Cap7

2145 Words
P.O.V Dylan Entrei em casa atordoado, aquela menina, as coisas que ela falou...talvez ela tenha razão...talvez não, ela tinha, eu sabia de muita coisa que o Jonny havia feito e foi muito errado da minha parte duvidar dela sabendo o que ele era capaz, eu reconheço que fui um i****a, eu a humilhei no baile por um desafio vindo do próprio Jonny, e eu tenho medo de pensar que eu só fui um de seus piões para faze-la sair da festa sozinha... Minha casa estava vazia, meu pai estava trabalhando e minha mãe nos eventos dela, Diana provavelmente fazendo compras e Noemi no mercado, me sentei em uma poltrona que ficava perto de uma parede de vidro que tinha vista para a piscina, o céu estava escuro e tudo que rodeava na minha cabeça era aquela menina. "-Hey...- Eu me lembro de vê-la tentando correr até a saída da escola com dificuldade, ela ia o mais rápido que podia mas eu a alcancei facilmente -Hey heey...-Entro em sua frente e ela não consegue me olhar nos olhos, era evidente a vermelhidão de seu rosto e olhos, ela devia estar chorando e aquilo me deixou preocupado, não sabia a intensidade de sua dor, eu queria ajuda-la mas ela não deixava que eu me aproximasse- você tá melhor? -Nunca estive tão bem, não está vendo?- ela fala irônica e continua andando - peço desculpa por ele...- tento reparar o estrago feito por Jonny -Eu não me importo, não sou tão frágil assim...- mesmo com dificuldade ela não para de andar -Qual o seu nome? o meu é D...-tento me apresentar mas ela me corta -Eu agradeço que você tentou me ajudar, mas eu não quero saber quem é você e não precisa saber quem eu sou, se você simplesmente se esquecer da minha existência já será o suficiente, esqueça tudo, e fala pro Jonny que eu não vou abrir a boca desde que ele me deixe em paz, é isso...- como alguém tão nova podia ser tão orgulhosa? Eu não conseguia entender qual a dificuldade de dizer um obrigado. Ela começa andar devagar, eu acho que estava doendo mais do que eu imaginava -Eu não deixaria que ele fizesse algo com você de novo..- eu grito mas ela continua andando" Eu fiquei a tarde toda pensando nela, como ela queria sumir, parecia que a vida era insuficiente, eu queria ajuda-la mas como eu poderia além de falar o que aconteceu para Jamie? "-Eu sinto muito....- me lembro da conversa que tive com ela na biblioteca, ela estava sentada segurando as pernas, seus cabelos cumpridos escondiam seus rosto corado -eu vi você sair de fininho, eu imagino que você não queria que a sua irmã soubesse, mas como não queria minha ajuda...eu não queria que passasse por isso sozinha- eu só queria saber se ela sorriria pra mim com aquela explicação mas a reação dela foi pior do que eu imaginava. -NÃO DEVIA TER FALADO, EU JÁ DEVO MUITO PROS CLARCK...EU NÃO QUERIA TRAZER MAIS PROBLEMAS, Olha eu sei que quis ajudar, mas na próxima vez fica quieto, NÃO SE METE, eu sei lidar muito melhor com meus demônios em silêncio, eu to sozinha e é assim que eu vou ficar pra sempre, agora que você já fez o que queria e ignorou meu pedido pra não se meter por favor esquece da minha existência, me deixa invisível, eu fico melhor assim- ela se afasta de mim mas eu vou atrás -EU SÓ TENTEI DE AJUDAR...- eu levantei a voz - Você queria apanhar do Jonny? você acha que eu iria permitir ? eu falei que nunca mais deixaria que ele fizesse nada com você de novo -Ok, obrigada, é isso que queria ouvir? pronto, agora me deixa em paz..- ela se afasta e sai ao encontro de Jamie Eu a vi novamente e pela última vez na saída dentro do carro, seus olhos acompanharam os meus durante um bom tempo até o carro sumir de vez, naquele dia minha vaga para fazer intercâmbio havia saído, então tinha certeza que nunca mais a veria." Eu prometi ajuda-la, eu devia ter cuidado dela, eu devia ter denunciado o Jonny a muito tempo, quantas meninas iguais a ela ele violou e zomba disso, naquele momento eu me senti o pior dos caras, ela estava certa quando me chamou de verme, talvez eu seja mesmo. Pego um cigarro e começo a fumar, era inevitável deixar de me lembrar como aquela menina era indecifrável. Ela não era mais tão arisca quando me ajudou naquele dia, na verdade alguma coisa nela me fez associar a lúcia mas nunca pensei que podia ser ela já que seu crachá estava escrito Ana.  "-Posso te ajudar?- Escutei a voz da garçonete após entrar disparado na lanchonete após uma briga com Jonny e seus capangas, era estranho chama-los assim pois eu acho que era um deles, quando me viro pra ela, ela coloca a mão na face assustada ao ver meu olho - Ai meu Deus.... -Eu não preciso de nada...pode ir...- eu falo baixo ainda olhando pra ela, aqueles olhos não me eram estranhos. -Desculpe-me mas precisa sim...vou buscar gelo- com teimosia ela me contraria, mas eu não estava ali para ser contrariado então pego em seu pulso com força -Eu falei que não preciso de nada não escutou, garçonetezinha?- eu falo com desdém e ela se solta de mim  -e eu falei que vou buscar gelo, não me escutou?- ela se afasta e em minutos ela joga um pequeno saco de gelo na mesa- Tome...- eu a olho com raiva,  não gosto de ser contrariado - O que foi? Cara f**a pra mim é fome e curiosamente você entrou no lugar certo...- ela fala com sarcasmo, aquela menina tinha  a língua muito afiada -Porque você não me deixa em paz garota?- ela abaixa seu caderno de pedidos e respira fundo -Como quiser, desculpe o incomodo, só coloque o gelo nesse olho...antes que derreta. Boa tarde- ela se afasta da mesa e quando percebo que ela estava distraída pego o gelo e coloco no meu olho  Em questão de minutos escuto o estrondo da porta e sabia de quem se tratava -Nossa conversa não terminou -Jonny grita vindo na minha direção -TERMINOU SIM, AGORA ME DEIXA EM PAZ- me exalto e me levanto ficando cara a cara com ele , quando ele ia falar alguma coisa a garçonete entra no meio, suas costas estavam encostando em mim e eu não entendi o que aquela menina podia fazer para evitar aquilo -Hey hey, sinto muito mas aqui não é lugar para vocês ficarem nessa briga de g**o, vou pedir que se retirem- vejo ela ficar pálida quando fica de cara a cara com Jonny, ela deu um pequeno passo pra trás -ORA ORA....- Ele começa a sorrir e eu conhecia aquele sorriso sádico do Jonny- Olha que engraçado é o destino não é?- Jonny olha pra mim sorrindo  -A pirralha cresceu, lembra de mim Lúcia?- Jonny se aproxima dela e ela esbarra em mim quase caindo e eu a seguro - Antigamente era ele que te defendia...e agora é você que defende ele...- Do que ele está falando? a menina apoiada em mim vira a cabeça devagar e nossos olhos se encontram, Lúcia....era ela... -Você...- ela sussurra e sai do meio de nós- Eu não sei do que você está falando, Jonny saia daqui- ele se aproxima com ira dela  -Vai fazer o que garota? eu continuo sendo maior e mais forte que você e não sei se o Saint ali está com forças pra te defender- quando eu ia pra cima dele os amigos dele me seguraram, meu sangue começou a ferver de imaginar ele machucando ela -Eu não preciso de ninguém pra me defender...- para minha surpresa ela deu um golpe nele torcendo seu braço o fazendo cair - Eu não sou mais aquela garotinha ...- ela o solta- Agora vocês saiam daqui...agora... -Você vai se arrepender de se meter comigo...- Jonny ia embora junto com os amigos, ela arruma seu cabelo que havia se soltado e me olha enquanto eu me aproximava dela -Então é de lá que eu te conhecia...você mudou muito....- tento conversar com ela -Mudei talvez...-ela terminou de se arrumar e voltou devagar para o balcão -Acho que eu vou aceitar a comida agora....- digo enquanto ela se afastava e ela olha pra mim - Panquecas por favor -Como quiser...- voltei para mesa e em minutos ela me trouxe a comida -Aqui está...trouxe com calda, não sei se gosta...- eu a olhei e sorri -parece bom...obrigada...