Cap18

2560 Words
Desci as escadas atrás da Lúcia que ia acelerada na frente, depois ela se sentou no sofá com as pernas cruzadas e começou a mexer no celular, eu fiquei encarando ela e sabia que ela estava atenta a isso, será que eu poderia usar isso a meu favor? -Porque está com essa cara?- Diana chega me tirando dos meus pensamentos e olha para a direção da Lúcia- Ela está linda naquele vestido, não está? -Sim está, ela podia ...- antes de eu terminar a frase Diana me corta -Nem termina...- ela fica na minha frente - espero que você não fique pensando que ela seria melhor "esposa" se se vestisse como está vestida hoje...- ela sai da minha frente- ela é linda, ela tem uma beleza que não precisa de nada para realçar, aquele vestido deu um baque porque a gente não está acostumado a vê-la sem o tênis e de calça... - Eu ia falar que ela podia querer companhia...- Tentei disfarçar mas o que Diana disse era verdade, eu ia dizer aquilo, mas de fato, ela estava certa -Pode enganar quem quiser, menos eu..- Diana sorri - e acho que ela não precisa de companhia..- Diana olha para Lucy que conversava com um cara  -Quem é aquele? -Convidado do papai, acho que se chama André Taylor, bonito não?- ela falou para provocar e eu não gostei disso -Com licença... -E o ego foi ferido...- Diana ri- Feliz Aniversário irmãozinho - olho fulminante para ela -Olá, quem é você?- me aproximo dos dois que param de rir e olham para mim, Lúcia me olhava com ódio -Prazer, André Taylor...- ele se levanta e estende a mão mas eu não correspondo -Dylan, Dylan Saint...- olho ele de cima a baixo -Eu sei..- ele ri e olha para Lúcia -Estavam conversando sobre o que? - Lúcia revira o olho -Não te interessa- ela fala grosseiramente causando riso no cara -Se não interessasse eu não estaria perguntando Ana Lúcia -E se fosse da sua conta eu estaria  agora contando pra você....- ela tá me testando -Sem brigas por favor, eu estava me apresentando a Lucy agora, sou o novo professor de Línguas dela -Aula de Língua? eu posso dar sem problemas...- pego Lúcia pela cintura que se rebate do meu lado -Para de ser otario...- ela se afasta -Seu pai que me contratou, vou começar quando terminar a escola daqui alguns meses -Repito Ana Lúcia não precisa de professor... -Claro que precisa...- meus pais chegam por trás- André sabe do casamento, e logo Lucy entrara na sociedade e precisa saber algumas línguas -Exato, seremos grandes amigos ...- ele estende a mão para cumprimenta-la revelando as tatuagens que tinha nos braços , reparo que Lucy fica com os olhos fixos em seu pulso e logo olha para ele, eu logo os separo -Profissionalismo, eu peço...- Lúcia ficou ainda estática -Claro, jamais seria mais que isso...tenho que ir agora, depois senhor Saint me diga se a Diana gostou do presente, é a caixa com uma flor vermelha...- ele olha novamente para Lúcia- Até mais Ana...- ele sorri e vai devagar até a saída -Ele é muito gentil, vocês se darão muito bem Lucy...- minha mãe falava com Lúcia mas ela estava parada- Lucy? -É...É...eu já volto...- ela sai correndo mas eu a pego pelo pulso -Aonde você pensa que vai?- ela se solta e não responde ela parecia atordoada- Lúcia?- ela sai correndo e eu vou atrás dela. Ela gritou no estacionamento e André a escutou, ele foi em sua direção e sorriu. -Sim Senhorita, eu falo Frances, acho que seria uma ótima escolha...- ele vai cumprimenta-la e o vejo sussurrar algo em seu ouvido - Boa festa ...- ele finalmente sai, e depois de alguns minutos ela veio andando devagar  -O que ele falou pra você? -A mesma coisa que a loira que te beijou disse...me deixa em paz...