Capítulo 15

2052 Words
- Regina - Cheguei a fazenda e ao estacionar o carro avisto mamãe na varanda lendo um livro. Fui até ela e sentei ao seu lado. - Boa noite mamãe. - Disse dando um beijo em seu rosto. - Boa noite filha. - Onde esteve? A Zel ligou e não conseguiu falar com a senhora. - Estava nos estábulos, a esmeralda deu cria a um potro lindo, ele é identico a rocinante. - Falou com um sorriso enorme nos lábios. - Bem, se é identico ao meu Rocinante deve ser lindo. - Brinquei. - Acho que o Henry vai adorar ter um cavalo igual ao seu. - Henry? Temos que falar com a Emma a respeito, antes da senhora presenteá-lo. - Queria ter certeza que a Emma não iria se importar, afinal, ela também é mãe do meu príncipe. - Isso já foi resolvido. Agora me diga o que sua irmã queria. - Disse mudando de assunto. - Queria só informar que ela virá sábado. - Isso é ótimo Regina, estou morrendo de saudades da Zelena. - Fez uma pausa me fitando – Filha, já que sua irmã vem no sábado, você poderia convidar a Srta Swan e o Henry não acha? - Na verdade já os convidei mamãe, e a Emma confirmou que viriam. Ficamos mais alguns minutos conversando sobre a reação que Zel teria ao rever seu sobrinho. Mamãe dizendo toda animada que iria decorar o quarto de Henry, que iria lavá-lo para conhecer seu cavalo e que ensinaria meu príncipe a montar, estava uma verdadeira avó coruja, eu só sorria para empolgação de mamãe e confesso que também estava radiante com a vinda dos meus amores, sim, amores, pois, a cada dia que passava me sinto feliz por ter Emma e Henry em minha vida e tenho quase certeza que estava amando Emma Swan. Estava com um certo receio sobre a reação de mamãe quando eu contasse sobre a Emma. Ela reagiu bem quando a Zel contou que era bisexual, mas a minha irmã sempre foi muito louca, diferente de mim que sempre fui muito convensional e nunca tive sentimentos por mulher alguma. Respirei fundo e decidi contar a Cora sobre minha loira. - Mamãe, tenho algo para lhe contar. - Falei com um certo receio. - Esse algo tem a ver com as noites que você dormiu fora de casa? - Perguntou arqueando uma sobrancelha. - Sim mamãe. - Quem é ele? - Perguntou sorrindo. - Na verdade é... ela. - Mamãe me fitou com um olhar que eu não soube decifrar. - Regina, você está querendo me dizer que está se envolvendo com uma mulher? - Perguntou séria e confesso que senti um certo medo da rejeição. - A senhora tem algum problema com isso? Ela me faz tão bem, espero que a sen... - Paro de falar quando a vejo sorrindo. - O que foi? - Fiquei sem entender sua reação. - Ah meu amor, problema algum. Só quero ver você feliz, e essa pessoa que eu suspeito ser uma certa loira de olhos azuis ou verdes que atende por detetive Swan touxe de volta o seu sorriso e vontade de viver. - Fiquei boquiaberta, como ela pode saber se tratar de Emma? - Co...como a senhora … - Ela me interrompe. - Ora querida, eu conheço você, e desde que você e a Srta Swan se conheceram você mudou, está mais feliz e só vive com o celular pra lá e pra cá. - Falou sorrindo. - Ah mamãe ela é perfeita, me trata super bem, quando estou com ela me sinto tão especial. - sorri emocionada - E ela disse que me ama e eu sinto que é verdade. - já tinha os olhos marejados. - E você minha filha? Você a ama? - Eu não sei mamãe, acho que sim, mas tenho medo de sofrer. - Filha, você tem que deixar para trás tudo de r**m que já lhe aconteceu, tem que recomeçar. Se permita amar Regina. - Falou segurando minhas mãos. Após o jantar subi para meu quarto pensando em tudo o que minha mãe falou. Eu precisava recomeçar e quem melhor que minha loira para esse recomeço? Após um banho demorado em minha