A família Duarte ainda não tinha recebido nenhum sinal sobre o paradeiro de Maxiela.
O detective que estava no caso descobriu que Victor também andava sumido e começou a investigá - lo.
- Senhora Duarte. Acha que o Senhor Victor pode estar envolvido no rapto da sua filha?
- Não sei detective.
Ele não reagiu muito bem ao fim do noivado, mas não acredito que faria algo tão mau.
- É possível senhora.
Descobri coisas estranhas sobre ele.
- Coisas estranhas?
Espere por favor. Quero que o meu marido oiça tudo o que o senhor vai me dizer.
Max entrou na sala e o detective contou que Victor manteve contacto com duas mulheres do passado de João Guilherme que eram mãe e filha, procuradas por estelionato.
- Tem a certeza detective?.... Max perguntou.
- Sim senhor Duarte.
O senhor Medeiros deixou a jovem Felícia por lhe ser infiel.
A mãe dela nunca aceitou o facto de a filha ter sido abandonada.
- O senhor acha que elas também estão envolvidas?
- Tenho a certeza senhora.
Estão hospedadas numa pensão e temos alguém lá disfarçado a vigiar os seus passos.
Logo saberemos onde está a vossa filha.
Enquanto isso, na mansão Medeiros João Guilherme estava a perder a paciência.
Jorge também estava a participar das investigações.
- Filho! Calma por favor.
O Jorge te encontrou 23 anos depois, ele vai achar a Maxiela.
- Eu acredito mãe.
Mas...Eu tenho medo que a magoem.
A campainha tocou e a empregada anunciou uma visita para João Guilherme.
- Olá Gui.
- Felícia? O que fazes aqui?
- Já sei de tudo e vim ver como estás.
- Estou bem Feli.
Obrigado por vires, nas eu quero ficar sozinho.
- Filho! Ela só quer ajudar.
- Obrigada senhora.
Eu entendo.
- Desculpa Feli.
Senta por favor.
- Eu vou deixar vocês conversarem.
- Obrigado mãe.
- Então?
Já têm notícias dela?
- Não. Nenhuma.
Não sei o que fazer.
- Saiba que podes contar com a minha ajuda.
- Obrigado Feli.
O celular de Guilherme tocou e ele.se afastou para falar á vontade.
Minutos depois, voltou para junto de Felícia.
- Está Rudo bem Gui?
- Sim.
Era da minha empresa.
- Bem! Tenho que ir.
Vou almoçar com a minha mãe.
- A Maísa está aqui?
- Sim. Veio me visitar.
- Dá - lhe os meus cumprimentos.
- Darei sim.
Tchau Gui.
- Tchau Felícia
- Mano! Quem é aquela mulher que saiu daqui?
- Oi mana.
É a Felícia. Minha ex namorada.
- O que ela queria?
- Saber como estou.
- E você acreditou?
- Sim. Mas depois da ligação eu já não confio nela
- Que ligação?
- Senta que eu vou te contar tudo.
No cativeiro, Maxiela acordou e percebeu que estava num quarto diferente.
Estava deitada numa cama de casal apenas coberta com um lençol.
- Bom dia querida.....Victor entrou no quarto bastante sorridente.
- Victor?
O que aconteceu?
- Não te lembras amor?
Tivemos uma noite maravilhosa.
- Não acredito.
O que tinha naquele vinho?
- Não tinha nada.
Achas que te droguei Maxie?
- Sim. Tenho a certeza.
- Bem! Vou mandar a Joana vir te ajudar.
Até logo.
Maxiela tentou sentar na cama, mas estava tinta e com muita dor de cabeça.
Não lembrava muita coisa da noite anterior, mas tinha a certeza que não dormiu com Víctor por sua vontade.
- Bom dia senhora.
- Joana! Porque fizeste isso?
Sai daqui.. Me deixa sozinha.
- Senhora.
Eu não fiz nada.
Juro que eles têm a minha neta.
Por favor...
- Não confio mais em você.
- Senhora.