- eu não consegui rebater, ela voltou para a sala e continuou sentada, o que aconteceu ali? Já não gostei daquele cara... P.O.V Lucy Dylan me observava com insistência, talvez eu tenha tido um pequeno piti de ciúmes? talvez, eu sei que o Dylan é o Dylan e sei que ele tem muitas mulheres, mas eu detesto o jeito que ele flerta comigo e me faz me sentir única sendo que ele quer que eu seja só mais uma. Vejo ele conversando com Diana e provavelmente eles estavam falando de mim, eu respirei fundo quando um rapaz se aproxima de mim. -Ana Lúcia não é? -Sim, mas pode me chamar de Lucy..- estendo a mão- prazer -O prazer é todo meu, meu nome é André, o Lorenzo me contratou para dar aulas de Línguas pra você, quando terminar a escola- dou um riso abafado -o que foi? -Sinto muito, mas eu sou poliglota, acho que vou te dispensar...-falo triste ele parece ser legal -Eu sei, mas você não vai dizer isso pra ninguém...- ele sussurra e eu fico meio assustada- não tenha medo, eu vim te ajudar...Ana..- quando ele chamou meu nome eu me arrepiei, como se ele tivesse me chamado pelo meu nome corretamente, como se eu sentisse que já tinha escutado ele me chamar, eu fiquei alguns segundo o encarando  -Quem é aquele que te come com os olhos e me mata com os mesmos? -Possivelmente meu futuro marido...quer me ajudar a desovar o corpo dele depois que eu mata-lo?- ele sorri -Cuidado com deseja...mude de assunto ele está vindo... -Olá, quem é você?- Olho Dylan com raiva -Prazer, André Taylor...- ele se levanta e estende a mão mas Dylan não corresponde -Dylan, Dylan Saint...-  ele o olha de cima a baixo -Eu sei..- ele ri e olha para mim -Estavam conversando sobre o que? - reviro o olho -Não te interessa-falo grosseiramente causando riso em André -Se não interessasse eu não estaria perguntando Ana Lúcia- Dylan fala ainda olhando para André -E se fosse da sua conta eu estaria  agora contando pra você....- me levanto -Sem brigas por favor, eu estava me apresentando a Lucy agora, sou o novo professor de Línguas dela -Aula de Língua? eu posso dar sem problemas...- ele me pega pela cintura e me junta a ele, MDS QUE PATÉTICO -Para de ser otario...- me afasto -Seu pai que me contratou, vou começar quando terminar ela escola daqui alguns meses -Repito Ana Lúcia não precisa de professor... -Claro que precisa...- seus pais chegam por trás- André sabe do casamento, e logo Lucy entrara na sociedade e precisa saber algumas línguas -Exato, seremos grandes amigos ...-ele estende a mão para mim revelando suas tatuagens, uma em especial me chama a atenção, uma de rosa vermelha em seu pulso...Rosa vermelha....Ai Meu Deus... Flashback "-Fica quieta agora...- eu chorava e não conseguia me mexer, eu o vi abrir a calça e torcia para que aquela facada me matasse antes -Por favor....- eu sussurrava quase desmaiada já, mas antes de perder os sentidos escuto alguém gritar -SAI DE CIMA DELA  ...- vejo um vulto preto dando um soco em cima de Jonny e ele saindo em cima dele, o chutando e batendo até deixa-lo inconsciente- VOCÊ É UM VERME...Alô aconteceu um crime na rua 107 no beco sem saída,  um homem está inconsciente, ele estava tentando estuprar uma menina, eu bati nele, mas ela está desmaiada e ele enfiou uma faca nela, estarei levando ela até o hospital central, ela está viva, e espero que continue, venham rápido, acredito que ela poderá dizer quem ele é se ele fugir... escuto ele batendo mais no Jonny e ele vindo até mim, ele me pegou nos braços- Venha Ana, vou cuidar de você.... Eu senti ele me colocando no banco do carro e dirigindo até o hospital -Quem é você?