dificuldade em qualquer hora e lugar da casa. Aparecida está usando o plug, é um pequeno para que possa se acostumar, depois vou mudando a espessura. — Senhor, por favor, me deixei abaixar a saia, alguém pode aparecer. Ela está de costas para mim mostrando seu belo r**o enfeitado com o plug, belisco sua b***a algumas vezes sabendo que ninguém virá aqui, no entanto é excitante respirar nesse ambiente de adrenalina. — Não quer que eles descubram que é minha cadelinha em adestramento? Ou é medo que saibam que estou comendo você, a empregada pobre sem lugar decente para morar? É uma miserável que acredita ter direito a folga, para onde vai? Para aquele buraco que chama de casa? Não cabe nem mesmo sua avó que mora lá e seu irmão viciado, seu lugar é aqui comigo que sou seu dono. Sua respiração foi ficando pesada à medida que beliscava sua b***a até ficar evidente as marcas vermelhas, sua postura não muda, mas sei que está chorando, Aparecida coloca a mão na boca para abafar os sons, ela luta, não posso negar que é uma lutadora, que não se entrega facilmente ainda fortemente apegada a sua criação limitante. — Por favor! — Amo quando implora assim, se não estivesse tão ocupado e com uma visita estaria de quatro nesse chão enquanto chupava sua linda b****a. Agora se recomponha e continue seu trabalho! Ela ajeitou a roupa sem olhar para mim. De repente vejo Luzia entrando no corredor, sigo meu caminho sem olhar para trás, logo Luzia entra no meu escritório, como sempre com a expressão de repreensão. — Senhor Edgar, por que não para de humilhar a menina? Aparecida está adoecendo com tudo isso, é uma moça simples, não é como aquelas filhas de políticos ou meninas ricas curiosas com essa p*****a que gosta. Deixe a pobre garota em paz. — Não! Ela é perfeita para o que preciso, diferente das outras, Aparecida não tem escolha ou escapatória, não exige e apenas obedece. Por que iria parar? Ela sabe que me deve, e aceita mesmo que chore e se sinta m*l, Aparecida faz porque sabe que sou o dono dela. A cada dia que se passa a vontade de deixá-la diminui, não é difícil fazê-la ficar, Aparecida é pobre, com uma avó doente e um irmão viciado, qualquer tipo de tragédia a tornará minha de maneira irreversível, é apenas sentar e esperar, sei ter paciência e observar o rumo como a vida desgraçada dela vai levá-la diretamente para a minha de forma permanente. Aparecida Estou terminando de limpar o corredor quando o senhor Cunha aparece, será que ele também quer abusar de mim? Todos devem ser bandidos como o senhor Edgar, devem estar a empreita esperando apenas um vacilo meu para todos me estuprarem. Começo a rezar mentalmente, mesmo acreditando que Deus não me ouve mais depois que virei uma pecadora suja. — Qual o seu nome, menina? — É Aparecida, senhor. Eu amava o meu nome porque a minha avó me deu e por ser devota a santa como ela. Lembro de como o senhor Edgar disse que era nome de pobre, e se pudesse mudaria para algo mais sofisticado e bonito, eu tive medo de que essa ideia crescesse em sua mente louca, mas graça a Deus não aconteceu. — Quantos anos tem? — 20 anos. Esse interrogatório me incomoda. Quero ir embora para o meu quarto e tirar esse objeto da minha b***a, ele é feio e desconfortável, tive que passar aquele maldito gel nele e no meu ânus até entrar. Como o senhor Edgar me faz ter a sensação de estar sendo imunda é diferente e horrível. — Tem família, garota? — Não tenho pai, e minha mãe está morta. Sou só eu, meu irmão gêmeo e minha avó. Minha mãe cometeu suicídio quando eu tinha cinco anos, ela se matou na minha frente e na frente do meu irmão, mamãe estava doente, o abandono a deixou assim. Minha avó costuma dizer que ela demorou para fazer uma besteira, meu progenitor a deixou quando descobriu a gravidez, um herdeiro jamais ficaria com a filha da empregada. Depois que ela se matou, a vovó nos criou, mesmo sendo boa e tentando cuidar de todas as nossas necessidades, nos prendeu para que não acontecesse de novo. Nunca namorei porque ela tinha medo de que eu engravidasse e fosse abandonada, terminei o ensino médio por conta de