Cap52

2412 Words
- Olá meu nome é Ana Lúcia Baker, tenho 18 anos e sou filha de Eva e Ethan Baker...-mentiras- sou noiva de Dylan Scott Saint...- Será que eu estava fazendo certo?- Pretendo cursar ...cursar...Medicina?- eu olho para Lorenzo que me assistia enquanto ensaiava minhas falas- MEDICINA? eu me recuso...isso parece muito forçado, e imagina as criticas. Isso ta parecendo um teste de atuação, eu não quero encenar. -Ana Lúcia coopere...- Dylan que assistia em silêncio no fundo da sala não fez nenhuma objeção, será que ele aprovava isso? -Olá Meu Nome é Ana...- Parei por alguns segundos e encarei Lorenzo, porque eu estava facilitando pra eles mesmo? Patética- Meu nome é Ana Lúcia Baker- jogo os papeis de lado- mas odeio meu nome, podem me chamar de Lucy, tenho 18 anos e fui vendida pelos meus pais para a família Saint que é obcecada por uma ideologia de Gêmeos Obrigatórios, sim, sou noiva do Dylan, mas só sirvo para uma ser uma maquina de procriação- me aproximo de Lorenzo- Eu cansei de facilitar...engula você esses papeis  Saio de sua sala esbarrando em Dylan que tenta me segurar pelo braço -Hey, calma- me solto dele -Fica na sua, me deixa em paz...- ele me segura de novo -Porque ta assim? Porque...tá me tratando de novo assim...como se eu... -Fosse meu inimigo de novo?- seus olhos concordam com a minha pergunta- Porque talvez você seja...- me solto dele Depois que eu descobri que não sou filha de Eva e Ethan, me vieram tantas perguntas, tantas questões, e se Andy tiver razão e o Dylan souber de tudo e estiver apenas me usando? Porque os Saint's estão envolvidos esse negócio....Eu fui sequestrada, tirada dos braços da minha mãe, porque Eva era um monstro- Lágrimas escorriam pelo meu rosto- Se ela não tivesse feito isso, hoje eu estaria nos braços da minha família, com meus irmãos, eu nunca teria crescido sozinha, eu não teria sido abusada, machucada, vendida, e FORÇADA A CASAR....Me lembrei das últimas palavras de Eva quando estava morrendo... "- Mãe... eu não quero que você deixar...-Lucy abraçava a mão fria de sua mãe -mãe não se canse...não diga nada- ela falava em meio as lágrimas -não tenho muito tempo...- ela aperta sua mão- O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.- seus olhos se enchiam -1 Coríntios 13- Lucy completa -Filha meu amor foi orgulhoso, egoísta, por isso que mesmo eu sendo feliz eu tinha o peso de mentiras e erros que eu cometi...um dia no futuro você vai achar alguém que sofreu muito por minha causa peça perdão a ela aqui está bem?- Eva implorava -Mas mãe como vou saber quem é...- a menina de apenas 8 anos chorava em ver a mãe daquele jeito  -Você saberá querida, eu sinto muito por tudo que tirei de você...- ela falava com mais dificuldade- Eu lhe tirei tanto...eu eu...- Eva Chorava -mas mãe o que você...-ela a corta com um sinal com a mão -Cuida do seu pai e seja Feliz com o homem que está destinado á você, ele irá ama-la e protege-la, pois que eu juro que tentei fazer, nunca duvide do meu amor por você minha queria Ana..-antes de terminar ela começa a ter uma parada cardíaca -MÃE...MÃE...DOUTORRR, ELA ESTÁ MORRENDOO, MINHA MÃE ESTÁ MORRENDO..- ela gritava , a menina corre até o painel e chama os enfermeiros-mãe aguenta...aguenta..- falava desesperada -Eu te amo ...me perdoe querida...me perdoe..." - O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta....- Jogo a primeira coisa que eu vejo na frente no chão com toda força, ao terminar de repetir- VOCÊ NÃO TEVE AMOR ALGUM POR MIM, VOCÊ me ensinou tanto sobre esse versículo e nunca viveu uma palavra dele... - peguei a foto de Josie, Sofia e Eva e encarei ela por alguns minutos- Você tirou tudo de mim...você tirou mais que um tanto, você tirou a minha identidade...eu nunca vou perdoar você Evangeline.- rasguei a foto que tinha ela e Josie e guardei a parte tinha a foto da Sofia no meu bolso- e você Josie, eu não sei o que fez para o André te odiar tanto além de encobrir o meu sequestro, mas independente do que seja, eu vou estar contra você...- amasso a foto e jogo no lixo -Lucy...- escuto Dylan me chamar, eu limpo meu rosto e respiro -Volte para o personagem Ana, personagem...- eu me viro e antes que ele pudesse falar algo eu o abraço- me desculpe...