Capítulo Dois: Olá Rio De Janeiro.

2258 Words
    "Atenção senhores passageiros em cinco minutos estaremos pousando no rio de janeiro agradeço a todos pela escolha da nossa companhia " Acordei com essa frase nos meus ouvidos, olhei para o lado e vi o Thomas dormido calmamente, tentei acordar ele mais ele dormiu de novo então o deixei dormi até o avião começar a descer. _ Thomas acorda meu anjinho, nós já chegamos - falo fazendo carinho no cabelo dele _mas já Lili – Ele falou fazendo dengo _sim meu amor, temos que ir conhecer a casa nova – Quando falei casa nova ele abriu os olhos e sorriu _está bem, mais antes a Lili não ia complar o calo - ele perguntou se enrolando com as palavras e me lembrou que eu tinha que comprar o carro _eu vou, vem no colo? – Perguntei pra ele _ Sim! – Falou pulando no meu colo Peguei ele no colo, e em seguida peguei minha bolsa e saímos do avião, peguei um carrinho coloquei as malas e fui procurar m táxi depois de trinta minutos achei um vazio conversei com o motorista e o mesmo me ajudou a colocar as malas no carro. Eu falo português desde pequena, pois meu pai era brasileiro e fez questão que eu e Bryan aprendêssemos o idioma, e eu ensinei algumas coisas para o Tomas antes de virmos para o Brasil. _para onde vão? – O motorista do táxi perguntou _para a loja de carro mais perto daqui, por favor - falei _okay, minha filha ia adorar seu cabelo - ele falou olhando pro meu cabelo _Obrigada! – Falei _vieram morar no Brasil? – Ele perguntou _sim, viemos de Londres – falo e ele parece surpreso _o garoto e seu filho? – Ele perguntou _ah, não e meu sobrinho – Falei _seu irmão mora aqui? – Ele perguntou e senti o Thomas ficando triste _ele infelizmente faleceu quando o Thomas ainda era pequeno - falei _ele não moleu ele vilou estrelinha - o Thomas falou enchendo os olhos de lagrimas _É isso mesmo meu amor, a tia se enganou, desculpa a Lili? – Falo e o motorista me olha com um olhar compreensivo _claro bobinha - o Thomas falou _Srta. Lia chegamos - o motorista falou _obrigada aqui está o dinheiro - entreguei o dinheiro para ele e sai do carro peguei as malas e entrei na loja _Oi, sou Annie, em que posso ajudar você e essa coisinha fofa – A vendedora loira que deveria ter a mesma idade que eu, fala olhando para o Thomas. _sou a Lia e esse e meu sobrinho. Thomas - falei _viemos complar um calo - o Thomas falou em português, ainda se enrolando com as palavras e eu ri _Isso mesmo que ele falou - falei e Annie riu _Bom, que tipo de carro vocês estão procurando? – Annie pergunta _não sei, exatamente - falei e ela foi mostrando todos os modelos gostei de um Megane prata _ e esse tia, esse! – O Thomas fala apontando para o Megane _você quer esse? – Perguntei e ele sorriu _sinhe pur favoizinho – Thomas fala e faz a famosa carinha do gato de botas _então, será esse - falei pra Annie que apenas sorriu _O p*******o vai ser no cartão ou financiamento? – Ela perguntou _Cartão, débito por favor – Ela assentiu _desculpa a pergunta mais onde vão morar? – A Annie perguntou _vamos para o alemão - falei e ela fez uma cara de surpresa _que foi Annie? - perguntei _eu moro no alemão - ela falou _sério? – Perguntei _sim – Ela sorriu _quer ir para a casa com a gente? Eu não sei o caminho então ficaria mais fácil – Falei _Quero sim, assim economizo o dinheiro do busâo – Ela fala e eu fico sem entender o que é "busão" _ok então - falei e depois de guardar as malas no carro e deixar o Thomas explorando o mesmo, fui falar com a Annie _Annie, que horas sai do serviço? – Perguntei _as sete horas, você me espera? – Ela perguntou _claro, vou no shopping levar o Thomas para comer alguma coisa e depois eu volto – Falei _Okay – Ela falou e eu andei até a parte de fora da loja onde meu carro já estava estacionado, entrei no mesmo e coloquei o sinto no Thomas e em seguida o meu, coloquei no GPS o endereço do shopping e seguimos em direção ao mesmo. Minutos depois chegamos, estacionei o carro e fomos para o MC Donald