cap 6

2187 Words
Samanta Antonelli Chego em casa de ponta de pé para não acordar ninguém, caio na minha cama. Que dia louco! Pego-me relembrando o beijo, e sorrindo. Ele beija bem... e é muito gato também. — Samanta que pensamentos são esses? Xô, xô. — Sacudi a cabeça a fim de afastar aqueles pensamentos. Fecho os olhos e espero que o sono venha. *** Acordo enjoada, beber daquele jeito acabou comigo. Que dor de cabeça! Tomo um banho, me arrumo e desço. — Bom dia! Pai e mãe, preciso ir, estou atrasada. — Dou um beijo no meu irmãozinho e saiu às pressas. — Calma filha tome um café. — Minha mãe fala alto, porém já estou longe para responde. Estou chegando na faculdade e meus olhos não acreditam no que estão vendo. O que ele está fazendo aqui? A presença dele é notada por todas as meninas, elas caminham arrumando os cabelos e o cumprimentando já os rapazes olham para ele com olhar de desprezo. Certamente com ciúmes. Um homem bonito, charmosos, todo esse ar de superioridade que ele emite a torna desejável. Ele me vê o observando de longe e vem andando na minha direção e eu dou meia volta nervosa, afinal nos beijamos ontem e eu não sabia como encará-lo, então finjo que não o vi, e vou andando para lugar nenhum. — Por que ele continua me seguindo?! — Exclamei vendo ele logo atrás de mim. Eu ando nervosa, eu nem esperava vê-lo novamente. — Vai voltar para casa a pé? — Ele pergunta em voz alta — Por que está me seguindo? — Falo me virando para ele. — Eu seguindo você? Só estou de passagem. — Disse desdenhoso. — Ham ram... então siga seu caminho. — Falo dando-lhe as costas novamente. — Você é sempre assim de manhã? Ou é só fome mesmo? — Seus lábios ensaiam um sorriso que ele não deu. Olho para ele irritada, de fato estou faminta e ele falar isso em voz alta me deixou desconcertada. — O que você quer de mim? — Pergunto de cabeça erguida espetando o ar com o nariz. Ele chega bem perto do meu ouvido e fala: — Se eu disse o que eu quero você vai me dar? — Ele tem um sorriso malicioso no rosto. — Pervertido. — Falei carrancuda. Viro de costa e volto a andar, o ignorando. — Espera! Podemos ir a outro lugar conversa? É assunto do seu interesse — Garantiu segurando o meu braço. Eu o olho levantando a sobrancelha. — Vai ser rápido, prometo. — Ele piscou o olho para mim e depois me encarou com um olhar mais sexy que eu já encarei. — Podemos ir até aquela lanchonete, comemos algo, já que você está com fome. — Ele pronunciou me puxando pelas mãos deixando irritada novamente. — Eu não estou com fome, comi bastante essa manhã. — Disse torcendo o nariz. Minha barriga roca e eu olho envergonhada. — Eu estava apressada, perdi a hora, bebi demais ontem, foi por isso que não comi. — Justifico sem jeito. — Eu não disse nada. — Ele deu de ombros com cinismo como quem me diz que não havia dito nada desta vez. Sentamos em uma mesa na lanchonete e uma moça se aproxima abrindo mais o desconte que já não era pequeno, parou de costas para mim e inclinou o corpo sobre a mesa eu juro que pensei que ela fosse colocar os p****s dentro da boca dele. — O que vai pedir? — Sua voz era manhosa igual de uma p**a. — Traga um pouco de tudo, a garotinha aqui comigo, está faminta — me provocou sem se quer olha na direção da fulana que acabou de se jogar literalmente em seu colo. Eu lanço um olhar irritado para ele que sorrir. — Bom, então qual é o assunto do meu interesse? — Questionei sem delongas. — Seremos diretos então. — Disse ele sorrindo. — Tenho uma proposta para você, te p**o cinco vezes mais do que o que ganha no café e você vem trabalhar para mim, na minha casa, em tempo integral. O que acha? — Sorriu satisfeito como se tivesse me oferecendo um bilhete premiado da mega sena. — Cinco vezes mais?? — Olho para ele interessada nãos eram milhões mais ainda assim muito dinheiro. — E o que eu teria que fazer? — Pergunto desconfiada. — Cuidar de mim.... — Disse