Capítulo 20 - Provas

1196 Words
A família Duarte ainda não tinha recebido nenhum sinal sobre o paradeiro de Maxiela. O detective que estava no caso descobriu que Victor também andava sumido e começou a investigá - lo. - Senhora Duarte. Acha que o Senhor Victor pode estar envolvido no rapto da sua filha? - Não sei detective. Ele não reagiu muito bem ao fim do noivado, mas não acredito que faria algo tão mau. - É possível senhora. Descobri coisas estranhas sobre ele. - Coisas estranhas? Espere por favor. Quero que o meu marido oiça tudo o que o senhor vai me dizer. Max entrou na sala e o detective contou que Victor manteve contacto com duas mulheres do passado de João Guilherme que eram mãe e filha, procuradas por estelionato. - Tem a certeza detective?.... Max perguntou. - Sim senhor Duarte. O senhor Medeiros deixou a jovem Felícia por lhe ser infiel. A mãe dela nunca aceitou o facto de a filha ter sido abandonada. - O senhor acha que elas também estão envolvidas? - Tenho a certeza senhora. Estão hospedadas numa pensão e temos alguém lá disfarçado a vigiar os seus passos. Logo saberemos onde está a vossa filha. Enquanto isso, na mansão Medeiros João Guilherme estava a perder a paciência. Jorge também estava a participar das investigações. - Filho! Calma por favor. O Jorge te encontrou 23 anos depois, ele vai achar a Maxiela. - Eu acredito mãe. Mas...Eu tenho medo que a magoem. A campainha tocou e a empregada anunciou uma visita para João Guilherme. - Olá Gui. - Felícia? O que fazes aqui? - Já sei de tudo e vim ver como estás. - Estou bem Feli. Obrigado por vires, nas eu quero ficar sozinho. - Filho! Ela só quer ajudar. - Obrigada senhora. Eu entendo. - Desculpa Feli. Senta por favor. - Eu vou deixar vocês conversarem. - Obrigado mãe. - Então? Já têm notícias dela? - Não. Nenhuma. Não sei o que fazer. - Saiba que podes contar com a minha ajuda. - Obrigado Feli. O celular de Guilherme tocou e ele.se afastou para falar á vontade. Minutos depois, voltou para junto de Felícia. - Está Rudo bem Gui? - Sim. Era da minha empresa. - Bem! Tenho que ir. Vou almoçar com a minha mãe. - A Maísa está aqui? - Sim. Veio me visitar. - Dá - lhe os meus cumprimentos. - Darei sim. Tchau Gui. - Tchau Felícia - Mano! Quem é aquela mulher que saiu daqui? - Oi mana. É a Felícia. Minha ex namorada. - O que ela queria? - Saber como estou. - E você acreditou? - Sim. Mas depois da ligação eu já não confio nela - Que ligação? - Senta que eu vou te contar tudo. No cativeiro, Maxiela acordou e percebeu que estava num quarto diferente. Estava deitada numa cama de casal apenas coberta com um lençol. - Bom dia querida.....Victor entrou no quarto bastante sorridente. - Victor? O que aconteceu? - Não te lembras amor? Tivemos uma noite maravilhosa. - Não acredito. O que tinha naquele vinho? - Não tinha nada. Achas que te droguei Maxie? - Sim. Tenho a certeza. - Bem! Vou mandar a Joana vir te ajudar. Até logo. Maxiela tentou sentar na cama, mas estava tinta e com muita dor de cabeça. Não lembrava muita coisa da noite anterior, mas tinha a certeza que não dormiu com Víctor por sua vontade. - Bom dia senhora. - Joana! Porque fizeste isso? Sai daqui.. Me deixa sozinha. - Senhora. Eu não fiz nada. Juro que eles têm a minha neta. Por favor... - Não confio mais em você. - Senhora. Eu posso te ajudar. Tenho carro e vou á cidade comprar comida. Posso avisar á polícia. - E a tua neta? - Ela vai ficar bem. Vou sair agora....Trarei um celular descartável para a senhora. Joana saiu e Maxiela ficou em dúvida sobre as palavras dela. Tomou banho e trocou de roupa. Passadas duas horas, Joana voltou. Ela tinha sido levada para o mesmo quarto por um dos seguranças. - Senhora! Quer almoçar já. - Sim. Por favor. Cumpristea tua palavra? - Sim. Fiz uma ligação anónima para a polícia e dei este endereço. Aqui está o celular. Maxiela recebeu o celular que ainda estava no pacote. - Obrigada! Me deixe sozinha. Por favor. - Está bem. Tenha cuidado. Aquelas mulheres vão vir aqui hoje. - Eu terei cuidado. Joana fechou a porta e Maxiela foi até ao banheiro. Abriu o pacote e marcou o número de casa. Ana Luísa atendeu. - Alô! - Ana Luísa? Sou eu...Maxie. - Maxie? Estás bem? Onde você está? - Estou bem mana. O papai está aí? - Sim. E a polícia também. - Chama - os. Põe no viva voz por favor. - Filha! Estás bem? - Papai! Por favor vem me tirar daqui. Eu estou bem. O Victor me prendeu aqui e disse que só me solta quando me casar com ele. - O quê? - Por favor pai. Venham me buscar. - Eu prometo filha. Ainda hoje vamos te tirar daí. Maxiela desligou e escondeu o telefone. Ouviu risos na sala e reconheceu as vozes. Felícia entrou no quarto. - Oi herdeira. Saiba que agora o João Guilherme vai voltar para mim. - É mesmo? Duvido que ele goste de camelas. - Camela? Eu sou a mulher certa para ele. - O que você quer é dinheiro. Vigarista, vagabunda, cachorra.....Maxiela levantou e deu uma bofetada em Felícia. - Vais apodrecer na cadeia....Vaca. - O que se passa aqui?.....Maísa entrou no quarto depois de ouvir gritos. - Ela me bateu mamãe. - O quê? Como te atreves menina? - Ela mereceu. Por favor... Saiam daqui as duas. - Escuta aqui menina. Ninguém põe a mão na minha filha. - Pois saiba que se vocês não me deixarem em paz, eu também ponho a mão na tua cara....Bruxa. Maísa ficou furiosa mas saiu do quarto. - Vamos Feli. - Está bem mamãe. Quanto a você, eu mesma vou acabar contigo. Felícia seguiu a mãe e Maxiela trancou a porta do quarto. Pegou no celulaelr que Joana lhe deu e ligou para João Guilherme. - Alô! - Gui? Sou eu Maxie. - Meu amor. Estás bem? - Sim. Mas por favor. Avise a polícia para vir depressa. Preciso que eles venham me tirar daqui antes que elas me matem. - Elas? Quem? - A Maísa e a filha delas. Alguém bateu na porta e Maxiela se despediu..... - Amor! Por favor não ligues para mim. Veja se a policia recebeu alguma ligação anônima e me envia mensagem. Tchau. Maxiela abriu a porta e era Joana. - Senhora! Vai almoçar? - Por favor Joana. Não me chames mais de senhora. E sim. Estou com fome. - Joana! Hoje ela não come....Maísa surgiu de repente e falou... - Porque não senhora? - Ela machucou a minha filha. Hoje não vais comer. - Tudo bem Joana. Leva tudo de volta por favor. - Sim senhora. Maísa saiu e Maxiela fechou a porta. Começava a lembrar aos poucos o que aconteceu na noite anterior quando jantou com Victor. Será que a polícia a salvaria a tempo do casamento com Victor?

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