- sinceramente, mesmo André dizendo que Dylan é culpado e mesmo eu duvidando agora dele, ele continuava sendo o cara que me salvou das minhas loucuras, e eu o amava, e me doía muito pensar que ele  só estava me usando.- Eu estou de TPM...- Senti ele respirando aliviado -Tudo bem meu bem, meu pai exagerou mesmo, apesar de tudo, não é tudo fingimento, eu falei com ele, quero que seja você mesma, sem a parte grosseira por favor..- ele ri e acaricia meu rosto- Vai acabar logo, eu prometo... -Eu espero...- volto a abraça-lo -Amanhã começa suas aulas de idiomas...- o fato de eu saber falar 4 línguas ia me ajudar muito a ter conversas privadas com André enquanto estivesse supostamente me dando aulas- com aquele André, to quase pedindo pro meu pai arrumar outro professor -Porque? -Eu não gosto dele, já viu o jeito que ele te olha? eu não gosto disso -Ele é meu amigo e senti confiança nele, e eu não sinto confiança em qualquer um -Confia mais nele do que em mim? -As vezes..- dou um beijo em sua bochecha- vamos embora? Eu não tinha um plano sinceramente, André não tinha me dado muitas orientações, apenas disse para seguir sendo a garota perfeita, ele me prometeu me tirar deles, e eu confio nele, meu irmão, ele me tirou das garras do Jonny e por anos sonhei com a tatuagem de flor em seu pulso, eu já o amava desde aquele dia. Acho que afinal eu não estava tão sozinha quando eu achava não é? P.O.V André -Olá amor...- atendo o telefone- eu estou bem, e você? - sorrio ao ouvi-la do outro lado- Logo estaremos juntos, eu prometo...ela vai conosco. Estou indo ver meu pai, ele veio resolver algumas coisas aqui, então eu quis vê-lo...ok, até mais tarde, Eu te amo.- desligo faltando 10 minutos para chegar na sede da marinha. Sentia tanta falta dos meus pais, da Dess, minha irmã mais velha...eu passei os últimos anos morando aqui, eu precisava ficar de olho na minha irmã, minha namorada entendia o que eu estava fazendo, porque faria o mesmo pelo irmão dela, e por amor a ela também ficava de olho nele, bem distante...mas ficava. Vi Ana crescendo, e só de saber que eu impedi que algo pior acontecesse com ela, vale a pena estar aqui.  Minha mãe se soubesse...meu pai se soubesse que eu estava com ela esse tempo todo, já teriam vindo aqui e a tomado para si, as vezes eu me questiono se não era o certo, talvez eu teria poupado muita dor, eu me sinto egoísta, mas não quero que eles saiam impunes. Minha namorada é alguém que quer justiça tanto quanto eu, mas os motivos dela não serão revelados ainda. Cheguei na sede da marinha, estava de social e óculos de sol, logo fui barrado por um guarda -Com quem quer falar? -Sou filho do General Taylor, pode avisa-lo que eu estou aqui? -Ele está numa entrevista agora, senhor -Avise ele que eu estou aqui- eu tiro os óculos e ele consente  -Sim senhor..- ele entra e depois de alguns momentos ele volta- pode vir Senhor, ele já terminou -Obrigada...- vou em direção a sala dele -Pai desculpa atrapalhar...- quando entro na sala, meu coração quase sai pela boca, quem estava entrevistando meu pai era a Ana? tentei controlar as lágrimas, eu sabia que ela era inteligente e que não demoraria muito para que ela em algum momento juntasse as peças, mas aquilo...aqui, com nosso pai, não sabia que juntaria as peças e chegaria nesse nível tão rápido. -Filho quero que conheça a senhorita Ana..- ela se levanta séria, eu vi a decepção em seu olhar, eu sabia que estava errado, mas tudo o que havia feito foi pelo bem dela. -Prazer Senhor André Taylor, é um prazer conhece-lo...- ela estendo a mão para mim e eu aperto de volta -Filho vou fazer uma ligação, já volto, até mais Ana, foi um prazer...- o celular do meu pai começou a vibrar e ele sai com rapidez, provavelmente era uma ligação da minha mãe -QUE DIABOS VOCÊ...- sussurro desesperado, ela não falou nada para o meu pai, a reação dele seria totalmente diferente -O QUE? TA BRAVO PORQUE EU DESCOBRI TUDO SEM A SUA AJUDA? COMO VOCÊ OUSA ME ESCONDER A VERDADE SOBRE MIM, ANDRÉ? COMO VOCÊ OUSA...- seus olhos estavam cheios, eu só queria abraça-la, eu nunca quis lhe trazer dor, eu só estou aqui para protege-la, ah minha irmã... -Lucy eu prometo, vamos sair daqui e eu conto o que você quer saber, mas aqui não...ta bom?- eu vi seus olhos se abaixando e ela respirou fundo -Espero que você me retorne logo, eu não aguento mais. Ela pega suas coisas mas antes de sair olha dentro dos meus olhos- até mais irmão...