MEU ASSISTENTE É O CEO

CAPITULO 37

POV ROBERT

Quando Miranda saiu do carro, com aquelas palavras finais pairando no ar, eu sabia que estava prestes a enfrentar uma situação difícil. O que fazer a seguir era uma incógnita, mas havia um dilema muito maior do que eu imaginava logo acima, na minha cobertura.

Subi os vários andares até meu luxuoso apartamento. No entanto, ao chegar lá, encontrei uma cena completamente inesperada. Minha suíte estava repleta de mulheres de biquíni, circulando despreocupadamente, como se fossem donas do lugar, e pareciam completamente indiferentes à minha presença.

Eu estava atônito, sem saber o que fazer. Aquela situação era completamente bizarra e inaceitável. Entrei na sala principal e a visão que me aguardava era ainda mais chocante. Barry Wayne, meu funcionário de confiança, estava no meio da sala, usando meu robe preto, com uma coroa dourada na cabeça, como se fosse um rei em sua própria festa.

"Bobby!" Barry exclamou, como se fosse a coisa mais normal do mundo. "Você não me avisou que viria hoje."

A raiva começou a borbulhar em mim. Eu não tinha ideia do que estava acontecendo ali, e a falta de respeito pela minha privacidade estava me enlouquecendo.

"Barry, o que diabos você está fazendo?" perguntei, tentando controlar minha voz.

Barry deu de ombros de maneira despreocupada e disse: "Estou apenas dando uma festinha, Bobby. O que você está fazendo aqui?"

Minha paciência estava se esgotando rapidamente. Respondi com raiva: "Estou em minha casa, Barry, e vim descansar. Não esperava encontrar um harém na minha sala."

Barry não parecia se importar com a minha irritação. "Relaxe, Bobby. É só uma festinha. Não vai acabar com o mundo.”

Minhas mãos começaram a tremer de raiva. Eu não estava no clima para festas, e meu apartamento de luxo estava completamente tomado por uma multidão de pessoas que eu nem conhecia. "Você está dando uma festa na minha casa sem a minha permissão? Isso é inaceitável."

Barry, sem parecer abalado, deu de ombros e respondeu de forma descontraída: Não vai dizer que não gosta do que vê, não é?"

Eu estava tão chocado que minhas palavras saíram com um toque de sarcasmo. "Não, Barry, não gosto do que vejo. Há quanto tempo você está fazendo isso na minha casa?"

Barry deu de ombros, como se não fosse grande coisa. "Ah, sabe como é, festas são a minha especialidade."

Minha frustração e irritação aumentaram, e eu queria que todos saíssem da minha cobertura imediatamente. Ele precisava entender que aquilo não era o momento certo para suas festinhas.

"Barry, eu preciso descansar. Por favor, quero que todas essas pessoas saiam imediatamente."

Barry suspirou, como se estivesse fazendo um grande favor. Ele tirou a coroa e me entregou, dizendo, "Aqui, Bobby, aproveite o resto da festa. Não tem motivos para terminar a festa agora."

"Todos eles precisam ir embora, agora," ordenei, minha voz firme. "Minha suíte não é uma casa noturna."

Barry, ainda usando a coroa e o robe, parecia hesitante. "Mas, Bobby, a festa m*l começou."

Em um acesso de raiva, saí gritando para as convidadas de Barry, fazendo-as se assustarem e começarem a sair.

Eu sabia que precisava ser firme. Com voz grave, enfatizei minhas palavras. "QUERO TODO MUNDO PARA FORA, AGORA!!"

Enquanto elas se apressavam para a porta, eu jogava as coisas pelo chão em um ato de fúria, buscando recuperar o controle da minha própria casa.

Quando finalmente me vi sozinho na suíte, senti uma mistura de raiva e exaustão. Aquilo não era o que eu precisava naquele momento. Tudo o que eu queria era um lugar tranquilo para recarregar minhas energias e pensar em como lidar com a complexa situação envolvendo Emma e Miranda.

Com um suspiro profundo, comecei a arrumar a bagunça, decidido a recuperar o senso de normalidade que minha vida precisava tão desesperadamente.

***

Na manhã seguinte, depois de uma noite conturbada, acordei determinado a enfrentar as consequências do segredo que havia sido descoberto. Tomei um banho revigorante e me vesti antes de sair de casa, com o peso da decisão que precisava tomar pairando sobre mim.

Cheguei à Parker Technology e, em vez de seguir para o meu escritório, fui direto à sala do meu irmão, Timothy. Ele levantou os olhos de seu computador quando entrei, claramente surpreso com a minha visita.

"Bobby, você está bem?" ele perguntou com preocupação.

Suspirei e me aproximei da sua mesa. "Preciso falar com você, Tim. É importante."

Ele assentiu e fechou seu laptop, dando toda a sua atenção à nossa conversa. "Estou ouvindo, Bobby. O que está acontecendo?"

Decidi ir direto ao ponto. "Timothy, eu tomei uma decisão. Vou sair da empresa da Emma."

Timothy franziu a testa, evidentemente perplexo com a minha decisão repentina. "O que? Por quê? Você estava indo tão bem lá e trazendo para nós o que precisávamos."

Respirei fundo e expliquei a situação com Miranda, amiga de Emma, que havia descoberto minha verdadeira identidade e me ameaçado a revelar tudo para Emma. O choque se estampou no rosto de Timothy.

"Robert, você não pode sair agora. Estamos muito perto de obter as provas que precisamos contra a Sullivan Tech," Timothy insistiu.

Eu balançava a cabeça, preocupado. "Timothy, eu gostaria de continuar, mas com Miranda ameaçando contar tudo a Emma, não vejo outra opção."

Meu irmão, sempre prático, me olhou nos olhos e disse: "Pergunte a Miranda qual é o preço do silêncio dela."

Fiquei surpreso com a sugestão de Timothy. "O que você quer dizer?"

Ele explicou: "Robert, todo mundo tem um preço. Se Miranda está disposta a guardar esse segredo, tenho certeza de que há algo que ela queira em troca. Descubra o que é e veja se podemos ajudá-la com isso."

Ponderei sobre a sugestão do meu irmão. Era verdade que todos têm fraquezas e desejos, e talvez Miranda fosse suscetível a alguma forma de persuasão. No entanto, eu ainda estava relutante em comprometer-me nesse caminho.

"Eu não sei, Tim. Parece arriscado, e não quero que ela aproveite a situação para ganhar vantagem. Além disso, você não conhece Miranda; ela é uma mulher forte e decidida."

Timothy acenou com a cabeça, entendendo a minha hesitação. "Entendo as suas preocupações, Robert, mas o que temos a perder? Se pudermos manter o nosso segredo por mais algum tempo e obter as provas que precisamos, valerá a pena. Você pode conversar com Miranda, ver o que ela quer e depois decidir se podemos ou não ajudá-la."

A ideia de Timothy começou a fazer sentido para mim. Não era uma garantia de sucesso, mas poderia ser a única saída para a situação complicada em que nos encontrávamos.

"Você tem razão, Timothy. Vou falar com Miranda e descobrir o que ela quer. Com sorte, poderemos manter o nosso plano em movimento e evitar que Emma descubra a verdade antes de termos as provas necessárias."

Timothy sorriu, parecendo aliviado com a minha decisão. "Isso mesmo, Bobby. Vamos manter o foco em nossos objetivos e não deixar que nada atrapalhe o nosso caminho. Boa sorte."

Assenti, determinado a resolver a situação com Miranda e continuar a trabalhar em prol dos nossos objetivos, ao mesmo tempo em que protegeria o segredo que escondia de Emma.