denúncias feitas pela escola por falta de presença. Sem escola não haveria meninos para me assediar, queria fazer faculdade, eu tinha boas notas apesar das faltas, o problema é que faculdade podia me fazer sair da Igreja, e virar uma perdida como minha mãe. Com apenas o ensino médio não teria muitas chances de trabalhar em algo bom, no final, acabei como minha avó, limpando o chão de gente rica. Sempre fui apagada, sem graça, pobre e desajeitada, ninguém nunca olhou para mim até chegar nessa casa do d***o. — Seu rosto me é familiar. Tem algum parentesco com uma mulher chamada Nalva? Minha mãe se chamava Nalva, detesto mentir, só que um pecado a menos ou a mais não faz muita diferença. — Não. Posso ajudá-lo com algo mais? — Não, pode continuar com o seu serviço. Tem certeza de que não tem parentesco nenhum com ela? Você se parece muito com Nalva, talvez uma prima distante. Neguei já sentindo que esse homem poderia conhecer minha mãe da casa de família que trabalhava com minha avó, não gosto dessa parte da minha história, portanto prefiro mentir a descobrir mais alguma história triste da minha mãe. — Não, senhor, não conheço nenhuma Nalva se me der licença, preciso começar o almoço. Saí apressada antes que ele perceba que estou mentindo. Estou na cozinha lavando as mãos para começar o almoço quando Luzia aparece, é a governanta da casa, foi ela que me deu essa oportunidade de emprego. Infelizmente, ela percebeu o que o senhor Edgar faz comigo não só ela, mas todos os outros empregados, meu irmão não aceitou a proteção exagerada da minha avó, sempre foi revoltado odiando tudo e todos, até que as drogas chegaram na sua vida. Ele vendia tudo para consumir, chegando a vender botijão de gás e até peças de roupas, no final ele adquiriu uma dívida muito alta. Eu e vovó tentávamos pagar com o pouco que tínhamos, até que ele fez uma dívida impagável que não conseguimos quitar. O demônio tem um jeito c***l de nos aproximar dos seus emissários, foi assim que descobri que meu novo patrão havia armado tudo apenas para ter o prazer de me humilhar como um tipo de cachorra de luxo. Perfumes e cremes que são o valor do meu salário, joias que nunca vou usar fora dessa casa e roupas de marcas exclusivas são um dos métodos que gosta de usar para me humilhar.A ida no salão de beleza, como também a depilação, fazem parte de um plano diabólico para que possa ver como sou miserável e que em circunstâncias normais jamais teria tudo isso. Peguei um copo de água para beber os antidepressivos, conviver com um irmão drogado, uma avó controladora e protetora e ainda ter pesadelos constantes com o suicídio da minha mãe me deixaram com a mente destruída, o médico do posto do bairro me indicou um psicólogo que logo me encaminhou para um psiquiatra, com o remédio fico mais calma e consequentemente mais passível às coisas asquerosas que Edgar faz comigo. — Querida, quatro comprimidos? Você toma remédios demais, é perigoso, isso aí também dá overdose. Sei disso, só que eu preciso dos remédios, caso contrário terei o mesmo fim da minha mãe, infelizmente tenho pensamentos suicidas desde os 13 anos. —Não terei overdose não, dona Luzia. Vamos começar o almoço?Espero que o senhor simpático goste de uma comida caseira. —Aparecida, conversei com o senhor Edgar.Não é certo o que ele faz com você, querida, você gosta de se deitar com ele, não é? É por isso que não foi embora ainda depois de tantas humilhações? Não sei o que eu gosto de verdade. Estou tão chapada de antidepressivo que nem sequer sei o que ele faz comigo, teve uma noite que acordei cheia de marcas de cinto na b***a deitada na cama dele.Edgard parecia tão satisfeito que nem ao menos percebeu como realmente estava, não tenho defesa de qualquer maneira. — Não quero falar disso, quero trabalhar. Na verdade, tenho vergonha que saiba do que realmente sinto, tem dias que fico olhando as facas guardadas de forma organizada no faqueiro pensando em cortar meus pulsos ou pescoço, estou morrendo de dentro para fora e acho que minha mãe também morreu assim.
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