cap 04

1395 Words
Samanta Antonelli Sai do hotel, o motorista me deixou em casa, subi para o meu quarto e entrei no banheiro e fico em baixo do chuveiro e me esfregou com o máximo de força que eu consigo, me sinto suja, usada, hoje eu me vendi e um sentimento miserável toma conta de mim. Deito na minha cama o ‘flash’ do que aconteceu fica voltando a minha cabeça, embora eu tenha me deixado levar naquele momento aquilo não era algo que eu queria eu sei que o dia de hoje vai me transformar para sempre. Afundo-me em meus pensamentos e logo durmo. Acordo me arrumo para ir à faculdade e meus pais ainda pareciam preocupados. — Pai mãe, aqui está o documento da hipoteca, consegui o dinheiro para pagar. — Joguei o documento sobre a mesa. Seus olhos espantando me alcançaram. — Como conseguiu tanto dinheiro? — A voz desconfiada do meu pai fez o meu corpo gelar. — O Davi me emprestou. Ele não tinha todo o dinheiro então vendeu um carro, uma moto, juntou com o que tinha na conta e me emprestou. — A mentira era a melhor opção naquele momento embora ela me gelasse ainda mais o meu coração. — Estou envergonhada. Ele vendeu seus bens para nos ajudar? Mas é muito dinheiro como vamos pagar? — Minha mãe pergunta preocupada — Ele tem outros carros, não se preocupe, vamos dando pouco todo mês. Ele não está precisando do dinheiro para logo. — Garanti. — O traga aqui para jantar quero agradecer, pessoalmente. — Meu pai fala, agora visivelmente mais tranquilo. Eu também me senti mais tranquila vendo que eles acreditaram na minha conversa. — Preciso ir se não perco a primeira aula. — Corri cruzando a porta da sala. Chego na faculdade e Davi me espera na entrada. — E ai como estão as coisas? — Ele pergunta preocupado — Deu tudo certo, consegui o dinheiro. — Minha voz saiu tranquila. Ele me olha espantado. — Sério? Onde conseguiu tanto dinheiro? — Ele pergunta curioso. Meu semblante cai e ele percebe que tem algo me incomodando, porém, não pretendo contar da minha noite para ele. — Consegui outro emprego, falei que precisava desse dinheiro e recebi um adiantamento e pagarei com meus serviços. — Tetei ser convincente. — Samanta você estar mentindo. Quem pagaria 500 mil de adiantamento? — Ele apertou os olhos me estudando. — Esquece esse assunto, já foi resolvido, o que vai fazer hoje à noite? — Mudo de assunto — Não tenho planos para hoje. — Ele fala ainda contrariado. — Então vamos sair para onde você quiser, agora você paga porque eu não tenho dinheiro. — Ele me olhou satisfeito e logo o vi relaxando novamente. Nós dois rimos, ele balança a cabeça concordando e vamos para sala de aula. A aula acaba e Davi me leva para o café. — Volto mais tarde para te pegar. — Ele falou já no carro — Tudo bem. — Sorri acenando para ela. Entro no café e Gabi já está arrumando as coisas. — Amiga, eu e Dani vamos sair hoje quer ir junto? — Pergunto animada — Claro, aonde vamos? — Perguntou com a mesma animação. — Não tem nada definido ainda. — Dei de ombros como quem diz pode escolher. — Então vamos a uma boate aqui perto que é bem badalada, só Vips, quem sabe não acho meu homem rico lá. — Ela fechou os olhos sonhando com a possibilidade. — Se é vip como vamos entrar? — Mostrei as palmas das mãos torcendo os lábios com quem fez um questionamento obvio. — E você pensa que o Davi não é vip? A família dele pode não ter tanto dinheiro como antes, mas nome é tudo querida. — Ela falou com tanta segurança que eu nem podia duvidar de suas palavras. — Está bem então vamos. — Ri das bobagens dela. — Na Hora do nosso intervalo, vamos comprar umas roupas. — Ela estava extremamente animada aprecia que eu tinha convidado ela para um super evento. — Roupas? Não Gabi não tenho dinheiro — Falo descartando a sua ideia. — De forma nenhuma que você vai