CONTRATO DE CASAMENTO COM O CEO

⚜CAPÍTULO IV⚜

⚜CAPÍTULO IV⚜

SEATTLE- ESTADOS UNIDOS

ETHAN

Confesso que quando ela saiu da minha sala, por um momento eu pensei que ela não aceitaria aquele contrato, mas pensando na outra opção que ela tinha, não imagino que a escolheria, afinal era um proposta boa para ela também, ela teria uma vida boa e a família a qual ela tanto defendia, também teria uma vida confortável, e eu não iria perder nenhum dos contratos da Collins.

Pego meu celular e disco o número do meu advogado e amigo Lorenzo Vilanês.

—Ethan, a que devo a honra dessa ligação?—ele inquire assim que atende.

—Lorenzo, preciso que redija um contrato de casamento para mim, te passei os dados da outra parte por e-mail, e algumas cláusulas que eu quero que conste no documento—digo.

—Estou com o e-mail aberto agora, você finalmente achou alguém?—ele questiona.

—Digamos que sim—digo.

—E o que te faz pensar que essa garota irá concordar com essas cláusulas absurdas?—ele inquire.

—Por que a outra opção que ela tem, é ir para a cadeia—digo.

—Como assim, irá se casar com uma bandida Ethan?—ele inquire preocupado.

—Ela não é bem uma bandida, mas fez algo errado e eu descobri, então ou ela aceita se casar comigo dentro das minhas cláusulas absurdas ou irá para a cadeia—digo.

—Quem é Luísa Russel?—Lorenzo pergunta.

—Minha assistente—digo.

—Aquela assistente? p**a que pariu, você é mesmo um fodido de sorte—ele diz rindo.

—É um negócio Lorenzo, não me importo se ela é bonita ou não—digo.

—Ah sim claro, Ethan Collins, iria se casar com uma mulher que não fosse bonita, mesmo que fosse por um contrato—ele diz.

—Apenas formalize esse contrato e me envie o mais rápido possível, quero acabar com isso em breve—digo.

—Te enviarei em uma hora—ele diz.

—Estarei aguardando—digo desligando.

Peço para o pessoal do RH me trazer a ficha de Luísa, começo a folhear as páginas, realmente ela era alguém com muita experiência, e uma carreira brilhante na Collins, como foi fazer algo tão errado? Agora eu entendia a admiração do meu pai pela pequena mulher, olho a foto colada em sua ficha, e de fato ela não era uma mulher feia, mas para mim não era interessante.

Pontual como sempre, Lorenzo me enviou o contrato uma hora depois daquela ligação, leio o documento e está perfeito, tudo de acordo como eu quero que seja, encaminho o documento, para o e-mail dela e após alguns minutos recebo a resposta, ela ainda queria questionar as cláusulas? Será que ela não entendia que não podia questionar nada?

Respondo seu e-mail, e confesso que estou até me divertindo com essa situação, chamo um mensageiro e escrevo um cartão, mando entregar flores em sua casa, eu poderia ser um cafajeste sem coração como muitos pensavam, mas tudo que eu não queria era uma família de pobretões me questionando sobre um casamento de fachada, então era melhor que eles acreditassem que eu estava apaixonado pela filha deles, quanta idiotice.

Mando uma mensagem para o celular dela, e ela logo responde, e por mais que ela enrolasse eu já sabia que a resposta dela seria sim, afinal ela não tinha outra escolha.

Isso não me preocupava, o que me preocupava ou melhor dizendo quem me preocupava era minha mãe, ela não ia aceitar muito bem esse casamento e eu já podia prever dias ruins, pego meu celular e disco o número dela.

—Mãe—digo assim que ela atende.

—Ethan Collins, finalmente se lembrou que tem mãe? Liguei mil vezes e sua assistente disse em todas as vezes que você estava em reunião—ela diz, ok um ponto a menos para Luísa.

—Mãe, as pessoas trabalham, nem todos podem viver como você apenas gastando o que meu pai ganhou e eu continuo ganhando—digo já sem paciência.

—Você sempre com essas grosserias—ela diz.

—Mãe eu te liguei por um motivo, podemos jantar hoje?—inquiro.

—Claro filho, venha para casa, mandarei fazer seu prato predileto—ela diz.

—Prefiro que seja em um restaurante—digo, eu não queria voltar àquela casa, aquele lugar só me lembrava o quanto estive sozinho nos anos em que mais precisei dos meus pais e do amor deles.

—Tudo bem Ethan, pode ser naquele novo restaurante francês?—ela inquire.

—Sim, te encontro às oito, não se atrase—digo desligando.

Só de imaginar o quanto minha mãe falaria sobre isso, eu já estava irritado, fico no escritório até o horário combinado, sigo para o restaurante e quando chego avisto minha mãe sentada me esperando, ela acena com a mão quando me vê, e eu apenas caminho até ela.

—Filho, eu já estava com saudades—ela diz sorrindo, o mesmo sorriso falso de todas às vezes em que tirava retratos comigo.

—Oi mãe—digo me sentando.

—Esse lugar é maravilhoso, me lembra fielmente a linda Paris—ela diz.

—Mãe, a convidei para esse jantar pois quero lhe comunicar uma decisão que tomei—digo.

—O que foi filho? Você sempre está tão sério—ela diz saboreando o bordô em sua taça.

—Vou me casar—digo.

—Você o quê? Com quem?—ela inquire colocando a taça sobre a mesa.

—Ouça mãe, antes que entenda tudo errado, vou lhe explicar, meu pai amarrou vários contratos da Collins ao fato do CEO, ser casado, isso resultou em ameaças de quebras de contrato por eu não ser casado, sendo assim resolvi me casar através de um contrato por dois anos—digo.

—Espere, deixe-me ver se entendi direito, você irá se casar com uma mulher que nunca viu na vida? Dará o nosso sobrenome a uma qualquer?—ela inquire.

—Eu a conheço mãe e ela não é uma qualquer—digo.

—Não me diga que reencontrou Kathy?—ela inquire sorrindo.

—Mãe, vou lhe pedir pela última vez, eu não quero ouvir o nome de Katherine novamente, eu não quero vê-la ou saber dela—digo irritado, quando ela menciona minha ex noiva.

—Ethan, ela errou, mas está arrependida, eu a encontrei em minha última viagem a Paris, e ela ainda te ama muito, se vai se casar é melhor que seja com alguém que te ame—a mulher á minha frente diz.

—Eu quero que ela morra, eu vou me casar com Luísa Russel—digo.

—Quem diabos é Luísa Russel? Espere, essa não é a secretaria da Collins?—ela inquire brava.

—É a coordenadora da Collins, e ela conhece mais aquele lugar do que eu mesmo, será uma boa parceira—digo.

—Você está transando com essa qualquer, e agora quer dar meu sobrenome a esse tipo de gente?—ela inquire me olhando.

—Vou dar o meu sobrenome, o sobrenome que herdei do meu pai, e você também, e sim me casarei com ela, para salvar os seus caprichos e suas viagens, então esteja ciente que em breve me casarei, espero que possa ao menos estar presente para que os clientes da Collins acreditem nesse casamento—digo me levantando—Aproveite o jantar, está p**o—saio do restaurante sem olhar para trás.

Minha mãe insistia em falar sobre aquela v***a, eu sabia que tudo que minha mãe desejava era me ver novamente com Katherine, será que ela não se recordava do quanto eu sofri por aquela mulher?