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Hierarquia - A CONTINUAÇÃO

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Após dar luz ao seu primeiro filho, Byanka não poderia estar mais feliz ao lado do seu amável marido. Malvadão, por sua vez, tem seu sonho de ser pai totalmente realizado, e acompanha cada passo do pequeno Henrique ao lado de sua esposa. Quando tudo parece estar bem, uma pessoa do passado insiste em interferir na vida desses dois pombinhos. Núbia, juntamente do Tubarão, estão dispostos a acabar com a vida de Bya e Malvadão. Até onde esse homem iria para proteger a sua família? E quais seriam as consequências? “Hierarquia - A CONTINUAÇÃO” irá mostrar que nem tudo são flores, e que não existe ninguém perfeito. Ficou confuso? Vem ler!

* ATENÇÃO *

Obra devidamente registrada. Conformei a lei, é ilegal repassar o livro sem a autorização do autor. Não contribuo com o compartilhamento em PDF e não aceito adaptação dessa obra. Plágio é crime.

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Byanka narrando. Algum tempo depois… Sobre a cama enorme e confortável, enrolada com o edredom macio cheirando à lavanda, eu abro os meus olhos lentamente. Minha vista logo detecta o Thiago, que está me acordando com beijos pelo corpo todo e com café da manhã na cama. Eu abro o sorrisinho bobo de sempre. É sempre assim. Eu sou acordada igual uma princesa todos os dias, tanto é que eu costumo dizer que faço aniversário todos os dias do ano, pois sempre sou tratada com muito amor. Enfim, é só a prova de que escolhi o homem certo para casar e ter filho. Falando em filho, Henrique está dormindo deitadinho ao meu lado, com o bumbum para cima. Malvadão: Bom dia, flor do dia! - Sorri contagiante, envolvendo as mãos em minha cintura fina. Byanka: Bom dia, meu amor! - Eu devolvo o sorriso apaixonado, e o puxo para um beijo. O m@u hálito matinal já deixou de ser um empecilho para nós dois, não temos problemas em dar uns beijinhos durante a manhã sem que eu tenha escovado os dentes. Ao encerrarmos o beijo rápido, eu olho novamente para o meu pequeno e sorrio. Hoje faz um mês que ele completou um ano de idade, e foi um dos dias mais felizes da minha vida. Malvadão: Ele tá crescendo mó rápido, né? - Pergunta o olhando com a admiração de sempre. Byanka: Bastante! Parece até que foi ontem que ele ainda estava aqui. - Digo e passo a mão na minha barriga, lembrando de todas as manhãs que o Thiago me acordava com beijos por essa região. Malvadão: E quando ele me chamou de “papai” pela primeira vez? Eu perdi tudo aquele dia, mano. - Balança a cabeça sorrindo - Depois que ele nasceu, eu não tive nem um dia tr1ste. Aliás, desde que tô com você, sempre estive feliz. Byanka: Vocês vieram pra colorir a minha vida, isso sim! - Eu suspiro, e passo minha mão na costas do Henrique - Literalmente, vocês dois são a minha única alegria. A única coisa boa que me aconteceu. E eu não me canso de dizer isso, tá? Malvadão: Que bom que tu pensa igual a mim, Bya. Não me canso de dizer que amo vocês pelo menos dez vezes aos dia. Afinal, nós nunca sabemos o dia de amanhã. - Ele desfaz o sorriso aos poucos quando fala isso, e logo me bate um arrepio. Byanka: Somos novos, ainda temos muito o que viver. Vamos ver o Henrique se formando na escola, na faculdade… Em tudo! Quero morrer velhinha ao seu lado, e espero que você pense o mesmo em relação a mim. Malvadão: É claro, meu amor. - Ele sorri fraco, e beija a minha mão, a mantendo com a sua. Byanka: Que delícia de café, meu bem! - Meus olhos brilham ao reparar a linda bandeja. Malvadão: Já faz um bom tempo que