Ayda Liman
A minha boca é completamente devorada em desespero enquanto sou encurralada na parede. Os meus cabelos logo são soltos por ele e sou elevada. A minha única opção é prender as minhas pernas ele enquanto ele se esfrega em mim sem parar.
Era disso que eu estava precisando e não consigo pensar em parar.
— Odeio quando você usa a porrä dessa calça. — Ele sempre fala isso. — Só dificulta tudo!
— Você sabe que..., que eu não tenho escolha. — Quase não consigo falar por ele não deixar. — É a forma que tenho de não causar suspeitas. Quer que sejamos pegos?
— O que eu quero agora é te devorar inteira. — A sua mão vem diretamente para a minha nuca. — Não sabe a saudade que senti.
— Eu também senti e quero que me prove isso! — Recebo o melhor sorriso e sou beijada mais uma vez.
Sou carregada até a cama e não tem nada mais excitante do que ver esse corpo por cima de mim. Ilir, é a personificação de perfeição suprema e isso me deixa completamente sem fôlego. Eu sou completamente louca por esse homem e fingir que esse casamento é um mártir, é a maior mentira da minha vida.
O problema não é me casar com ele já que estamos juntos há um tempo. O problema é como tudo é feito. São os olhares que recebo do meu pai, dos homens de nossa casa, do meu futuro sogro, de como as leis reagem e juntando isso e mais, eu estou sendo usada como um objeto completo. É assim que sou vista e tudo isso por causa do meu pai. Ele que quis prosseguir no conflito, ele que começou os ataques e persistiu até onde não podia.
Todos sabem que os Alban’s são mais fortes e mais influentes, mas ele nunca aceitou. Desde que eu nasci, nunca me foi questionado o que eu queria fazer e isso em todos os sentidos. Nunca foi perguntado a mim o que eu queria vestir, o que eu queria fazer, o que eu poderia querer comer e tudo me fez chegar aqui. Demorei a começar a falar o que penso e faço isso pelo meu destino já estar selado.
Não tem mais volta!
Mais uma vez, o problema não é me casar com Ilir. Porém, além do meu pai me usar, ainda tem a família de meu noivo. Eles nos odeiam e eu estarei entre eles. Estarei na casa que moram, estarei convivendo dia a pós dia com eles por perto e não faço ideia do que esperar.
Só posso pensar o pior!
Eu estou tentando seriamente manter a postura, mas de tantos anos vivendo assim, estou ficando exausta. Eu ainda moro numa casa onde as lembranças me matam a cada dia. Todos os lugares daquela casa me faz lembrar da minha mãe e eu a amava. Eu nunca me esqueço do dia em que ela foi morta por ele. Pelo meu pai. Tudo aconteceu no corredor principal da casa e desde então, eu associo aquela casa a morte.
Por isso e outras coisas eu não confio naquele homem!
É aqui com Ilir, que faço de tudo para esquecer dos problemas e só ele é capaz de fazer isso. O prazer que ele me dá é imenso e supera qualquer coisa. Estou me arriscando? Sim, e muito, porque esse nosso relacionamento pode custar a minha cabeça, mas ele é tudo de melhor que tenho até hoje.
Ilir, sabe quem eu sou e me ama desse jeito. Eu demorei a confiar nele por completo, mas quando aconteceu, ele nunca a quebrou. Esse tem sido o nosso lugar até o dia do nosso casamento. É aqui que recuperamos as nossas forças para enfrentar tudo lá fora.
— Eu ainda vou te comer tanto, Ayda! — Ele me agarra pela cintura e me coloca por cima dele. — Rebola pra mim, vem!
Essa é outra visão maravilhosa!
Enquanto eu me movimento e observo as suas expressões, eu só consigo gemer em prazer absoluto. Os seus toques fazem o meu corpo queimar por completo e os apertos e tapas me fazem entrar em combustão.
