Prometida ao Traficante - Box

Capítulo 5

Capítulo 5

Antonella narrando

Acordo cedo Hell ainda dorme ao meu lado, levanto e vou ao banheiro tomo um banho e escovo os dentes, vou até o closet e visto uma roupa confortável, volto ao quarto e me sento na beira da cama, fico observando ele dormindo calmo como o mar, nem parece aquele furacão quando está acordado, respiro fundo, vontade de ir a praia sentir aquele ventinho gelado que o mar trás, levanto e pego meu celular e saio do quarto desço as escadas e minha sogrinha está fazendo café posso sentir o cheiro de longe.

Antonella - bom dia - falo entrando na cozinha.

Miranda - bom dia lindinha, quer tomar café ?

Antonella - não, eu vou dar uma saidinha e volto antes do Hell acordar.

Miranda - cuidado tá - dou um sorriso e saio da cozinha caminho até a saída, abro o portão e saio, tem alguns homens armados do lado de fora da casa, ficam me olhando, mas não dou atenção.

Caminho seguindo o caminho que me lembro de ontem, alguns minutos depois chego a entrada do morro, paro e peço um Uber que não demora muito, entro e ele segue ao destino, o carro me deixa no calçadão da praia, respiro fundo sentindo aquele cheirinho de água salgada que eu tanto amo, tiro minha rasteirinha e vou para a areia, me sento e fico pensando em tudo que mudou na minha vida.

Será mesmo que isso vai dar certo, fui entregue a um homem que eu não conheço e que é totalmente impulsivo, tenho muito medo de sentir alguma coisa por ele e me machucar com isso tudo.

Fico um bom tempo sentada na areia olhando o mar e refletindo sobre algumas coisas, olho meu celular está sem sinal, levanto e vou até o calçadão, pego um táxi que passa na rua e volto para o morro, o táxi me deixa na entrada e vou subindo vagarosamente, chego em casa e meu celular começa a vibrar feito louco, várias ligações perdidas e mensagens chegando ao mesmo tempo, tudo do Hell, garoto surtado meu Deus, entro e Miranda está na sala.

Miranda - graças a Deus que você apareceu Antonella Hell tá feito louco atrás de você.

Antonella - ele me ligou várias vezes, mas meu celular estava sem serviço, ele tá no quarto?

Miranda - não, foi pra boca a pouco tempo.

Antonella - vou dar uma passadinha lá.

Miranda - só não contrária ele tá? Ele fica uma fera com essas coisas.

Antonella - tudo bem. - dou meia volta e saio pela porta novamente, lembro mais ou menos o caminho até a boca, Lion me mostrou ontem no pequeno tur.

Vou andando já ofegante chego na entrada e mais homens armados, tem arma pra tudo que é lado nesse lugar.

-- onde você pensa que ? - um menino de cara fechada me barra na entrada.

Antonella - preciso falar com o Hell.

-- mais uma pro chefe. - outro menino fala e eles dão risada, não entendo, mas ok.

Antonella - posso entrar ou não ?

-- vai lá. - o primeiro menino libera minha passagem.

Dou duas batidas na porta e escuto um barulho giro a maçaneta e abro a porta levando um enorme susto, vejo Hell transando com uma menina em um sofá, ela tá de 4 e ele batendo nela, que coisa horrível, um misto de raiva e decepção me invadem.

Antonella - sério isso ? - pergunto assustando os dois.

Hell - o que você tá fazendo aqui ? - fala levantando a bermuda.

Antonella - eu que deveria perguntar o que você tá fazendo com essa mulher aqui.

-- Hell bota essa p*****a pra fora. - fala toda manhosa, que nojo.

Antonella - p*****a é você que vai dá pra homem dos outros.

Hell - calma aí Antonella. - fala coçando a cabeça.

Antonella - calma ? sério que tá me pedindo calma?

Hell - é c*****o, não é isso que você está pensando.

Antonella - e como são? quer saber de uma coisa, se você achava que ia rolar alguma coisa entre a gente pode esquecer. - falo e viro saindo da sala.

Hell - espera Antonella, vamos conversar. - fala vindo atrás de mim.

-- deixa essa sem sal amor, volta pra cá. - a rapariga fala da porta.

Hell - vaza daqui Perla antes que eu estoure sua cabeça. - grita me fazendo arrepiar, mas não paro de andar, vou o mais rápido que eu posso para casa e ele não para de me seguir e gritar meu nome e vários palavrões um segundo, entro em casa igual um furacão.

Lion - o que tá acontecendo? tô escutando gritos daqui.

Antonella - pergunta ao seu filho quando ele chegar. - falo e Hell entra pela porta ofegante.

Hell - você não escutou nenhum dos meus gritos ? - pergunta segurando no meu braço.

Miranda - ei, vocês dois parem com isso.

Antonella - seu pai acabou de me perguntar o porquê da gritaria, conta pra ele vai.

Lion - explica essa patifaria toda Hell, agora. - fala grosso.

Hell - Antonella entrou na sala e me pegou fudendo com a Perla. - Lion n**a com a cabeça e Miranda leva as mãos ao rosto.

