SEGUNDA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2009.
Lucas Ferraz:
Eu estava em mais uma missão, eu amo o meu trabalho, embora seja uma profissão de risco, afinal trabalhar disfarçado não é uma missão fácil, afinal eu posso morrer se for descoberto, mas graças à Deus trabalho com uma equipe que posso confiar, mas nem todos da corporação sabem quem sou eu, pois a discrição é a alma do negócio, minha família me apoiou desde o início, mas minha sofre de preocupação por mim, mas ela nunca me fez desistir da minha carreira, afinal desde pequeno que eu sonhava em ser um policial, mas como vivo em risco todos os dias, eu fujo de compromissos sérios, afinal posso colocar em risco a pessoa que tiver comigo e não posso fazer isso, mas também porque nunca me apaixonei, e está bom do jeito que está, também tenho sonhos ambiciosos para o meu futuro, e um deles é morar nos Estados unidos, tenho até juntado um bom dinheiro pra isso, mas só farei isso daqui uns anos, ou até me sentir em risco, se isso acontecer me mudo sem pensar duas vezes.
Agora mesmo estão prestes a desmantelar uma rede criminosa, estou aqui totalmente disfarçado e irreconhecível, depois de efetuar esse flagrante vou poder descansar por uns dias, minha equipe estava posicionadas só esperando pelo meu final
-Tem certeza que ninguém te seguiu até aqui? Perguntei para ter certeza que não terei nenhuma surpresa, afinal estou diante de um homem extremamente perigoso.
-Claro que sim, cara, só trouxe meus dois homens, mas porque toda essa desconfiança? Ele está nervoso demais, e isso não é bom, afinal isso pode dar muito errado e eu sair morto dessa merda, embora eu esteja com colete a prova de bala, mas se ele me der um tiro na cabeça, essa joça não salvará a minha vida.
-Desculpa Omar, mas sabe como é esse meu trabalho, eu tenho que desconfiar de todos, afinal como saberei que você não é um policial disfarçado. Entrei no meu papel, afinal não posso dar bandeira, pois eu preciso da confissão desse o****o, também preciso que ele me dê o dinheiro para ter uma prova irrefutável contra ele.
-Olha cara, você pode me mostrar as armas que vende, eu estou com o dinheiro que você pediu por elas, podemos acabar com isso logo? Alguém aí está com muita pressa, mas tenho que enrolar até receber o ok da minha equipe ou essa operação será um fracasso total.
-Primeiro o Ruan vai te revistar. Digo e aponto para que meu parceiro faça o que eu pedi, assim ganhamos mais tempo.
-Qual é, tem necessidade disso? Ok, faça do seu jeito, assim acabamos com isso.
Ruan o revista de cima a baixa, depois me dar o sinal de que ele está limpo.
-Desculpa por isso cara, mas é só precaução, já fui traído uma vez, está vendo essa enorme cicatriz no meu rosto? Aponto na direção do meu machucado falso. Pois é, depois disso não confio nem na minha própria sombra. Digo enquanto abria o porta-mala do carro, e mostrava todo o arsenal de armas que eu trouxe comigo para simular a venda delas.
-São todas suas, assim que eu contar o dinheiro. Digo enquanto o seu capanga me entregava uma maleta, eu me certifico de que estejamos posicionado onde a câmera do fotógrafo da polícia possa tirar boas fotos que servirão de provas para prender esses caras.
Conto nota por nota, até totalizar meio milhão de dólares, afinal eu estou "vendendo" fuzis israelenses e americanos de última geração.
-O valor está correto, as armas são todas suas, senhor Omar, foi bom fazer negócios com você. Peguei na sua mão, já que esse é o sinal para a invasão policial.
De repente a movimentação começou e eu tive que manter o meu personagem ou posso arruinar a missão, caso seja descoberto.
-Aqui é a polícia, quero que coloquem as mãos pra cima ou iremos atirar. O chefe do departamento de polícia diz no alto falante e finjo entrar em pânico.
-Maldito! Eu sabia que era uma roubada fazer negócios com você, Omar, você trouxe a polícia. Berrei interpretando meu papel de uma maneira convincente enquanto retirava uma arma de dentro do meu casaco.
-Mãos ao alto ou eu atiro! Fiquei com a arma na mão, e sou alvejado 3 vezes no peito e caio no chão, vejo Omar e seus dois seguranças sendo rendidos, fechei os olhos fingindo está morto.
Os policiais fizeram todos os procedimentos, eu fui colocado em um camburão, e fomos para o local da troca.
-Lucas tudo limpo. Assim que ouço meu chefe dar o ok, eu me levanto.
-p***a, essas balas de festim dói pra caramba, mesmo de colete a prova de balas. Reclamei enquanto abria a minha camisa e me livrava do colete.
-Parabéns Lucas, mas uma operação bem sucedida. Sou parabenizado pela minha equipe que trabalhou comigo nesta tarefa árdua durantes esses 6 meses.
Vinícius me ajudou a tirar maquiagem do meu rosto, enquanto eu arrancava a peruca loira que tive que usar, e a cicatriz falsa que foi colocada na minha bochecha, depois retirei a lente de contato dos meus olhos, tirei as roupas que estava usando, e visto as minhas.
Depois disso sai do carro da polícia e entrei em outro descaracterizado, porque fui liberado para ir pra casa, farei o relatório no meu apartamento, já que não posso ir na delegacia, porque seria arriscado demais ir até lá, porque posso ser reconhecido.