- eu agradeci e a vi se afastar devagar, mas quando ela estava no meio do caminho ela parou e voltou até minha mesa -É...Obrigada...- eu a olho com dúvida -pelo que?- limpo o canto da boca -Por ter me ajudado naquela época...eu só percebi o quanto fui rude quando fui embora, e depois eu nunca mais te vi...eu não estava passando por momentos bons e ninguém nunca havia me ajudado sem ser da família da Jamie, então foi meu método de ... -Ficar invisivel...eu entendo você...não se preocupe estamos quites, você meio que me defendeu agora...- eu não consegui evitar ficar triste ao lembrar o motivo da briga -Desculpa mas o que aconteceu?  -Digamos que você não foi a única menina que o Jonny mexeu...- olho para as panquecas  -Ah...você fez bem então... -talvez sim...-  afasto o prato e coloco os braços na mesa- preciso ir...mas obrigada- coloco o dinheiro da comida e uma gorjeta gorda na mesa e me levanto- a gente se vê por ai, qualquer dia...- enquanto eu ia devagar escuto ela gritar -Hey...- eu me viro - o que aconteceu com seus olhos?- dou um sorriso ao perceber que ela havia se lembrado da cor dos meus olhos e olho para ela com um certo afeto- lentes de contato, sem um nome e sem meus olhos...eu posso deixar de ser quem eu sou por alguns minutos...- olho para o chão- não é só você que queria ser invisível...- pisco pra ela e deixo o lugar, fico do lado de fora esperando meu pai que havia me mandado uma mensagem que iria me buscar, acendi um cigarro e olho pela janela e vejo que ela estava me observando, aquela menina tinha algo de sombrio, e aquilo me intrigou. O carro do meu pai chegou e eu entrei, seu rosto de insatisfação era já comum, sabia que iria levar bronca -O que eu falei sobre se meter com o filho do Fuller? Vocês serão o futuro das nossas empresas Dylan, como pode ser tão irresponsável?    -Ele tentou abusar de uma menina na minha frente pai, queria que eu fizesse o que? -Assistisse...- não acredito no que eu estava ouvindo -e se a menina fosse a Diana você iria querer que eu assistisse mesmo?- Meu pai me olhou com raiva -Daqui 1 mês você vai voltar para Londres para sua faculdade de relações internacionais... -Mas as aulas só voltam daqui 5 meses -Não quero você mais se metendo com os Fuller -Pai me deixa aqui, vai ter um baile daqui 2 dias e eu tento arrumar as coisas com o Jonny, eu...eu prometo- meu pai ficou pensativo -Preciso de resultados ok? temos muita coisa em jogo, quando você se casar e assumir a empresa tem que ter aliados, entendeu? -sim pai..." Aquele dia me atormenta, porque tudo ao meu redor tinha que ser assim, como meu pai podia ter essa percepção, dinheiro e dinheiro e ele estava me amoldando do jeito que ele queria...e eu não tinha forças para dizer não.... Para fazer as pazes com o Jonny, tive que machucar a Lúcia...eu não queria...mas eu fiz, eu lembro do jeito que seus olhos haviam reconhecido os meus, e como eu queria beija-la, eu não sei o que deu em mim, mas ela estava tão perto e seu perfume me envolvia, sentia sua pele arrepiada entre meus dedos, eu não sabia que o Jonny iria atrás dela, eu não sabia que era o plano dele, ele a machucou e eu não fiz nada...meu pai ia me mandar para longe querendo ou não, só que eu não podia deixar ele solto, eu vi o jeito que ela estava, ela estava quebrada por dentro, violada, e é compreensível que ela me odeie, mas já deu. peguei meu celular alternativo onde tinha todas as conversas e prints do Jonny, nomes e fotos, eu pedi para um amigo antigo meu entregar para a Juíza Marise, ela resolveria isso, ela não era comprada, ela era justa e poderia resolver isso, já que até o próprio pai da Lúcia também havia se voltado contra ela, aquela menina mexia comigo e isso me irritava, eu não podia me envolver com ninguém, não podia me apaixonar, já que eu estava destinado a me casar com alguém que eu nem ao menos conhecia...
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