Nós temos uma conexão surreal e nos completamos em todos os sentidos. Eu não consigo mais parar e ouvir os seus gemidos grossos e roucos me dão mais forças ainda. Ele se eleva, vem até mim e me beija enquanto me incentiva a continua com tudo.
— Ahh..., Ilir... — Arranho o seu peito com gosto.
— Eu sei... — Ele me beija enquanto rosna na minha boca. — Você é minha, Ayda! Porrä, é toda minha.
— Toda sua. — Sempre que afirmo isso, vejo bem os seus olhos brilharem. — E-eu preciso de mais.
— Eu te dou tudo! — Ele realmente faz tudo.
Ao pedir isso, ele me coloca deitada e não tiro os meus olhos dele. Enquanto ele vem com tudo, ouço os seus grunidos bem na minha orelha e é quando ele sempre fala que me ama. Sempre que ouço essa afirmação, eu fico nas nuvens e correspondo no mesmo segundo.
Ele sabe como me deixar desarmada por completo.
{ . . . }
— Você parece bem cansada. — Não discordo dele. — Normalmente você acaba comigo, mas hoje foi diferente. — Não seguro o riso.
Estamos deitados aqui, frente a frente e a ponta dos seus dedos passeiam pelo meu braço.
— Não durmo há mais de 24 horas. — Respondo começando a sentir o cansaço. — Aquela reunião não sai da minha cabeça.
— Me desculpe por aquilo, é que eu não podia deixar nada transparecer. — Eu apenas aceno.
— Eu sei disso e sinceramente, não foi nada. Eu falo deles! — Suspiro forte e vejo as horas no meu relógio. — Eu preciso ir. — De verdade, eu fico péssima toda vez que nos separamos.
— Tenta descansar um pouco. — Ele fala se levantando e começamos a nos vestir. — Acho que só vamos nos ver no dia do casamento agora. — Eu olho para ele. — Tem muita coisa para resolver e meu pai me quer em tudo. Vai ser difícil sair e não ser pego.
— Eu entendo, mas vamos nos falando. — Ele concorda. — Pelo menos, ninguém nunca descobriu e não vai. Conseguimos! — Essa era a nossa maior meta de todas.
— Não quero imaginar o que o seu pai faria. Ele é um louco! — Não discordo dele.
— Se ele descobrisse, eu mesma me mataria. — Eu fico de pé e pego a minha blusa. Ele tem um olhar sombrio agora e sei o motivo. — Estou falando a verdade, Ilir. Você sabe das coisas. — Ele vem para bem perto e me puxa pela cintura.
— Eu nunca mais quero ouvir você falando um absurdo desse, ouviu? — A frase é dita com o seu dedo bem no meu rosto. — Nunca mais, Ayda!
— Estamos falando de uma suposição, fica tranquilo. — Nisso, ele começa a se desarmar, mas não me solta. — Mas o que queria que eu falasse? Eu não daria o gosto a ele de me matar depois do que fez com a minha mãe. Eu mesma poderia fazer isso e de forma rápida e indolor. Já ele, faria uma sessão de tortura e me daria aos lobos. — Ele sabe disso, não estou falando nada de outro mundo.
— Isso não vai acontecer. Vamos nos casar em poucos dias e no que depender de mim, será o quanto antes. — Eu não duvido disso.
— Me promete uma coisa..., eu não quero que você dê continuidade ao que eles começaram. Eu não vou suportar! — Ele sabe bem ao que me refiro.
— As coisas vão mudar e é você que estará ao meu lado. — Isso é suficiente para eu me sentir melhor.
Depois de vestida, nós nos despedimos e como ele chegou bem antes de mim, ele é o primeiro a sair. Fico aqui por um tempo, esperando longos minutos angustiantes e quase uma hora depois, é que eu decido sair. Desço as escadas como faro, pego a minha moto e novamente, faço caminhos aleatórios antes de pegar o caminho de casa.
Ao chegar, eu entro pelos fundos e vou para um banho rápido. Coloco uma camisola longa e me jogo na cama sem pensar em mais nada.