MEU ASSISTENTE É O CEO

CAPÍTULO 16

POV ROBERT

Os olhos de Barry se arregalaram em surpresa e choque. Ele gaguejou mais uma vez antes de conseguir responder. "Meio milhão de dólares? Isso é... é muita grana, Sr. Parker."

Eu acenei com a cabeça, confiante de que estava fazendo a oferta certa. "Barry, você estaria assumindo uma grande responsabilidade nesse projeto. Essa é a minha oferta."

Barry pareceu considerar a proposta por um momento e depois finalmente assentiu. "Está bem, Sr. Parker. Eu aceito."

Eu estendi a mão para ele e apertei com gratidão. "Ótimo, Barry. Você não vai se arrepender. Agora, precisamos começar a planejar como iremos executar esse intercâmbio de identidades de forma discreta."

À medida que começamos a elaborar os detalhes do plano, eu sabia que estava entrando em um território desconhecido, mas estava determinado a fazer o que fosse necessário para alcançar meus objetivos.

***

Depois de concordar com o plano de troca de identidades com Barry Wayne, o entregador de correspondência, saímos da minha sala na Parker Technology. Hazel, minha secretária, nos observou com um olhar curioso e surpreso, mas eu não ofereci explicações. O que estava prestes a acontecer era um segredo que precisava ser mantido a sete chaves.

Descemos juntos até o estacionamento da empresa, onde meu plano começaria a se desenrolar. Ao chegarmos lá, pedi a Barry para me mostrar qual era o seu carro. Ele apontou para um modesto Honda Accord prata dos anos noventa, que estava longe de ser luxuoso ou chamativo. Eu olhei para o veículo com um sorriso genuíno.

"Barry, este carro é perfeito", eu disse, fazendo-o arquear uma sobrancelha de forma confusa.

"Perfeito? Sr. Parker, este carro está longe de ser perfeito. Na verdade, ele já viu dias melhores", Barry respondeu, perplexo com meu entusiasmo.

Eu continuei sorrindo. "Exatamente, Barry. É exatamente o que eu preciso."

Ele parecia surpreso com minha solicitação. "Claro, Sr. Parker. O que posso fazer por você?"

"Você poderia me levar até a sua casa, em East Menlo Park?" perguntei, mantendo um tom amigável.

Barry hesitou por um momento, provavelmente se perguntando por que o CEO da empresa estava interessado em visitar sua casa. "Bem, claro. É um pouco longe daqui, mas podemos ir."

Entramos no Honda Accord e começamos a nos dirigir até o modesto bairro de East Menlo Park. Quando finalmente chegamos à casa de Barry, minha surpresa foi genuína. A casa simples, com um pequeno jardim da frente, tinha uma sensação acolhedora e modesta que eu achava encantadora. Era o tipo de lugar que eu nunca teria a oportunidade de experimentar em minha vida normal. Era como se o local tivesse sido feito sob medida para o meu disfarce como Bobby Davis. Um sorriso satisfeito apareceu em meu rosto.

"Barry, isso é perfeito", eu disse mais uma vez.

Ele ainda parecia confuso, mas pegou minhas palavras no ar. "Bem, Sr. Parker, fico feliz que goste."

Então, eu expliquei o próximo passo do nosso plano. "Barry, quero que você vá até sua casa e pegue suas coisas. Na verdade, não pegue nada A partir de agora, você e eu trocaremos de casa e de vida. Você morará na minha penthouse em The Summit, em Palo Alto, enquanto eu viverei aqui."

A surpresa no rosto de Barry foi evidente. Ele gaguejou por um momento antes de conseguir responder. "O quê? Trocar de casa e de vida? Sr. Parker, isso é inacreditável."

Eu assenti, entendendo que aquela situação era extraordinária. "Barry, você está fazendo um grande favor para mim. E, como prometido, você será generosamente compensado por isso."

Voltamos para a empresa e trocamos de carro, eu permaneci no Honda Accord, contemplando a nova fase desse plano ousado.

Era uma sensação estranha estar ao volante de um carro com câmbio manual, algo que eu não fazia há anos. No início, tive algumas dificuldades para me acostumar com a embreagem e as marchas, mas logo consegui engatar a primeira e partir em direção à nova vida que estava prestes a começar.

Conduzi o Honda Accord pelas ruas de East Menlo Park, admirando a simplicidade e autenticidade do bairro. As casas eram modestas, e as pessoas pareciam levar vidas tranquilas e despretensiosas. Era um mundo completamente diferente do que eu estava acostumado, mas a empolgação em relação ao meu plano mantinha minha determinação.

Quando finalmente cheguei à casa que trocaria com Barry, estacionei o carro na frente e saí. A residência era pequena e aconchegante, exatamente o tipo de lugar que eu precisava para manter meu disfarce. Eu me sentia como se estivesse entrando em um novo capítulo da minha vida, uma experiência que nunca imaginei vivenciar.

Adentrei a casa de Barry e, imediatamente, percebi as diferenças em relação à minha vida anterior. O lugar era simples e acolhedor, com uma decoração despretensiosa. Fui até o guarda-roupa e examinei as roupas de Barry. Optei uma calça jeans desgastada e uma camiseta simples, afinal, eu estava prestes a assumir a identidade de Bobby Davis, um assistente de marketing freelancer.

Dirigi-me ao banheiro e liguei o chuveiro, mas fui surpreendido com um jato de água gelada. Parecia que o aquecedor de água da casa de Barry não funcionava adequadamente. Engoli em seco, lembrando-me de que teria que me adaptar a uma série de novas circunstâncias.

Após o banho gelado e um rápido momento para me arrumar, estava pronto para ir ao encontro de Emma Williams, a mulher que havia mudado o curso dos meus planos. Saí da casa de Barry e entrei no Honda Accord. O câmbio manual era algo que eu raramente havia experimentado antes, e no começo, confesso que tive algumas dificuldades para lidar com ele. Engatei marchas erradas e dei algumas arrancadas bruscas, mas com o tempo fui me acostumando e pegando o jeito.

Dirigi até o endereço que Emma havia me fornecido e estacionei o carro nas proximidades. Desci e olhei em volta, notando a diferença entre a empresa de Emma e a minha. Aquela área era muito mais humilde, até mesmo do que qualquer depósito nosso.

Adentrei o prédio e subi até o apartamento de Emma. Eu estava ansioso para começar essa nova fase como Bobby Davis, o assistente de marketing freelancer.

A porta se abriu, e lá estava ela, a ruiva de olhos verdes que havia mexido com minha vida de várias maneiras. Emma me cumprimentou com um sorriso caloroso e um "Bom dia, Bobby e bem-vindo ao seu primeiro dia de trabalho", e eu quase me perdi naqueles olhos.