Capítulo 40

1050 Words
P. V. Princesa Kiara Eu estava paralisada no lugar, sem saber o que fazer. — Príncipe Lien, não esperava a sua visita hoje. — Vim me despedir, general. Não imaginava encontrar o meu salvador aqui — podia sentir o sarcasmo na sua voz enquanto falava com Rock. — Ele resolveu aparecer de surpresa, mas já está de saída. — Já que estou aqui, gostaria de uma luta com ele. Vejo que a suas habilidades são bem impressionantes. — Lamento, príncipe Lien, mas não será possível. — Por quê? — Ele tem alguns compromissos agora. Passou apenas para me cumprimentar. — Vamos deixar ele decidir. Sinto Lien caminhando na minha direção e começo a me afastar lentamente. — Você! — diz ele. — Fique aí. Eu travo novamente, olhando para Rock em busca de socorro. — Vamos deixar isso para outra hora, príncipe. A sua viagem será longa; não é bom que se canse. — Não é todo dia que tenho a honra de lutar com alguém habilidoso. Sem saída, apenas faço um joinha com o dedo, evitando permitir que ele ouça a minha voz. — Corpo a corpo ou espadas? — pergunta ele. Aponto para a espada na minha cintura. Não podia me arriscar em um combate corpo a corpo com ele. — Você não fala? — Ele só fala comigo, alteza. Como ele não te conhece, não vai falar com você. — Não me conhece, mas salvou a minha vida duas vezes. — Ele trabalha pelo bem do reino, alteza. — Qual é o nome dele? — Ele nunca disse. Lien olha intrigado para o general Rock. — Vocês não sabem? — Não, alteza. — E mesmo assim confiam nele? — diz apontando para mim. — Acredito que sua alteza estar vivo é prova suficiente de que podemos confiar nele. Eu precisava dar um beijo de agradecimento em Rock depois. — Tudo bem, vamos ao que realmente interessa. Lien pega emprestada a espada de Rolf. Os soldados abrem o círculo novamente. Eu ainda estava de costas quando senti ele vindo na minha direção. Ainda não havia puxado a minha espada, então apenas desviei do seu ataque rolando para o lado. Peguei uma das minhas adagas e a mostrei para ele. — Ele está dizendo que não irá precisar de uma espada para lutar com você — diz Rock a Lien. Ele sorri e se lança novamente na minha direção. Com a adaga em mãos, bloqueio o seu ataque e acerto um soco no seu peito, fazendo-o recuar. — Você pode ser habilidoso, mas não é tão forte — diz Lien, passando a mão no lugar onde havia sido acertado. — Você terá uma grande surpresa no final, alteza — diz Rolf, sorrindo. — Então vamos esperar. Desta vez, corro na sua direção com a adaga apontada para sua garganta. Ele esquiva-se abaixando. Giro e tento acertar um chute no seu peito, mas ele consegue segurar a minha perna, me derrubando no chão. Levanto-me e vou na sua direção. Tento acertar a sua barriga, mas ele segura a minha mão e, com a espada na outra, tenta atingir a minha cabeça. Com a mão livre, acerto outro soco no seu peito, libertando-me. Espero ele se levantar e me lanço contra ele novamente. Quando vejo que ele irá bloquear o meu ataque, abaixo-me no último minuto, enlaço as suas pernas e o derrubo. Subo nas suas costas e o imobilizo, fazendo um sinal para Rock traduzir. — Ele está dizendo que você é um príncipe fraco — diz Rock, rindo. — Como ele ousa insultar o príncipe Lien! — diz Rolf, vindo na nossa direção. Mas Rock o impede com a mão no seu peito. — Isso é entre eles. — Fique fora disso, Rolf. Essa luta é entre mim e ele — diz Lien. Num movimento rápido, Lien consegue se libertar e me prender no chão. Em seguida, me solta, e partimos para mais uma rodada. A luta estava equilibrada entre nós dois. Os meus movimentos estavam um pouco limitados, já que não podia me arriscar num combate corpo a corpo. Notei que ele também segurava um pouco os seus movimentos. Após alguns minutos, guardo a minha adaga e me curvo, agradecendo pela luta. Não podia ficar mais ali; a cada minuto eu arriscava ser descoberta por ele. — Ele está agradecendo pela luta, príncipe Lien, mas agora precisa ir — diz Rock. — Foi uma luta interessante, e sem vencedor — diz Lien. — Na verdade, temos um vencedor — diz Rock, sorrindo. — Abra a sua camisa e olhe o peito. Lien o encara intrigado, mas faz o que ele pede. Quando olha para o peito, havia várias marcas de furos, como se pequenas agulhas tivessem entrado em contato com a sua pele. — Quando isso aconteceu? — pergunta, me olhando. Olho para Rock, que explica: — Como você disse, ele não possui muita força, mas é habilidoso. Se ele realmente quisesse te matar, alteza, você já estaria morto. A cada golpe que você recebeu no peito, um bracelete disparou pequenas agulhas. Normalmente, essas agulhas contêm um tipo letal de veneno e, quando ele puxa o braço, elas retornam para o bracelete. Acredito que você nem tenha sentido elas em sua pele, não é? Lien me encarava chocado, os seus olhos me analisando com atenção. Puxo a manga da camisa e mostro o bracelete em meu pulso. — Não se preocupe, alteza. No momento, as agulhas não possuem veneno — diz Rock. Rolf caminha na minha direção. Dou alguns passos para trás, mas ele segura o meu pulso e analisa o bracelete com cuidado. — Devo dizer que é um método incomum. Puxo o meu braço do seu aperto e viro de costas para ele. — Realmente, esse cara é uma caixinha de surpresas — diz Lien. — Bem, obrigado pela luta. E antes que você vá, permita-me agradecer pelas vezes que salvou a minha vida. Se tiver algo que eu possa fazer para retribuir, basta dizer. Faço um sinal com as mãos, dizendo que não é nada. — Espero poder vê-lo novamente. Você é um bom lutador. — Não se preocupe, alteza. Acredito que vocês serão grandes amigos um dia — diz Rock. Olho para Rock com cara feia, viro-me e vou embora sem olhar para trás.
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