- ela me quebrou em tantos milhões de pedaços, ah Ana, ah Ana...limpei meus olhos das lágrimas acumuladas e me sentei na espera do meu pai, como que ela descobriu tão rápido? Talvez isso até seja bom, impulsione ela a cooperar com o plano...como eu queria abraça-la e dizer tudo, dizer como a mamãe a ama e nunca esqueceu os detalhes de seu rosto, de como ela ora olhando para o céu todas as noites pedindo que Deus devolva a sua preciosa menina, nem que seja só o túmulo, que ela nunca esteve sozinha, que ela sempre foi amada e que existem pessoas que daria a vida delas por ela. Queria dizer que todos os natais o papai coloca sua meia na lareira e que tem um quarto em casa que é dela, com o passar dos anos minha mãe redecora o quarto imaginado que a qualquer momento sua filha vai passar pela porta e ocupa-lo. Podem estar imaginando que vivemos na sombra da nossa irmã roubada, mas não, nossos pais sempre nos amaram igualmente, sim a lembrança era presente, mas a gente não ficava lamentando toda hora, entendem? Seguimos nossas vidas com a esperança de que um dia ela retornasse, minha irmã e eu passamos os últimos 5 anos procurando rastros de Eva e Ethan, e quando eu finalmente achei uma pista vim pra cá, eu não podia deixa-la sem p******o e se num piscar de olhos ela sumisse de novo? Era h******l pensar. -Voltei...olá filho- meu pai entra na sala e eu me levanto para abraça-lo- Ana já foi embora? Nem pude me despedir direito, uma menina bem agradável...- ele se sentou em sua mesa e olhou com carinho pra mim -Conversaram sobre o que? -Ela estava fazendo um trabalho da escola, fez uma perguntas sobre nós, não sei bem, acho que tinha coisas que eu nem devia ter respondido, mas os olhos dela me lembravam os olhos puros da sua mãe quando era mocinha, ela me fez lembrar da minha juventude...- ele sorriu e olhou para a janela- Saudade dos meus amigos...eu nunca tive muitos amigos, mas no meu coração sempre guardarei Ethan e Lorenzo, nós éramos inseparáveis...eu os amava tanto, eram meus irmãos, mas sua tia...- ele coloca o punho fechado perto dos lábios -Ela não é minha tia, ela não é minha parente, ela não é nada minha, ela tirou nossa Anastácia... -Tirou muito mais que minha filha, André...tudo que ela tocou, ela destruiu...Será que o Lorenzo sabe que ela sabia que a Olivia estava grávida quando saiu da cidade naquela época? e que ficou anos mandando dinheiro pra ela? Será que a Josie sabia das armações da Evangeline? tantas perguntas... -Mas do que adianta contar para o Lorenzo que a Eva sabia? Tanto a Eva quando a Olivia morreram pai... -O que será que aconteceu com a minha menina? será que morreu mesmo como Josie disse para sua mãe há uns anos atrás?  -Tudo que envolve os Saint é duvidoso, pai...mas tenha fé, tudo vai melhorar, e um dia encontraremos a Anastácia e seremos completos...- meu pai sorriu sem muita fé disso acontecer- era a mamãe no telefone?- ele sorriu -Obvio né... -Você largaria qualquer coisa para atender a mamãe, mesmo que seja só pra ela perguntar se você almoçou ou que está com saudades, espero ser feliz assim -Sua namorada é bem paciente, eu já teria terminado com você se fosse ela- eu ri do comentário - não pensa em se casar? -Penso sempre, e em breve vou pedi-la em casamento pai -E acha que ela vai aceitar? eu não aceitaria -Eu e ela nos entendemos muito bem, e entende e meu trabalho aqui, e eu também faço coisas para ela aqui, então estamos bem, e nos amamos... -Me surpreenderá se ela aceitar -Eu já entendi pai, você não confia que eu esteja no controle dessa situação- eu me levanto- vamos almoçar- ele se levanta também -Claro que confio em você filho, até te ajudo a escolher um anel - ele me da uns tapinhas nas costas -Eu já escolhi, eu quero o que você deu pra mamãe..- ele me olha e sorri de lado -Acha mesmo que essa menina merece o anel que dei pra sua mãe? -Ela é a melhor pessoa do mundo e minha melhor amiga...eu sou apaixonado por ela e temos tanto em comum... -Só pelo sorriso vi que é real mesmo, é o mesmo olhar que eu tinha quando falava de sua mãe, eu quero que seja feliz meu filho...e se quer o anel e acha que a moça é digna dele, ele é seu...- meu pai sorri -É ela pai, a Dean é tudo que eu quero pra minha vida...
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