fazer nossos pedidos _olá - disse o atendente se cabelos loiros _oi, o que vai querer comer. Thomas? – Perguntei _quelu um sorvete de chocolate e um lanche bem grandão - ele falou se atrapalhando com as palavras _está bem. Dois Big Mac e mlik shake's de chocolate – Falo e o atendente anota nossos pedidos _ok quando ficar pronto eu levo na sua mesa - sorri e sai dali Depois de uns 15 minutos nosso pedido ficou pronto e o atendente trouxe os pedidos _Eba! – Thomas gritou e começou a comer. Abri meu lanche e peguei o guardanapo mas percebi que tinha um número de telefone nele olhei, para o atendente e ele piscou, apenas comi meu lanche, depois de comprar alguns brinquedos para o Thomas, voltamos para a loja para esperar a Annie, ela sairia em vinte minutos. Thomas foi deitar no banco de trás do carro pois ele estava muito cansado, deixei ele ir dormir e fiquei esperando a Annie, que não demorou muito para sair da loja onde trabalhava e logo vir na direção do carro. Obvio que eu não deixaria ela vir com a gente se não tivesse quase certeza de que ela era uma pessoa boa, mas Annie me pareceu ser uma pessoa maravilhosa e quem sabe, até uma amiga. _oi, demorei muito? – Annie falou entrando no carro _oi, não - falei _vamos? – Annie falou colocando o sinto _claro – Liguei o carro e fomos ela foi me falando o caminho já que sou nova na cidade pegamos um pouco de trânsito mais nada que demorasse muito. Quando chegamos na entrada do morro vi vários homens armados olhando na direção do carro, dois deles andaram até janelas do carro, Annie fez sinal para que eu abrisse as janelas, eu assim fiz. O homem que veio do meu lado do carro era moreno com os olhos negros vestia uma regata preta e um calção e uma corrente de ouro no pescoço. _oque uma patricinha quer aqui no morro? – Ele pergunta e isso me irrita, odeio ser tachada de algo que não sou _patricinha e a sua mãe, meu nome é Lia, eu aluguei a casa da Dona Rosa – Falei e ele me olhou sério _marrenta você hein garota, já vai querer morrer? – Ele pergunta me encarando, definitivamente, ele parecia estar furioso _Olha, na boa eu vim de Londres, fiquei esse tempo todo fora meu sobrinho está dormindo no banco de trás, eu só quero ir pra d***a da minha casa e descansar, você pode por favor, me deixar passar? – Perguntei irritada _Que seja, vapor liga pro patrão e solta o papo da situação – Falou pra um garoto de 15 ou 16 anos que pegou o celular e ligou pra alguém _qual é, libera a gente – Annie falou para o homem parado na janela dela _só depois do patrão autorizar – O cara fala _ O Léo está vindo, o patrão está cuidando do pequeno dele – O menino gritou e os dois homens apenas concordaram com a cabeça _então lia por que veio morar no morro? – O homem parado na minha janela perguntou _É uma longa história, mas vou resumir, meu irmão morreu e minha mãe casou de novo, e desde então minha vida virou um inferno – Falo e o Thomas acordou _Lili onde estamos? – Ele perguntou _estamos quase em casa. Thomas – Falo e ele se senta no banco do carro _Quem é esse moço? – Thomas pergunta olhando para o homem moreno encostado na janela do carro _Eae grandão, sou o Caleb – Ele fala e Thomas sorri amigavelmente _Eu sou o Tomas – Thomas fala esticando a mão e Caleb ri apertando a mesma em um cumprimento Nesse momento um outro homem se aproximou, ele tem cabelo preto e olhos verdes vestia uma camiseta preta e uma calca jeans tinha uma arma visivelmente na sua cintura _Léozin – O Caleb falou _cadê a garota – Ele pergunta para o Caleb e o mesmo aponta pra mim _dentro do carro – Caleb fala O tal Léozin se aproximou e me olhou bem olhou pra Annie e deu um sorriso. _então como e seu nome? – Ele perguntou para mim _Lia - falei _Sou o Léo ou Léozin, como preferir, por que veio morar no morro? – Perguntou _Londres ficou muito pequeno para mim e pra minha mãe - falei _Hum! O garoto ali atrás e seu filho? – Perguntou e eu neguei com a cabeça _não, ele é meu sobrinho - falei _Dê onde conhece a