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1365 Words
Sete anos depois... Hoje era meu último dia nessa maldita casa,meu último dia vivendo um inferno. Mais uma vez acordei gritando pelos meus pesadelos,os mesmo que me acompanham desde o pior momento da minha vida. Olho para os lados vendo todas as minhas malas no canto do meu quarto,no total eram três e uma pequena mochila com uns acessórios de diversão. Hoje com meus 17 anos,sou considerada uma garota marrenta e problemática,por esse motivo estou indo para um colégio interno,na verdade fui expulsa de mais uma escola,para ser exata a última que me aceitou,vamos começar novamente. Após meus treze anos,vamos se dizer que fiquei um pouco rebelde,passei a arrumar encrenca nas escolas,me envolvia em brigas e com esses pequenos problemas,fui expulsa de três escolas, agora com mais essa expulsão,fiquei sem ter para onde ir, então o filho da p**a do meu doador de esperma,me mandou para um colégio interno umas quatro cidades daqui,por um lado eu gostei,pelo menos não terei que aguentar as suas bebedeiras e seus maos tratos que ficaram piores com o passar do tempo. ___ Acorda garota...___ e lá estava ele,parado na porta do meu quarto com a maior cara de irritação,pelo menos não está bêbado___ pega suas coisas e desce que não tenho tempo para ficar esperando uma v*******a como você...___era assim que ele me tratava,v*******a,v***a,p**a e entre outros chingamentos. Assim que ele saiu do quarto,deixei um lágrima cair sobre meu rosto,ele poderia me tratar como um lixo,poderia me bater e me chingar de todos os insultos possíveis,mais isso não deixava de doer,dói saber que o cara que devia te proteger,devia cuidar de você te trata pior que um lixo. ___ Você não vai chorar Marina, você não pode chorar___ digo em baixo tom para mim mesma,era sempre assim, após ser insultada toda manhã,me isentivava a esquecer tudo e me conformar com a minha realidade. (...) Estava colocando minhas malas no meu carro, não iria com o homem a minha frente, não suportava ficar no mesmo lugar que ele,era algo que me incomodava, portanto o seguirei com meu carro. Já havia me despedido de Matheus,meu melhor amigo/irmão. Matheus sempre esteve ao meu lado,ele é o único que conhece a minha história,o único que sabe da minha vida,era ele que cuidava dos meus ematomas,que me ajudava em todas as vezes que precisava ir para o hospital devido as surras que recebia toda noite,ele me aconselhava a denuncia-lo,mais sempre negava, Matheus nunca contou para ninguém o que acontecia comigo, sentirei saudades dele. O caminho até a cidade onde ficava o internato foi longo e demorado, ainda mais tendo que seguir uma pessoa que dirige pior que uma velha. Assim que chegamos em frente ao internato, encontramos a diretora nos esperando na entrada: ____ Bom tarde Sr styles...___a velha a minha frente cumprimenta o meu doador de esperma com um aperto de mão___ Boa tarde Sra Styles... ___a Olho de cima abaixo já me preparando para ter atura-la pelo resto do ano ou não. ____ Só se for para você...___como estava com minhas malas em mãos passo por ela,mais antes de passar pelo portão,meu pai segura meu braço colocando um pouco de força. ____ Preciso dar uma palavrinha com a minha filha___ele dá um sorriso falso e me puxa para perto de seu carro ainda apertando meu braço___olha aqui sua v*******a, você vai entrar nessa p***a de colégio,vai se comportar,se eu receber uma reclamação sobre você___ diz me fazendo o encarar,meu pai era o única que me fazia sentir medo,eu o conhecia o suficiente para saber do que ele é capaz___eu te dou uma surra que certamente te fará lembrar para o resto de sua vida miserável,isso é se não te mandar outra vez para o hospital, lembrando que o viadinho do seu amiguinho não estará presente para te ajudar...___ ele me solta me fazendo massagear o local onde ele apertou, provavelmente estava com os olhos vermelhos por segurar o choro,nunca chorei em sua frente e não será agora. ____ Eu tenho nojo de você, não sei como minha mãe se casou com um lixo igual a você...