- falo com dificuldade -Um amigo...você vai ficar bem....eu te prometo...- eu estava com tanta dor, mas antes de perder os sentido vi uma tatuagem de rosa no antebraço dele-  vou cuidar sempre de você Ana...." -Profissionalismo, eu peço...-  fico ainda estática -Claro, jamais seria mais que isso...tenho que ir agora, depois senhor Saint me diga se a Diana gostou do presente, é a caixa com uma flor vermelha...- ele olha novamente para mim- Até mais Ana...- ele sorri e vai devagar até a saída, eu não conseguia assimilar, era ele? era ele.... -Ele é muito gentil, vocês se darão muito bem Lucy...- Josie falava comigo mas eu não conseguia responder- Lucy? -É...É...eu já volto...- saio correndo mas Dylan me pega pelo braço -Aonde você pensa que vai?- me solto e volto a correr não podia deixar ele ir embora- Lúcia? -ANDRÉ...- grito ecoando no estacionamento e ele logo aparece sorrindo pra mim- era você não era?- eu sussurro- você que me salvou naquela noite, não foi?- ele sorri -Sim Senhorita, eu falo Frances, acho que seria uma ótima escolha... -Que? -Temos companhia...- vejo de relance Dylan nos observando- ele me cumprimenta- Eu vou te salvar, confie em mim...- concordo com a cabeça -Boa festa ...- ele finalmente sai, e depois de alguns minutos volto andando devagar  -O que ele falou pra você?- Dylan pergunta -A mesma coisa que a loira que te beijou disse...me deixa em paz...- eu não conseguia acreditar que era ele...ele. voltei para a sala e comecei a comer um balde de salgadinhos que havia perto, eu tentava pensar, eu tinha tantas perguntas, eu sentia Dylan me rodeando tendo perguntas também, eu precisava pensar o que eu ia fazer, ele deixou alguma dica? alguma coisa....eu pensava e repassava os diálogos na minha cabeça.... "tenho que ir agora, depois senhor Saint me diga se a Diana gostou do presente, é a caixa com uma flor vermelha...- ele olha novamente para mim" A caixa do presente....olhei para a montanha de presentes que a Diana havia ganhado, e superficialmente não dava para ver a caixa, como que eu ia pegar um daqueles presentes a vista de todos? A menos que...eu passasse a noite a li...essa ideia era h******l mas eu podia aproveitar para tentar ver o que tinha naquele quarto de fotos da mãe do Dylan, ok... -Preciso bolar a minha melhor atuação...- esperei Dylan sumir e comecei a fingir que estava bebendo, ele demorou alguns minutos e quando voltou eu já estava cambaleando na mesa -Ana Lúcia desce daí agora...- ele sussurra- antes que meus pais te vejam.... -Vem me tirar amorzinho...- eu precisava ficar no segundo andar enquanto Josie estava distraída -Você que pediu...- Dylan me bota no ombro  e me leva até seu quarto, sorte que na sala não tinha muitas pessoas, a maioria estava concentrada no jardim, ele me colocou na cama e encostou na janela- Bêbada serio? você bebeu quantas taças? -Umas 8 ....- me rodopiava na cama dele- essa cama é tão macia ...quantas mulheres já dormiram aqui? -Você é a primeira que deita aqui...- eu rio escandalosamente -Mentiroso, você já dormiu com todas as meninas dessa festa que eu sei...- ele se sentou na cama ainda sério e me olhou - porque está me olhando com esses olhos azuis ai? -Porque são os únicos que eu tenho- ele ri -Você é tão bonito...- Meu Deus o que eu to fazendo??????- pena que não presta- ele limpa a boca com a língua rapidamente e sorri -Eu não sou tudo o que falam, e nenhuma mulher dormiu aqui, sempre levo para o quarto de hospedes, só você tem o direito de estar aqui....- ele tira o meu cabelo do meu rosto e acaricia com o polegar -Não...