No dia seguinte, acordei com o despertador tocando, me levantei e fui fazer as minhas higienes pessoais, depois fui até a cozinha, a minha irmã Geisa estava lá.
— Caiu da cama? — perguntei surpresa, pois a Geisa era a mais preguiçosa da casa.
— O Luan vai passar aqui, as oito e meia para me pegar.
— Entendi. Bom, eu estou indo trabalhar.
Dei o último gole na minha xícara de café, e me despedi da Geisa com um beijo no rosto.
Fui até a garagem, peguei a minha moto e segui o mesmo trajeto de sempre. No caminho tive que parar em um posto de gasolina para abastecer a minha moto, parei perto de uma Lamborghini preta, fiquei admirando enquanto o frentista abastecia a minha moto, paguei o frentista e segui com a moto, quando de repente recebo uma batida de leve na traseira da minha moto, que fez cair no chão, por sorte não me machuquei, pois estava usando todas as proteções necessárias, luva e roupas próprias para quem anda de moto. Me levantei cheia de ódio indo em direção ao carro, a porta se abriu e vi aquele homem, alto, forte, de óculos escuro e terno, sair do carro, esse homem era o gato do Nick Joni Alencar, o CEO da maior loja de vendas e compras de motos da cidade, fiquei surpresa em encontrá-lo assim desse jeito tão inusitado, ele veio na minha direção, e me perguntou se eu estava bem, falei um monte, enquanto ele só apontava a todo momento para a minha cabeça, então me lembrei que ainda estava usando o capacete, tirei o mesmo.
— Você está cego palhaço! — falei encarando ele.
— Bem melhor agora, sem esse capacete da para conversarmos melhor. Você está bem? — Disse tirando os seus óculos escuros.
“Caramba como ele é gato!”
— Acha que eu estou bem? Você acabou de me derrubar, e sabe-se lá os estragos que causou na minha moto.
— Fica tranquila, eu vou pedir para os meus funcionários virem buscar a sua moto, e se eu causei algum estrago, vou arcar.
— Tá certo, isso me deixa mais tranquila. — ele me olhou e deu um sorriso lindo.
— Vem comigo até o meu carro, eu te levo até o seu destino?
— Acha mesmo que vou entrar no carro de um cara que acabei de conhecer? — falei erguendo uma das minhas sobrancelhas.
— Você vai precisar confiar em mim. — disse com um sorrisinho de lado.
— Acho que não. — Falei dando as costas para ele.
Fui até a minha moto, levantei ela do chão, tentei ligar uma, duas, três vezes, olhei para o Nick Joni que me olhava com um sorriso de lado, enquanto falava ao telefone. Tentei ligar a moto mais uma vez, e de novo foi sem sucesso, então voltei até ele, fiquei parada na frente dele.
— Decidiu finalmente aceitar a minha carona? — falou com sarcasmo.
— Eu não tenho escolha.
— Só precisamos esperar o meu funcionário vir pegar a sua moto. — eu concordei com a cabeça.
Não demorou muito para chegar ali dois rapazes com uniformes, eles cumprimentaram eu e o Nick joni, e foram até a minha moto, eu e o Nick joni entramos no carro dele.
— Onde você quer que eu lhe deixe? — perguntou se desfazendo da parte de cima do seu terno, ficando somente de camisa social.
— Pode me deixar na DMdeco.
— Você é designer de interiores? — perguntou enquanto arregaçava as mangas da sua camisa social.
— Exatamente.
— Trabalha pro Douglas Monteiro?
— Sim, ele mesmo. Vocês são amigos?
— Ele é só um conhecido. E a propósito, eu me chamo Nick Joni.
Ele me estendeu a sua mão para me cumprimentar enquanto mantia a sua atenção para a estrada.
“Até parece que eu não sei quem ele é.”
— Mariana. — eu apenas falei o meu nome e não retribuir ao seu cumprimento.
— Prazer, Mariana. — me olhou rapidamente dando um sorriso.
Durante o caminho, fiquei reparando nele. Nas suas mãos grandes ao volante, nos seus braços fortes, com uma tatuagem que cobria parte do seu braço direito, que também estava com as veias saltadas, veias saltadas me excitam. Parece estranho, mais esse é um detalhe que adoro, e aprecio em um homem.
— Chegamos. — disse parando em frente a empresa.
— Obrigada.
Tirei o cinto de segurança e desci do carro em seguida. Dei um tchau e entrei na empresa.