⚜CAPÍTULO II⚜
SEATLLE- ESTADOS UNIDOS
ETHAN
Não que eu me importasse, mas achei Luísa muito estranha na ultima semana, e isso poderia interferir diretamente no trabalho dela na Collins, e antes que ela simplesmente pedisse demissão e me deixasse na mão eu precisava saber o que estava acontecendo.
Estava imerso aos inúmeros relatórios, quando o diretor financeiro da Collins entrou em minha sala.
—Senhor Collins desculpe-me o incomodo, mas preciso esclarecer algo—o homem de meia idade diz me olhando ainda próximo a porta.
—O que houve Albert? Seja breve estou ocupado—digo ainda olhando para o monitor a minha frente.
O homem que estava com diversos papéis na mão, se aproxima da minha mesa e me mostra uma transação grifada com marca texto.
—Percebi uma movimentação diferente em uma das contas da Collins, feita diretamente da sua maquina, mas como nunca antes o senhor havia feito, estranhei, só quero saber se o senhor esta ciente—Albert diz.
—Mostre-me isso—digo.
Então Albert me mostra uma transação feita para a conta de Luísa Russel, com a quantia de trinta mil dólares, exatamente há uma semana.
Ela estava me roubando? A pessoa mais confiável dentro desta empresa havia me aplicado um golpe.
Eu já sabia o que deveria fazer com ela, mas queria ouvis sua justificativa antes de vê-la saindo algemada da Collins, isso é se ela tivesse alguma, não que isso mudaria alguma coisa, mas queria olhar em seus olhos quando ela descobrisse que foi pega.
—Albert vou resolver essa situação, por enquanto não diga nada a ninguém—digo.
—Sim senhor—ele diz juntando os papéis espalhados sobre a minha mesa.
—Deixe isso aqui e pode ir—digo.
—Como o senhor quiser—ele diz saindo da minha sala.
Pego meu ramal e peço para que a ladra venha até a minha sala.
Ela entra e me olha dizendo.
—Precisa de algo Senhor Collins?
—Entre e feche a porta Srta. Russel—digo em meu tom habitual.
Ela faz o que eu mando e fecha a porta, parando no meio da sala e me olhando.
—O que deseja?—ela inquire.
—A verdade—digo olhando para ela.
—Não estou compreendendo senhor Collins—ela diz.
Como ela poderia ser tão cara de p*u assim? Como não estava compreendendo? Ela havia simplesmente roubado trinta mil dólares da minha empresa e não estava compreendendo.
—Ouça Luísa, vou te dar a oportunidade de me contar a verdade e tentar justificar o que fez, antes que eu chame a Policia—digo olhando a mulher a minha frente que torce os dedos em sinal de nervosismo.
Vejo seus olhos se encherem de lágrimas, a v***a ainda achava que me comoveria com essa cena.
—Vamos, abra essa boca—grito e ela se assusta—Você realmente achou que eu não veria trinta mil dólares voando da minha conta? Você é i****a garota?—inquiro.
—Senhor Collins, me deixe explicar—ela diz com a voz embargada pelo choro.
—É o que estou esperando que faça—digo.
—Meu pai era dono de uma doceria, mas com a crise teve que fechar e ficou cheio de dividas, com isso ele achou que se jogasse ele ganharia o suficiente para pagar as dividas, mas não ganhou e gastou o resto de nossas economias, não contente ele pegou dinheiro emprestado com bandidos para jogar e tentar reaver o que perdeu, e como pode ver isso não aconteceu certa tarde assim que eu voltava para casa vi esses homens batendo no meu pai e o ameaçaram de morte, nos deram uma semana para pagar, no entanto no dia seguinte eles foram ate a minha casa e ameaçaram meus pais e minha irmã, eu não tinha o que fazer, por favor, me perdoe, eu vou devolver cada centavo ao senhor—ela diz entre lágrimas.
—Então o seu pai é um fodido viciado em jogos, que deixa a família a miséria e eu tenho que pagar por isso? Eu não sou banco Srta. Russel, e o pior que nem fui informado, isso é roubo—digo furioso.
—Senhor Collins, por favor, eu quem sustento a minha família desde que a doceria foi fechada, eles dependem de mim, eu não sabia o que fazer, tive medo de falar com o senhor—ela diz.
—Mas não teve medo de me roubar?—grito irritado.
—Tenha piedade, foi pela minha família, o senhor faria o mesmo pela sua—ela diz.
—Não eu não faria, eles nunca fizeram nada por mim, cada um com os seus problemas, e você deveria ter feito isso, agora vai para a cadeia, e seu pai viciado continuará livre por ai—digo.
—Por favor, senhor Collins, eu faço qualquer coisa, mas não me mande para a cadeia—ela diz me olhando enquanto as lagrimas escorrem de seus olhos.
Foi quando uma ideia passou pela minha cabeça, Luísa Russel precisava de dinheiro, e eu precisava de alguém que aceitasse um contrato de casamento por dinheiro.
Olho a mulher chorando a minha frente dos pés a cabeça, ela não era feia, era inteligente e sabia conversar, seria uma boa companhia para os eventos em que eu precisaria estar acompanhado, e além do mais as pessoas acreditariam, que estamos loucamente apaixonados e nos casamos rapidamente por isso, sendo assim a ladra a minha frente era a candidata perfeita, ela tinha duas opções: assinar um contrato de casamento comigo ou ir para a cadeia.
—Qualquer coisa?—inquiro.
Ela me olha e engole em seco, certamente pensando que quero trepar com ela.
—Senhor Collins, por favor, desconte do meu salário eu juro que nunca mais—ela começa a falar, mas a interrompo.
—Quero que se case comigo—digo e ela me olha assustada.
—Casar? Com o senhor?—ela inquire me olhando.
—Calma, não pense que estou loucamente apaixonado por você, longe disso, neste momento estou com raiva de você, mas você pode me ser útil, meu pai amarrou vários contratos da Collins, ao fato de o CEO da empresa ter que ser casado, o que eu acho uma idiotice, mas vindo do meu pai isso não é impossível, então você tem duas opções Srta. Russel, aceitar se casar comigo ou ir para a cadeia, o que prefere?—inquiro.
Ela me olha parece ainda não acreditar no que ouviu, ela abre e fecha a boca como se as palavras não conseguissem sair.
—Senhor Collins, eu, eu nunca pensei em me casar assim—ela diz.
—Ótimo então prefere ir para a cadeia—digo.
—Não, de jeito algum—ela diz.
—Srta. Russel, vá para casa e pense na minha proposta, meu advogado lhe enviará a previa do contrato por e-mail, você tem vinte e quatro horas para me dar uma resposta, caso isso não ocorra amanhã prestarei queixa de roubo contra a Srta.—digo.
Ela apenas me olha e sai da minha sala, é claro que ela vai aceitar, quem em sã consciência iria preferir ir para a cadeia? Meu problema estava resolvido finalmente.