banheira fui para a cama com certa loira na cabeça. Trocamos algumas mensagens e depois de me despedir adormeci. - Emma - Acordo com batidas na porta do quarto, abro os olhos irritada, pois, estava tendo um sonho maravilhoso com minha morena e para variar na melhor parte fui acordada, levanto ainda sonolenta e a abri ficando sem reação ao fitar a pessoa que estava ali. - Será que podemos conversar Emma? - Pergunta Elsa meio sem jeito. - Claro Elsa, entra. - Estava receosa, afinal, tudo o que Elsa me falou ainda me machucava, mas também estava feliz por ela ter me procurado para conversar. Minha irmã ficou em pé no meio do quarto me olhando fixamente, tinha os olhos marejados, como eu não suporto ver Elsa assim, fui até ela e a abracei forte, ela retribuiu o abraço e começou a soluçar. - Me perdoa Emma, eu... eu não queria dizer nada daquilo. Por favor me perdoa minha irmã eu te amo muito e você sabe disso. - Minha roupa já estava molhada por conta das lágrimas de Elsa. - Ei calma, fiquei muito triste com tudo o que você me falou, mas claro que te perdoo. Não precisa chorar. - A afastei e sequei suas lágrimas. - Me desculpa por ter dito que você não é minha mãe, somos irmãs mas você me criou como uma filha e tudo o que sou hoje eu devo a você e ao Dave. - Eu sei que extrapolei ao ter gritado com você me desculpe por isso, mas é porque me preocupo e só quero o seu bem, quando te vi naquela cela fiquei muito m*l. - Eu sei Emma. - Falou olhando para baixo. - Só me prometa que quando for a alguma festa e ela estiver cheia dessas porcarias você vai sair de lá imediatamente. - Eu prometo. - E por favor, toma cuidado com Will. Ele não presta Elsa. - Ok! - Respondeu sorrindo. - Agora deixa de choradeira e vamos descer que estou com fome. E saiba estou com raiva de você no momento, pois, eu estrava tendo um sonho maravilhosa e você atrapalhou. - Fingi irritação. - Sonho erótico com a Regina sua safada. - Zombou Elsa. - Cala a boca garota. Vamos logo. - a abracei e seguimos para a cozinha. Cheguei a delegacia e por incrível que pareça o Jones não falou comigo, ri internamente lembrando das palavras de Regina que por sinal surtiram efeito. Fui a sala do David para resolver o caso do roubo ao banco, que mesmo depois de muito tempo não tínhamos informações sobre os suspeitos. Após algumas horas quebrando a cabeça com as pouquíssimas pistas que temos voltei para minha mesa preenchi alguns documentos e em seguida liguei para Regina queria saber se ela iria almoçar conosco, mas ela não atendeu, acho que estava com algum paciente. Como já estava próximo ao horário do almoço sai e fui buscar meu príncipe no colégio e em seguida fomos ao Granny's. - August - Estou sentado na sala branca do Hospital de Boston essa sala de espera me causa arrepios, tinha que falar com Zelena Mills mas a médica estava com um paciente, então só me resta aguardar. Quarenta minutos depois a mulher chega ao meu lado. - Pois não, informaram que o Sr quer falar comigo. - August Booth. - Falei levantando e estendendo a mão para cumprimentá-la. - Zelena Mills. Em que posso ajudá-lo Sr Booth? - Respondeu apertando minha mão. - Bem Sra Mills, existe algum lugar em que podemos conversar em particular? A médica me guiou a sua sala, era uma sala ampla, com paredes coloridas, havia muitos brinquedos e quadoros de histórias infantis era um lugar muito organizado tenho certeza que se eu fosse criança iria adorar estar ali, a ruiva tem um olhar sereno ela deveria ser uma ótima pediatra. - Pois bem Sr Booth, agora pode me dizer o que o senhor quer falar comigo? - Perguntou ela sentando-se em sua cadeira e fez sinal para que eu sentasse. - Srta