estamos juntos, mas rapidinho eu decorei tudo o que você gosta de comer, em todas as refeições. - Eu rio e levo uma uva à boca. Passo geleia de morango na torrada e o Thiago me ajuda a posicionar a bandeja na cama. Após a primeira mordida, eu coloco um pouco de açúcar no café e dou um gole. Observo uma omelete em formato de coração, e dou uma leve risada. Eu amo esses artigos fofos de cozinha, e com certeza ele está gostando disso, também. Malvadão: Do que cê tá rindo? Byanka: A sua omelete de coração. - Respondo ainda a olhando, e dou mais uma mordida na minha torrada. Malvadão: Cê gostou? - Pergunta rindo e eu assinto, de boca cheia. Byanka: Achei bem maneiro que você tá usando o que eu gosto até mesmo na hora de preparar o meu café da manhã. Malvadão: Isso já virou rotina pra mim, meu bem. Já que eu acordo primeiro que você e sei o quanto você fica cansada cuidando do nosso bebêzão, o mínimo que eu posso fazer é preparar um café reforçado pra você. - Dito isso, ele dá um beijo suave na minha clavícula, que está a mostra por causa do meu baby doll de alcinha. O sorriso de adolescente apaixonada já está estampado no meu rosto. Não consigo disfarçar o apreço que eu tenho por ele e por todo esse seu cuidado e romantismo por mim, e nem preciso esconder, pois quero que ele saiba o quanto me faz se sentir a mulher mais amada do mundo. Byanka: Já falei que você é perfeito? Malvadão: Hoje ainda não. - Nós rimos baixo. Byanka: Pois bem, você continua perfeito hoje. - Pisco para ele, e dou continuidade ao meu café sem mais delongas. Malvadão: Já posso levar a bandeja pra cozinha, dona Byanka? - Pergunta após ver que eu comi mais do que estou acostumada a comer. Byanka: Pode sim, querido. - Respondo e afasto a bandeja - Aliás, tenho que ressaltar o quanto a sua omelete estava gostosa. O sabor ficou maravilhoso, lindo. Meus parabéns! Malvadão: Lembra que eu aprendi com você? Não tem como a comida ficar ru1m de jeito nenhum. Byanka: Sim, lembro-me bem. - Digo vendo ele saindo do quarto com a bandeja nas mãos. Não posso deixar de reparar na sua bund@, que está bem marcada na bermuda de malha. Dou um sorriso de lado, imaginando aquela bund@ sem a bermuda. Passei a apreciar cada parte do corpo dele, assim como ele faz comigo. A bund@ do Thiago é uma das melhores partes do seu corpo. Eu amo tudo nele, mas a sua bund@ é uma das sete maravilhas do mundo. Byanka: Vai jogar bola, amor? - Pergunto quando o vejo voltando e tirando a camisa. Malvadão: Vou, aqui no campinho. O Sherek vai comigo. Queria o Muriçoca por aqui também, mas tu sabe que ele faz questão de continuar na favela. Byanka: Sim, e eu até entendo ele. Ele é apaixonado pela Nanda, não vai querer de jeito nenhum ficar longe dela. Malvadão: Falando na Nanda, eu vou até falar com o pai dela pra fazer mais uma carga de sapatos. - Eu coço a garganta propositalmente, e ele logo se desculpa. Combinamos que não íamos falar sobre cr1me juntos. Eu prefiro não saber o que o meu marido anda fazendo de errado, por motivos maiores. Querendo ou não, apesar de saber que ele é um bandid0, a minha mente ainda insiste em pensar que o Thiago é um príncipe encantado. Ou melhor, um homem inofensivo. Byanka: Bom, infelizmente não vou poder torcer pra que você faça vários gols no Sherek. - Digo me levantando da cama. - Henrique tá dormindo mais que o normal, e eu vou ficar aqui até que ele acorde. Malvadão: Faz bem, amor. Logo logo ele vai ter tamanho pra jogar bola comigo. Byanka: E aí eu já não vou saber pra quem torcer. - Brinco - Não vejo a hora de me sentar naquela espreguiçadeira e assistir uma partida de