desarrumada, eu compro no cartão, e parcelo em 12x. — Levantou o cartão sorrindo para mim. 1 hora depois... — Gabi você roda, roda e não compra nada. — soltei a respiração e relaxando os ombros enquanto sacodia as pernas já cansada de tanto andar. — Já estou tonta de tanto andar. — Completo — Acheiiii.... Perfeito.... — Ela estava eufórica dando vários pulinho em frente a vitrine da loja. Entramos na loja e a Gabi vai até dois vestidos que são realmente belíssimos. Um é bem-comportado rosa e combina com o estilo que eu gosto o outro é vermelho acima do joelho e com um decote generoso. Viro a etiqueta para olhar o valor. — Nossa muito caro não podemos, não ganhamos isso nem em dois meses de trabalho. — Falo já virando de costas. — Vai provar. — Ela fala entregando o vestido e me empurrando até o provador. — Uau! Você está incrível. Vamos levar esse — Ela disse a vendedora seguindo entusiasmada dando várias palminhas. — Gabi é muito caro não, não — balancei a cabeça negativamente várias vezes. — Vai logo tira o vestido que ainda temos trabalho. — Ordenou sem me dá atenção. Ela pega os vestidos paga e saímos da loja. Eu saio aflita nunca paguei tão caro em um vestido. Terminamos nosso expediente e nos trocamos. — Um espetáculo é isso que estamos... — Ela encarava os nossos reflexos no espelho nos admirando, mas a buzina do carro de Davi fez ela sair correndo para a entrada do café. — Estamos prontas... — corri atrás dela em seguida. — Uau meninas vocês estão lindas. — De forma cavalheira ele abre a porta e nós duas entramos no carro. — Aonde vamos meninas? — Ele pergunta antes de ligar o carro — Você conhece a boate vip que tem aqui perto? — Ela estava eufórica muito animada. — Sim. — ele respondeu a olhando pelo retrovisor. — Espero que você seja vip por que é para lá que nós vamos. — Ela falou com um sorriso realizado de quem esperou muito esse momento. — Suponho que posso dar um jeito. — Ele sorriu de volta. Chegamos na boate e Davi vai até à entrada e tirar várias notas de dinheiro da carteira e entrega a um dos seguranças, que acena positivamente com a cabeça. — Vamos meninas, tudo certo. — Ele gritou da entrada da boate. Gabi entra observando tudo, meus olhos estavam tão curiosos quanto o dela, eu nunca entrei em nada parecido. — Obrigada Davi você é incrível. — Ela o surpreendeu com um abraço apertado. — E você o que achou? — Ele perguntou olhando para mim. — Não é um lugar que eu frequentaria normalmente. — Falei observando tudo ao redor, o lugar era refinado o som muito alto e muitas luzes. Davi foi buscar umas bebidas, Carol não perdeu tempo já estava conversando com um rapaz, eu fiquei ali analisando o local ainda me sentido deslocada. — Toma peguei para você. — Davi me entrega um copo com uma bebida colorida. — O que é isso? Eu não tenho costume de beber — Recusei. — Sam, se solta só uma vez na vida. — Disse debochando empurrando o copo em direção a minha boca. — Está bem. Só esse. — Deixei claro. A bebida era doce e descia fácil de engolir. Não me lembro quantas tomei depois dessa, mas eu já não estava tão sóbria. Davi me chama para dançar e eu aceito, ele estava bem alegrinho, ele me puxa cada vez mais para perto e suas mãos percorrem meu corpo. — Davi preciso ir ao banheiro. — Quer que eu vá com você? — falou bem perto do meu ouvido por conta do som alto. — Não precisa, eu volto logo. — Eu queria lavar o rosto, respirar um pouco. Quando estou saindo do banheiro, sinto uma mão me puxando e me empresando contra a parede. Tento me soltar, mas ainda estou sob efeito do álcool, sinto meus movimentos lentos. Ele me prende ainda mais na parede e começa a passar a mão pelo meu corpo, apertando meus s***s, eu grito, mas ninguém me ouve...
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