ele com um sorriso revelando ainda mais seus dentes brancos e totalmente alinhados. Ele não é de sorrir muito, mas quando o faz fica lindo e hoje pude vê-lo sorri várias vezes o que meu deu certeza do que estou afirmando. — Você não está velho para precisar de babá? — Indaguei franzindo o cenho. Ele me lança um olhar divertido, fugindo do normal que é frio e misterioso. — Preciso de alguém para arrumar as minhas coisas, manter a casa em ordem sabe?! — Sua casa deve ser enorme. É por isso que está me pagando tanto? — Eu queria saber mais, porem ele estava sendo econômico nos detalhes. — Exatamente. O que me diz? — Ele me encara esperando pela resposta. — Hum... eu acredito que não posso recusar tanto dinheiro. Quando começo? Ele lança um olhar satisfeito. — Organize a mudança ainda hoje. — Pronunciou estufando o peito com muita satisfação. — Mudança? Hoje? — Indaguei espantada — Você irá morar na minha casa, e poderá ver seus pais nas suas folgas. E quanto a ser hoje é que a minha casa está uma bagunça. — Ele fala juntando os lábios e erguendo as sobrancelhas. — Tudo bem então! — Falo concordando. Após comer, nos levantamos, ele coloca os óculos escuro e voltamos andando até a frente da faculdade, eu entro para aula e ele vai embora. Após a faculdade vou até o café, preciso informar que não voltarei mais. Encontro a Gabi trocando de roupa. — Gabi, estou mudando de emprego. — Minhas palavras a pegou de surpresa e ela me olhou espantada. — Para onde você vai, assim de repente? — seu tom era um misto de tristeza e surpresa. — Vou trabalhar na casa daquele cliente que vem aqui no café. — Seus olhos se arregalaram a boca dela era um O. — O quê?? Aquele gato? Que sorte amiga...— O espaço ficou pequeno para tantos pulinhos que ela deu. — Pois é, ele vai me pagar muito bem. — Aliás como foi aquilo dele te dar uma carona ontem à noite? — Indagou ela curiosa. — Eu estava muito bêbada, não encontrei vocês ele me encontrou viu que eu não estava em condições de ir sozinha, me oferece uma carona. — Sei, foi só isso mesmo? — Sorriu com malicia enquanto me cutucava com o dedo indicado. — Claro, você acredita que um homem como ele olharia para mim Gabi? — Girei de braços abertos. — Você é linda amiga até o presidente dos Estados Unidos olharia para você. Nós duas sorrimos e eu vejo o gerente chegar e vou conversa com ele, alguns minutos depois já estou com tudo resolvido. — Tchau! Amiga. Eu te ligo assim que resolver tudo por lá. — Nos abraçamos forte antes que eu cruzasse a porta da saída. Chego em casa e comunico aos meus pais, eles não gostam muito da ideia de ir morar na casa de um homem, mas os tranquilizo informado que tem outros empregados trabalhando lá e com o salário poderia ajudar mais os dois, e sempre estarei aqui nas minhas folgas. Eles concordam desconfiados, porém eu já sou bem crescida e posso tomar minhas decisões. Pego o cartão que ele, me entregou e ligo. — Alô, senhor, pode me passar a localização da sua casa? Vou pegar um táxi e em 1 hora chego na sua casa. — Meu motorista vai buscá-la. Em trinta minutos ele chegará aí. — Tudo bem. Até mais então. Leonardo Milani Vejo o carro com meu motorista pessoal se aproximar, ele para o carro e a Samanta desce, ela para em frente à casa seus olhos observam tudo ao redor, seus olhos parecem espantados diante do luxo. Eu devo confessar gosto dessa reação Saio para recebê-la na porta. — Vamos entrar? — Falo tirando ela do deslumbre dos seus pensamentos — Claro. — Ela ainda olhava tudo com muita curiosidade. Entramos na sala e ela com uma expressão que não consigo decifrar. — Algum problema? — Indaguei confuso. — Por que é tudo tão fúnebre, sem vida? É tudo tão silencioso. — Ela me olha e seu olhar mostra tristeza. — Por que me olha assim? — Sorri sem jeito. — Me desculpe Senhor — suas desculpas me deixam intrigados. — Pelo quê? — Tornei a ficar confuso. — Quando disse que