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1030 Words
Jacó Sabia que Maurílio iria causar confusão, esse pessoal da Organização tem uma dificuldade para aceitar um não o que me faz pensar que estou entrando em uma creche e não em uma família do crime organizado, esses homens têm um costume de tornar tudo uma grande novela mexicana confesso que estou gostando de acompanhar como agem feito garotos de 11 anos na puberdade. O alvo da noite está saindo para o lado de fora se despedindo do padrinho e da madrinha, com certeza indo atrás da irmã adotiva. Rafael e Celeste tem um noivado digamos bem moderno, sei que Eliza sabe disso, se não sabe desconfia de algo. Vou atrás como um bom amigo faz pelo outro, não vou deixar a garota estragar a f**a do meu grande amigo, Rafael Acácia. — Boa noite, Elisa, como vai? — Filho de Isaque, estou bem e você? As brincadeiras internas entre nós são as melhores, fico pensando em como pude viver tanto tempo sem a presença espirituosa dela. — Melhor agora que encontrei a bela afilhada da casa Méndez, a procura da sua irmãzinha? Creio que não vai encontrá-la aqui do lado de fora, talvez com o vestido levantado até a cintura sendo, digamos, que acariciada na b****a em algum dos mil quartos dessa casa, por que vocês gostam de mansões? Quase me perdi aqui dentro. — Depravado. Sabe onde estão os dois? Minha madrinha já está desconfiando, vai acabar sobrando para mim. Também acho desnecessário casas enormes, chamam atenção demais. Jovens. Sempre impulsivos e emocionados, a sorte da garota é que Rafael é louco por ela. Um sentimento recíproco é maravilhoso, só o sexo antes do casamento para a Organização que não é bem-visto. Presos a pensamentos atrasados e a péssima influência dos italianos e suas máfias que restringem a sexualidade das mulheres ao extremo. — Eliza, não vai sobrar nada para você, diga que não a encontrou, o que não será mentira. — Israel, o problema não é esse, Celeste está se arriscando, Rafael já teve o que queria, pode muito bem dispensá-la. Minha irmã vai parar no prostíbulo depois que meu padrinho a renegar e minha madrinha vai morrer de desgosto. Ela é tão grata pelo que os Méndez fizeram quando a acolheram, os pais dela foram mortos em uma chacina por disputa de terras. Eles eram judeus, Elisa não sabe disso pois sua família fugiu da Europa usando nomes falsos para não serem impedidos de vir para a América do Sul, a família da minha avó fez o mesmo. As terras dela estão sob os cuidados do padrinho que a encontrou muito machucada e quase morta, toda sua família estava morta, dos pais aos irmãos. Minha avó queria adotá-la, no entanto o interesse por terras veio primeiro e impediram que uma senhora judia tentasse ajudar uma garotinha do nosso povo. — Elisa, Celeste não é sua filha, se nem os pais parecem estar tão preocupados como você, por que não esquece isso? Esqueça dos Méndez, quero saber como realmente está. Eles já estão arrumando um marido para você? — Jacó, estou realmente bem, muito obrigada por se preocupar comigo. Vou estudar na Europa, meu padrinho me prometeu, casamento não é para mim, e filhos também não. Tenho certeza de que eles estão mentindo para ela, existe uma nascente que hidrata as terras dela como também as terras Acácia. Emanuel e Miguel não estão comprometidos com ninguém, portanto Elisa será entregue para um dos dois. Provavelmente será Miguel pois já está velho demais para os parâmetros da creche da Organização. — Você é uma gracinha em acreditar no seu padrinho, é mulher e pelo que sei, na Organização, as mulheres são usadas para negócios vantajosos. Não duvido que eles tenham amor por você, Elisa, mas não se engane. — Tenho que confiar neles, tudo que tenho é por conta deles. Está sabendo de algo? É um bom amigo e deve me contar, por favor. Os filhos da família Acácia como também Magalhães se aproximaram de mim por conta da minha boate e prostíbulo, as meninas Méndez acabaram se aproximando por conta de estarem próximas dos filhos de Acácia em virtude do casamento e da amizade com Flora. — Não sei de nada. Só toma cuidado, você é jovem, bonita e com certeza fértil, diferente da sua irmã que nasceu para isso, você não deve se casar para agradar ninguém. — Não faço parte da Organização, não tem por que me usarem como moeda de troca em nada. Ela não sabe das terras ou finge não saber, é uma garota que não compreende o poder que tem. O lugar hoje é cuidado por Méndez e Miguel, como o padrinho de Elisa não tem herdeiros o mais provável é que ele entregue Elisa para Miguel, assim ele continua cuidando em conjunto com o líder da família Acácia. — Não seja ingênua. Eu posso apostar que já estão marcando seu noivado com Miguel Acácia, Celeste noivar primeiro foi uma jogada esperta do seu tio, você é mais velha que ela, portanto o mais coerente é se casar com o irmão mais velho da casa Acácia. Na hora que você veio procurar Celeste, seu padrinho saiu para conversar com Miguel. Elisa ficou calada pensando no que falei, sei que está juntando o quebra-cabeça, e sabe que não estou inventando. — Miguel me deu flores alguns dias atrás com uma pulseira de ouro, achei que fosse um presente de Flora e gentileza em complemento a pulseira, comentei que gostei das rosas do jardim dela, apenas agradeci e sorri como uma i****a. Não acredito que meu padrinho vai fazer isso comigo, ele me prometeu. O que vou fazer sei pode ser questionável, pois Elisa está confusa e chateada por perceber a trama do seu padrinho e de Miguel, só não posso deixá-la escapar, sou apaixonado por Elisa e sei que se souber fazer da forma certa vou conseguir tê-la para mim. — Talvez tenha um jeito. Sou solteiro, estou meio que entrando nos negócios da Organização, não posso dar muitos detalhes só dizer que é grande. Hugo me deve um favor, posso pedir a benção dele. — Para quê? — Para o nosso casamento.
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