Antonella - e ainda tem a cara de p*u de dizer isso na maior naturalidade. - ele aperta mais meu braço.

Hell - chega antonella, chega ouviu. - fala me balançando, sinto um nó se formar na minha garganta e fico paralisada sem saber como reagir a tudo isso.

Hell narrando

Beleza, antes dos julgamentos, eu sei que eu tô no erro, mas vejam meu lado, eu nunca na minha vida tive um relacionamento sério com ninguém não precisava me preocupar em não sentir desejo por outras mulheres, então tudo isso é uma novidade pra mim, e pra início de conversa eu e Antonella não estabelecemos o que vamos ser na real, temos um lance imposto por nossos pais, mas em momento nenhum conversamos se iríamos realmente seguir por esse caminho.

A garota some do nada, evapora, não me dá um sinal de vida me demonstrando que tá cagando e andando pra mim e eu tenho que ficar sentado chorando? Não mesmo né, não vou dizer que me arrependo porque estaria mentindo, mas eu me sinto um pouco culpado sim, ela é uma garota maneira e tava rolando um clima legal entre nós, mas acho que depois de hoje ela não vai querer nada comigo mesmo e agora não adianta chorar pelo leite derramado ou o que não foi né.

Lion - garoto, como você pode ser tao e******o? todos esses anos e você não aprendeu nada? - grita irritado.

Antonella - e******o deveria ser o nome do meio do Alifer. - puxo ela pelo braço.

Hell - já falei que não quero você falando meu nome por aí. - ela me olha assustada.

Antonella - você acha que uma voz grossa e um aperto no braço vai fazer com que eu respeite você ? Tá muito engando querido você só terá respeito de mim no dia que me respeitar e o que você fez comigo hoje não foi nada parecido com respeito, agiu como um garoto mimado sem maturidade pra ter nada sério com ninguém. - olho pra ela furioso enquanto meus pais saem da sala.

Hell - a gente não tem nada sério. - falo soltando o braço dela.

Antonella - te falo um monte de coisas e a única que você me responde é sobre no nosso quase relacionamento, vou te explicar só uma coisinha. - me sento no degrau da escada e ela para na minha frente. - a gente não precisa ter um relacionamento sério pra você ter caráter e me respeitar como a pessoa que está fadada a viver ao seu lado, não foi minha escolha ter você como meu parceiro, mas escolhi aceitar isso para que meus pais não sofressem com as consequências das minhas escolhas, e isso foi eu assumindo um compromisso com eles e tendo responsabilidade de cuidar da minha família. - grita nervosa, fico calado observando as palavras saírem tão bravas da boca dela, ela tem razão eu fui um otario e não fui capaz de respeitar ela, ela começa a chorar e esconde o rosto com as mãos, me levanto e abraço ela.

Hell - me desculpa Antonella você tem toda razão eu fui infantil com você não te respeitei, juro que não faço mais. - fala sai do abraço e me olha seria secando as lágrimas.

Antonella - mesmo que nós não tenhamos nada sério me promete que não vai fazer mais isso, se quiser sai do morro, procura em outro lugar aqui não, eu moro aqui e toda vez que eu sair de casa não quero tá escutando piadinha de ninguém como aquela outra la tava fazendo.

Hell - não se preocupe, prometo que não vai mais acontecer. - ela me olha com um sorriso fraco.

Antonella - tudo bem.

Hell - agora me conta, onde você tava ? eu já ia chamar a polícia pra ir atrás de você.

Antonella - primeiro isso seria irônico um traficante chamando a polícia e segundo eu fui na praia precisava pensar sobre algumas coisas. -caminha até a cozinha e abre a geladeira.

Hell - podia ter me chamado eu iria com você. -ela me olha e caminha na minha direção.

Antonella - você tava deitado com os olhos fechados respirando pesado em um sono tranquilo não movia um músculo do corpo, acha mesmo que eu te acordaria pra ir sentar na areia e ficar olhando o mar comigo. - me olha com um sorriso no rosto, retribuo o sorriso e fico imaginando quando tempo ela ficou me observando sem que eu notasse seus olhos sobre mim entao me dou conta que tudo que eu queria na verdade era estar ao lado dela vendo o mar.

Hell - eu iria sem nem te questionar, teria sido bom e toda essa confusão não teria acontecido. - pego a mão dela enquanto nosso olhos estão grudados levo minha outra mão ao seu rosto e fico contornando seu rosto e percebo suas bochechas corando, dou um beijo na ponta do nariz dela e ela sorri passo meu dedo pelo seus lábios, como pode não ter um defeito além de linda e afrontosa não abaixa a cabeça pra nada do que eu digo, um desejo enorme de sentir o beijo deixa me consome e de imediato agarro sua boca e iniciamos um beijo calmo e romântico do jeito que eu nunca beijei ninguém, seguro sua cintura e ela leva suas mãos ao meu pescoço intensificando o beijo deixando ele mais rápido, nossas línguas dançando juntas em perfeita sintonia ela sorri entre o beijo me causando uma sensação que eu nunca tinha sentindo é como se eu tivesse tomando um choque muito forte meu corpo todo se arrepia e paramos o beijo com selinhos.