Mills, sou detetive e fui contratado para investigar sobre a morte de seu sobrinho Henry Mills. - Ela ficou um pouco tensa. - O... Henry? - fez uma pausa – Meu sobrinho morreu em um acidente de carro Sr Booth. - A mulher tinha os olhos marejados. - Eu sei Srta Mills, mas apareceram novas evidencias sobre o caso, infelizmente eu não posso lhe contar nada. Só preciso fazer algumas perguntas e gostaria muito que a Srta as respondesse. - Quem lhe contratou Sr Booth? - Isso eu também não posso lhe contar. - Sr Booth, o senhor faz ideia de como minha família sofreu com a morte de meu sobrinho? Principalmente a minha irmã que se culpa até hoje pelo o ocorrido? E o Sr vem aqui para cutucar essa ferida que nunca vai cicatrizar. - A ruiva já tinha lágrimas descendo de deus olhos azuis. - Eu compreendo Srta Mills, mas estou apenas fazendo o meu trabalho. - Pois faça o seu trabalho em outro lugar e por favor não ouse procurar a minha irmã, ela já sofre demais pelo filho. - Disse a mulher se levantando e indo em direção a porta.- Queira se reirar por favor. - Falou abrindo a porta. Seria difícil falar com a Zelena novamente, provavelmente ela não me receberá outras vezes. Tentei encontrar o médico que cuidou do garoto, mas fui informado que este não trabalha mais no hospital. Segui para um café próximo ao hospital e liguei para Emma, chamou algumas vezes mas ela não atendeu, ligaria novamente depois. - Emma - Deixei Henry em casa confirmando pela milésima vez que nós iriamos para a fazenda e voltei para a delegacia, ao entrar avistei meu celular em cima da mesa. Peguei o aparelho e vi que tinham três ligações da Regina e uma do Gus. Sentei em minha cadeira e liguei para minha morena, ligaria depois para o Gus. No segundo toque ela atendeu. - Emm, onde estava que não atendeu o telefone? - sorri ao perceber que ela estava um pouco irritada. - Fui almoçar com nosso filho, liguei para você mas não me atendeu. - Estava em uma cirurgia, e porque não atendeu quando liguei, teria falado com o Henry. - Calma linda, o esqueci na delegacia. - Certo... como foi seu dia? - Falou dengosa. - Não foi muito legal. - Porque, o que aconteceu? - Estava com a voz preocupada. - Porque não te vi hoje, e até agora não tinha falado com você. - Fiz minha melhor voz triste. - Oh! Minha loira tá sentindo minha falta... - sorriu. - Você não imagina o quanto. -Não se preocupe, vamos matar toda a saudade esse fim de semana. Ficamos ao telefone por mais alguns minutos até que ela teve que atender um paciente urgente. Após Regina desligar o telefone este tocou novamente. Era o Gus. - Gus. - Oi loirinha, como você está? - Bem e você? Já tem alguma informação sobre o caso do Henry? - Ainda não loirinha, fui falar com a irmã da Regina mas ela não ajudou muito, ficou muito emocionada em falar do sobrinho e me expulsou do consultorio dela. - Falou e eu dei uma gargalhada. - Ainda sem jeito para as mulheres em Gus. - Pode zombar de mim loirinha. - falou sorrindo. - Tem outra coisa, estava com o Robin quando ele recebeu uma ligação de um amigo um tal de Don e pelo que eu entendi esse amigo tem alguma informação sobre a Regina. - Meu sangue gelou nessa hora, chegou o momento de falar para Regina o que estava acontecendo, e talvez tentar convencê-la a morar em uma casa na cidade assim eu poderei ficar de olho nela sempre. - Gus, fica de olho nesse crápula, qualquer coisa me avisa. - Falei séria. - Pode deixar loirinha, estou de olho nele sempre. Terminei meu expediente e fui para casa, agora teria que encarar um certo garotinho super ansioso para a visita a fazenda que já seria amanhã.
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