Meu nome é Lucas Mendes, tenho 28 anos, sou carioca, nasci em Niterói, e moro aqui até hoje, meus pais atualmente moram em Florianópolis, fico mais tranquilo com eles morando mais longe, porque de certa forma eles estão mais seguros ficando mais distante de mim.
Afinal ser um investigador de polícia não é fácil, e mesmo trabalhando disfarçado, corro risco todos os dias e jamais me perdoaria se algo acontecesse com a minha família por causa da minha profissão.
Sou o filho mais velho da dona Débora e do doutor Rômulo, minha mãe é dermatologista e meu pai é um advogado, eles pensaram que eu iria escolher a profissão do meu pai ou da minha mãe, mas eu sempre quis ser um policial, desde garoto eu sabia o que seria quando crescesse.
-Meu irmão do meio, chama-se Rafael, ele tem 24 anos e é advogado assim como nosso pai, e a minha irmã caçula tem 18 anos, ela se chama Priscila e está estudando para ser uma veterinária.
Rafael se casou com a sua primeira namorada, Renata, e os dois são pais de uma menina muito linda de 6 meses, chamada Jade. Ela é o xodó da nossa família, ele mora em São Paulo, só Priscila que ainda mora com nossos pais.
Eu não consegui firmar um compromisso mais sério com nenhuma mulher, principalmente por conta do meu trabalho, já que não tenho muito tempo livre para curtir.
Mas tem 6 meses que estou ficando com a Nayara, mas tenho a ligeira impressão que ela já está ficando cheia por a gente só se ver de vez em quando, claro que tenho vontade de ter uma esposa e filhos um dia, mas no momento não estou buscando por isso, já que estou focado no trabalho e nenhuma mulher despertou esse desejo em mim, o que e muito bom, já que estou focado em outras coisas.
Tenho um bom pé de meia, já que recebo muito bem, afinal eu arrisco muito a minha vida, já que posso ser descoberto, embora isso nunca aconteceu.
Quando entrei no meu apartamento, tudo o que eu mais queria era tomar um longo banho quente e cair na cama, pois estou exausto, mas eu preferi fazer o relatório primeiro, assim eu fico livre de uma vez.
Estava terminando de escrever o meu relatório, enquanto tomava uma cerveja, quando meu celular tocou, olhei no visor do meu celular e vi que era a Nayara. Droga! eu não queria falar com ela agora.
-Lucas onde você está? Ela perguntou assim que eu atendi a sua ligação.
-Eu estou no meu apartamento, cheguei tem uma meia hora, porque você quer saber? Perguntei um pouco ríspido, já que estou esgotado e não gosto quando ela pega no meu pé assim.
-Estou com saudades e pensei em te chamar para sair, estou louca para ir numa nova balada que inaugurou semana passada, depois posso ir dormir no seu apartamento e assim passaremos o fim de semana juntos, que tal? Alguém está cheia de planos, mas eu não estou afim de sair pra canto nenhum nem hoje e nem nos próximos dias.
-Linda eu acabei de chegar de um trabalho pesado, e eu estou exausto, estou só fazendo uns relatórios depois vou dormir. Digo tentando não ser indelicado, mas como sempre ela não entendeu o meu lado.
-Como sempre você não quer fazer nada, estou cansada disso, Lucas, achei que você gostava de mim, mas pelo visto seu trabalho i****a é mais importante do que sair com a sua namorada. Começou o drama, oh meu saco.
-Nayara você ainda não é minha namorada, só estamos ficando, e eu não falei que não quero sair com você, só que hoje não dar. Falar que ela não é minha namorada piorou tudo.
-Tem razão, eu não sou, quer saber, é melhor a gente não ficar mais juntos, você já é comprometido com a sua profissão, então fique com ela, adeus. Ela desligou o celular na minha cara, e no fundo eu fiquei aliviado, afinal eu não tenho saco para ficar discutindo uma relação que nem temos.
Depois do relatório pronto, eu deixei tudo em cima da mesa, e fui tomar um banho, quando fui pra cama eu adormeci quase que imediatamente, pois estava exausto.
Na manhã seguinte eu acordei cedo como sempre, fiz minha higiene, depois coloquei um short, calcei meus tênis de corrida e as meias, peguei meus fones de ouvido, e fui correr na orla praia de Itaipu, que fica localizada no final da estrada de mesmo nome e com uma extensão de aproximadamente 1.000m, é a única praia oceânica de Niterói que apresenta águas sempre calmas e eu adoro correr ali.
Na volta pra casa, eu passei na padaria, comprei dois pães, meia dúzia de ovos, uma caixa de leite, um pacote pequeno de pó de café e açúcar também, pois não tem nada pra comer no café da manhã, tenho que passar no supermercado e fazer algumas compras, já que não vou trabalhar por esses dias.
Deixei as sacolas em cima do balcão da cozinha, e fui tomar um banho antes de preparar meu café.
Aproveitei que estava no banheiro, e fiz a minha barba que estava grande por conta do meu disfarce, normalmente eu gosto de manter ela sempre bem feita, mas as vezes tenho que deixar ela crescer.
Depois de tomar café, eu passei na delegacia apenas para entregar o meu relatório, mas meu chefe queria falar comigo em particular, então segui ele até o seu escritório.
Continua..............