vocês. - Sorrio só de imaginar a alegria do Thiago ao jogar bola com o Henrique. Malvadão: Imagina o quanto eu também espero por isso, minha princesa. - Fala enquanto passa bastante desodorante. - Daqui a pouco tô aqui, qualquer coisa brota lá fora e me chama. Byanka: Pode deixar. Te amo. Malvadão: Te amo. - Ele se despede com um beijo e logo sai do quarto. Em seguida, da casa. Passo levemente os dedos nos meus lábios, desejando sentir o gosto da boca dele só mais um pouquinho. Fecho os olhos e lembro das maravilhas que esse homem faz na cama, e eu adoro. Ao abrir os olhos, olho para a cama e vejo todas as nossas fotos. Volto a me aproximar dela e pego um dos porta-retratos. Byanka: Como é bom relembrar esses momentos… - Digo baixinho. Passo o polegar na foto mais recente, que foi no aniversário de um ano do Henrique. O tema foi “O poderoso chefinho”, mas trocamos por “O poderoso Henrique”. O sorrisinho dele foi a coisa mais fofa de toda a festa. Me fez bem ver o quanto ele ficou alegre, principalmente na hora de cantar os parabéns. Sem dúvidas, foi o melhor dia da vida dele. Deixo o porta-retrato em seu lugar e pego outro. O dia do nascimento do Henrique. O que falar desse dia? Acho que eu nunca chorei tanto - de felicidade - antes. Foi um momento único, e que nunca vai sair da minha memória. Na foto, um pouco borrada mas tirada com muita emoção, mostra eu e o Thiago, sorrindo e segurando o Henrique, que ainda nem tinha sido banhado. Meus olhos se enchem de lágrimas só de lembrar desse dia. Pego mais um porta-retrato. A foto foi tirada por um turista em Gramado, onde passamos a nossa maravilhosa lua de mel. Estamos com roupa de frio, abraçados e sorrindo um para o outro, em frente a uma árvore de outono. Lembro como se fosse hoje quando chegamos no resort. Foi mágico. Analiso nossa foto em frente ao nosso bolo de casamento. É indescritível o quanto isso foi importante para nós dois. O meu sorriso parecia se completar com o sorriso do Thiago. Simplesmente espetacular. São dias que eu me lembro todas as noites antes de dormir. Suspiro fundo ao organizar os porta-retratos na cômoda e faço um coque no meu cabelo. Vou até a suíte e fico despida para começar a tomar banho. Após o banho, eu enxugo o corpo e me troco, passando um hidratante corporal logo em seguida. Passo também um protetor solar no rosto, e escuto o Henrique balbuciando. Deixo o protetor solar no closet e corro até a cama. Byanka: Olá, meu amor! - Sorrio o pegando no colo - Resolveu acordar, dorminhoco? - Ele se esperneia - Tá com fome? Quer mamar? - Ele assente e eu sorrio - Quer? - Pergunto boba, e ele assente novamente. Me sento na beirada da cama e começo a dar de mamar. Ele mama com tanto gosto que dá prazer só de olhar e escutar o barulho que sua boca faz ao sugar o bico do meu peito. Passo o dorso da mão na sua testa, percebendo que ele está um pouco suado. Está fazendo muito calor hoje, e eu só não liguei o ar condicionado do quarto porque tenho medo que ele pegue resfriado. O Henrique deveria estar dormindo no quarto dele, mas eu sempre prefiro dormir com ele do meu lado. Me sinto bem mais próxima dele, e me preocupa um pouco saber que ele está em um quarto sem a nossa supervisão. Thiago deu a ideia de uma babá eletrônica, e eu estou prestes a comprar uma. Não aguento mais trans@r no banheiro ou no closet durante a noite, e acredito que ele também não. Quando termino a amamentação, dou um banho no Henrique e deixo ele na cozinha dentro do cercadinho, enquanto eu preparo a comida. Escuto ele chamando “mama” e sorrio. Ele está brincando com alguns bonecos, e continua bem