Annie? – Perguntou isso, definitivamente está parecendo um interrogatório _da loja de carros, desculpa, mas, pra que tanta pergunta? Não sou uma criminosa – Falei e ele riu fraco _criminosa não, mas cheia de marra você é – Ele falou e riu _por isso é minha amiga – Annie falou _já podemos subir? – Perguntei _Porque que essa pressa? - Léo pergunta e eu respiro fundo _bom passei oito horas em um avião, e quatro nos outros dois, estou cansada e quero dormir, meu sobrinho deve estar com fome, tenho toda a casa para arrumar ainda, você está me enchendo de perguntas que não vão levar a absolutamente lugar nenhum, juro que não sou sempre m*l-humorada assim, eu só preciso dormir, já acabou ou quer mais motivos? – Perguntei _não, você sabe onde e a sua casa pelo menos – Léo perguntou _não – Falei ele revirou os olhos _Annie mostra o caminho e amanhã eu vou te buscar o patrão vai querer falar com você – Ele falou _Beleza! – Annie falou _libera elas – O Léo fala Os homens armados abriram passagem e nos subimos, levei a Annie para a casa e ela me falou mais o menos o caminho até a casa que eu aluguei, achei fácil. Minha nova casa é branca de dois andares, Thomas já tinha dormido de novo abri o portão estacionei o carro e abri a porta fui no quarto do Thomas e vi a cama dele, pois a casa já tinha os móveis. Peguei Thomas no colo o tirando do carro e subi coloquei ele na cama desci de novo pra pegar as malas, coloquei as minhas no meu quarto, que apesar de não ser muito luxuoso estava exatamente como eu queria, voltei pro carro e fechei ele o deixando na garagem, liguei o alarme e tranquei a porta de baixo, subi pro quarto do Thomas e comecei a arrumar tudo, fiquei até 00:40 arrumando o quarto dele, quando acabei fui arrumar o meu, guardei as roupas e arrumei tudo, acabei já eram 3:55 da manhã estava morta de sono, peguei um pijama curto pois no Rio fazia muito calor, meu pijama era apenas uma regata e um short curto, peguei a toalha e fui pro banheiro, quando liguei o chuveiro percebi que o mesmo estava queimado, bufei várias vezes e coloquei na cabeça que nada poderia piorar, depois de revirar a casa toda. Achei outro chuveiro e troquei, tomei um banho bem demorado e fui dormir já eram 4:30 da manhã. Algumas horas depois ouvindo o choro do Thomas vindo do corredor sai do quarto e vi ele parado no mesmo chorando. _o que foi meu amor? – Perguntei já pegando ele no meu colo _achei q a titia tinha me deixado sozinho – Ele falou chorando _eu nunca vou te deixar sozinho meu anjo – Falei _posso dormi com você? – Ele perguntou soluçando _claro que pode, vamos - falei e levei ele para o meu quarto, deitei com ele e fiquei mexendo em seus cabelos, até ele dormir. Ainda mexendo nos cabelos do meu sobrinho, comecei a questionar se vir para o Brasil, tinha sido realmente o certo, se morar em um morro teria sido a melhor escolha. Antes de decidir que viria para o Brasil eu pesquisei sobre o local onde supostamente moraríamos, eu vi as tragédias e as pessoas que morriam por não terem o básico para viver, também vi os confrontos com a polícia e fiquei ciente de que gente inocente morria dos dois lados, isso me fez quase desistir de morar no Alemão, mas quando eu falei com a Dona Rosa, que eu só achei o número por que fui guardar as coisas do apartamento onde meu irmão e a sua esposa moravam, pareceu ser uma pessoa extremamente bondosa e contou que toda vez que Bryan vinha para o Brasil ele ficava nessa casa e se meu irmão escolhia ficar nela, com toda certeza, esse lugar tem algo de especial e ele iria querer que o filho dele crescesse em um lugar onde ele gostava de ficar. Ali eu tive meu pequeno momento de paz, onde tudo que eu fiz pareceu finalmente ser o melhor que eu poderia ter feito, mesmo que ainda não fosse o melhor ambiente para o Thomas crescer, estávamos finalmente em paz, em um lugar que poderíamos chamar de casa. Minutos depois, me ajeitei na cama e peguei no sono.
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