___ ele me olha com raiva e aperta meu pescoço me empurrando para o carro,já estava ficando sem ar por causa do aperto. ____ Lava sua boca para falar da minha mulher,sua assassina, não bastou m***r ela e agora quer pronunciar o seu nome...___diz e me solta me fazendo cair sentada recuperado o ar que me faltava___o meu aviso esta dado...___ diz e entra no carro arrancando com mesmo saído dali,ele pode ser meu pai,mais nesse momento estou desejando a sua morte: ____ EU TE ODEIO,DESEJO QUE VOCÊ MORRA NO MEIO DO CAMINHO...__grito com todas as forças para que ele ouça já que não estava tão longe,me levanto do chão com lágrimas descendo pelo rosto mas as seco rapidamente,pego as minhas malas e entro no colégio,algumas pessoas me olhavam curiosos outras com nojo,mais estava pouco me fudendo para eles,assim que viro um corredor, esbarro com alguém,olho para o ser humano a minha frente,e não ninguém menos que a diretora dessa m***a de lugar. ____ Me acompanhe até a direção,irei te passar as regras e o horário das aulas___apenas a segui,hoje não era um dia que estava disposta a infernizar a vida dessa mulher. Ficamos alguns minutos dentro daquela sala ouvindo a voz daquele ser ditando as regras do colégio,preciso dizer que não prestei atenção nem metade? ____ Seu dormitório fica no corredor 7A número 302,os quartos são mistos então não se assuste se tiver que dividir o quarto com um dos garotos___ nem esperei ela terminar de falar,já fui pegando minhas malas e saindo. Primeiro tive o desprazer de ser acordada com o m***a do meu pai, segundo tive que deixar meu melhor amigo/irmão em outra cidade,terceiro tive que aturar as ameaças de meu pai, quarto ter que aturar aquela voz irritante da diretora e para completar a minha felicidade ( olha a ironia),um i****a esbarra em mim me fazendo cair sentada no chão. ____ Não olha por onde anda não m***a?___Me levanto do chão sem olhar pra o ser que havia me derrubado. ____ Pelo que percebi a i****a que estava andando destraida aqui não sou eu...___ olho para a desgraça a minha frente,era um garoto de cabelos castanhos,olhos azuis igual o oceano,alto,estava me sentindo um smuf a sua frente, devia malhar pois pela sua roupas era notório seus músculos, até que ele era bonitinho. ___ Me mira mais me erra garoto___ passo por ele esbarrando em seu ombro,por mais que ele fosse forte, fiz com que ele cambaleasse para o lado,já estava irritada o suficiente para explodir esse lugar, não estava afim de tornar minha vontade real. Encontrei a m***a do quarto,assim que abre a porta tive total certeza que dividiria essa m***a com um garoto, não por encontrar o ser no local,mais por ver a arrumação na parte onde ficava a sua cama. ____ Se acostuma Marina, serão longos meses...___ entro no quarto jogando uma das malas encima da cama que estava desocupada e me sentei encima da outra de costa para a porta,levantei a manga da blusa que estava vestido me dando a visão da marca dos dedos do meu pai___mais uma para a coleção___ digo para mim mesma e a porta é aberta me fazendo ouvir a voz do ser que encontrei no corredor,abaixo a blusa rapidamente, não precisaria de alguém perguntando o que aconteceu ou até mesmo cuidando da minha vida. ____ Além de ser lerda é maluca___ respira Mari, você não pode m***r esse ser atrás de você___eu não disse Diego,a garota é maluca___ouço a gargalhada deles me deixando mais irritada,eu não suportava que as pessoas me zoassem,nunca aceitei isso e não vai ser um m***a que irá me fazer aceitar agora. ____ Olha aqui seus merdas...___ me levanto me virando em direção aos dois fazendo com que eles parassem de rir___ vocês não me conhecem, não sabem quem sou e certamente não vou querer me conhecer, então sugiro a vocês que mantenham distância de mim ___ passo por eles saindo do quarto deixando tudo do jeito que estava, não iria arrumar aquelas malas por agora. Olha que maravilha Mari,começou a m***a da sua estadia se irritando além do normal.
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