Eu posso te ajudar.
Tenho carro e vou á cidade comprar comida.
Posso avisar á polícia.
- E a tua neta?
- Ela vai ficar bem.
Vou sair agora....Trarei um celular descartável para a senhora.
Joana saiu e Maxiela ficou em dúvida sobre as palavras dela.
Tomou banho e trocou de roupa.
Passadas duas horas, Joana voltou.
Ela tinha sido levada para o mesmo quarto por um dos seguranças.
- Senhora! Quer almoçar já.
- Sim. Por favor.
Cumpristea tua palavra?
- Sim.
Fiz uma ligação anónima para a polícia e dei este endereço.
Aqui está o celular.
Maxiela recebeu o celular que ainda estava no pacote.
- Obrigada!
Me deixe sozinha. Por favor.
- Está bem.
Tenha cuidado.
Aquelas mulheres vão vir aqui hoje.
- Eu terei cuidado.
Joana fechou a porta e Maxiela foi até ao banheiro.
Abriu o pacote e marcou o número de casa.
Ana Luísa atendeu.
- Alô!
- Ana Luísa?
Sou eu...Maxie.
- Maxie?
Estás bem?
Onde você está?
- Estou bem mana.
O papai está aí?
- Sim. E a polícia também.
- Chama - os.
Põe no viva voz por favor.
- Filha! Estás bem?
- Papai! Por favor vem me tirar daqui.
Eu estou bem.
O Victor me prendeu aqui e disse que só me solta quando me casar com ele.
- O quê?
- Por favor pai.
Venham me buscar.
- Eu prometo filha.
Ainda hoje vamos te tirar daí.
Maxiela desligou e escondeu o telefone.
Ouviu risos na sala e reconheceu as vozes.
Felícia entrou no quarto.
- Oi herdeira.
Saiba que agora o João Guilherme vai voltar para mim.
- É mesmo? Duvido que ele goste de camelas.
- Camela?
Eu sou a mulher certa para ele.
- O que você quer é dinheiro.
Vigarista, vagabunda, cachorra.....Maxiela levantou e deu uma bofetada em Felícia.
- Vais apodrecer na cadeia....Vaca.
- O que se passa aqui?.....Maísa entrou no quarto depois de ouvir gritos.
- Ela me bateu mamãe.
- O quê?
Como te atreves menina?
- Ela mereceu.
Por favor... Saiam daqui as duas.
- Escuta aqui menina.
Ninguém põe a mão na minha filha.
- Pois saiba que se vocês não me deixarem em paz, eu também ponho a mão na tua cara....Bruxa.
Maísa ficou furiosa mas saiu do quarto.
- Vamos Feli.
- Está bem mamãe.
Quanto a você, eu mesma vou acabar contigo.
Felícia seguiu a mãe e Maxiela trancou a porta do quarto.
Pegou no celulaelr que Joana lhe deu e ligou para João Guilherme.
- Alô!
- Gui? Sou eu Maxie.
- Meu amor. Estás bem?
- Sim.
Mas por favor.
Avise a polícia para vir depressa.
Preciso que eles venham me tirar daqui antes que elas me matem.
- Elas?
Quem?
- A Maísa e a filha delas.
Alguém bateu na porta e Maxiela se despediu.....
- Amor! Por favor não ligues para mim.
Veja se a policia recebeu alguma ligação anônima e me envia mensagem. Tchau.
Maxiela abriu a porta e era Joana.
- Senhora! Vai almoçar?
- Por favor Joana.
Não me chames mais de senhora.
E sim. Estou com fome.
- Joana! Hoje ela não come....Maísa surgiu de repente e falou...
- Porque não senhora?
- Ela machucou a minha filha.
Hoje não vais comer.
- Tudo bem Joana.
Leva tudo de volta por favor.
- Sim senhora.
Maísa saiu e Maxiela fechou a porta.
Começava a lembrar aos poucos o que aconteceu na noite anterior quando jantou com Victor.
Será que a polícia a salvaria a tempo do casamento com Victor?