comportado. O Henrique é a cara do Thiago, e para perceber isso basta apenas olhar para ele. A única coisa que herdou de mim foram os olhos esverdeados, mas o resto é tudo do pai. Não acho ru1m, visto que o Thiago tem beleza para dar e vender. Gosto dessa grande semelhança entre os dois. Quando as panelas do almoço estão no fogo, eu vejo o Thiago entrando rápido em casa. Ele parece estar preocupado, e com certeza isso faz com que eu me preocupe de imediato. Corro até ele, que está indo até o quarto. Ao entrar, encontro o mesmo já no banheiro, começando a se despir. Byanka: Amor, que pressa é essa? O que aconteceu? - Pergunto vendo a água fria do chuveiro já caindo em seu corpo e dando fim a todo o suor. Malvadão: Aconteceu um imprevisto, Bya. Byanka: Que imprevisto? Do que você tá falando? Malvadão: Lá na favela, amor. São assuntos de bandid0s. Eu preciso ir até lá, e preciso ir rápido. Byanka: Ok, é melhor nem me falar o que tá rolando. Malvadão: Pode deixar que eu vou voltar pra casa já com o problema resolvido. - Essa é a última coisa que ele diz antes de eu sair do quarto. Tiro o Henrique do cercadinho e o pego no colo. Não consigo ficar calma nessas situações, pois já começo a imaginar milhares de coisas. Eu me despeço dele, que sai de pressa e beija a cabeça do Henrique. Para me distrair, eu brinco com o meu filho até o almoço ficar pronto, e é aí que a minha preocupação aumenta ainda mais. Thiago não voltou para o almoço, e o seu celular está aqui em casa. Estou tão nervosa que não consigo raciocinar nada direito. Vou até a fachada do sítio e pergunto se os seguranças têm alguma notícia dele, mas eles apenas me falam que não estão conseguindo entrar em contato com o pessoal da favela, pois aparentemente todos estão bem ocupados. Eu entro para casa e passo a tarde toda esperando. Ele não veio. O almoço continua no mesmo lugar, porque eu não senti a menor vontade de comer. E a janta eu nem preparei, porque perdi as esperanças de que ele volte antes das dez. Levo Henrique para o meu quarto e nino ele até pegar no sono. O coloco entre algumas almofadas de encosto e deixo o quarto à meia luz. Me ajoelho diante da cama e pego a minha Bíblia. Leio um pouco, e começo a orar logo em seguida. Peço mentalmente para que Deus traga logo o meu marido para casa, e que ele volte do jeitinho que saiu. Bem, e sem nenhum arranhão. Me dói só de pensar que algo ru1m aconteceu com ele. Quando termino de orar, eu guardo a Bíblia no cantinho que deixei reservado para ela e vou para o sofá. Me sento e cruzo as pernas, abaixando a cabeça e mordendo o lábio inferior. Thiago precisa voltar. Eu não durmo até vê-lo entrando por aquela porta. E foi assim que eu fiquei acordada até às três da manhã. Três horas é a hora que ele está chegando. Sua feição parece estar ainda pior do que quando ele voltou do campinho. Automaticamente me levanto do sofá e meus olhos cercam todo o seu corpo, se certificando de que não tem nenhum arranhão ou machucado. Felizmente, não tem nada disso. Mas, em compensação, essa carinha dele está me matando. Meu coração racha no meio só de pensar que alguma coisa ru1m está acontecendo. E não é ru1m fraquinho, é ru1m tipo péssim0. Só tenho a certeza de que realmente se trata de uma coisa grande quando ele me abraça forte, soltando um longo suspiro para mim. Em uma tentativa de acalma-lo e conforta-lo, eu passo minhas mãos pela suas costas, mas por um momento eu me esqueço de que o meu coração está batendo tão forte quanto o dele, pois eu consigo até imaginar o que de fato aconteceu.

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