Aos 45 anos de idade, Maria Luísa de Medeiros era uma mulher rica, bonita e bem sucedida.
Dona da maior fabrica de roupa íntima femenina do país, ela sentia um grande vazio em sua vida, pois desejava a muito encontrar o seu filho perdido.
Maria Luísa era apenas uma jovem adolescente quando teve o seu filho num parto bastante complicado.
Cuidou dele por dois anos, nas uma noite ele sumiu do berço de sua casa e ela nunca mais teve notícias dele.
Depois de muito procurar, Maria tentou seguir com a sua vida, e casou com José de Medeiros.
Este também sempre foi o sobrenome da sua família, por isso ela não o alterou quando casou.
5 anos depois do sumiço do seu filho, ela estava casada e teve Ana Carla.
Agora a sua menina tinha agora 23 anos de idade.
Era o rosto principal de todas as campanhas e tal como a mãe desejava encontrar e conhecer o seu irmão mais velho, para que a mãe voltasse a sorrir como antes.
- Mamãe! A senhora está mãe?
- Olá meu amor.
Sim. Estou bem. Não te preocupes.
- Não gosto de ver a senhora assim.
- Eu sei querida.
É que...Eu sinto muito a falta do teu pai.
Eu aprendi a amá - lo e agora que ele foi eu percebo o quanto o meu amor por ele sempre foi forte e especial.
- Sim.
Eu sei que a senhora o amava.
Eu também sinto a falta dele.
A senhora teve notícias do detective?
- Sim.
Ele disse que tem óptimas notícias.
Ah filha. Estou feliz.
- Uau! Mamãe isso é maravilhoso.
Eu posso esperar por ele com você?
- Claro que podes filha.
Quero você perto de mim.
Maria Luísa e Ana Clara esperavam ansiosas pelo detective que tinha notícias sobre o seu filho.
- Calma mãe. Ele vai chegar.
Ao meio - dia a sua assistente anunciou a chegada do detective.
- Obrigada Lúcia.
Não quero ser interrompida por ninguém.
- Sim senhora.
O Detective entrou.
Era um homem idôneo e Maria Luísa o conhecia já a muitos anos, e tornaram - se bons amigos.
- Marilu?
- Jorge! Entra por favor.
Que bom te ver meu amigo.
Maria Luísa o abraçou.
- Lembras da Ana Clara?
- Claro que sim.
Estás uma linda mulher Ana.
- Obrigada Tio Jorge.
Ana Clara sorriu.
Sentaram e Maria Luísa perguntou:
- Jorge. Você o localizou?
- Sim amiga.
Eu encontrei o teu menino.
Maria Luísa não conseguiu evitar as lágrimas, mas falou:
- Oh Jorge.
Eu....Não sei o que dizer.
Esperei 26 anos por esse dia.
Por favor fala tudo.
Jorge contou com detalhes o que tinha descobridor e Maria Luísa e Ana Clara escutavam com atenção.
- Que maravilha Jorge.
Nem imaginas o quanto estou feliz.
- Imagino querida.
Qual será o próximo passo?
- Não sei.
Ele já é um homem adulto e independente.
E se ele me rejeitar.
- Marilu.
Eu sou testemunha do quanto você sofreu.
Prometi ao José e a você que o encontrava.
E foi o que fiz.
- Obrigada Jorge.
- Tio. O senhor tem uma fotografia dele?
- Achei que não perguntariam.
Estão prontas?
- Sim....Disseram ao mesmo tempo...
Jorge tirou da sua pasta uma fotografia de João Guilherme e entregou - a para Maria Luísa.
- Vira a foto mãe. Por favor.
Maria Luísa virou a fotografia e as lágrimas voltaram.
Ele era um homem lindo e tinha a aparencia do pai.

- Mamãe! Ele é lindo.
E tem o teu sorriso.
- Ah filha. Eu....
Eu não acredito.... O meu menino.
O meu Luís Guilherme.
- João Marilu.
- O quê?
- Agora o nome dele é João Guilherme.
- João Guilherme?
É o nome do pai dele.
Jorge....Quem o levou sabia disso, por isso trocou o nome.
- É possível, mas ele foi abandonado e criado num orfanato.
- Como?
Não foi adoptado?
- Não.
Não te preocupes.
Eu vou descobrir quem o levou, mas agora temos que pensar numa forma de vocês o conhecerem.
Ele acha que é órfão.
- Está bem.
Vamos pensar nisso.
- Mamãe. Temos que comemorar.
- Claro que sim filha.
Mas faremos isso quando estivermos todos juntos.
Faremos uma festa enorme.
- Que óptimo.
O papai ficaria tão feliz.
- Bem! Que tal se formos almoçar agora?
- Óptima ideia Jorge.
Agora tenho fome.
Saíram os 3 para almoçar e pensar numa forma de contar a verdade para João Guilherme.
Como será que ele vai reagir ao descobrir que tinha mãe, uma irmã mais nova e era herdeiro de uma fortuna bilionária?