o Senhor era escuro e sozinho, isso não me passou pela cabeça. —Disse ela me fazendo sorrir. — Eu apenas gosto de preto, silêncio e o escuro me tranquiliza. Você não precisa se desculpar. Vamos vou te mostrar onde será seu quarto. Ela continua olhando a minha casa atentamente, dos moveis as paredes tudo na minha casa tem o tom escuro as imensas janelas na maior parte do tempo estão cobertas por cotinhas o que deixa a casa ainda mais escura. — Obrigada, vou guarda minhas coisas. Onde estão os outros funcionários? — Ela pergunta sem ver ninguém além de nos dois na casa. — Só temos aqui a equipe de segurança, eu e você. — Vou cuidar disso tudo sozinha? — Se formou um “O” na sua boca e os seus olhos estava arregalado. — Preciso aumentar seu salário? — Tentei parecer divertido com a pergunta. — Não... não é isso Senhor é que a casa é bem grande, nossa enorme eu nem sei se vou precisar de um mapa para andar por aqui nos próximos dias... — Ela fala rápido e sem respirar. Aproximo-me colocando o dedo em seus lábios ela para instantaneamente e me olha assustada. — Amanhã você conhecerá os outros funcionários, 3 empregadas, 2 cozinheiras, 1 jardineiro, 1 motorista caso precise ir a algum lugar. Você é a responsável por todos eles, fiscalizar e sinalizar se houver algum problema. Esse é seu trabalho. Vou te deixar descansar até amanhã. Falo saindo do quarto sem lhe dá chance de resposta, minha vontade é de jogá-la naquela cama e fazer tudo que eu desejo. Mas preciso ter calma, nunca fui de fazer jogos, mas nesse caso eu estou me rendendo a eles. Samanta Antonelli Minha mente ainda gira diante disso tudo, quem moraria em um lugar tão escuro? Tudo nessa casa é preto. E quando eu falo tudo é tudo até o banheiro da casa. Senti pena dele, parece tão só, seus olhos sempre frios, sua personalidade escura, o silêncio desse lugar é ensurdecedor, dá para ouvir apitos no ouvido. *** De madrugada senti fome e desçi, até a cozinha abro a geladeira pego uma fruta, pego o copo para encher de água... — Assalta a geladeira de madrugada? — Eu grito me assustando, o copo cai no chão e sinto meu pé doer com os cacos de vidros que cortam minha pele. — Desculpa! Não queria te assustar, não se mexa — ele me pega pela cintura me suspende e me põe sentada no balcão da cozinha, acende a luz e me olha. — Me desculpe Senhor eu senti fome desci eu não queria causar problemas eu limpo tudo... — Ele põe novamente o dedo na minha boca já que eu estava falando sem parar. — Por que você está tão falante, por que não para de falar. Xi...— Ele passou o dedo de forma provocante pelos meus lábios, eu fico imóvel. — Quero que fique tranquila e pare de ficar nervosa na minha presença. Como vamos nos comunicar? Será sempre assim você falando sem respirar e eu tentando de acalmar? Ele tem uma caixa na mão, pega meu pé coloca um medicamento e por fim um curativo. — Prontinho. Acenda a luz da próxima vez — Disse com um semblante sereno. — Claro Senhor — Engoli seco a minha vergonha. Penso em me levantar e ele é mais rápido me segurando pela cintura, fazendo pressão para que eu não levante do balcão. Ele se posiciona entre as minhas pernas me traz para mais perto do seu corpo. — Preciso de algo... — Sussurrou em meu ouvido eriçando todos os pelos do meu corpo. — O que senhor? — Preciso que pare de me chamar de Senhor. — Claro se... — Ele me olha e cola seu corpo inda mais ao meu, seu corpo está quente, mais do que o normal. — Você sabe por que está aqui? — indagou com o rosto colado ao meu, sinto um hálito de menta familiar, mas meus pensamentos se distraem quando ele puxa meu rosto pelo queixo deu forma delicada fazendo nossos olhos se encararem. — Estou aqui para trabalhar. — A resposta parecia obvia para mim — Errado.... Você está aqui porque meu corpo queima de desejo por você e você precisa muito de dinheiro.
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