- tiro sua mão do meu rosto - Você não está sendo você...- fico em pé na cama dele cambaleando e ele fica em pé para de olhar nos olhos - EU ouvi...pra você eu só sou um brinquedo, um pião, você quer que eu me apaixone por você, para ser que nem essas meninas que beijam seus pés, ai eu me caso te dou seu filho e você me despacha... -Não era para escutar aquilo... -Claro que era, eu precisava escutar aquilo para saber aonde eu estou pisando, homens que nem você me machucaram, tiraram a minha roupa, me bateram, então sim, se eu estou destinada a estar com alguém como você eu tenho a noção que eu não posso...- me ajoelho na cama, o que estava acontecendo? eu estava me abrindo pro Dylan?  -Não pode o que? -Me apaixonar por você...por algum motivo a menina que acreditava em príncipes encantados e destino acreditou que uma hora podia certo, mas eu vi que eu nunca vou ser a Verônica, então não flerte comigo...não toque em mim, não queira ser meu amigo...e eu odeio o álcool eu espero esquecer que eu disse isso, e você não me faça lembrar ...- olhei em seus olhos que ainda estavam estagnados em mim ele se sentou ao meu lado -Eu queria que não estivesse bêbada...- ele sorri e olha para baixo  -Qual é Dylan, não sou a mulher que você quer...eu não sou assim...- me levanto na cama novamente e começo a rodar- esse vestido...esse sapato, esse cabelo, tudo, não sou eu...-depois de rodar tanto eu fico realmente tonta meu pé vira e eu perco o equilíbrio, mas ele me segura  -Talvez seja por esse motivo que eu não paro de pensar em você....por ser diferente de todas elas..- ele se aproxima de mim e eu saio do seu colo -Já chega...eu não estou sã pra pensar nisso...- Meu Deus....- ele me puxa pra perto -Mas é a sua única versão que está falando a verdade....- nossos olhos se encontram e os meus começam a marejar, ele olha para os meus lábios e se aproxima  -Lembra a última vez que olhou pra mim assim?- me afasto...- Não dá..- finjo um desmaio e ele me segura de novo, sinto ele me colocar na cama -Eu me lembro e não há um dia em que eu não me arrependa por ter feito aquilo com você...- ele passa o dedo pelo meu rosto- e por saber que você merece alguém melhor não tenho o direito de te fazer ter sentimentos por mim...-não me segurei mas eu precisava falar -Eu odeio você....- me sento novamente e ele que estava quase saindo me olha e vem na minha direção  -Eu não vou beijar você...mesmo que eu queira, e que seus olhos também peçam, eu não vou beijar você, até que você esteja sóbria e me peça isso...- ele encaixa a mão no meu rosto, ele o acaricia e beija minha testa - dorme Ana Lúcia, amanhã você vai esquecer isso...e vai voltar a me odiar... Como eu queria esquecer aquilo.... Ele sai do quarto e fecha a porta, eu corro até ela e seguro a a maçaneta -Ai meu Deus, eu não posso...... Do outro lado da porta Dylan encarava a maçaneta e a segurava, ele estava com o maxilar travado e se recusava a chorar, como aquela menina podia ter feito aquilo com ele -Eu não posso...- ele repetia em pensamento milhares de vezes- eu não posso... -Estar apaixonado (a) por você...- os dois disseram a si mesmo ao mesmo tempo em lados inversos da porta, naquele momento eles reviram suas palavras e Dylan percebeu que mesmo sentindo algo por Vee aquilo passou a ser menor desde que começou a ter aquele pequeno poço de fúria em sua vida, e mesmo que Lucy rejeitasse aquilo, aquele sentimento estava ocupando um lugar que talvez sem querer já existisse de anos atrás...   
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